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Regata realizada no dia 18 de Janeiro de 1876 “Yacht Race For «The Douglas Challenge Cup»” (no valor de $ 500) de Kowloon até à bóia em Macau e retorno a HongKong.

Extraído de “A Record of the principle sports at Hong Kong and the open ports of China and Japan, 1877, p. 233” (1) do Comandante E. M. Edmond do «steamship Orissa» em 1875 da Companhia Peninsular e Oriental.

(1) https://books.google.pt/books?id=rTnJBAAAQBAJ&pg=PA386&lpg=PA386&dq=steamship+Orissa+1876&source=bl&ots=LiJuXOSqgU&sig=ACfU3U30JBZIX4kBmaKSyRboOh-wXw7wCQ&hl=en&sa=X&ved=2ahUKEwi456yq1PHtAhWaEMAKHaXuBaEQ6AEwDHoECBEQAg#v=onepage&q=steamship%20Orissa%201876&f=false

Extraído de «BPMT», XXI-5 de 19 de Junho, p. 107
Extraído de «BPMT», XXI-9 de 27 de Fevereiro de 1875, p. 44

A Portaria Provincial n.º 19 de 30 de Janeiro de 1875, determinou a incorporação na Fazenda, segundo a lei dos bens móveis e imóveis, do Convento de Santa Clara, por ter falecido a última religiosa deste convento.

Extraído de «BPMT», XXI-6- de 6 de Fevereiro de 1875, p. 27
Extraído de «BPMT», XIII-43 de 28 d

O governador Macau homenageado era José Maria da Ponte e Horta (26-10-1866 a 2-08-1868)

Maximiano António dos Remédios filho de António dos Remédios e de Rita de Sousa Peres nasceu em S. Lourenço a 12.09.1808 e faleceu S. Lourenço a 1.02.1875. Rico negociante e proprietário, arrolado em 1871 como um dos 40 maiores contribuintes de Macau. A 17.09.1871, reuniu em sua casa um grupo de macaenses que constituíram o núcleo fundador da «Associação Promotora da Instrução dos Macaenses» (APIM). Na eleição da 1.ª direcção Maximiano dos Remédios foi eleito presidente.

Maximiano dos Remédios tinha uma propriedade na chácara de S. José, vulgarmente conhecida por chácara de Manochái sita na Calçada das Chácaras (lugar onde havia várias chácaras) local hoje junto de Santa Sancha. A 17 de Abril de 1902, o provedor da Santa Casa da Misericórdia, (SCM) propôs e a Mesa concordou em comprar por $2 000 a «Chácara de S. José» pertencente à viúva de Maximiniano António dos Remédios, contínua ao Hotel BoaVista (comprada pela SCM em 15 de Novembro de 1901 para aí instalar Hotel Sanatório) com intenção de aumentar a área de construção.

Anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/maximiano-antonio-dos-remedios/

Informações retiradas de: FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, VOL. III, 1996, p. 40; TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol. I, 1997 p. 303, 311,

No dia de 23 de Agosto celebra-se a festa litúrgica de Santa Rosa de Lima (1).

Recordo o papel missionário ligado ao ensino do Colégio de Santa Rosa de Lima, em Macau, nomeadamente a acção educativa das Franciscanas Missionárias de Maria transcrevendo parte dum artigo (com fotos) não assinado, publicado no Boletim de Macau (2)

As alunas numa aula prática de Físico-Química

“O Colégio de Santa Rosa de Lima ficou debaixo da direcção das Franciscanas Missionárias de Maria (F.M.M.) (3) a partir de 1903. Foi no dia de 17 de Novembro de 1903, que as Franciscanas chegaram a Macau, tendo assistido ao seu embarque a própria fundadora do seu Instituto, a Reverenda Madre Maria da Paixão. Anos antes havia ela visitado Portugal por ocasião do sétimo centenário de Santo António de Lisboa, pelo qual ela tinha grande devoção, e daí levou gratas recordações do país.

Professoras dão aulas de costura

Assim não recusou o pedido (insistente) de D. João Paulino de Azevedo e Castro, para a vinda de um grupo de Religiosas para Macau. Foram instaladas na primitiva habitação das monjas de Santa Clara (4) (5) e, transformado o mosteiro em colégio de educação feminina, com o nome de Santa Rosa de Lima. Assim decorreram anos, quando em 1910, as Religiosas se viram obrigadas a tomar outro rumo, deixando atrás de si uma obra.

