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Extraído de «Revista de Artilharia«, n.º 55 ANO V, 1909 , p.623

No dia 3 de Janeiro de 1909, Manuel da Silva Mendes deu uma conferência no Grémio Militar de Macau subordinada ao título “LAO-TZE e a sua doutrina segundo o TAO-TE-KING”. (1)

O texto da conferência foi publicada, em 1908, pela Imprensa Nacional de Macau, portanto, antes da sua leitura. O assunto do tauismo prendeu muito a sua atenção. Silva Mendes não conheceu, porém a obra de Láucio, senão através de traduções, visto que não sabia chinês escrito e o seu conhecimento do chinês falado era muito restrito e superficial, motivo poe que não é crível que tivesse sido capaz de conservar e discutir, em língua nativa, com os homens de letras chineses, sobre assunto tão transcendente. Assim, no ano que precedeu ao seu falecimento, publicou os “Excerptos de Filosofia Taoista”, obra em verso da qual foram impressos apenas 200 exemplares, na Tipografia do Orfanato da Imaculada Conçeição e  que deveria ser seguida dum segundo volume, que ainda não se encontra publicado”  (2)

(1)Texto da conferência publicado na “Nova Colectânea de Artigos de Manuel da Silva Mendes, Volume I (Arte). Folhetins do «Notícias de Macau» (publicados nos n.os 4672 a 4751 de 12-06-1963 a 18-09-1963), 1963, pp.211-253. e também numa trilogia, publicada em 2017, edição de ”Livros do Oriente “ intitulado “Manuel da Silva Mendes: memória e pensamento” organizado com estudos de António Aresta, Amadeu Gonçalves e Tiago Quadros, no volume I (Arte, Filosofia e Religião. Cultura e tradições), pp.311-338

CAPA
CONTRA-CAPA

(2) GOMES, Luís G. – JUSTIFICAÇÃO, p.V do livro “Nova Colectânea de Artigos de Manuel da Silva Mendes”, (1)

Artigo do jornal “ Notícias de Macau” de 9 de Outubro de 1968, reproduzido no «Boletim Geral do Ultramar» (1)

(1) «BGU» ANO XLIV, 521/522, NOV/DEZ de 1968, pp. 222-224

Na sequência da anterior “NOTA DO DIA” (1) sobre o desenvolvimento das ilhas da Taipa e Coloane mais um artigo publicado pelo «Notícias de Macau» em 9 de Março de 1968 e republicado no «BGU» XLIV 515, Maio de 1968, p. 154.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/02/24/noticia-de-24-de-fevereiro-de-1968-nota-do-dia/

Encadernação de época de lombada em papel

Livro fundamental para quem quiser saber cronologicamente por dias, meses e ano, a história de Macau, de Luís Gonzaga Gomes editado em 1954, pelo “Notícias de Macau», o XII volume da «Colecção Notícias de Macau, embora , como afirma o autor, não seja precursor, em Macau, deste tipo de documentação histórica por datas, numa sequência lógica.
Livro composto e impresso nas oficinas do Jornal «NOTÍCIAS DE MACAU», Calçada do Tronco Velho, n.º 6-8, Macau- Oriente (1)

Luís Gonzaga Gomes na sua introdução, elabora uma pequena “história” deste tipo de trabalho, e justifica a publicação do presente livro.
“ O primeiro trabalho no género do que presentemente apresentamos foi efectuado por A. Marques Pereira e publicado, e em números sucessivos do Boletim do Governo da Província de Macau e Timor de 1867. No ano seguinte, este trabalho foi editado, em forma de livro, por José da Silva, com o seguinte título “Ephemerides Comemorativas da História de Macau e das Relações com os povos christãos,”, por A. Marques Pereira, (2) antigo secretário da Legação de Portugal na China, Procurador dos Negócios Sínicos d Cidade de Macau, Membro honorário da Real Sociedade Asiática (Inglesa), Cavalheiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição, etc.
Em 1922 apareceu no Anuário de Macau um trabalho idêntico, porém, mais simplificado mas quase todo baseado nas “Ephemerides” de A. Marques Pereira.
Em 1842 a revista «Religião e Pátria» reproduziu, na íntegra, o trabalho aparecido no Anuário de Macau. Em 1944, o semanário «União» publicou trabalho idêntico mas, infelizmente, com muitas gralhas tipográficas, na parte respeitante às datas, registando, todavia, vários acontecimentos não mencionados em trabalhos anteriormente publicados.
Com o aparecimento de inúmeras obras de investigação, sobre assuntos referentes à actuação dos portugueses no Extremo-Oriente, conscienciosamente feitas por Jordão de Freitas, Frazão de Vasconcelos, Armando Cortesão, Manuel Múrias, Albert Kammerer, Dr. José C. Soares, C. R. Boxer, J. M. Braga, Pe. M. Teixeira, Pe. A. Silva Rego e outros, bem como a publicação dos “Arquivos de Macau”, surgiu a possibilidade de se elaborar um novo trabalho deste género, só com factos referentes a Macau, que publicamos, em 1950, na revista «Mosaico».
Este trabalho, depois de refundido e muito acrescentado, volta agora a aparecer, pela necessidade que existe duma obra, onde os que se interessem pela história desta província ultramarina podem encontrar breve notícia daquilo que lhes exigira muito tempo perdido em busca e rebusca por bibliotecas, pois tudo quanto se tem publicado sobre Macau…”

