Extraído de «BGC», XXVII-313 de Julho de 1951, p. 145
A distribuição dos prémios do III Grande Prémio de Macau, realizou-se no Teatro D. Pedro V, na noite do dia 4 de Novembro, em sessão solene presidida pelo Encarregado do Governo que entregou os prémios aos vencedores das diversas provas.
Um aspecto da plateia do Teatro D. Pedro V durante a sessão solene para a distribuição dos prémios
O vencedor absoluto ganhou a monumental Taça «Governador de Macau» e o prémio monetário, na importância de $3.000,00 patacas.
Ao 2.º e 3.º classificados forma distribuídas taças da classificação geral e os prémios monetários, nas importâncias, respectivamente, de $ 1.5000, 00 e $ 750,00 patacas.
Além destes prémios, foram ainda distribuídas taças aos 1.º e 2.º classificados de cada classe.
Douglas Steane e Mário Lopes da Costa cumprimentando-se mútuamente
O Encarregado do Governo entregando a taça a Robert Ritchie
Usaram da palavra o Dr. António Nolasco da Silva, Delegado em Macau do Automóvel Clube de Portugal, que agradeceu aos concorrentes a sua participação nas provas do III Grande Prémio de Macau e a todas as entidades, oficiais e particulares, o seu contributo para a realização duma iniciativa de tão grande vulto e o encarregado do Governo que salientou o êxito da organização e felicitou quantos para ele contribuíram , muito especialmente os volantes que tomaram parte nas diversas provas.
Um aspecto do jantar de homenagem aos desportistas que tomaram parte no III Grande Prémio de Macau
Pouco depois de terminar a sessão solene para a distribuição dos prémios, realizou-se, no salão de honra de Clube de Macau, um jantar de homenagem aos desportistas que tomaram parte no III Grande Prémio de Macau.
Retirado de «MBI» IV-79, 1956
Anteriores referências ao III Grande Prémio de Macau
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/iii-grande-premio-de-macau/
In memoriam de José Neves Catela
Subi um dia à Guia, alta colina
Que deu à China o seu farol primeiro:
E abarquei dum olhar o corpo inteiro
Desta Macau formosa e peregrina.
Mas no silêncio em que a alma se ilumina
E o cérebro divaga, rotineiro,
Considerei que em espaço tão maneiro
Palpita uma metrópol´pequenina.
Macau é, sim, um mundo em miniatura
Frágil caleidoscópio pueril
Pletórico de imagens multicores…
…Mas nunca nele vi qualquer figura,
Qualquer combinação menos subtil
Dos múltiplos cambiantes dessa cores …
Hernâni Anjos
NOTA: Os sonetos de Hernãni Anjos foram publicados no n.º 6 da Revista «Mosaico», publicada em Fevereiro de 1951. (1) José Neves Catela (autor da foto acima – o farol e a colina da Guia vista da Estrada de S. Francisco) faleceu no dia 1 de Fevereiro e por isso, o Director da Revista, Dr. António Nolasco da Silva, dedicou este número à memória do colaborador da revista.
“O dia 1 do corrente mês ficou tristemente assinalado na história ainda tão curta do Círculo Cultural de Macau e do seu órgão de expansão, o “MOSAICO”. Foi com efeito, na manhã desse dia, que o nosso prezado consócio, José Neves Catela, se despediu de todos nós, deixando-nos mergulhados na dolorosa saudade da sua simpática e atraente personalidade.
José Catela que, aos 49 anos de idade, tinha o dinamismo, a vivacidade e o espírito de iniciativa dum rapaz de vinte anos, foi um dos mais incansáveis propagandistas do círculo Cultural e desta Revista, em cujas páginas , sobretudo naqueles em que têm publicitado alguns dos mais curiosos aspectos fotográficos de Macau, ficou imortalizada a sua veia artística que à Fotografia dedicou uma grande parte de tão curta vida.
