No dia 24 de Julho de 1923, Fernando de Lara Reis, (1) delegado do Campo Desportivo Escolar da Caixa Escolar de Macau, fez um pedido ao Governo da Província para se construir naquele recinto um campo de futebol. (2) (3)
Algumas notas acerca deste campo desportivo (3) e da Caixa Escolar, (4) nas décadas de 20 e 21 (século XX)
“1915 – Por ocasião de uma grande cheia em Cantão, pessoas de Cantão e de Macau organizaram no campo de jogos do Tap-Seac uma venda de caridade, a favor das vítimas. Também ali tiveram lugar representações de ópera chinesa. No passado (1842) até para corridas de cavalos aquele espaço serviu. Em 1925, quando se fundou a Caixa Escolar, passou a chamar-se Campo de Jogos da Caixa Escolar, mas conserva ainda a designação de Tap-Seac. Na década de 60 o Clube Chinês de Basquetebol construiu também ali um campo iluminado para estender a utilização a parte da noite.” (4)
“15-04-1919 – Estatutos da Caixa Escolar de Macau” (BBS – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015 p. 117).
“6-05-1919 – Criada a Caixa Escolar de Macau (B.O., desta data, Portaria 89-A) para apoiar alunos carenciados das escolas municipais, dando-lhes gratuitamente livros e acesso a uma cantina escolar (ideia de Alípio Ubaldy de Oliveira).” (2)
“16-12-1920 – Requerimento de Fernando de Lara Reis, Presidente da Comissão Organizadora da Feira Escolar, pedindo que lhe seja cedido o campo de Tap Seac e que seja autorizada a construção de barracas e a afixação de cartazes com isenção de quaisquer taxas ou emolumentos.” (2)
“12-04-1923 – Louvor manifestado pelo Governo da Província a «Green Island Cement Co Ltd. » de Macau , e ao seu Superintendente, Sr. A. Ireson, pela dádiva de 31 000 quilos de cimento destinados à construção de um campo desportivo escolar, no Tap.Seac. “ (2)
“25-03-1925 – Cedência pelo Governo do terreno denominado «Campo de Tap Seac» à Caixa Escolar de Macau “ (2)
Arnaldo Augusto de Oliveira Sales que faleceu neste dia 6 de Março, do ano de 2020, com a idade de 100 anos, foi neste mês de Março do ano de 1970, proclamado pela Sociedade de Geografia de Lisboa, seu Sócio Honorário. Arnaldo de Oliveira Sales, cidadão português de Hong Kong, na altura, Presidente do Clube Lusitano da colónia inglesa ofereceu à dita Sociedade de Geografia a antiga Biblioteca Portuguesa de Hong Kong com cerca de dez mil volumes, incluindo espécies bibliográficas de grande raridade. (1)
Arnaldo de Oliveira Sales foi membro efectivo, nomeado pelo Governo de Sua Majestade Britânica, do “Urban Council” de Hong Kong, de 1 de Abril 1973 a 31 de Março de 1981. Foi também Presidente do “Hong Kong Olympic Academy” e do “Sports Federation and Olympic Committee of Hong Kong” (1951 -1998) e membro do Comité Consultivo da Lei Básica de Hong Kong. (2)
(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 369
(2) Arnaldo Augusto de Oliveira Sales, 沙利士 (1920 – 2020) nasceu em Guangzhou/ Cantão (na concessão francesa de Shamian) no dia 13 de Janeiro de 1920 e faleceu em Hong Kong no dia 6 de Março de 2020. Foi para Hong Kong aos 8 anos de idade, frequentando escolas católicas desta cidade e em Macau no Seminário de S. José. Em Hong Kong estudou numa escola de negócios. Durante a Segunda Guerra Mundial esteve refugiado em Macau. https://en.wikipedia.org/wiki/Arnaldo_de_Oliveira_Sales
Foi a 15 de Junho de 1920, a aprovação dos Estatutos da Associação Científica, Literária e Artística denominada «Instituto de Macau», criada para promover o estudo da sinologia e da acção e influência portuguesas no Oriente. Os Estatutos foram publicados no B.O., n.º 25 de 19 de Junho desse ano (pp. 468-469)
Extraído de «BOGPM», n.º 25 de 19 de Junho de 1920, p. 468
“ O Instituto durou pouco, mas chegou a dar frutos: – a criação do Museu Comercial e Etnográfico Luís de Camoês, a organização da Biblioteca Pública e a publicação de um boletim que deu origem aos Arquivos de Macau. O Governo de Macau deu alento ao entusiasmo dos mentores de tais ideias, Drs. Humberto Severino de Avelar e Telo de Azevedo Gomes, então ambos professores do Liceu (Cfr. Renascimento; Macau, Vol. II, pp. 480-482) ” (1)
Os fundadores do Instituto de Macau a homenagear o poeta, na Gruta de Camões, no ano de 1920. (2)
Da esquerda para a direita: Eng. Eugénio Dias de Amorim, Dr. Camilo Pessanha, D. José da Costa Nunes, Comandante Correia da Silva (Paço d´Arcos), Dr. Humberto S. de Avelar, Vice-almirante Hugo de Lacerda Castelo Branco, Dr. José António F. de Morais Palha, Padre Régis Gervais, José Vicente Jorge, Dr. Manuel da Silva Mendes, Dr. Telo de Azevedo Gomes e Alferes Francisco Peixoto Chedas.
