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JULHO de 1880 – O advogado Albino Pacheco Jorge deu por incompetente o Tribunal da Procuratura para julgar uma causa crime entre dois chineses da Ilha de D. João, alegando que a Ilha não pertence ao governo português. A Procuratura deu-se por incompetente e não julgou a causa. Mas em Maio de 1881 dá-se um caso de dois chineses que pagaram – e provam- à Fazenda Pública de Macau as suas licenças anuais para pesca nas baías de Hác Sá Van e Choc Van, em Coloane. No entanto, o encarregado do pagode Hum Seng Vong da aldeia Vong Cam – Ilha da Montanha – afirma que essas baías do Sul de Coloane são da sua jurisdição e que não recebe as rendas desde 1879! Se assim se provar, deverá o dinheiro ser devolvido ao pagode. O Administrador Correia de Lemos pede à Secretaria do Governo que tome conta da ocorrência e a dê a conhecer ao Governador mas vai dizendo que “questões semelhantes resolvidas assim vão dando azo a muitas reclamações contra a Fazenda Nacional, e o governo irá a pouco a pouco perdendo a sua força moral”. (1) (2)

(1) “16 de Abril de 1881 – O advogado e procurador interino António Joaquim Basto Jr., em conversa havida com o Administrador da Taipa, sobre o assunto do tributo de pesca nas baías sul de Coloane, disse que o china encarregue do pagode da Ilha da Montanha mostrara realmente em Tribunal um documento “muito legal” do Governo de “Iong San” (Heung-San), no qual a autoridade chinesa declarava em sentença que “as duas baías de Coloane pertenciam ao pagode, o que dava a este o direito de cobrar direitos”! O Procurador mostrou-se ávido de conhecer detalhes que lhe permitissem vir a actuar, porque julgava o caso muito “melindroso”.

O Administrador do Concelho das Ilhas respondeu-lhe simplesmente que a autoridade portuguesa tinha completa jurisdição sobre Coloane, onde ficavam as baías de Hac Sa e Choc Van e que as embarcações de guerra até ficavam sujeitas à fiscalização portuguesa do posto, sem que as autoridades chineses fizessem a mínima reclamação. Sendo as águas portuguesas, só lhe devem ser aplicadas as leis civis compiladas no Código Português, em especial no artigo 395.º. Além disso não há lei nenhuma que confira a particulares qualquer privilégio em lugares públicos sujeitos a regulamentos administrativos.” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 238)

(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 236,

No dia 6 de Agosto de 1882, regressou do Japão o Governador e Ministro Plenipotenciário junto à corte da China, Japão e Sião, Joaquim José da Graça.

O «Boletim da Província de Macau e Timor» de 5 de Agosto de 1882 (suplemento ao n. 30) publicou o programa de recepção.

Extraído do «BPMT», Suplemento ao n.º 30 de 5 de Agosto de 1882

Joaquim José da Graça (1825 -1889), governador de Macau, então major de infantaria, nomeado a 04-09-1879 (1) com tomada de posse em 28-11-1879 até 23-04-1883 (data em que entregou o governo ao Conselho Governativo, para regressar ao reino em 27 de Março de 1883). (2)

 “A principal questão que tem pela frente é ainda e sempre ligada com as alfândegas chinesas, em torno de Macau. Como os dois antecessores também este governador visitou o Vice Rei dos dois Kuangs, de Cantão (regressou a 17-01-1881) mas, se isso é possível, a situação final foi ainda menos favorável. As indefinições eram muitas: que alfândegas, que linhas marítimas de separação, que assinaturas de quem… realmente a conseguir-se algo consistente tinha que ser entre as primeiras autoridades de Portugal e da China. “  (V. Governadores de Macau, pp. 266-268) (3)

https://www.geni.com/people/Joaquim-Jos%C3%A9-da-Gra%C3%A7a/6000000023253680552

(1) “21-08-1879 – Data dos Decretos de exoneração de Governador do Visconde de Paço d´Arcos; e nomeação para Governador do Coronel do estado Maior Filippe Joaquim de Sousa Quintella; este último Decreto foi anulado e foi nomeado o Major de Infantaria Joaquim José da Graça em 04-08-1879.” (3)

(2) “24-03-1883 – O conselheiro Joaquim José da Graça, exonerado por Decreto de 29 de Dezembro de 1882, entregou o governo ao Conselho Governativo, para regressar ao reino em 27 de Março de 1883.” (3)

(3) in SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015 pp. 229, 233, 235, 244 e 246.