Além de colaborador do MOSAICO, José Catela dispendeu também a sua preciosa actividade como Administrador da nossa Revista. No Círculo Cultural dirigiu, com superior critério e brilhante entusiasmo, a Secção Fotográfica, e na Direcção daquele organismo exerceu, proficientemente, as funções de Tesoureiro-Geral …”
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/01/31/poesia-salve-macau-seis-sonetos-de-hernani-anjos-i/
Informações anteriores de José Neves Catela em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-neves-catela/
A revista mensal “Mosaico” era o porta-voz (órgão) do “Circulo Cultural de Macau” (C. C. M.), instituição criada em 5 de Agosto de 1950, pela Portaria n.º 4808 do Governo da Província. A publicação era mensal, trilingue (português, chinês e inglês).
O primeiro número da revista tinha como director da secção portuguesa e editor, o Dr. José Marcos Batalha (licenciado em Medicina) mas em virtude de ter sido nomeado médico do Quadro dos Serviços de Saúde da Colónia de Macau, o Dr. Batalha foi abrangido pela determinação da Lei da Imprensa para as Colónias que então proibia, expressamente, os funcionários públicos de dirigirem qualquer periódico. Por este motivo, embora continuasse, como sócio do C.C.M. e colaborador da revista, foi substituído nas funções de Director da secção portuguesa, editor e também de Chefe da Secção de Imprensa, pelo Dr. António Nolasco da Silva (licenciado em Direito).
O director da secção inglesa era Maria R. Casimiro, e da secção chinesa, Luís Gonzaga Gomes. Por se tratar da sua apresentação, o primeiro número da revista tem 130 páginas mas o número seria reduzido a cerca dois terços nos números seguintes.
A redacção estava na Av. da República n. 4 e a revista era composta e impressa na Tipografia Soi Sang , no Pátio da Cabaia n.º 15.
O 1.º número foi publicado em Setembro de 1950 e o último n.º 83-85, abrangendo Julho, Agosto e Setembro de 1957.
A tomada de posse dos primeiros Corpos Gerentes do Círculo Cultural de Macau, para o ano de 1950, foi no dia 1 de Setembro de 1950, no Gabinete do palácio do Governo, à Praia Grande.
O Governador Presidente-Honorário do C. C. M., no uso da palavra na tomada de posse.
Hernâni Anjos num artigo neste primeiro número “O que é o Círculo Cultural de Macau” (pp. 21-31)
“… Instituído em Macau, por Macau e para Macau, principalmente, o C.C.M. é um organismo que se destina, como é natural, aos macaenses, e, a par deles, a todos os portugueses, oriundos de qualquer parte do Império que, em Macau, com carácter definitivo ou temporário, fixem a sua residência. Há nesse organismo, também, idêntico lugar para indivíduos estrangeiros, ingleses e chineses, de preferência, o que não implica a não-admissão de cidadãos de qualquer nacionalidade, tudo única e exclusivamente no sentido de servir os fins para que o C. C. M. foi criado…”
No dia 15 de Janeiro de 1955, realizou-se no Teatro D. Pedro V, o 3.º concerto da temporada, promovido pela Delegação de Macau do Círculo de Cultura Musical (1) sendo concertista o conhecido violinista escocês Maurice Clare (2) que foi acompanhado ao piano por Janeta McStay, (3) uma das melhores pianistas da Nova Zelândia. Ao concerto assistiu o Governador, Almirante Joaquim Marques Esparteiro e família. (4)
(1) A delegação de Macau do Círculo de Cultura Musical (com sede na Avenida da República s/n) foi inaugurada no dia 24 de Junho de 1952, por ocasião da visita do Ministro do Ultramar, Comandante Sarmento Rodrigues a Macau. Nesse dia, foi promovido o primeiro concerto com a apresentação de dois artistas portugueses de destacado valor e conhecido relevo no meio musical: o jovem (com 16 anos de idade) pianista Sérgio Varela Cid (5) e o Director de Orquestra e violinista Silva Pereira.(6)
A Direcção da Delegação de Macau do Círculo de Cultura Musical com Silva Pereira e Sérgio Varela Cid no dia 24 de Junho de 1952
A Direcção, no ano de 1952, era constituída por Dr. Pedro José Lobo, presidente (3.º a contar da esq.); Luís Gonzaga Gomes, secretário (2.º a contar da esq.); Dr. Abel de Carvalho, director-artístico (2.º a contar da dt.); Dr. António Nolasco da Silva, vogal (1.º a contar da dt.) e José Silveira Machado, tesoureiro. (6)
(2) Maurice Clare, em 1962, violinista e chefe de orquestra inglês.
