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Extraído de «O Macaísta Imparcial», n.º 140 (Vol. 2.º; n.º 35) de 28 de Fevereiro de 1838
p. 144

NOTA: “04-07-1838 – Cessou a publicação do bi-semanário “O Macaista Imparcial” que passa a hebdomadário, em 5 de Julho de 1837, tendo-se publicado ao todo 158 números” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 83.

Ver anteriores avisos sobre ensino: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/02/14/noticia-de-14-de-fevereiro-de-1838-avisos-de-ensinos/

Extraído de «TSYK», III Ano, n.º 18, de 1 de Fevereiro de 1866, p. 79

Aviso publicado no «BPMT» (1) do Padre Vicente V. Rodrigues, secretário do Colégio de Santa Rosa de Lima onde se publicita um concurso aberto (uma vaga) para educanda interna.

(1) Extraído de «BPMT», XXII-4 de 22 de Janeiro de 1876, p. 14

Os alunos das escolas de Macau participaram activamente nas comemorações do IV Centenário da Publicação de «Os Lusíadas» que se desenrolaram através do corrente ano de 1972.

Além das representações traduzidas em academias músico-literárias e exibições de atletismo em que foram as principais figuras, devem salientar-se os concursos literários e artísticos em que evidenciaram a sua cultura e a sua arte.

Para premiar os que revelaram maior capacidade, realizou-se, no dia 15 de Dezembro de 1972, no Ginásio da Escola Comercial «Pedro Nolasco», uma interessante sessão de distribuição de prémios, tendo sido entregues os 1.º, 2.º e 3.º prémios e menções honrosas aos alunos que os mereceram no concurso aos jogos florais e ao concurso de painéis. O tema foi a figura e a obra de Camões.

A numerosa assistência

Assistiram à sessão o Governador e Exma Esposa, vendo-se nas primeiras filas as mais destacadas individualidades da vida oficial da Província

O Dr. Túlio Lopes Tomás, chefe dos Serviços de Educação, procede à abertura da Sessão, explicando as razões da mesma.

Uma pequena vencedora do concurso de poesia, recita, com muito desembaraço a sua composição, que lhe mereceu uma prolongada salva de palmas.

Fotos e texto extraídos de «MBIT», VIII, 9/10 de NOV/DEZ, 1972, p. 34

Aspecto da assistência no Salão Nobre do Leal Senado

Depois de um ano intenso de comemorações do «IV Centenário da Publicação de “Os Lusíadas”, tiveram estas o seu remate no dia 7 de Dezembro de 1972, no salão Nobre do Leal Senado, sob a presidência do Governador da Província, tendo existido as mais destacadas individualidades e cidadãos de todos os escalões sociais

O Dr. Túlio Lopes Tomás fez a apresentação da oradora

Foi oradora, a Dra. Graciette Batalha, professora do Liceu Nacional Infante D. Henrique, que subordinou a sua conferência ao tema «CAMÕES SATÍRICO»

O Senhor Governador encerrou a sessão com um discurso em que pôs em evidência o valor imortal de «Os Lusíadas»

Após a conferência, seguiu-se a inauguração da Exposição Bibliográfica na Biblioteca Nacional, englobando várias edições de «Os Lusíadas» obras alusivas aos mesmos e a Camões.


O Dr. Henrique de Sena Fernandes, director da Biblioteca Nacional, esclareceu os visitantes sobre a natureza e âmbito da Exposição

Um aspecto da Exposição Bibliográfica alusiva a Camões e à sua Obra

Fotos e texto extraídos de «MBIT», VIII-9/10 de NOV/DEZ, 1972, pp. 26 a 28.

«O Correio de Macau», Vol I, n.º 13 de 7 de Janeiro de 1883, p. 51

Muito possivelmente, o anúncio será do Dr. Francisco da Silva Magalhães nascido em Tomar (Portugal) e formado em medicina na Universidade de Coimbra que chegou a Macau a 18 de Agosto de 1870, vindo como facultativo de 2.ª classe e professor do Seminário de S. José. Foi ele o primeiro médico que em Macau usou o clorofórmio nas operações. Em Macau fundou o jornal “O Oriente” em que, segundo Padre Teixeira (1):

eivado de preconceitos anti-religiosos, atacava os jesuítas, (2)  pondo a ridículo o ensino por eles ministrados no Seminário; atacou o projecto da fundação da Escola Comercial, insinuando que a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses «não tinha por fim a instrução dos macaenses, mas um motivo meramente político» e censurou o Governador Visconde de S. Januário por ter readmitido em Macau as Irmãs de Caridade Francesas.

Metido em Conselho de investigação, foi preso por na sua qualidade de facultativo militar ter censurado a autoridade governativa, sendo desterrado para Timor Foi exonerado, a seu pedido, por decreto de 7-9-1874. Em Timor, o Dr. Magalhães foi delegado da Junta de Saúde.

Regressou de Timor a Macau: daqui passou a Manila, onde exerceu clínica durante sete anos. Regressou a Macau em finais de 1882. No ano lectivo de 1883-84 foi professor do Seminário de S. José, voltando a Portugal, faleceu em Tomar a 8 de Março de 1886.

(1) TEIXEIRA, Pe. Manuel – A Medicina em Macau, Volumes III-IV, 1998, pp. 162-163.