Anteriores referências neste blogue a este governador: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joaquim-jose-da-graca/

Extraído de «Boletim do Governo de Macau», VI- 17 de 31 de Março de 1860, p. 68

ANTÓNIO Feliciano MARQUES PEREIRA (1839-1881), jornalista e de folhetinista, veio para Macau em 1859. Casou em Macau (na igreja de S. Lourenço), no dia 8 de Janeiro de 1861, com Belarmina Inocência de Miranda, filha de António José Maria de Miranda, nome marcante na governação do Território neste período. É autor de uma série de “romances de acção contemporânea” publicados em vários números do Boletim do Governo de Macau (e depois publicados em separado com a denominação geral de “Esboços e Perfis”), e das “Efemérides Comemorativas a História de Macau” que foram apresentadas ao longo de vários números do Boletim e depois reunidas e publicadas em livro “Ephemerides commemorativas da história de Macau e das relações da China com os povos christãos”. (1) Ligado à publicação do semanário «Ta-Ssi-Yang-Kuo (Daxiyangguo 大西洋國)», de 1863 a 1866.

Além de outros cargos públicos foi Superintendente da Emigração Chinesa (1860-1865) (2); Procurador dos Negócios Sínicos, (1865 – 1868) (3); capitão da 1.ª Companhia do Batalhão Nacional de Macau (4); secretário da Missão Diplomática à Corte de Pekim nomeado pela Portaria de 15 de Abril de 1862 e exonerado a 11 de Setembro de 1862 (ordem n.º 34) de «BGMVIII», n.º 41 de 13 de Setembro de 1862, p. 164.

Depois da sua saída de Macau, António Feliciano Marques Pereira ocupou o posto de cônsul de Portugal no Sião (Janeiro de 1875) e Singapura (1876). Em Abril de 1881 embarcou para Bombaim, a fim de exercer as funções de cônsul-geral de Portugal na Índia Britânica, onde faleceu no dia 11 de Setembro desse ano.

NOTA: Sugiro a leitura da biografia mais pormenorizada de António Marques Pereira, publicado por António Aresta, recentemente na página 13 do «Jornal Tribuna de Macau», de 24 de Março, a evocação de «António Marques Pereira, o fundador da macaulogia» – https://jtm.com.mo/record/2021/03Mar/24-03-2021.pdf

(1) Acção filantrópica: 14-08-1868 – Doou a quantia de 104 patacas produto da publicação do livro “Ephemerides commemorativas da história de Macau e das relações da China com os povos christãos” à Santa Casa da Misericórdia

(2) Elaborou um relatório sobre a emigração chinesa a partir do porto de Macau. “Relatório da Emigração Chinesa em Macau”, que entregou ao governador em 31 de Julho de 1861 e é hoje considerado um texto fundamental no estudo da questão dos cules. Tem outro livro de interesse “As Alfândegas Chinesas de Macau. Análise do Parecer da Junta Consultiva do Ultramar Sobre Este Objecto” publicado em 1870.

(3) Elaborou o “Relatório acerca das atribuições da Procuratura dos Negócios Sínicos da Cidade de Macau”, dirigido ao Governador. Depois publicado em 1867 pela Typografia de J. da Silva.

