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Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 115-117, (1) (2) neste caso a descrição dos “Edifícios públicos” existentes nessa época.

“ – A capitania dos portos está bem alojada n´um amplo embora velho edifício, que foi primitivamente um quartel e agora apenas tem o defeito de não estar situado á beira-mar.

– O laboratório bactereologico, antigamente a residência de verão do governador, é um elegante chalet, construído a meio de um bello jardim, e que além de se prestar relativamente bem á satisfação das necessidades de momento tem a vantagem de poder alojar o medico encarregado.

– O Leal Senado é um velho casarão de apparencia pezada, onde se encontram alojadas as repartições da Camara Municipal, e onde se effectuam as respectivas sessões.

– O hospital militar é edifício de boa apparencia, bem situado, com boa architectura e servindo ainda menos mal ao fim a que se destina.

Apezar das razoáveis aparências, todos os edifícios públicos, á excepção da nova cadeia, enfermam do mal proveniente das adaptações, que representaram sem duvida soluções economicas de ocasião, mas que teem dado como resultado não haver uma única repartição, que possa considerar-se irreprehensivelmente  instalada.”

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2023/04/20/leitura-edificios-publicos-em-1913-i/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2023/04/25/leitura-edificios-publicos-em-1913-ii-correio-obras-publicas-quarteis-cadeia/

Ainda a propósito da postagem anterior:  “17-05-1913 – Queixa apresentada por William Farmer, proprietário do «Macao Hotel», contra o facto de os culis se servirem de um cais fronteiro ao seu hotel, na Praia Grande para mictório – Providências tomadas pelo Governo”, (1) mais algumas referências a este Hotel retiradas do livro (2)

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(1) GOMES, Luís G. – Catálogo dos M. M n.º 416. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/william-m-farmer/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/06/03/anuncios-de-1920-e-1922-macao-hotel-e-a-p-leong-hing-kee-ca/

(2) ENGLAND, Vaudine – The Quest of Noel Croucher: Hong Kong’s Quiet Philanthropist. Hong Kong University Press, 1998, ISBN: 9789622094734, 436 p. https://books.google.pt/books?id=nw1bTZV4BaAC&pg=PA26&lpg=PA26&dq=Leong+Hing+Kee&source=bl&ots=r51PK2zm87&sig=ACfU3U02RODuq2CvcgGDYUt308LqqHmYUw&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwj1udSS89vpAhWP3eAKHZL-D3sQ6AEwA3oECCIQAQ#v=onepage&q=Leong%20Hing%20Kee&f=false

Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 115-117, (1) (2) neste caso a descrição dos “Edifícios públicos” existentes nessa época.

“ O correio é uma antiga casa da guarda, sendo inútil portanto descrevêl-o melhor.

A direcção das Obras publicas está instalada, juntamente com os depósitos de material de guerra, n´um palacete situado no jardim da gruta de Camões, prestando-se suficientemente ao papel que desempenha.

O quartel da policia, antigo convento, muito modificado, e tendo sofrido radicaes reparações, não tem architectura; mas é um bello alojamento para os soldados, com optimas casernas bem arejado, e satisfazendo quasi por completo as necessidades presentes.

O quartel da companhia indígena, é uma construcção relativamente moderna, que se presta bem ás exigencias.

A nova cadeia civil, bello edifício, cuja construção ainda não concluída está muito adiantada, deve em breve substituir o velhíssimo edifício alugado, onde ainda agora em lobregas prisões se alojam os desgraçados a contas com a justiça.

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2023/04/20/leitura-edificios-publicos-em-1913-i/

Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 115-117, (1) neste caso a descrição dos “Edifícios públicos” existentes nessa época.

“ Os edifícios públicos, que teem em geral a apparencia grandiosa das casas portuguezas antigas, enfermam do mal geral das habitações da colonia «a velhice»; e muitos d´elles deveriam ser substituídos por construções modernas apropriadas ao clima e ao papel que desempenham.

A residência do governador tem bom aspecto e um pouco de architectura; está porém mal situada, porque a rodeiam de muito perto habitações particulares, que a abafam e lhe tiram as qualidades que poderia ter, se estivesse colocada n´um terreno mais amplo.

Estes defeitos, agravados com a existência no rez-do-chão do edifício de varias repartições publicas, são em parte compensados pela proximidade do mar, para onde deita a sua fachada principal.