Extraído de «ANUÁRIO DE MACAU DE 1921», p. 99
(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 131
Continuação da colecção de cinco postais (14,7 cm x 10,5 cm) intitulada “Reminiscências da Antiga Taipa / Reminiscence of Old Taipa”, emissão do Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau (década de 10-séc XXI). Legendado em chinês, português e inglês. (1)
Vista do alto do templo Tin Hau, Taipa, anos de 1920. À direita, antiga instalação militar, no local hoje ocupado pela guarnição do Exército de Libertação do Povo Chinês
Verso do postal
Casa ao estilo português junto à praia, actuais Casas-Museu da Taipa, em 1927
“Após prolongado sofrimento que o trazia prostrado no leito há mais dum ano, faleceu, na sua residência n.º 71 da Rua da Praia Grande, vitimado por uma tuberculose pulmonar, no dia 6 do corrente, o Sr. Leôncio Alfredo Ferreira, com 69 anos de idade. O funeral realizou-se no dia seguinte, às 17 e meia horas”.(1)
Nascido em Macau a 15 de Maio de 1849, era filho de D. Maria Gualdina Gonçalves, natural de Macau, e de João Eleutério Ferreira, nascido em Portugal. (2) Fez os seus estudos na «Escola Macaense» e transitou para o Seminário de S. José, onde foi sempre aluno distintíssimo, distinguindo-se em todo o seu curso pela sua aplicação, aproveitamento e comportamento exemplar, ganhando inúmeros prémios e referências elogiosas da imprensa.
Terminado no Seminário de S. José, o seu curso com distinção, dirigiu-se para Goa a fim de estudar Jurisprudência, regressando a Macau depois de formado. Estudioso apaixonado da língua chinesa, conhecedor profundo da mentalidade e psicologia dos chineses, revelou-se não só um valoroso intérprete mas mais especialmente um medianeiro inteligente nas relações destes como nosso governo.
Casou na Sé Catedral de Macau em 27 de Setembro de 1881, com Maria José Pereira (1861-?). Segunda núpcias, em 20 de Dezembro de 1894, com sua tia por afinidade Ana Teresa Vieira Ribeiro (condessa viúva de de Senna Fernandes). Não deixou filhos.
Além de advogado de provisão, professor da Escola Municipal e jornalista, (3) desempenhou os altos cargos públicos, com distinção e aprumo moral que eram o timbre do seu carácter integérrimo, enumerando aqui alguns dos cargos: pela Portaria n.º 82 de 20 de Julho de 1825, foi nomeado Secretário da Comissão Administrativa da Santa Casa de Misericórdia; pela Portaria n.º 106, de 8 de Novembro de 1875, foi nomeado Delegado interino da Comarca de Macau de que, porem, se escusou, em 5 de Julho de 1876
«BPMT», XXII-28 de 8 de Julho de 1876, p. 114
Comentando este caso alguém escreveu no «Jornal de Macau» n.º 29 de 24 de Novembro de 1875: “O Senhor Leôncio Ferreira que exerceu com zello e intelligencia o lugar de procurador da coroa, d´esta vez entendeu que não devia aceitar semelhante cargo porque não quer aferir pela balança por onde são pezados os membros da exma. Junta, que estão no equilíbrio das ilegalidades, em quanto se não justificarem das acusações que lhe hão feito” (1)
Pela Portaria n.º 97, de 23 de Dezembro de 1876, foi nomeado Administrador interino do Concelho de Macau, cargo que anteriormente já vinha desempenhando; em 23 de Setembro de 1879 foi nomeado pela Portaria n.º 118, administrador efectivo.