(4) 9-01-1869 – Ordem n.º 16 – Nomeado capitão da 1.ª companhia do Batalhão Nacional de Macau («BPMT»,  XV n.º2 de 11 de Janeiro de 1869, p. 6

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Após prolongado sofrimento que o trazia prostrado no leito há mais dum ano, faleceu, na sua residência n.º 71 da Rua da Praia Grande, vitimado por uma tuberculose pulmonar, no dia 6 do corrente, o Sr. Leôncio Alfredo Ferreira, com 69 anos de idade. O funeral realizou-se no dia seguinte, às 17 e meia horas”.(1)

Nascido em Macau a 15 de Maio de 1849, era filho de D. Maria Gualdina Gonçalves, natural de Macau, e de João Eleutério Ferreira, nascido em Portugal. (2) Fez os seus estudos na «Escola Macaense» e transitou para o Seminário de S. José, onde foi sempre aluno distintíssimo, distinguindo-se em todo o seu curso pela sua aplicação, aproveitamento e comportamento exemplar, ganhando inúmeros prémios e referências elogiosas da imprensa.

Terminado no Seminário de S. José, o seu curso com distinção, dirigiu-se para Goa a fim de estudar Jurisprudência, regressando a Macau depois de formado. Estudioso apaixonado da língua chinesa, conhecedor profundo da mentalidade e psicologia dos chineses, revelou-se não só um valoroso intérprete mas mais especialmente um medianeiro inteligente nas relações destes como nosso governo.

Casou na Sé Catedral de Macau em 27 de Setembro de 1881, com Maria José Pereira (1861-?). Segunda núpcias, em 20 de Dezembro de 1894, com sua tia por afinidade Ana Teresa Vieira Ribeiro (condessa viúva de de Senna Fernandes). Não deixou filhos.

Além de advogado de provisão, professor da Escola Municipal e jornalista, (3) desempenhou os altos cargos públicos, com distinção e aprumo moral que eram o timbre do seu carácter integérrimo, enumerando aqui alguns dos cargos: pela Portaria n.º 82 de 20 de Julho de 1825, foi nomeado Secretário da Comissão Administrativa da Santa Casa de Misericórdia; pela Portaria n.º 106, de 8 de Novembro de 1875, foi nomeado Delegado interino da Comarca de Macau de que, porem, se escusou, em 5 de Julho de 1876

«BPMT», XXII-28 de 8 de Julho de 1876, p. 114

Comentando este caso alguém escreveu no «Jornal de Macau» n.º 29 de 24 de Novembro de 1875: “O Senhor Leôncio Ferreira que exerceu com zello e intelligencia o lugar de procurador da coroa, d´esta vez entendeu que não devia aceitar semelhante cargo porque não quer aferir pela balança por onde são pezados os membros da exma. Junta, que estão no equilíbrio das ilegalidades, em quanto se não justificarem das acusações que lhe hão feito” (1)

Pela Portaria n.º 97, de 23 de Dezembro de 1876, foi nomeado Administrador interino do Concelho de Macau, cargo que anteriormente já vinha desempenhando; em 23 de Setembro de 1879 foi nomeado pela Portaria n.º 118, administrador efectivo.

«BPMT», XXII-52 de 23 de Dezembro de 1876

Pela Portaria n.º 67 de 27 de Julho de 1877, foi exonerado do cargo de secretário da Comissão Administrativa da Santa Casa sendo nomeado Pedro Nolasco da Silva para o substituir (Portaria n.º 75 de 3 de Agosto de 1877); pela Portaria n.º 53 de 14 de Agosto de 1878, foi nomeado Procurador interino dos Negócios Sínicos. Exonerado em Setembro de 1879, para tomar posse, em 23 de Setembro, (Portaria n.º 118) do cargo de Administrador efectivo do Concelho de Macau. (até 1881). (4)

No dia 17 de Maio de 1881, António Joaquim Bastos Junior foi demitido do cargo do procurador dos negócios sínicos, para que havia sido interinamente nomeado por portaria n.º 56. Leoncio Alfredo Ferreira foi nomeado para o mesmo cargo. (BGPMT n.º 21 de 21 de Maio de 1881); pela Portaria n.º 81, de 12 de Novembro de 1881, foi nomeado Presidente da Comissão Administrativa da Santa Casa de Misericórdia; pela Portaria n.º 117 de 27 de Outubro de 1883, foi nomeado cônsul de 1.ª classe, em Shanghai (1883-1884).