(2) Em defesa dos jesuítas e da causa da instrução dos macaenses, publicaram-se dois opúsculos: “Um brado pela Verdade ou a questão dos Professores jesuítas e a “Instrução dos Macaenses em Macau” de Leôncio Ferreira, Macau, 1872, e “A verdade Reivindicada ou a Questão dos Jesuítas,” por E. J. de Couto, Shanghae, 1872. a

Extraído de «BPMT», XXIII-47 de 24 de Novembro de 1877, p. 188

04-11-1823 – Notícia de que foi preso o Pe. Joaquim José Leite, Superior do Seminário/Colégio de S. José. Pouco depois, e por ter defendido o Superior, por escrito, quase está para acontecer o mesmo ao Pe. Luiz Alvarez Gonçalves; mas é apenas rejeitado como substituto que chegou a ser na liderança do Seminário, sendo esta entregue com o beneplácito do Bispo Chacim ao Rev. Nicolau Rodrigues Pereira de Borja. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 39)

Extraído de «Gazeta de Macau», n.º IV de 24 de Janeiro de 1824, p 303

O Padre Joaquim José Leite (lazarista) chegou a Macau no dia 20 de Maio de 1801 e aqui veio a falecer com 89 anos de idade e 52 de residente, a 25 de Junho de1853. No se tempo, o Seminário estava aberto a seminaristas com vocação sacerdotal, mas também à juventude de Macau (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 7)

Anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pe-joaquim-jose-leite/

Programa das “COMEMORAÇÕES DO IV CENTENÁRIO DO COLÉGIO UNIVERSITÁRIO DE S. PAULO (1594-1994) ”, (1) com a sessão inaugural no dia 18 de Outubro a ser realizada no Salão Nobre do Leal Senado, seguida de inaugurações de exposições bibliográficas, documentais e fotográficas nos dias 15 e 16 de Novembro (respectivamente no Centro de Actividades Turísticas e Salão Nobre do Leal Senado), 29 de Novembro no Paço Episcopal, 22 de Novembro na Sala de Congressos do Centro de Actividades Turísticas e 9 de Dezembro no Salão Nobre do Leal Senado.

De 28 de Novembro a 1 de Dezembro decorreu um Simpósio Internacional “Religião e Cultura” e de 5 a 7 de Dezembro um Seminário Internacional “Os Estudos Superiores em Macau”, no Auditório da Universidade de Macau

No dia 30 de Novembro foi o dia de lançamento da edição de selos “Vitrais e Arte Religiosa”. A Missa solene de Acção de Graças foi no dia 1 de Dezembro com uma peregrinação a Sanchoão nos dias 2 e 3 de Dezembro.

Programa extraído da revista “ASIANOSTRA”, n.º2, Novembro de 1994, pp. 105-107

(1) 30-11-1594 – A “Casa da Companhia de Jesus”, onde já desde 1571 se ensinava a ler e escrever, bem como a língua latina, passou a denominar-se “Colégio dos Jesuítas”; ministrava a 60 alunos lições de Português e Latim, Artes, Casos e Teologia. A “Casa da Companhia” encontrava-se então instalada numa das casinhas térreas junto da ermida de St.º António. A Casa e o Colégio funcionaram distintamente até 1597, data em que passaram a ter um só Reitor, Pe. Manuel Dias Senior. A escola criada pelos jesuítas passou a categoria de “Colégio Universitário” a 1 de Dezembro de 1594 (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume I, 2015, p. 96)

1572 – Abertura de escola de primeiras letras, em português, a cargo dos jesuítas, em Macau. Em 1594, o ensino crescera até ao nível universitário com graus académicos para eclesiásticos e leigos. (Cfr. Monumenta Historica Japoniae, pp. 96 a 99) (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume I, 2015, p. 70)

Integrada nas comemorações que nesta Província assinalaram a efeméride do IV centenário da publicação de «Os Lusíadas», realizou-se, no dia 4 de Outubro, a inauguração da Exposição de trabalhos escolares sobre a epopeia nacional, e o poeta imortal.

Aspecto da inauguração da exposição pelo Governador José Nobre de Carvalho (1)

Esteve presente o Governador e as mais destacadas individualidades, distinguindo-se a grande influências de professores das diversas escolas. Os trabalhos compreenderam, principalmente, painéis sobre o tem proposto, com uma rica imaginação dos alunos a colocar Camões nas mais variadas situações duma vida pelo mundo repartida, em que foram abundantes os lances de desventura e muito poucos sorrisos de felicidade dignos de nota. Mas ficou do seu sofrimento, talento e experiência pessoal uma obra que desafia os tempos e as vontades.

Outro aspecto da inauguração da exposição.

Uma exposição em que a arte se casou com a imaginação, numa abundância de quadros em que muitos jovens revelaram excelentes dotes artísticos à espera duma continuidade a caminho de mais altos voos

Painel que obteve o primeiro prémio

O painel que obteve o primeiro prémio no concurso teve como seus autores os alunos do 2.º ano do Curso Comercial da Escola “Pedro Nolasco”, José César Guerreiro, Arnaldo Pereira e Vasco Shin Gume. 

Texto (não assinado) e fotos extraídos de «Macau BIT, VIII- 7-8 Setembro/Outubro de 1972, p. 35.

(1) Na foto, á esquerda do Governador, o recente chefe da Repartição Provincial dos Serviços de Educação, Dr. Túlio Lopes Tomás que tomou posse do cargo no dia 1 de Outubro de 1972.