O edifício das repartições publicas, primitivamente a residência do governador, é uma vasta construção, onde se encontram instalados, o tribunal, a delegacia da procuradoria da Republica, a conservatória, a procuratura da dos negócios sínicos, a repartição do expediente sínico e ainda a agencia do Banco Nacional Ultramarino. Este edifício, embora muito velho, não é de todo improprio ao fim a que está servindo; sómente alli foram instaladas damasiadas repartições, de fórma que algumas há acanhadíssimas e não correspondendo ao aspecto exterior.”

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

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Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 113- 115, (1) (2) neste caso sobre os “Divertimentos” que nesse ano, existiam em Macau.

“Os bailes, ou melhor as soirées, constituem o divertimento predilecto dos rapazes e raparigas de Macau, e quasi a única manifestação externa da vida dos clubs. Apesar da predilecção que todos teem por este género de passatempo, eles não são todavia muito frequentes, porque os clubs, segundo a regra geral dos estabelecimentos congeneres  portuguezes, teem pouco dinheiro e não podem portanto abalançar-se a grandes despezas.

Além do club dos sargentos, de que estes militares exclusivamente podem ser sócios, e cuja existência é imprescindível, visto que eles não teem entrada em qualquer dos outros, existem dois clubs na colonia: O Grémio Militar, de que todos são sócios – e o Club de Macau, que toda a gente frequenta também.

Para as festas de um são invariavelmente convidados todos os sócios do outro; de fórma que, nem mesmo o pretexto da separação de classes sociaes explica esta dispersão de esforços, que se pudessem conjugar-se, dariam certamente a um centro de reunião menos modesto.

Mas onde se encontram portuguezes, só muito excepcionalmente existem, união, acordo de ideias e de actos; e portanto não é de admirar, que suceda com os clubs, o que sucede com os tennis, e mais ou menos se observa em todas as manifestações da via portugueza.

Além d´estas fontes de distracção, apenas um outro pic-nic, a qualquer ponto próximo da China, uma ou outra récita de amadores, um cinematographo instalado n´um barracão de madeira, (3) onde por vezes aparecem desengraçadas cançonetistas inglesas, e a vida de sociedade comezinha, com os seus chás, os serões e modestas partidas de bridge, perfazem um pequeno numero de objectivos para o esforço de quebrar a monotonia da vida habitual. Para quem deseje observar a vida chineza de Macau, não deixa de ser interessante aproveitar as distracções próprias a essa parte da população, constituída pelos residentes chinezes; e então, se não sentir por ellas uma instinctiva repugnância, poderá ter ocasião de vêr dispender muito dinheiro, e de entrar em contacto com esse viver absolutamente desconhecido para a maior parte dos europeus, e por vezes curioso devéras.”

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

(3) Já havia em 1919 um muito regular em alvenaria, na Avenida Almeida Ribeiro, no local onde hoje se ergue o Edifício Banco Tai Fung, do lado norte do Hotel Central, para onde foi transferido o Teatro Vitória, inaugurado em Janeiro de 1910 na Calçada do Tronco Velho e só em 8 de Janeiro de 1921, seria transferido para a Avenida de Almeida Ribeiro, tendo sido a primeira sala de cinema de Macau a projectar filmes sonoros. Em 1935 o teatro encerrou temporariamente, tendo as suas instalações sido convertidas em casino devidamente apoiado por um restaurante e um clube nocturno. Em 1938 voltou a funcionar como cinema com uma capacidade de 809 lugares, e encerrou definitivamente a 20 de Dezembro de 1971. (As Ruas Antigas de Macau, p. 31)

Mais um trecho dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 113- 115, (1) neste caso sobre os “Divertimentos” que nesse ano, existiam em Macau.

“ Poucos são os divertimentos que em Macau podem servir de compensação ás fadigas de uma vida trabalhosa, e ajudem a distrahir os europeus. Alem da vida habitual dos clubs das terras pequenas, onde se joga o bilhar, alguns jogos de cartas, e se fala muito das vidas alheias, constituem distracções muito vulgares: o tennis e os bailes.

Joga-se muito o tennis, que sendo a única forma de passar as tardes, é o sport preferido pela maior parte dos habitantes portuguezes, que n´elle encontram um meio de se divertirem e de cultivar a boa disposição physica.