Pela sua diplomacia, inteligência e valor demonstrados no desempenho desta missão, foi condecorado pelo Governo Central de Lisboa com o Grau de Oficial da Torre e Espada por Diploma de 23 de Janeiro de 1896.

Pela Portaria n.º 22, de 1 de abril de 1885, foi nomeado vogal do Conselho Inspector de Instrução Pública.; pela Portaria n.º 144, de 20 de Dezembro de 1898, foi louvado pela Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar, pela maneira como se houve durante a epidemia de petes bubónica que assolou Macau, de Fevereiro a Julho desse ano, no desempenho dos serviços de higiene e desinfecção; pela Portaria n.º 145, de 5 de Dezembro de 1902, foi nomeado Vogal do Conselho de Governo da Província.

Dados biográficos extraídos de : «Macau Boletim Informativo», II-27 de 15 de Setembro de 1954, pp. 11-12; FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses Volume I, pp. 1077-1078; e o livro referenciado em (1) 

(1) TEIXEIRA, P. Manuel- Galeria de Macaenses Ilustres do Século XIX, p. 449-497.

(2) João Eleutério Ferreira (c.1785 – 1872) nasceu em Coimbra, Portugal, vindo para Macau casou, nesta cidade, pela 1.ª vez em 1830 e pela 4.ª vez com Maria Galdina Fernandes, filha de Vicente José Fernandes e de Ricarda Constantina Fernandes e irmã de Bernardino de Sena Fernandes (1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Conde de Sena Fernandes), de quem teve apenas um filho, Leôncio Alfredo Ferreira.

(3) Em favor dos Jesuítas, expulsos de Macau publicou um opúsculo, intitulado: “Um brado pela verdade ou a questão dos Professores Jesuítas em Macao e a Instrução dos Macaenses, Macau, Tipographia Mercantil, 1872.

(4) Na sua qualidade de Administrador do Concelho fez o relatório sobre a morte trágica co coronel Mesquita. (1)

NOTA 1: A Câmara de Macau decidiu honrar a sua memória atribuindo o seu nome à «Rua Leôncio Ferreira» – começa na Avenida de Sidónio Pais, a entrada da Rua de Silva Mendes, e termina na Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida, entre os prédios n.ºs 58-H e 60.

NOTA 2 : Aconselho a leitura dos trabalhos de António Aresta, intitulados ” O Pensamento Moral de Leôncio Alfredo Ferreira, e “A Sinologia Portuguesa: um esboço breve” disponíveis para leitura em: https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/15959.pdf   e http://www.icm.gov.mo/rc/viewer/30032/1963

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No dia 6 de Agosto de 1882, regressou do Japão o Governador e Ministro Plenipotenciário junto à corte da China, Japão e Sião, Joaquim José da Graça. O «Boletim da Província de Macau e Timor» de 5 de Agosto de 1882 (suplemento ao n.º 30) publicou o programa de recepção.

Extraído do «BPMT», Suplemento ao n.º 30 de 5 de Agosto de 1882

Joaquim José da Graça (1825 -1889), governador de Macau, então major de infantaria, nomeado a 04-09-1879 (1) com tomada de posse em 28-11-1879 até 23-04-1883 (data de posse de Thomaz de Sousa Roza). Foi exonerado a 24-03-1883. (2)

 “A principal questão que tem pela frente é ainda e sempre ligada com as alfândegas chinesas, em torno de Macau. Como os dois antecessores também este governador visitou o Vice Rei dos dois Kuangs, de Cantão (regressou a 17-01-1881) mas, se isso é possível, a situação final foi ainda menos favorável. As indefinições eram muitas: que alfândegas, que que linhas marítimas de separação, que assinatura s de quem… realmente a conseguir-se algo consistente tinha que ser entre as primeiras autoridades de Portugal e da China. “  (3)

