Archives for posts with tag: 1913

Notícia extraída de “The Mount Alexander Mail, (Vic 1854-1917) 14 May 1913” (1)

A revista “Occidente” (2) do dia 20 de Maio de 1913, publicava uma notícia sobre o cruzador português «Adamastor» (3)

Cerimónia do lançamento à água do cruzador Adamastor

Mandado construir no Estaleiro Fratelli Orlando, em Livorno, Itália, o cruzador Adamastor foi o primeiro cruzador moderno da Marinha Portuguesa, surgindo da necessidade de renovação da sua frota, em Agosto de 1897

Cruzador Adamastor fundeado em Hong Kong , em 1905

Após diversas comissões em Angola, Moçambique e Extremo Oriente, a 4 de outubro de 1910, encontrando-se no Tejo, deu o sinal para o início da Revolução Republicana, fazendo disparar 3 tiros das suas peças. Em 1926, o cruzador Adamastor regressou ao Extremo-Oriente, ficando ao serviço do território de Macau e da comunidade portuguesa em Xangai. Em 1933 o navio tornou a Portugal, tendo sido abatido ao efetivo dos navios da Armada a 16 de novembro desse mesmo ano. (5)

(1) http://trove.nla.gov.au/newspaper/article/200462524

(3) Outras fontes com interesse:

http://www.navypedia.org/ships/portugal/pr_cr_adamastor.htm

http://www.portugalgrandeguerra.defesa.pt/Documents/Cruzador%20Adamastor.pdf

https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/cruzador-adamastor/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/05/11/noticia-do-dia-11-de-maio-de-1913-o-cruzador-adamastor/    

(4) http://warshipsresearch.blogspot.com/2011/09/portuguese-unprotected-cruiser.html

(5) https://ccm.marinha.pt/pt/museumarinha_web/multimedia_web/Paginas/cruzador-adamastor.aspx

 Portugal e Reino Unido assinaram em 14 de Junho de 1913, o acordo que regulamentava o monopólio do ópio nas colónias de Hong Kong e Macau.  Em 1 de Março de 1922, o Governo de S. Magestade Britânica denunciou esse acordo.

Extraído de «The Edinburgh Gazette», 7 de Março de 1922. Issue 13793 Page 416
Extraído de «NEWMAN, R. K. – India and the Anglo-Chinese Opium Agreements 1907-14

International Opium Convention, signed at The Hague on January 23, 1912 during the First International Opium Conference, was the first international drug control treaty. It was registered in League of Nations Treaty Series on January 23, 1922.[1] The United States convened a 13-nation conference of the International Opium Commissionin 1909 in Shanghai, China in response to increasing criticism of the opium trade. The treaty was signed by Germany, the United StatesChinaFrance, the United KingdomItalyJapan, the NetherlandsPersiaPortugalRussia, and Siam. “ (https://en.wikipedia.org/wiki/International_Opium_Convention)

“During most of the period from 1912 to 1936, Guangdong Province was independent from the central government. The local authorities there were facing a dilemma regarding opium, as others were elsewhere in China. On the one hand, opium was considered the symbol of China’s weakness, and its suppression was a top priority; on the other hand, opium taxes represented an indispensable source of fiscal income. Some Guangdong power holders were truly committed to a suppression agenda, especially from 1913 to 1924. During this period, with the exception of a brief interlude from 1915 to 1916, opium laws were prohibition laws. Even if these laws were not always enforced with full vigor, the drug remained illegal in Guangdong. (Unacceptable but Indispensable: Opium Law and Regulations in Guangdong, 1912–1936. Xavier Paulès, École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris.)

Foto publicada na «Illustração Portugueza», n.º 359 (p. 31) de 6 de Janeiro de 1913 (e neste blogue já publicada em postagem) (1) , esta com a legendagem mais pormenorizada.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/01/07/macau-e-a-gruta-de-camoes-v-marinheiros-e-artilheiros/

Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 132 e 133, (1) sobre os monumentos (com valor artístico) existentes até esse ano em Macau. (2)

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/gruta-de-camoes/

Mais um trecho dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 131 e 132, (1) sobre os monumentos (com valor artístico) existentes até esse ano em Macau.

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

Soneto de Camilo Pessanha, “Tatuagens Complicadas do meu Peito”, já publicado em anterior postagem como “Tatuagens Opulentas do meu Peito”(1), extraído do jornal “Notícias de Bragança” (15 de Maio de 1913 ou 19 de Março de 1913)

Tatuagens complicadas do meu peito:
—Trophéos, emblemas, dois leões aládos…
Mais, entre corações engrinaldados,
Um enorme, soberbo, amor-perfeito…

E o meu brazão… Tem de oiro n’um quartel
Vermelho, um lys; tem no outro uma donzella,
Em campo azul, de prata o corpo, aquella
Que é no meu braço como que um broquel.

Timbre: rompante, a megalomania…
Divisa: um ai, que insiste noite e dia
Lembrando ruinas, sepulturas rasas…

Entre castelos serpes batalhantes,
E aguias de negro, desfraldando as azas,
Que realça de oiro um colar de besantes!

