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No dia 23 de Março de 1956, foi baptizado, na igreja paroquial de S. Lourenço, pelo Revdo. Padre Manuel da Fonseca Moreira, o menino Nuno José Esparteiro Lopes da Costa, filho do Tenente de Cavalaria Mário Nuno do Canto Lopes da Costa, oficial às ordens do Governador e de sua esposa D. Maria Helena Marques Esparteiro Lopes da Costa. Serviram de padrinhos o irmão do pai do neófito e sua esposa, Sr. Ernâni José do Canto Lopes da Costa Sr.ª D.ª Maria da Piedade Saldanha Ferreira de Gouveia Coutinho Lopes da Costa, representados naquele acto, respectivamente, pelos Sr.s Engenheiro Manuel de Oliveira Ferro e Capitão José Vaz Dias da Silva.

Ao baptismo, que se realizou numa cerimónia íntima, assistiram o Governador da Província, Almirante Joaquim Marques Esparteiro, e Sua Esposa, Sr.ª Dr.ª D.ª Laurinda Marques Esparteiro, avós do baptizando, que foram testemunhas no Registo Civil, eo tio-avô Sr.ª Capitão-de-mar-e-guerra António Marques Esparteiro, Comandante do Aviso «Afonso de Albuquerque».

Extraído de «Macau Boletim Informativo», Ano III, n. º 64, 31 de Março de 1956, p.15.

“A equipa de honra doo Hóquei Clube de Macau esteve, nos dias 19 e 20 de Março, em Hong Kong, onde realizou dois encontros de hóquei m campo contra dois fortes agrupamentos da vizinha colónia britânica.

No primeiro dia, o Hóquei Clube defrontou-se com a equipa do Regimento de Hong Kong, à qual infligiu uma derrota de 5 bolas a zero. Os nossos jogadores foram superiores em toda a linha, merecendo amplamente a vitória.

No dia seguinte, frente a uma selecção militar, precisamente aquela que ganhou o torneio militar de Singapura, o «onze» do Hóquei Clube conseguiu, apenas, um empate de 0 a0.

Juntamente com a divisão de honra, esteve também em Hongkong a equipa «B» do Hóquei Clube, que, por sua vez, realizou dois outros encontros. No primeiro, teve por adversário a equipa do Clube Holandês, tendo o «onze» de Macau saído vencedor por 2 a 1. No segundo encontro, o Hóquei Clube «B» perdeu frente à selecção «B» militar, por 1 a 0.

Esta é a primeira derrota que a nossa equipa «B» regista nesta época. Por sua vez, a equipa de honra continua invisível.”

Extraído dum artigo não assinado de «MACAU B. I.» ANO II, n.º 40 de 31 de Março de 1955, p. 14

Centenas de pessoas assistiram, no domingo passado, dia 14 de Março de 1954, no Campo da Caixa Escolar, a um interessante encontro de hóquei em campo disputado pela equipa de honra do Hóquei Clube de Macau e a selecção civil de Hong Kong, o qual terminou pela vitória da equipa local, por 3 bolas a zero.O grupo de Macau, frente a um forte agrupamento da vizinha colónia britânica, evidenciou, uma vez mais, a sua superioridade, pondo em relevo o seu magnífico jogo de conjunto.

O encontro do domingo findo foi caracterizado por uma grande rapidez, jogando as equipas contendoras de igual para igual na primeira parte. Ao intervalo, o marcador acusava 1 a 0, sendo esta única bola marcada por Augusto Jorge.

Na 2.ª parte, porém, o «onze» local passou a dominar mais, logrando, nesse período de jogo, marcar mais duas bolas, que vieram consolidar a sua vitória. Estas duas bolas foram alcançadas por intermédio de Albertino e Ritchie.

Extraído de «Macau B.I.», I-15 de 15 de Março de 1954, p. 15

“14-03-1954 – A equipa de Hóquei de Campo bateu a congénere de Hong Kong por 3-0” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p.316.)

Regressou de Hong Kong, no dia 5 de Março de 1956, o Grupo Desportivo da Polícia que ali disputou dois desafios de futebol – um contra o Grupo Desportivo da Polícia de Hong Kong, e outro, formando um misto coma Polícia daquela cidade, contra o forte agrupamento «Eastern».

A embaixada de Macau foi chefiada pelo tenente Henrique da Conceição Fontes, oficial subalterno da P. S. P. e orientador daquele grupo de futebol.

Extraído do «Macau Boletim Informativo», Ano III, n.º 63. 15-03-1956, p. 13.

No Campo da Caixa Escolar, com a honrosa assistência do Governador da Província, Almirante Joaquim Marques Esparteiro, realizou-se, no dia 24 de Janeiro de 1955, o encontro do XV «Interport» de hóquei em campo, entre as selecções representativas de Macau e Hong Kong, o qual terminou pela vitória dos jogadores macaenses, por 1 a 0. Uma numerosa assistência presenciou o encontro que, dada a forma correcta e entusiástica como foi disputado, agradou.