(1) GOMES; Luís Gonzaga – Efemérides da História de Macau. Notícias de Macau, 1954, 267 p., 18 cm x 11,5 cm x 2 cm.
Anteriores referências a L. G. Gomes em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/luis-gonzaga-gomes/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joao-feliciano-marques-pereira/

Notícias de Macau publicadas no «BGC » (1)
Aspecto da festa militar desportiva no dia de Natal

(1)Extraído de  «BGC», XXVI-296, Fevereiro de 1950.

Ainda a propósito da visita a Portugal de 29 representantes dos principais jornais ultramarinos que decorreu nos meses de Novembro e Dezembro de 1951 (ver postagem anterior), (1) recupero mais duas fotos dessa visita publicada no «BGU» (2).
Recordo que em representação de Macau foram quatro jornalistas: o redactor do «Notícias de Macau», Luís Gonzaga Gomes, o cónego Dr. Fernando Maciel do »Clarim» e dois jornalistas chineses.
Na Presidência do Conselho, com o Dr. António Oliveira Salazar e o Ministro do Ultramar
Manuel Maria Sarmento Rodrigues (3)

Na estação da Barragem Trigo de Morais

A barragem de Vale do Gaio ou barragem Trigo de Morais localiza-se no concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal, Portugal. Situa-se no rio Xarrama. A barragem foi projectada em 1936 e entrou em funcionamento em 1949
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/11/30/noticias-de-novembro-dezembro-de-1951-visita-dos-jornalistas-do-ultramar-a-portugal/
(2) «BGU» XXVII-319, Janeiro de 1952..
(3) Manuel Maria Sarmento Rodrigues (1899–1979), ministro do Ultramar de 2 de Agosto de 1950 a 7 de Julho de 1955, esteve em Macau em Junho de 1952.  Ver anteriores referências, nomeadamente  e esta visita em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/manuel-m-sarmento-rodrigues/

No dia 25 de Agosto de 1952, celebrando o quinto aniversário do “Notícias de Macau”, (1) o proprietário deste diário local, Hermann Machado Monteiro, (2) ofereceu, no restaurante “Fat Siu Lau”, um almoço a todo o pessoal do seu jornal (3)

O pessoal do “Notícias de Macau” confraternizando-se à mesa do almoço
O grupo formado pelo numeroso pessoal do “ Notícias de Macau”

(1) “25-08-1947 – O diário «Notícias de Macau» segue desde esta data até 20-02-1960, com 3 710 números.” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol 4, 1997)
“25- 08-1953 – «Notícias de Macau» completou seis anos de existência, no dia 25. Único diário português que se publica em todo o Extremo Oriente. Proprietário: Hermann Machado Monteiro (director: Dr. Cassiano de Castro Fonseca.” ( «Macau Boletim Informativo»  I – 2, 1953.).
O Dr. Cassiano de Castro Fonseca, natural de Macau, médico municipal, foi director do “Notícias de Macau» até 1955 (16-03-1955 foi a festa de despedida no edifício daquele jornal; partiu para Portugal a 18-03-1955; faleceu em Lisboa no dia 07-08-1955).
Em 10-08-1955, foi nomeado director do “Notícias de Macau” o Dr. António Alberto de Barros Lopes ( «Macau  Boletim Informativo» III- 49, 1956)
“08-03-1960 – O periódico «Notícias de Macau» segue como diário desde esta data até 14-02-1962, com 577 números.” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol 5, 1998)
(2) Herman Machado Monteiro (1899 – ?), republicano que após o golpe de 28 de Maio de 1926, em Portugal, se auto-exilou em Macau (segundo outras fontes, por ordem do Estado Novo por ser maçónico), esteve ligado ao comércio do ouro e foi o fundador, proprietário, editor e jornalista (polémico) do “Notícias de Macau” (25-08-1947 até 20-02-1960). Antes em 1927, Herman Machado Monteiro sucedeu a Rosa Duque na direção do periódico, “O Combate” (semanário de Macau de 06-01-1927 a  24-07-1927  Foi um dos fundadores do Rotary Club de Macau.
Em 14-10-1940, foi fixada, por 2 anos, residência em Coloane (deportado) ao cidadão Herman Machado Monteiro ( B.O. n.º 41 – S)
Anteriores referências ao jornal e a Herman Monteiro
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/noticias-de-macau/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/herman-machado-monteiro/
(3) Extraído de «Mosaico», V- 25/26 de SET/OUT 1952, p. 62.