(1) “21-08-1879 – Data dos Decretos de exoneração de Governador do Visconde de Paço d´Arcos; e nomeação para Governador do Coronel do estado Maior Filippe Joaquim de Sousa Quintella; este último Decreto foi anulado e foi nomeado o Major de Infantaria Joaquim José da Graça em 04-08-1879.”(3)

(2) “24-03-1883 – O conselheiro Joaquim José da Graça , exonerado por Decreto de 29 de Dezembro de 1882, entregou o governo ao Conselho Governativo, para regressar ao reino em 27 de Março de 1883.” (3)

(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015 pp. 244, 299, 233 e 246.

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A «Gazeta de Macau e Timor, (1) noticiava a partida no dia 30 de Abril de 1873, da cidade de Goa para Macau, do brigue «Concordia», levando a bordo 41 praças mouras para a polícia de Macau, requisitadas pelo governador Visconde de S. Januário, sob o comando do tenente José dos Santos Vaquinhas (2) e de um sargento europeu.

«Gazeta de Macau e Timor», I- 37 de 3 de Junho de 1873

O mesmo jornal de 17 de Junho, (3) dava a notícia da chegada breve a Macau do brigue, por notícias de Penang (4) onde fez escala (faria ainda outra escala em Singapura no dia 2 de Junho). Noticiava ainda que os mouros seriam alojados no novo quartel em S. Lázaro. (5) O brigue «Concordia» chegou a Macau no dia 17 de Junho de 1873

«Gazeta de Macau e Timor», I- 39 de 17 de Junho de 1873,

(1) «Gazeta de Macau e Timor», I- 37 de 3 de Junho de 1873, p. 3

(2) José dos Santos Vaquinhas, tenente em 1873, da Guarnição de Macau e Timor, ocupa interinamente o cargo de Comandante do Posto Militar da Taipa e Coloane, que se encontrava vago em Março de 1874. Nomeado comandante militar da Taipa e Coloane de 04-06-1874 a 30-06-1874 e depois já Major, segundo comandante da guarda policial de Macau, em 1883. Em 1888, como inspector dos incêndios, foi nomeado responsável pelas operações sanitárias devido ao surto de “cólera morbus” declarado a bordo do transporte de guerra “Índia”, e ficou contagiado, falecendo em 1888, na sequência de complicações de ordem cerebral (6)

José dos Santos Vaquinhas tem vários artigos sobre Timor (história da colonização, usos e superstições, etc) que foram publicados entre 1881 a 1887 no «Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa», de que era correspondente. Ver anteriores referências de José do Santos Vaquinhas https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-dos-santos-vaquinhas/

(3) «Gazeta de Macau e Timor», I- 39 de 17 de Junho de 1873, p. 2

(4) Penang é um estado da Malásia, geograficamente dividido em duas partes: ilha de Penang (Pulau Penang) e Seberang Perai (estreita faixa no continente malaio)

(5) Terá sido um alojamento (casa) provisório até ser construído um novo quartel, o chamado «Quartel dos Mouros”, que foi inaugurado em 15-08-1874, na Barra. (7) O novo edifício especificamente destinado a aquartelar a companhia de mouros do Corpo da Polícia de Macau, foi construído segundo o projecto do arquitecto italiano Cassusso. Em 1905 foi transformado para nele se instalarem a Capitania dos Portos e a Polícia Marítima. (87)

(6) “16-08-1888 – Vindo de Hong Kong com tropas portuguesas em trânsito, chegou à Baía de Cacilhas o transporte de guerra Índia, tendo-se declarado a bordo «cólera morbus”, contraída na colónia britânica. De 20 de Agosto a 9 de Setembro fez-se um cordão sanitário com centro de operações na Guia, para isolar aquela zona. O responsável Major José dos Santos Vaquinhas, inspector de incêndios, acabou por ser contagiado e morreu, na sequência de complicações de ordem cerebral e apesar do seu caso ser inicialmente de cólera benigna.” https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/08/16/noticia-de-16-de-agosto-de-1888-pandemia-de-colera-morbus/

(7) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/quartel-dos-mouros/

(8) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.