National Library of Australia
http://trove.nla.gov.au/work/167571308?selectedversion=NBD49347224
(3) Janetta McStay, pianista neo-zelandesa. Biografia consultar em:
http://www.musicinnz.com/Issues/mcstay.htm
Janetta McStay, final déc 50 (séc.XX) (Fotografia de Clifton Firth)
(4) Macau Boletim Informativo, 1955
(5) Sérgio Varela Cid (1935 – desaparecido no Brasil, em 1981, declarado morto em 1994, o seu corpo nunca foi encontrado ), concluiu o curso no Conservatório Nacional, com 19 valores. Foi estudar para Londres, onde viveu praticamente toda a sua vida, e de onde encetou uma carreira internacional de concertista. Em finais dos anos 70 muda-se para o Brasil. Considerado um dos mais célebres e talentosos pianistas, no entanto, a sua vida privada (jogador inveterado e possível envolvência com negócios de contrabando) levaram-no ao triste fim. (COSTA, Joel – Balada para Sérgio Varella Cid. Casa das Letras, 2007).
(6) Silva Pereira (1912-1992) violinista e chefe de orquestra, realizou os seus estudos musicais no Conservatório Nacional, onde obteve as mais altas classificações. Após terminados os estudos em Portugal, Silva Pereira parte para Paris, cidade onde prossegue os estudos de violino findo os quais inicia uma brilhante carreira internacional de concertista que o leva a actuar em diversos palcos da Europa, África e Extremo Oriente. Mais tarde dedicou-se à arte de reger vindo a apresentar-se em público, em 1944, como maestro. Maestro titular da Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional/Porto, cargo que ocupa entre 1957 e 1974, ano em que é nomeado maestro titular da Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional/Lisboa, posteriormente Orquestra Sinfónica da RDP. Silva Pereira manteve-se nestas últimas funções até 1989, ano em que a Orquestra da RDP foi extinta. Entre 1975 e 1980, exerceu ainda funções de director musical do Teatro Nacional de S. Carlos.
Informação retirada de António Ferreira em:
http://www.rtp.pt/antena2/premio-jovens-musicos/obras-compositores/maestro-silva-pereira_3082
(6) Macau Boletim Informativo, 1955.
NOTA: no Youtube circula concertos dos artistas atrás referidos, nomeadamente:
Maurice Clare e Galina Solodchin com a Orquestra de Camerata String, em 1968: “J. S.Bach Concerto for two violins & strings, second movemente”
https://www.youtube.com/watch?v=SAXM_gnr-s4
e Sérgio Varela Cid, em 1968, “Beethoven Sonata n.º 23 “Appassionata“.
https://www.youtube.com/watch?v=bpua7Sto48g
Como era habitual (até 1974), o 28 de Maio foi celebrado em Macau no ano de 1952.
Nesse ano, assinalava-se o 26.º aniversário do Movimento Militar de 28 de Maio, com vários festejos comemorativos, registando-se em todos grande afluência do público (1)
O Governador comandante Joaquim Marques Esparteiro ladeado de individualidades de destaque assiste ao desfile militar
A tropa desfilando em continência perante a tribuna de honra
O Director Geral do Ensino do Ultramar, Dr. Vítor Manuel Braga Paixão (2) discursando na sessão solene , realizada no salão Nobre do Leal Senado
O sr. António Nolasco da Silva proferindo a sua conferência sobre o significado do movimento de 28 de Maio.
(1) Reportagem fotográfica da revista “Mosaico”, 1952
(2) Sobre este orador ver anterior referência em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/05/23/noticia-de-23-de-maio-de-1952-visita-do-director-geral-do-ensino-do-ultramar-a-macau/
Este livro «MACAU – Materiais para a sua História no Século XVI» é uma edição do Instituto Cultural de Macau de 1988 (1) justificada pela Directora do Arquivo Histórico de Macau, na altura, Dra. Adelina Braga:
“Prosseguindo no empenhamento de dar a conhecer ao público os assuntos referentes ao passado de Macau, velho de mais de quatro séculos, tão rico de factos emocionantes de vivência mais ou menos difícil mas sempre gratificante, vai o Instituto Cultural de Macau proporcionar a leitura de mais um outro valioso «documento» que muito esclarece sobre um período aliciante da história desta cidade do santo Nome de Deus, e dos portugueses que dela fizeram uma peça única da máquina do mundo por eles percorrido…”
Este trabalho de Jordão de Freitas (2) foi publicado (3) na revista «Mosaico», nº 59 a 61, Julho a Setembro de 1955, bem como o Prefácio do livro de António Nolasco da Silva (4).