«BPMT», XXII-52 de 23 de Dezembro de 1876
Pela Portaria n.º 67 de 27 de Julho de 1877, foi exonerado do cargo de secretário da Comissão Administrativa da Santa Casa sendo nomeado Pedro Nolasco da Silva para o substituir (Portaria n.º 75 de 3 de Agosto de 1877); pela Portaria n.º 53 de 14 de Agosto de 1878, foi nomeado Procurador interino dos Negócios Sínicos. Exonerado em Setembro de 1879, para tomar posse, em 23 de Setembro, (Portaria n.º 118) do cargo de Administrador efectivo do Concelho de Macau. (até 1881). (4)
No dia 17 de Maio de 1881, António Joaquim Bastos Junior foi demitido do cargo do procurador dos negócios sínicos, para que havia sido interinamente nomeado por portaria n.º 56. Leoncio Alfredo Ferreira foi nomeado para o mesmo cargo. (BGPMT n.º 21 de 21 de Maio de 1881); pela Portaria n.º 81, de 12 de Novembro de 1881, foi nomeado Presidente da Comissão Administrativa da Santa Casa de Misericórdia; pela Portaria n.º 117 de 27 de Outubro de 1883, foi nomeado cônsul de 1.ª classe, em Shanghai (1883-1884).
Pela sua diplomacia, inteligência e valor demonstrados no desempenho desta missão, foi condecorado pelo Governo Central de Lisboa com o Grau de Oficial da Torre e Espada por Diploma de 23 de Janeiro de 1896.
Pela Portaria n.º 22, de 1 de abril de 1885, foi nomeado vogal do Conselho Inspector de Instrução Pública.; pela Portaria n.º 144, de 20 de Dezembro de 1898, foi louvado pela Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar, pela maneira como se houve durante a epidemia de petes bubónica que assolou Macau, de Fevereiro a Julho desse ano, no desempenho dos serviços de higiene e desinfecção; pela Portaria n.º 145, de 5 de Dezembro de 1902, foi nomeado Vogal do Conselho de Governo da Província.
Dados biográficos extraídos de : «Macau Boletim Informativo», II-27 de 15 de Setembro de 1954, pp. 11-12; FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses Volume I, pp. 1077-1078; e o livro referenciado em (1)
(1) TEIXEIRA, P. Manuel- Galeria de Macaenses Ilustres do Século XIX, p. 449-497.
(2) João Eleutério Ferreira (c.1785 – 1872) nasceu em Coimbra, Portugal, vindo para Macau casou, nesta cidade, pela 1.ª vez em 1830 e pela 4.ª vez com Maria Galdina Fernandes, filha de Vicente José Fernandes e de Ricarda Constantina Fernandes e irmã de Bernardino de Sena Fernandes (1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Conde de Sena Fernandes), de quem teve apenas um filho, Leôncio Alfredo Ferreira.
(3) Em favor dos Jesuítas, expulsos de Macau publicou um opúsculo, intitulado: “Um brado pela verdade ou a questão dos Professores Jesuítas em Macao e a Instrução dos Macaenses, Macau, Tipographia Mercantil, 1872.
(4) Na sua qualidade de Administrador do Concelho fez o relatório sobre a morte trágica co coronel Mesquita. (1)
NOTA 1: A Câmara de Macau decidiu honrar a sua memória atribuindo o seu nome à «Rua Leôncio Ferreira» – começa na Avenida de Sidónio Pais, a entrada da Rua de Silva Mendes, e termina na Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida, entre os prédios n.ºs 58-H e 60.
