Archives for category: Forças Militarizadas

No dia 20 de Maio de 1999, a Marinha Portuguesa deixou a sua “última Capitania de além-mar”, criada e desenvolvida nas costas da China pela dedicação, pela inteligência e pelo profissionalismo de muitos marinheiros.

Foi um dia que fica na História da Marinha e muitos daqueles que com o seu esforço contribuíram para que esse dia fosse possível, como no seu discurso de posse afirmou a nova Directora da Capitania, não tiveram o privilégio de partilhar os emocionantes momentos proporcionados por um escasso grupo de homens que ostentando a farda do botão de âncora deram “volta à sua faina” e que nos seus rostos mostravam a satisfação pelo dever Macau em finais do século XX (vista da parte sul da península e da ponte que desde 1974 a liga à ilha da Taipa). cumprido.

REVISTA DA ARMADA • AGOSTO 99 7 pág. 262 https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/1999/files/basic-html/page262.html

Extraído dum artigo não assinado de «MACAU B. I.» ANO II, n.º 41 de 15 de Abril de 1955, p. 13.

Em 11 de Abril de 1916, efectuou-se a transferência da «Escola República» (1) do prédio n.º 3 da Rua do Barão (2) para o edifício «Lecaroz» à Rua do Almirante Sérgio. (3).

Deslocação das Estações Policiais dos Algibebes e do cinematógrafo «Chip Seng» para a casa do Estado onde funcionava a «Escola República». (A.H.M. – F.A.C., P. n.º 289 – S-I) (4)

(1) 18-06-1918 – Construção de edifícios para instalação das Escolas «República» (A.H.M. – F.A.C., P. n.º 143 – S-C) (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 109)

Referência anterior à escola «República»: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/08/25/macau-na-imprensa-portuguesa-de-1924-o-problema-da-instrucao/

(2) Rua do Barão começa entre a Calçada do Januário e Rua de Inácio Baptista, em frente da Rua das Alabardas e termina entre a Rua de S. José e a Calçada da Feitoria. (TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume II, p. 334)

Ver anteriores referências ao Barão de S. José de Porto Alegre, Januário Agostinho de Almeida, em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/januario-agostinho-de-almeida-1759-1825/

(3) Rua do Almirante Sérgio (António Sérgio de Sousa) começa na Rua das Lorchas a par da Rua do Dr. Lourenço Pereira Marques e ao lado da Praça de Ponte e Horta, e termina no Largo do Pagode da Barra. (TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, p. 48).

Ver anteriores referências ao Governador António Sérgio de Sousa, em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/antonio-sergio-de-sousa/

(4) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 88.

Extraído do «BPMT», XX-13 de 28 de Março de 1874, p. 49

Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 122-123, (1) nomeadamente às forças militares existentes nessa altura.

“ A província é habitualmente guarnecida: por uma companhia europeia de artilheria; por um corpo de polícia, com três companhias, duas europeias e outra mixta de chinezes e indianos; por uma companhia de saúde; prefazendo todas estas forças um total aproximado de 700 homens.

O governador é o chefe superior das tropas, que comanda por intermedio da repartição militar, competindo-lhe para isso as atribuições e as honras de general de divisão; a policia é comandada por um oficial superior, de ordinário, um major; a artilheria por um capitão. A maior parte d´estas forças, permanecem em Macau, havendo nas ilhas Taipa e Coloane uma guarnição permanente de 150 homens, distribuídos por vários postos militares.

As forças de marinha, que de ordinário estacionam na colonia são constituídas por uma canhoneira, ultimamente a Patria, e por uma lancha-canhoneira de rio, a Macau, propriedade da colonia e por ella recentemente adquirida. As tropas estão armadas com espingardas Kropatchek; e quanto a artilheria, a colonia, embora não possa considerar-se n´um estado sequer sofrivelmente satisfatório, é talvez de todas as nossas possessões, a que se encontra em melhores condições.

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

No dia 25 de Março de 1982, deu-se início ao lançamento de cartazes, afixados na cidade, com apelo do Comandante das Forças de Segurança, coronel Amaral de Freitas incitando os antigos residentes de Macau que se encontram indocumentados para regularizarem a sua situação nos Serviços de Identificação da PSP.  

«Trata-se de pessoas que vivem há muitos anos em Macau e que, por uma ou outra razão, não se documentaram e que devem fazê-lo agora» – acrescenta o coronel Amaral de Freitas. O comandante das Forças de Segurança declara que este esforço para a legalização dos antigos residentes não pode confundir-se com qualquer processo de amnistia que – frisa – o Governo não tem intenção de conceder.

Salienta a propósito que, só no mês de Março, a PSP entregou `República Popular da China 1671 imigrantes ilegais e, em Fevereiro, 906. Não há qualquer abrandamento no controlo da imigração ilegal que continuará a ser combatida – diz.

A acção que o Comando das Forças de Segurança agora lança visa, apenas a legalização de pessoas que há muitos anos a podiam ter conseguido, mas não o fizeram, na maioria dos casos por, em seu entender, o não necessitarem.

Extraído de «Macau82 jornal do ano», GCS, 1982, pp. 68-69

Parada das Forças Policiais em frente do “Jockey Clube de Macau”, na Taipa

Ver https://www.fsm.gov.mo/psp/cht/revista%20da%20psp/pdf/09.pdf

Regressou de Hong Kong, no dia 5 de Março de 1956, o Grupo Desportivo da Polícia que ali disputou dois desafios de futebol – um contra o Grupo Desportivo da Polícia de Hong Kong, e outro, formando um misto coma Polícia daquela cidade, contra o forte agrupamento «Eastern».

A embaixada de Macau foi chefiada pelo tenente Henrique da Conceição Fontes, oficial subalterno da P. S. P. e orientador daquele grupo de futebol.

Extraído do «Macau Boletim Informativo», Ano III, n.º 63. 15-03-1956, p. 13.

Em favor do Natal da Família do Bombeiro realizou-se, no dia 27 de Dezembro de 1951, um encontro de futebol entre uma selecção chinesa de Macau e o grupo Negro-Rubro, constituído por bombeiros, seus parentes e afins, do qual resultou um empate de 2 a 2. (1)

O Presidente do Leal Senado, António de Magalhães Coutinho, cumprimentando os jogadores

As duas equipas com os seus dirigentes

(1) Extraído de «Mosaico», Vol. III, n.ºs 17 e 18 de Janeiro e Fevereiro de 1952.

20-12-1862 – Ontem, pelas 15.00 horas a fortaleza do Monte deu o sinal de fogo no Bazar. O incêndio manifestou-se com rapidez, na rua da Barca da Lenha, num lugar apertadíssimo, onde só existiam estâncias de lenha, carvão e madeira, e alastrou-se até Pun-Pin-Vâi. O incêndio desenvolveu-se com grande intensidade, ameaçando devorar as casas das ruas próximas, mas por felicidade, o vento rondou de norte para nordeste e leste-nordeste, «abonançando» consideravelmente, além de que, sendo preamar, houve água em abundância, seno possível isolar-se o foco das chamas, ficando o incêndio extinto às 21 horas. Depois do grande incêndio do Bazar, em 1856, foi este um dos maiores que se deu na cidade. (1) (2)

Extraído de «B.G.M., IX-3, 20 Dezembro de 1862, pp. 9/10

(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 165

(2) 31-12-1862 – Foram isentos do pagamento de décimas e licenças pelo período de um ano, os donos das propriedades do Bazar, que arderam no dia 19 deste ano, sendo os mesmos obrigados a começar a reconstrução dentro de três meses. (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954)