“O Porto Interior é formado por um braço do rio Sikiang. As províncias de Kuang-tung e Kuang-si, ou seja, os dois Kuangs são cortados em três sentidos por três rios – o Sikiang (Rio do Oeste), o Pehkiang (Rio do Norte) e o Chukiang (Rio do Este ou das Pérolas –Rio de Cantão)

O Sikiang e Pehkiang fundem-se num só ao chegarem a Sam-chui; é este que, com o nome de Sikiang, vai descendo numa linha tortuosa, recebendo afluentes e ramificando-se em numerosos braços até Mo-to, numa extensão de 57 milhas. Percorre ainda aproximadamente 9 milhas até ao Broadway, desviando-se para Macau pelo canal de Malau Chau; é um braço desse rio que forma o Porto Interior de Macau que mede duas milhas de comprimento da entrada da Barra até à Ilha Verde, medindo na sua maior largura uma milha e um quarto e meia milha na menor. A leste, Macau é limitado pelas águas do delta do rio Chu Kiang” (1)

24-02-1868 – Em Macau, nesta data, o aterro do rio, para o lado da Barra, achava-se já unido ao aterro do Pagode chinez, de modo que as povoações da Barra e Patane ficaram em comunicação pela estrada marginal (2). Miguel Aires da Silva concessionário das obras do cais e aterro, foi o homem que se abalançou à terragem da marginal do Porto Interior, ficando as obras concluídas em 4 de Março de 1881. (1)

(1) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, 1997.

(2) «Boletim da Província de Macau e Timor», XIV-8 de 24-02-1868.

Anúncios publicados no «Boletim da Província de Macau e Timor» de 1881, anunciando produtos “farmacêuticos” da época, nomeadamente “Productos Raoul BRAVAIS” (1)
(1) A “Société Genérale des Produits Raoul Bravais for Pharmaceutical Preparations “ foi galardoada na “International Medical and Sanitary Exhibition” no ano de 1881 com “Awards of Merit”. A morada do químico M. Roul Bravais, proprietário da Sociedade, era Rua Lafayette, n.º 13, Paris.

Artigo de F. Amaral publicado na revista universal “Jornal de Domingo” (1), sobre “Uma Festa Chineza em Macau
(1) Revista universal “Jornal de Domingo”, n.º 45, 25 Dezembro de 1881, p. 355-358

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1) 
Este palácio denominado Palácio do Cercal, (2) mandado construir em 1849 pelo /Barão do Cercal /Visconde (a partir de 1865) ao arquitecto macaense José Tomás de Aquino, foi  arrendado em 1 de Junho de 1875 pelo Governo por um ano (renovado se não houvesse qualquer aviso) pela renda inicial: $2 400 patacas. Depois o palácio foi penhorado e posto em arrematação em 1881 sendo comprado pelo Governo (sendo governador Joaquim José da Graça) por $20. 080 patacas. A partir de 1884, foi residência dos governadores sendo o primeiro, Tomás de Sousa Rosa (1883 a 1886) até 1926, quando o governador Tamagnini Barbosa (2.º mandato) escolheu Santa Sancha para sua residência permanente. Desde esta data, o Palácio da Praia Grande ou o Palácio do Governo ficou a servir apenas de sede de governo (nele funcionava também a Assembleia Legislativa e o Conselho Consultivo do Governador), até 1999 e após essa data, sede oficial do Chefe do Executivo de Macau e do seu Governo.
(1) Ver anterior referência em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/
(2) Era o prédio n.º 27 da Rua da Praia Grande
Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/06/08/noticia-de-8-de-junho-de-1875-arrendamento-do-palacio-da-praia-grande-do-visconde-do-cercal/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/barao-do-cercal/