“16-11- 1915 – Aforamento de um terreno com a área de 4.000 m2 sito na Estrada dos Parses, a pedido de Francisco Xavier Anacleto da Silva. Ali mandou construir uma das mansões actualmente classificadas como património arquitectónico de Macau, Vila Alegre, hoje Colégio Leng-Nam”. (1) Idêntico pedido de aforamento de um terreno sito na colina de S. Januário em nome de Francisco Xavier Anacleto da Silva, consta no Processo n.º 42 do A. H. M. de 06-19-1916. (2)
Postal de c. 1920 – Vivendas no Monte da Guia (LOUREIRO, João – Postais Antigos Macau, 2.ª edição, 1997, p. 40)
A construção do palacete Vila Alegre, hoje escola “Leng Nam” bem como a Casa Branca ou casa Nolasco da Silva, sua vizinha, hoje Autoridade Monetária e Cambial, iniciaram se em 1917. Foram mansões residenciais respectivamente dos advogados macaenses Francisco Xavier Anacleto da Silva e Luiz Nolasco da Silva construídos mais propriamente na encosta da colina de S. Jerónimo., segundo um projecto do Eng. John Lamb, de Hong Kong. (1) (3)
A Vila Alegre só foi concluída em 1921, porque a mulher do proprietário, que tão entusiasticamente tinha escolhido as linhas arquitectónicas de uma casa que apreciou em Xangai- e que mandou fotografar – faleceu de parto e as obras foram suspensa. (1) Em 1937, a mansão senhorial de Francisco Xavier Anacleto da Silva – Vila Alegre – deu lugar à instalação da Escola Secundária Leng Nam/Ling Nam (posteriormente ampliada com um edifício anexo (1)
POSTAL de c. 1920 – Vista da Rada do Farol da Guia (Lei Kun Min; Lei Fat Iam – Macau em Bilhetes Postais do Séc. XIX e XX, p. 45.
Nota à foto anterior: o porto exterior ainda sem os aterros de 1923 com o sudeste da Colina da Guia (à direita) banhado pelo mar. Moradias: dt para esq. No sopé da Guia, a casa de Silva Mendes; a casa Nolasco da Silva e a seguir, Vila Alegre na encosta da colina de S. Jerónimo, em 1920 e no topo desta colina, o Hospital Militar São Januário (inaugurado em 1874)
Francisco Xavier Anacleto da Silva, (1883-1946) que teve como seu padrinho de baptismo, o Cónego Francisco Xavier Anacleto da Silva (1815-1888), estudou no Liceu de Macau e iniciou a sua vida na carreira de intérprete sinólogo. (4) Fez depois exame para advogado provisionário. (5) Foi Presidente do Leal Senado, (08-01-1921 – 14-06-1922; 02-04-1928 – 15-01-1930), (6) vogal do Conselho Legislativo, do Conselho Inspector da Instrução Pública e do Conselho da Administração das Obras do Porto. Comendador da Ordem de São Gregório Magno, da Santa Sé (7) e senador por Macau durante a 1.ª República. (8) Viúvo de Maria Bernardina dos Remédios, casou em Macau (2.ª núpcias) a 29-V-1920, com Leolinda Carolina Trigo (1891 – 1983), filha de Adriano Augusto Trigo, Director das Obras Públicas entre 1919 e 1925. (9)
(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. 4 (1997) e Volume III, 3.ª edição, 2015, pp. 33, 85, 96, 175, 256, 288)
(2)06-09-1916 – Processo n.º 42 – Série A – Pedido de Francisco Xavier Anacleto da Silva, do aforamento de um terreno sito na colina de S. Januário (Boletim do Arquivo Histórico de Macau, Tomo I (Janeiro/Junho de 1985), p. 167) – A.H.M.-F.A.C.P. n.º 37 – S-A
(3) Na 1.ª edição do Volume 4 da “Cronologia da História de Macau” (1997), p. 138, informação de que o projecto da mansão “Vila Alegre” poder ter sido do Engenheiro macaense José da Silva, mas essa informação não surge na edição reformulada e aumentada de 2015 (1)
(4) “18-01-1909 – Nomeação de Francisco Xavier Anacleto da Silva, intérprete-tradutor de 2.ª classe da Repartição do Expediente Sínico, para, durante o impedimento do respectivo titular, desempenhar o lugar de Professor da cadeira da língua Sínica do Liceu Nacional” (1)
(5) REGO, José Carvalho e – Notícias de Macau 7-04-1968 inTEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol. II, 1997, p. 437)
(6) “11-01-1916 – Nomeação do Presidente do Leal Senado da Câmara, Francisco Xavier Anacleto da Silva, para desempenhar as funções de Administrador do Concelho de Macau, durante o impedimento do proprietário Daniel da Silva Ferreira júnior” (A.H.M.-F.A.C.P. n.º 356 –S-N)-Arquivos de Macau, Boletim do Arquivo Histórico de Macau, Tomo I (Janeiro/Junho de 1985) , p.195.