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/04/02/poesia-um-soneto-de-camilo-pessanha-tatuagens-opulentas-do-meu-peito/

“09-09-1913 – Processo n.º 264 Série L – A Companhia concessionária da Luz Electrica desta cidade foi intimada, pela Administração do Concelho a retirar uma armação de bambu que servi de suporte a uma linha de alta tensão electrica construída junto ao muro da Escola Central do Sexo Masculino, por se julgar perigosa para os alunos daquela escola. A Companhia recusado cumprimento desta intimação acusando-a de ilegal. “(1)

Em 1904 foi fundada em Macau a «Societé Eléctrique d´Extrême Orient» (gás, gasolina e vapor, sendo em 17-09-1904, lavrada a escritura do contrato de concessão de fornecimento de energia eléctrica para a iluminação pública das vias de Macau, entre o Leal Senado e o cidadão francês Marius Bert.

O Sistema de iluminação eléctrica é inaugurado em Macau, em 8-2-1906, com bases regulares. Muitos dos lampiões que vemos em velhas fotografias foram adaptados à nova fonte de energia. Mas o concessionário Marius Bert trespassou, com o assentimento do Leal Senado, o negócio para a «Societé Électrique d´Extrême Orient», representada pelo francês Lucien Balliste (2)

1) Boletim do Arquivo Histórico de Macau; Tomo I/Janeiro/Junho de 1985, p. 54 e GOMES, L.G. – Manuscritos de Macau, n.º 264, p. 86)

(2)  SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, pp. 18- 19, 24.

07-08-1913 – Processo n.º 156 – Série E – Estatutos, não aprovados, do clube «Chôk-Chu». São sócios fundadores, entre outros Leong Ngui Vá e Leong Tai Chan, famigerados piratas que fizeram, em Coloane, fogo contra as forças portuguesas. (Boletim do Arquivo Histórico de Macau; Tomo I/Janeiro/Junho de 1985), p. 65.

07-08-1913- Estatutos que não foram aprovados do Clube Ho Hoi Sang. São sócios fundadores, entre outros Leong Ngui Vá e Leong Tai Cham, famigerados piratas que fizeram, em Coloane, (1) fogo contra as nossas forças. (GOMES, Luís G.- Catálogo dos M. M. n.º 156 p. 76)

(1) Ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/09/07/leitura-os-piratas-em-coloane-em-1910/

Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 115-117, (1) (2) neste caso a descrição dos “Edifícios públicos” existentes nessa época.

“ – A capitania dos portos está bem alojada n´um amplo embora velho edifício, que foi primitivamente um quartel e agora apenas tem o defeito de não estar situado á beira-mar.

– O laboratório bactereologico, antigamente a residência de verão do governador, é um elegante chalet, construído a meio de um bello jardim, e que além de se prestar relativamente bem á satisfação das necessidades de momento tem a vantagem de poder alojar o medico encarregado.

– O Leal Senado é um velho casarão de apparencia pezada, onde se encontram alojadas as repartições da Camara Municipal, e onde se effectuam as respectivas sessões.

– O hospital militar é edifício de boa apparencia, bem situado, com boa architectura e servindo ainda menos mal ao fim a que se destina.

Apezar das razoáveis aparências, todos os edifícios públicos, á excepção da nova cadeia, enfermam do mal proveniente das adaptações, que representaram sem duvida soluções economicas de ocasião, mas que teem dado como resultado não haver uma única repartição, que possa considerar-se irreprehensivelmente  instalada.”

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2023/04/20/leitura-edificios-publicos-em-1913-i/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2023/04/25/leitura-edificios-publicos-em-1913-ii-correio-obras-publicas-quarteis-cadeia/

Ainda a propósito da postagem anterior:  “17-05-1913 – Queixa apresentada por William Farmer, proprietário do «Macao Hotel», contra o facto de os culis se servirem de um cais fronteiro ao seu hotel, na Praia Grande para mictório – Providências tomadas pelo Governo”, (1) mais algumas referências a este Hotel retiradas do livro (2)

Página 28

Página 29

(1) GOMES, Luís G. – Catálogo dos M. M n.º 416. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/william-m-farmer/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/06/03/anuncios-de-1920-e-1922-macao-hotel-e-a-p-leong-hing-kee-ca/

(2) ENGLAND, Vaudine – The Quest of Noel Croucher: Hong Kong’s Quiet Philanthropist. Hong Kong University Press, 1998, ISBN: 9789622094734, 436 p. https://books.google.pt/books?id=nw1bTZV4BaAC&pg=PA26&lpg=PA26&dq=Leong+Hing+Kee&source=bl&ots=r51PK2zm87&sig=ACfU3U02RODuq2CvcgGDYUt308LqqHmYUw&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwj1udSS89vpAhWP3eAKHZL-D3sQ6AEwA3oECCIQAQ#v=onepage&q=Leong%20Hing%20Kee&f=false