O tento que deu a vitória à selecção local derivou duma grande penalidade sancionada contra Hong Kong pelo árbitro Gonçalves, da vizinha cidade, que revelou imparcial e desportista cem por centro.Muitos foram os ataques perigosos efectuados pelos avançados de Macau contra os adversários, mas frente a uma defesa visitante em tarde feliz, pouco mais conseguiram do que uns remates um tanto incertos e de fácil defesa. Macau jogou mais à base de esforços individuais do que em conjunto, salientando-se neste capítulo os elementos mais velozes da equipa Marques e Almeida. A linha média da selecção local não deu o rendimento que dela esperava, sendo Rocha o único que fez algode proveitoso durante a partida. O par de defesas de Macau formado por Basto e José Vítor, constitui o melhor sector da selecção, principalmente Basto, que foi um dos melhores elementos do «Interport».Estreante no seu posto, Cristóvão revelou-se-nos, ainda assim, seguro e digno da confiança nele depositado.

Findo o encontro, o capitão da equipa local, Herculano da Rocha, recebeu das mãos do Governador da Província a taça «Spalding», troféu que vem sendo disputado nestes intercâmbios desde 1950.

À noite, no salão do Clube de Macau homenageou os desportistas visitantes com um jantar, a que assistiu grande número de pessoas, de entre hoquistas, árbitros, dirigentes, representantes da Imprensa e outros convidados. Usaram da palavra o presidente de Hóquei Clube de Macau, Pedro Hyndman Lobo e o da Associação de Hóquei de Hong Kong, Alfredo Lopes Néry.

NOTA: Antes do encontro de XV «Interport», as selecções «B» de Macau e Hong Kong disputaram o seu 5-ºjogo, também de «Interport», tendo saído vitoriosa a selecção visitante, que ganhou por 1 a 0.

Artigo não assinado publicado em «MACAU, Boletim Informativo», ANO II, n.º 36, 31 de Janeiro de 1955, pp. 13-14)

ANO DO COELHO

KONG HEI FAT CHOI

POSTAL – Dragon Dance – Foto de Wong Wai Hong, n.º 1 da colecção “Festividades Orientais em Macau” (1)

Verso do postal com legenda em chinês e inglês

Sobre as festividades do ano novo chinês que no ano de 1955 foi a 24 de Janeiro, retirei parte dum artigo não assinado (1)

“Munidos de estalinhos e petardos vão-nos lançando a cada passo, produzido à sua volta um ambiente festivo e uma sensação de pretensa felicidade, proporcionando às crianças motivo de verdadeira alegria.” (2)

(1) Ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2022/06/03/noticia-de-3-de-junho-de-2022-festival-tun-ng-postal-barcos-dragao/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/wong-wai-hong/

(2) Artigo não assinado, extraído de «MACAU B. I.» da R. C. dos Serviços Económicos – Secção de Propaganda e Turismo, Ano II de 31 de Janeiro de 1955, n.º 36, pp. 8-12.

Extraído de «MBI», IV- 80, 30 de Novembro de 1956, p. 16

NOVEMBRO DE 1956 – Um grupo de amigos homenageou com um jantar à chinesa, que se realizou no restaurante do Hotel «Ng Chau», Filipe do Ó Costa, que nesta Província esteve alguns meses como treinador das equipas do «Hóquei Clube de Macau». («MBI», IV- 80, 30 de Novembro de 1956, pp. 13-14.)

Sobre esta personalidade, ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/filipe-o-costa/

No dia 16 de Setembro de 1953, o cônsul inglês em Macau, Mr. E. J. Cowan, (Cônsul  de Sua Majestade Britânica em Macau) ofereceu na sua residência um «Cocktail Party» aos velejadores  desportistas do Clube Náutico de Macau, que ganharam neste ano a «Taça Cônsul Brasão» instituída por Eduardo Brasão, Cônsul de Portugal em Hong Kong. O Sr. Cowan aproveitou para fazer entrega ao referido clube de uma linda taça para o próximo «interport» (1) (2)

(1) Foto e informação extraídas de «Macau Boletim Informativo da R.C.S.E.», I-4, 30 de Setembro de 1953, p. 16. (2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 308

No dia 25 de Julho de 1954, o «Circulo Cultural de Macau» (CCM) realizou na noite, no Teatro D. Pedro V, um concerto de música europeia por artistas chineses de Hong Kong. “Esta iniciativa do Presidente do C. C. M., Dr. Pedro José Lobo, conhecido compositor e incansável animador de todas as manifestações de carácter cultural e artístico, foi extraordinariamente interessante, porquanto veio revelar ao público de Macau a existência dum apreciável grupo de chineses que, na vizinha colónia, cultivam a sério e com êxito a música europeia.

De entre este grupo destaca-se a mezzo-soprano Esther Chou, cantora de boa escola e possuidora duma voz bem colocada e com bom timbre. No conhecido cantabileMon coeur s´ouvre à ta voix» da ópera «Sansão e Dalila» de Saint-Saens, mostrou ser senhora não só de uma boa dicção como dos segredos de difícil arte de cantar. (…) Esta artista foi bisada, na canção chinesa «Os Três Desejos a uma Rosa» de Wang Tze, um lied de escrita europeia mas caracteristicamente oriental, no desenvolvimento da sua linha melódica.