(7) “28-10-1925 – Festa importante da entrega da Comenda da Ordem de S. Gregório Magno, concedida por S. S. o Papa Pio XI ao macaense Sr. Francisco Xavier Anacleto da Silva, Senador por Macau. (1)
(8) 1949 – Francisco Xavier Anacleto da Silva é o 1.º macaense a ter «assento em S. Bento». Esta a referência colhida em Macau na V Legislatura da Assembleia de Nacional, 1949-1953», Macau, U.N., 1953, pág 23, a propósito da eleição de António Maria da Silva, irmão do primeiro e que igualmente vem a ser eleito Senador da Republica (1)
(9) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol II, 1997, p. 434)
Domingos Pires de Azevedo, primeiro oficial taquigrafo do Congresso da República, professor de Taquigrafia do Instituto Superior de Comércio de Lisboa, redactor-taquigrafo do jornal “A Manhã” de Lisboa, foi contratado pelo Governo de Macau, em 1920, para ser professor da “Escola Oficial de Taquigrafia”, funcionava no Liceu de Macau. A escola foi criada por portaria n.º 345 de 4 de Novembro de 1920 do governador Henrique Monteiro Correa da Silva, e inaugurada a 15 de Novembro de 1920 (1) A escola pouco durou, 1920 a 1923, pois morreu com a retirada do seu fundador.
ANUÁRIO DE MACAU DE 1921
Segundo o Regulamento de 4-11-1920, o professor foi contratado para dar o curso de taquigrafia (ou estenografia) que era gratuito para os inscritos, e durava dois anos, sendo o 1.º teórico e o 2.º prático; os exames de passagens constavam de ditados dum trecho, durante 3 minutos, com a velocidade de 130 sílabas por minuto, as provas do exame final constavam de escrita taquigráfica e tradução imediata, em caracteres comuns, dum ditado de 3 minutos co a velocidade de 213 sílabas por minuto.
Macau – Antigo Club Chinês, hoje uma residência particular
Parece-me tratar-se do actual jardim de Lou Lin Ioc, embora nos meus apontamentos, a concessão do aforamento de um terreno situado no antigo Campo de Long – Tin- Chun, fosse concedido a Lou Lin Ioc em 1924. (B.O.M. n.º 26 de 28 de Junho de 1924, p. 482.) Ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jardim-lou-lim-ioc/
Macau – Vista da Baía da Areia Preta
Quando a baía foi aterrada posteriormente, em 1923, os terrenos da Avenida do Hipódromo e da Areia Preta, ainda não estavam concluídas. Antes do aterro, a Estrada da Areia Preta era a marginal e a zona envolvente era chamada de Praia do Bairro da Areia Preta. (c. 1920)
Avenida «Vasco da Gama» inaugurada em 1898 (na altura chamada «Nova Avenida de Vasco da Gama») estendia-se desde o actual Jardim de Vasco da Gama até ao Jardim da Vitória
“No mesmo jardim, entre o monumento (da Victória) e a rua que o tornea, com o centro na continuação do eixo da Avenida, acha-se implantado um vistoso lago d granito, tendo ao centro uma peça monumental de ferro formada de diferentes bacias d´onde se desprende a agua que n´ellas é lançada por meio d´um tubo central. Quatro peixes, que ficam n´um plano inferior, lançam pela bocca outros tantos jactos de agua. Sobre a bacia superior, 3 garças simulam gozar aquella agradável frescura rematando assim este gracioso conjucto…” («Jornal Único», de 20 de Maio de 1898)
Anúncio de 1920, em inglês, das carreiras marítimas, entre Hong Kong, Cantão e Macau das companhias de navegação “The Hong Kong, Canton & Macao Steamboat Company, Limited”, “China Navigation Company, Limted” e “Indo-China Steam Navigation Company Limited”, sediadas em Hong Kong., (1)
(2) A foto que acompanha o artigo, já tinha sido apresentada pela mesma revista em 1920 com o título “PROVÍNCIA DE MACAU – Praia Grande (Vista geral) ”.