Preparando-se para a vida, aprendem também dactilografia

Retomaram esse lugar, quando D. José da Costa Nunes desejando haver uma casa de educação onde fossem instruídas meninas de origem portuguesa, resolveu fazer de Santa Rosa de Lima, um centro intelectual e religioso, admitindo alunas de todas as nacionalidades, qualquer que fosse a crença que professassem. Assim em 1932 era entregue a direcção às F.M.M. este estabelecimento, que, pouco a pouco, vai ampliando e remodelando surgindo do antigo edifício, um novo que foi inaugurado no dia de 24 de Março de 1934. Posteriormente, foi construída a igreja de Santa Clara que liga o Convento com o Colégio, benzida e inaugurada no dia 25 de Outubro de 1936, festa de Cristo Rei.

As alunas escuteiras numa aula de sinalização

No ano lectivo de 1955/1956 estavam inscritas um total de 929 alunas inscritas nas três sessões de ensino, (6) respectivamente: secção portuguesa com 220; secção chinesa com 355 e secção inglesa com 354. Os Cursos Secundários das Sessões Chinesa e Inglesa estavam oficialmente reconhecidos, dando o primeiro ingresso às Universidades da Ilha Formosa e o segundo à Universidade Católica de Washington.

Os desportos fazem parte das actividades diárias das alunas

Há ainda uma escola gratuita primária, para meninas pobres, chinesas, cujas aulas eram diários das 5 h às 7h da tarde. Essas aulas eram frequentadas por 158 crianças. Ministrava-se no Colégio o ensino de línguas estrangeiras, assim como o da música, tendo muitas alunas feito os exames do «Trinity College of Music» em Hong Kong.”

Na Igreja,durante uma festa religiosa no mês de Maio

(1) Rosa de Lima (Lima, 20 de abril de 1586 – Lima, 30 de agosto de 1617), nome de baptismo de Isabel Flores y Oliva, foi uma mística da Ordem Terceira Dominicana, beatificada em15 de Abril de 1668 por Papa Clemente IX e canonizada em 2 de Abril de 1671, Roma por Papa Clemente X. Santa Rosa é a primeira santa nativa da América e padroeira do Peru.

(2) Macau, Boletim Informativo da Repartição Provincial dos Serviços de Economia e Estatística Geral, Ano III, n.º 60, de 31 de Janeiro de 1956, pp. 8-9.

(3) 4-10-1903 – Partiram para Macau, vindas da Europa, (chegaram a 17-11-1903), as religiosas Missionárias Franciscanas de Maria, para dirigirem o Colégio de Sta. Rosa de Lima (iniciativa de D. João Paulino de Azevedo e Castro (1902-1918) para educação de pensionistas, e órfãs, esta gratuitamente). Acolhia, como internas, raparigas de vários pontos do Extremo Oriente – incluindo Tailândia. Depois de um interregno (1916-1932), voltaram, já em tempo de D. José da Costa Nunes. Em 1933 abriu a secção chinesa. Em 1936 é inaugurado o novo Colégio-Sede, resultante de ampliação. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 17)

 (4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/convento-de-santa-clara/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/igreja-de-santa-clara/

 (5) Até 1903, era dirigido pelas Filhas Canossianas da Caridade desde 1889. Antes das canossianas, o colégio, naquela altura chamado de recolhimento, albergou as clarissas, cujo convento foi destruído por um incêndio em 1824. As irmãs foram albergadas no Recolhimento de Santa Rosa de Lima. Com o falecimento da última clarissa em 1875, o recolhimento passou a chamar-se de Colégio de Santa Rosa de Lima.

(6) As línguas de ensino do colégio foram o português, o Inglês e o cantonense. O ano lectivo 1992-1993 foi o último ano do ensino em português do Colégio Santa Rosa Lima. 

Na tarde do dia 29 de Julho de 1875, pelas 17H00, deflagrou um incêndio numa casa situada na Rua da Cadeia Pública. (1) Foi debelado com a ajuda dos elementos militares (Força Naval e Batalhão de Infanteria) e do Corpo da Polícia de mar e terra.