Quem chega de novo á colonia, deve procurar aprender a jogar o tennis, porque passados os primeiros dias em que se distrae, tomando contacto com a terra que vae habitar, só no sport pode encontrar uma distracção, que por alguns momentos modifique a vida em extremo acanhada e restricta d´esse pequeno cantinho portuguez.

Há vários córtes de tennis – o tennis militar, o tennis Harmonia, o tennis naval, o tennis dos estrangeiros e ainda alguns particulares, onde se reúnem muitos jogadores e jogadoras, e onde se realisam desafios, se offerecem chás, e se concentra um pouco a sociedade que procura divertir-se.”

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 122-123, (1) nomeadamente às forças militares existentes nessa altura.

“ A província é habitualmente guarnecida: por uma companhia europeia de artilheria; por um corpo de polícia, com três companhias, duas europeias e outra mixta de chinezes e indianos; por uma companhia de saúde; prefazendo todas estas forças um total aproximado de 700 homens.

O governador é o chefe superior das tropas, que comanda por intermedio da repartição militar, competindo-lhe para isso as atribuições e as honras de general de divisão; a policia é comandada por um oficial superior, de ordinário, um major; a artilheria por um capitão. A maior parte d´estas forças, permanecem em Macau, havendo nas ilhas Taipa e Coloane uma guarnição permanente de 150 homens, distribuídos por vários postos militares.

As forças de marinha, que de ordinário estacionam na colonia são constituídas por uma canhoneira, ultimamente a Patria, e por uma lancha-canhoneira de rio, a Macau, propriedade da colonia e por ella recentemente adquirida. As tropas estão armadas com espingardas Kropatchek; e quanto a artilheria, a colonia, embora não possa considerar-se n´um estado sequer sofrivelmente satisfatório, é talvez de todas as nossas possessões, a que se encontra em melhores condições.

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

Ainda propósito duma postagem anterior, sobre “jerinxá/riquexó” (1)(2), recupero a referência que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), na p. 145, (3) sobre os meios de transportes de Macau nomeadamente sobre a “cadeira particular”.

“ Além do jrinksha, encontram-se em muito menor numero as cadeiras, espécie de pequenas liteiras, transportadas geralmente por dois homens, mas podendo-o ser por mais, conforme o gosto e o dinheiro de quem as usa.

A cadeira é muito empregada em Hong-Kong, onde pela natureza do terreno não é possível usar jrinksha na parte alta e na encosta da cidade. Em Macau, onde não há nem grandes nem muto ingremes ascensões a fazer, é mais um objecto de luxo, empregado como aparato nas grandes solemnidades. Assim, nos casamentos, é da praxe ir a noiva n´uma cadeira, como em geral vão também os convidados.

Cadeira particular

No interior da China, as grandes auctoridades fazem-se sempre transportar em cadeiras, que são levadas por grande numero de culis; e acompanhando esse costume os governadores em Macau, até ha pouco tempo, empregavam nas grandes solemnidades cadeiras transportadas por oito culis.

As estradas de Macau prestam-se admiravelmente ao uso das bicycletas; e por isso numerosos d´esses vehiculos circulam constantemente, principalmente às tardes, mas todavia mais como objectos de sport e de passatempo, do que como meio pratico de transporte.

Houve já, não há muito tempo, uma tentativa de emprego de automóveis, feita por um americano. Porem a volta da peninsula fazia-se em 20 minutos, e as estradas para a China são puco cuidadas e muito estreitas, tornando quasi desagradáveis os passeios; e portanto, tal systema de viação, não conseguiu impor-se ao publico, terminando.”

 (1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/07/10/leitura-jerinxa-riquexo-jrinksha/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/riquexos/

(3) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p.  https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

“11-03-1929 – Nesta data, no Tanque do Mainato, perante uma comissão de pessoas nomeadas pelo Governo, queimaram-se os exemplares apreendidos da 2.ª edição do livro “Historic Macao” de Montalto de Jesus, por ter advogado, no último capítulo, que a colónia de Macau fosse administrada pela Sociedade das Nações” (1)

C. A. Montalto de Jesus (Hong Kong 1863- Hong Kong 1927) publicou o livro «Historic Macao», em Hong Kong no ano de 1902, tornando-se desde logo num livro de leitura obrigatória para quem quisesse estudar e compreender a História de Macau. (1)

A apreensão e destruição do livro, em Macau, em 1926, por decisão judicial foi devido à publicação da 2.ª edição, publicada em Macau (2) em que o autor incluiu três capítulos finais sobre a situação de Macau (muito crítico à governação do Território), (3) advogando uma “autodeterminação de Macau”, sob a tutela da Liga das Nações.