Esther Chou interpretou, igualmente, com muito agrado, a conhecida e inspirada «Ave Maria» do Dr. Pedro José Lobo. Evidenciou-se também, neste concerto, o violinista Raymond Huang diplomado pelo Royal Conservatory of Music e Trinty College of Music de Londres. Este artista revelou possuir bom comando do arco, interpretando com sobriedade, rigorosa afinação e boa compreensão musical as peças que executou, acompanhado pelo professor Harry Ore sendo de salientar o mimo e a elegância que tão bem soube imprimir à deliciosa peça «Lindo Sorriso» do Dr. Pedro José Lobo, bem conhecida de todos os apreciadores de boa música, por se encontrar gravada, na magnífica interpretação de Silva Pereira-Varella Cid. Prestaram também o seu concurso a este concerto o barítono Chow Wai Sun, possuidor duma voz boa voz mas sem grande colorido; a soprano Elizabeth Leigh que mostrou ter um órgão vocal bastante cultivado; o violoncelista Ricardo Chan, senhor duma técnica segura e bem trabalhada; a pianista Ruby Woo, aluna do professor Lazarev que, por sua vez, foi discípulo de Rachmaninoff; e o tenor John Sun, que cantou de forma a agradar. Além do Professor Harry Ore acompanharam os artistas as pianistas Ruth Chow e Winnie Ling”. (1)

(1) Extraído de um artigo não assinado, publicado no «Macau Boletim Informativo», Ano I, n.º 24 de 31 de Julho de 1954, pp. 6-7)

Extraído de um artigo não assinado do «M.B.I.», III-n.º 64 de 31 de Março de 1956, pp. 10-11.

“ Mesmo fronteira ao Istmo que liga Macau ao território vizinho, ergue-se, pujante de verdura e coberta de pinheiros mansos, a colina de Mong-Há, envaidecida da elegante nota de beleza que empresta àquela zona da cidade. Vivendo quase esquecida na planta de Macau, por ficar mais afastada, não tem sido menor a sua importância do que a das outras colinas que embelezam a paisagem da península. Ainda não há muitos anos, rodeavam-na quintas e hortas, agora desaparecidas, para dar lugar a uma das zonas mais atraentes da cidade nova. A seus pés estende-se o casario moderno que se tem empenhado a população em construir, neste últimos anos; e ali perto vive a maioria dos comerciantes abastados, em suas elegantes vivendas, alinhadas à beira das avenidas que correm ao longo daquela área.

Foi à sua beira que a Repartição Provincial dos Correios, Telégrafos e Telefones mandou edificar os dois bairros para os seus funcionários e pessoal menor dos Serviços, e que o Governo da Província construiu as residências para os seus funcionários. Para o Norte, está o Campo Desportivo «28 de Maio» que tem vivido horas de entusiasmo nestes últimos tempos e, mais além, os bairros sociais, agora acrescentados com encantadoras e airosas moradias para refugiados. Aqui habita a maior parte dos que alberga com a generosidade de sempre. É este o cenário que se desfruta do cimo desta colina, estendendo-se os olhares para além das muralhas da fronteira, espraiando a vista pelo rio e pelo mar que lhe são vizinhos de ambos os lados.

Esta situação privilegiada mereceu-lhe lugar de destaque entre os pontos estratégicos de protecção a Macau. Em 1864, o governador Coelho de Amaral ordenou a construção do Forte de Mong-Há no cimo dessa colina. (1) A obra, de suma importância para defesa terrestre, alcançando qualquer ponto do rio e do mar, e edificada nas escarpas graníticas, foi concluída em 1866. Daí em diante, atraiu as atenções de todos e melhorou-se a sua fortificação em 1925, com as modificações introduzidas.

Não ostenta jóias de valor histórico, mas apenas a graça da sua natureza e, por isso mesmo, mais bela e mais atraente se nos apresenta. Cativa-nos pela simplicidade do seu forte pela solidão em que está embrenhada.

(1) Os trabalhos de fortificações na colina de Mong-Há foram iniciados pelo governador Ferreira do Amaral em 1849 como uma medida preventiva de defesa contra uma temida invasão chinesa, mas não foram concluídos devido ao seu assassinato, Os trabalhos iniciaram-se de novo em 1850, mas em 1852 estavam praticamente reduzido a ruínas. Em 1864 foi construído o forte actual por ordem do Governador Coelho do Amaral e ficou concluído em 1866. Em 1925 foram levadas a cabo grandes alterações com a instalação de um projector luminoso e um armazém. O forte estava apetrechado com 2 armas, Armstrong da Marinha de tiro rápido, com o calibre de 65 mm. (GRAÇA, Jorge – Fortificações de Macau. Concepção e História, 1984, p. 101.)

Anteriores referências neste blogue: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/fortaleza-de-mong-ha/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/colina-de-mong-ha/