Extraído de «BPMT», XXI-n.º31 de 31 de Julho de 1875, p. 134

(1) O Leal Senado mudou o nome da «Rua da Cadeia» para «Rua Dr. Soares», em memória dos serviços prestados no território do Dr. José Caetano Soares. A rua começa na Rua dos Cules, entre a Calçada do Tronco Velho e o Beco da Cadeia, e termina na Avenida Almeida Ribeiro, ao lado do edifício dos Paços do Concelho. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/rua-da-cadeia-rua-do-dr-soares/

Anteriores referências ao capitão e inspector interino dos incêndios, Frederico Guilherme Freire Corte Real, ver em; https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/frederico-g-freire-corte-real/

Foi construída esta fortaleza em 1740. (1) Na actualidade tem trinta e duas peças de artilheria, sendo três de bronze e as mais de ferro. Oito estão apeadas, e todas as outras montadas. O oficial comandante do destacamento, que a guarnece, e que é rendido todos os mezes, é também o comandante interino da fortaleza” (2) (3)

Fortaleza de S. Tiago da Barra – entrada do Porto Interior (aguarela sobre papel; Marciano Baptista c. 1875-80; Martyn Gregory Gallery

Esta fortaleza (edificada no local de uma anterior bateria de canhões), está situada na ponta Sul da Península de Macau, como fortificação costeira das margens da colina da Barra, à entrada da barra do Porto Interior.

(1) A Fortaleza (Forte da Barra) não foi construída em 1740. Foi construída de 1616 a 1629 ; em 1740 foi construída a Capela de S. Tiago, no interior do forte, aquando da ampliação e reforço do forte. (TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol II. ICM, 560 p. )

(2) «Almanach Luso Chinez de Macau para o anno de 1866», pp. 42-43

(3) Entre 1846-1851, foi comandante da Fortaleza da Barra, em Macau,  José Manuel de Carvalho e Sousa. Natural de Goa, foi ajudante às ordens do Governador Geral da Índia, Barão de Sabroso, em 1838, depois secretário do Governador de Macau, Adrião Acácio Silveira Pinto. Após o comando da Barra regressou à India. Escreveu três capítulos da sua História de Macau, editada em Macau na Tipografia de Silva e Sousa. A obra não teve muitaa ceitação pelo que , planeada para publicação mensal e subscrição pública, ficou incompleta (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, pp. 102-103.

Entre 18-03-1861 a 31-01-1867, foi comandante do forte Jerónimo Pereira Leite, major da Guarnição da província de Macau e Timor.

Anteriores referências a este forte e o pintor em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/capela-de-s-tiago-barra/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/fortaleza-de-s-tiago-ou-da-barra/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/marciano-antonio-baptista/

Gravura apresentada na revista “A Illustração Luso Brasileira” de 1856, (1) com a legenda:

ILUMINAÇÃO DO PALÁCIO DO CONSUL BRASILEIRO EM MACAU

A gravura não é acompanhada de mais informações. No mesmo número deste jornal, na página 124, encontra-se uma pequena notícia do incêndio do bazar em Macau, notícia essa, com maior desenvolvimento, foi dada pelo correspondente Carlos José Caldeira, no mesmo jornal, número 12 de 22 de Março de 1856. (ver “Grande Incêndio do Bazar Chinez em Macau” na postagem de 04-01-2015) (2)

O cônsul do Brasil em Macau, nesse ano, muito provavelmente terá sido o 1.º Barão do Cercal , Alexandrino António de Mello (1809-1877) . Não tenho informações, qual a data da sua nomeação mas no Almanach Luso-Chinez de 1866”, consta o nome do Barão embora com a indicação de ausente. (3) (4)

O filho António Alexandrino foi posteriormente, em 1875, nomeado cônsul do Brasil em Macau, lugar que foi extinto com a sua morte (5)

A residência (gravura) terá sido, o original edifício, mandado construir pelo Barão do Cercal, em 1849, (arquitecto José Tomás de Aquino) e posteriormente adquirido pelo Governo (actual Palácio do Governo, na Praia Grande).

(1) “A Illustração Luso Brasileira”, n.º 16 de 19 de Abril de 1856, p. 125.

A Illustração Luso-Brasileira”, publicou-se nos anos 1856, 1858 e 1859 (Vol. 1, n.º 1 de 5 Jan. 1856 ao Vol. 3, n.º 52 de 31 Dez. 1859), por iniciativa de António José Fernandes Lopes, também editor do Jornal “O Panorama”. http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/IlustrLusoBr.pdf

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/01/04/noticia-de-4-de-janeiro-de-1856-grande-incendio-do-bazar-chinez-em-macau/

(3) “Almanach Luso-Chinez de 1866”, p. 45

NOTA: Nesse ano 1866, o cônsul da Itália em Macau era António Alexandrino, 2.º Barão do Cercal (também ausente), filho de Alexandrino António (1.º Barão)