(1) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia da Macau, volume I, 1997, p. 420

(2) JESUS, C. A. Montalto de – Historic Macau. International Traits in China old and New. Second Edition, revised and enlarged, nineteen illustrations. Macao, Salesian Printing Press and Tipografia Mercantil, 1926.

(3) ”15-06-1926 – Apreensão do livro «Macao Historic» da autoria Montalto de Jesus (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume , 2015, p. 184.) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/06/15/noticia-de-15-de-junho-de-1926-historic-macao/

Referências anteriores a Montalto de Jesus: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/c-montalto-de-jesus/

NOTA: “CARLOS MONTALTO DE JESUS (1863-1927), um grande e injustiçado historiador de Macau, nas palavras do investigador António Aresta, foi o autor de Historic Macau (1902), uma das mais conhecidas obras sobre a História do território. Montalto de Jesus, que viveu em Hong Kong e em Xangai, escreveu, entre outras obras, The Rise of Shangai (1906) e Historic Shangai (1909). Homem culto, tornou-se sócio correspondente da Sociedade de Geografia de Lisboa a 9 de Novembro de 1896 e foi um activo militante do Partido Republicano.

Na introdução à versão portuguesa, com o título de Macau Histórico, o historiador Carlos Estorninho classificou-a como a glória e o martírio de Montalto de Jesus. Glória, porque constituiu a sua consagração como historiador e como macaense, granjeando-lhe o respeito da crítica e das autoridades de Macau, que consideraram o livro como o melhor trabalho de conjunto sobre o estabelecimento português na China Meridional. Em versão inglesa para garantir uma maior divulgação internacional e o conhecimento do seu conteúdo pelas numerosas comunidades portuguesas de Hong Kong, Xangai e de outras cidades portuárias da região, o livro foi um best-seller e a edição esgotou-se em pouco tempo. Martírio, porque a 2.ª edição, publicada em Macau em 1926 e igualmente em inglês, incluía uns capítulos com críticas a um regime colonial míope e alusões à trágica situação em Portugal, defendendo o autor que Macau fosse colocado sob a tutela providencial da Liga das Nações como salvaguarda contra mais ruína, o que provocou o repúdio dos que consideraram esta proposta como uma grave ofensa aos valores pátrios. As autoridades de Macau ordenaram a apreensão e a destruição pelo fogo dos exemplares existentes no território. Outros ventos, que não os da República que ele tanto prezava – apesar da decepção que sentiu quanto ao rumo que este regime tomou em Portugal e na China -, sopravam então em Macau, como consequência do novo quadro político saído da revolução de 28 de Maio de 1926.”

OLIVEIRA, Celina Veiga de – Macau e o Povo em Diáspora. Administração n.º 111, vol. XXIX, 2016-1.º, 189-197 pp 194-195

C. A. MONTALTO DE JESUS

FELLOW OF THE GEOGRAPHICAL SOCIETY OF LISBON

MEMBER OF THE CHINA BRANCH OF ROYAL ASIATIC SOCIETY

HONG KONG

KELLY & WALSH, LIMITED

PRINTERS & PUBLISHERS

1902

Leitura sugerida: RICARDI, Alexandre – Glória e danação: quando o fazer história torna-se a ruína de um cientista in http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1437620228_ARQUIVO_ApresentacaoAlexandreRicardi.pdf

Os típicos paralelepípedos importados de Portugal chegaram a Macau no início dos anos 90, dando origem a vistosos tapetes de argila, rendilhados pelas mãos de experientes calceteiros portugueses e chineses. Verdadeiros cartões de visita, apreciados pela população residente e turistas.” (1)

(1) Texto e fotos extraídos das páginas 25 (foto de Lei Tak Seng) e 54 (foto de António Falcão) do livro de CUNHA, Luís (Direcção Editorial e Texto) “Leal Senado, Uma Experiência Municipal (1989-1997) ”, edição do Leal Senado de Macau, 1997, 89 p.