Notícia publicada no jornal “Notícias de Macau” do dia 24 de Fevereiro de 1968 e reproduzida com o título “Nota do Dia no «BGU», XLIV – 514, 1968,
A Inauguração oficial do istmo Taipa-Coloane, de 2200 metros de comprimento e 7 metros de largura, entre as ilhas da Taipa e Coloane, foi a 2 de Junho de 1968.
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/06/02/noticia-2-de-junho-de-1968-inaugura-cao-do-istmo-taipa-coloane/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/istmo-taipa-coloane/

Notícia da quadra natalícia em Macau, no ano de 1949, publicada no «Boletim Gral das Colónias» (1)
NOTA: A bataria aquartelada na Flora em 1949 era a Bataria Independente de Artilharia Anti-Aérea (BIAAA) de 7,5 cm que em Julho de 1951 mudou a sua sede para o Aquartelamento das Barracas Metálicas de Mong Há. Em Setembro de 1951, a BIAAA Exp.ª (7,5) transformou-se em Bataria de Artilharia Anti- Aérea de 7, 5 cm (sob o comando do Capitão Artilharia Adriano Victor Hugo Landercet Cadima.( CAÇÃO, Armando A. A. – Unidades Miitares de Macau, 1999

(1) Extraído de «BGC» XXVI-296, 1950.

Uma visita a Portugal de 29 representantes dos principais jornais ultramarinos decorreu nos meses de Novembro e Dezembro de 1951.
Em representação de Macau foram quatro jornalistas: o redactor do «Notícias de Macau», Luís Gonzaga Gomes, o cónego Dr. Fernando Maciel do Clarim» e dois jornalistas chineses.
No dia 19 de Novembro, os visitantes foram recebidos pelo ministro e pelo subsecretário do Ultramar e visitaram Associação Industrial Portuguesa.

Na fábrica da «Senhora da Hora», com o industrial Manuel Pinto de Azevedo. Luís Gonzaga Gomes na primeira fila à direita.

No dia 20 digressão iniciaram  a visita pelo Norte do País. Visitaram Caldas da Rainha, S. Martinho do Porto, Alcobaça, Batalha, Leiria, Figueira da Foz e Coimbra onde assistiram à sessão inaugural do «III Congresso da União Nacional».

Durante a visita a umas das modernas unidades da indústria têxtil, no Norte

Daqui partiram para o Porto, visitando no caminho Curia, Buçaco e Aveiro. No Porto os jornalistas visitaram a Fábrica de Conserva Brandão, o Palácio da Bolsa e os armazéns da Real Companhia Vinícola.
O dia 25 foi dedicado aos arredores do Porto, a Braga e a Famalicão.
De regresso ao Porto visitaram a Fábrica de Relógios de Famalicão e no dia seguinte os centros industriais do Norte do país, Porto e Guimarães.
No dia 27 iniciaram a viagem de regresso a Lisboa, onde chegaram no dia 28 passando por Espinho, Anadia e Leiria onde pernoitaram.
No dia 1 de Dezembro foi o almoço de confraternização entre jornalistas da Metrópole e do Ultramar. No dia 3 visitaram o triângulo turístico Sintra-Cascais-Estoril e no dia 4 foram recebidos pelo Presidente do Conselho,

Os jornalistas de Macau na Presidência do Conselho com o Dr. Oliveira Salazar e o Ministro do Ultramar

No dia 6, visitaram Vila Franca de Xira, Arrábida e almoçaram em Setúbal.
No dia 7, estiveram na Companhia Portuguesa Rádio Marconi e visitaram a Emissora Nacional, onde cada um dos representantes das províncias ultramarinas dirigiu pelos microfones uma mensagem às respectivas populações.

O redactor do «Notícias» de Macau, Luís Gonzaga Gomes falando ao microfone da Emissora Nacional, durante a visita às instalações da estação emissora oficial.

À tarde foram recebidos no Palácio de Belém pelo Presidente da República.

Na Presidência da República, com o General Craveiro Lopes e o Ministro do Ultramar.

No dia seguinte, 8 de Dezembro, dia da Padroeira de Portugal foi visita à Torre de Belém onde o cónego Dr. Fernando Maciel, da Imprensa de Macau, fez uma evocação emotiva e patriótica.
No almoço de despedida aos jornalistas foi lida uma carta do presidente do Conselho pelo Ministro do Ultramar, comandante Sarmento Rodrigues.
Extraído de «BGU» XXVII-319,1952.