(4) Alexandrino António de Mello (1809-1877): 1.º Visconde (Decreto de 13 de Março e Carta de 5 de Abril de 1867) e 1.º Barão do Cercal (Decreto de 11 de Dezembro de 1851 e Carta de 5 de Janeiro de 1852) em duas vidas. Faleceu no «Hotel Beauvan» em Beauvan, junto a Marselha, a 21-05-1877. (6) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/barao-visconde-do-cercal/

(5)1.º Filho: António Alexandrino de Melo (S. Lourenço 7-06-1837 – faleceu na sua casa na Calçada da Paz em S. Lourenço a 27-05-1885) – 2.º Barão de Cercal. (recebeu o título em 16 de Setembro de 1863. Foi cônsul da Itália em Macau desde 1864.

28-05-1864 – TSYK I-47 de 25 de Agosto de 1864, p. 191

TSYK I-47 de 25 de Agosto de 1864, p. 191

https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/antonio-alexandrino-de-melo/

 (6) FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Vol II, 1996, pp. 646-647

Extraído de «Boletim do Governo de Macau», VI- 17 de 31 de Março de 1860, p. 68

ANTÓNIO Feliciano MARQUES PEREIRA (1839-1881), jornalista e de folhetinista, veio para Macau em 1859. Casou em Macau (na igreja de S. Lourenço), no dia 8 de Janeiro de 1861, com Belarmina Inocência de Miranda, filha de António José Maria de Miranda, nome marcante na governação do Território neste período. É autor de uma série de “romances de acção contemporânea” publicados em vários números do Boletim do Governo de Macau (e depois publicados em separado com a denominação geral de “Esboços e Perfis”), e das “Efemérides Comemorativas a História de Macau” que foram apresentadas ao longo de vários números do Boletim e depois reunidas e publicadas em livro “Ephemerides commemorativas da história de Macau e das relações da China com os povos christãos”. (1) Ligado à publicação do semanário «Ta-Ssi-Yang-Kuo (Daxiyangguo 大西洋國)», de 1863 a 1866.

Além de outros cargos públicos foi Superintendente da Emigração Chinesa (1860-1865) (2); Procurador dos Negócios Sínicos, (1865 – 1868) (3); capitão da 1.ª Companhia do Batalhão Nacional de Macau (4); secretário da Missão Diplomática à Corte de Pekim nomeado pela Portaria de 15 de Abril de 1862 e exonerado a 11 de Setembro de 1862 (ordem n.º 34) de «BGMVIII», n.º 41 de 13 de Setembro de 1862, p. 164.

Depois da sua saída de Macau, António Feliciano Marques Pereira ocupou o posto de cônsul de Portugal no Sião (Janeiro de 1875) e Singapura (1876). Em Abril de 1881 embarcou para Bombaim, a fim de exercer as funções de cônsul-geral de Portugal na Índia Britânica, onde faleceu no dia 11 de Setembro desse ano.

NOTA: Sugiro a leitura da biografia mais pormenorizada de António Marques Pereira, publicado por António Aresta, recentemente na página 13 do «Jornal Tribuna de Macau», de 24 de Março, a evocação de «António Marques Pereira, o fundador da macaulogia» – https://jtm.com.mo/record/2021/03Mar/24-03-2021.pdf

(1) Acção filantrópica: 14-08-1868 – Doou a quantia de 104 patacas produto da publicação do livro “Ephemerides commemorativas da história de Macau e das relações da China com os povos christãos” à Santa Casa da Misericórdia

(2) Elaborou um relatório sobre a emigração chinesa a partir do porto de Macau. “Relatório da Emigração Chinesa em Macau”, que entregou ao governador em 31 de Julho de 1861 e é hoje considerado um texto fundamental no estudo da questão dos cules. Tem outro livro de interesse “As Alfândegas Chinesas de Macau. Análise do Parecer da Junta Consultiva do Ultramar Sobre Este Objecto” publicado em 1870.

(3) Elaborou o “Relatório acerca das atribuições da Procuratura dos Negócios Sínicos da Cidade de Macau”, dirigido ao Governador. Depois publicado em 1867 pela Typografia de J. da Silva.

(4) 9-01-1869 – Ordem n.º 16 – Nomeado capitão da 1.ª companhia do Batalhão Nacional de Macau («BPMT»,  XV n.º2 de 11 de Janeiro de 1869, p. 6

Anteriores referências neste blogue, em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/antonio-feliciano-marques-pereira/