Muitas passagens deste trabalho foram transcritas por diversos historiadores e escritores como por exemplo este, referente a uma notícia do dia : carta de Leonel de Sousa que em 15 de Janeiro de 1556, dirigiu de Cochim ao infante D. Luiz, irmão de D- João III e falecido a 27 de Novembro do ano anterior, mas cuja morte não era ainda conhecida no Oriente.
«Senhor – Eu fuy á China numo embarquação de mercadores, como espreui a Vossa Alteza de Malaqua o ano de cinquoenta e dous, pelo Vizo Rey Dom Alfonso me nam ordenar as Viagés, como Vossa Altez mandaua; aonde vim envernar o Março passado por nam poder vyr á Indya… (…)
…Desta maneira fiz paz; e os negócios na China com que todos fizeram suas fazendas, e proveitos seguramente foram muytos purtuguezes á Cidade de Cantaõ, e outros lugares por onde andaram folgando algus dias, e negociando suas fazendas á sua vontade sem receberem agravo, nem pagarem mais Direitos dos que atras digo, que myutos pelo que esquonderam nã fiquaram pagando mais Direitos que da terça parte das fazendas. Cantaõ está trinta legoas por hum Rio dentro do Porto de Sã Choam que he amtre huas ylhas aonde estava com os Navios…»
Do prefácio, saliento:
“ … De entre essa plêiade de investigadores da historiografia macaense, há, porém, que salientar e bem distintamente, um nome quase esquecido, o do distinto e fecundo polígrafo Jordão de Freitas, pois, sem o magnífico trabalho «Macau – Materiaes para a sua história no Século XVI», alguns importantes pontos da história relativos aos tempos primitivos do estabelecimento desta cidade teriam, talvez, ficado esquecidos, à espera, ainda, de quem os fosse desenterrar do pó dos arquivos…”
(1) FREITAS, Jordão de – Macau, Materiais para a sua história no século XVI. Instituto Cultural de Macau, 1988, 43 p., 22cm x 15 cm.
(2) Jordão Apolinário de Freitas (1866- 1946) cursou a cadeira de Teologia no Seminário do Funchal (1890) e formou-se como médico-cirurgião na Escola Médica desta mesma cidade. Sócio-fundador da Academia Portuguesa da História e director da Biblioteca Real da Ajuda entre 1918-1936, consagrou a sua vida à investigação histórica, publicando imensos trabalhos. Mais referências anteriores a este autor em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jordao-de-freitas/
(3) Originalmente foi publicado na raríssima colecção «Archivo Historico Portuguez» (n.ºs 5, 6 e 7 de Maio a Julho de 1910, Vol VIII)
(4) António Nolasco da Silva foi o Director e Editor da revista «Mosaico», órgão e propriedade do Círculo Cultural de Macau desde o 2.º número (o 1.º número, o Director e Editor foi o Dr. José Marcos Batalha) que foi publicado em Setembro de 1950 até ao último número em Setembro de 1957.
No dia 28 de Novembro de 1970, os correios de Macau então denominado Repartição Provincial dos Serviços dos Correios, Telégrafos e Telefones, lançaram um envelope comemorativo do XVII GRANDE PRÉMIO DE MACAU evocando e homenageando a primeira Comissão Organizadora de 1954:
António Nolasco (1)
Carlos Humberto da Silva
Fernando de Macedo Pinto
João Pires Antas
Júlio Augusto da Cruz e
Paul Eric du Toit
Com o envelope comemorativo foi também lançado o carimbo com logotipo próprio que foi colocado em toda a correspondência dos CTT nos dias 28 e 29 de Novembro desse ano.
Os selos do envelope (com o carimbo) são de emissões anteriores.
O selo de 50 avos (corridas de motos) é da colecção “Modalidades Desportivas” de 1962
O selo de 5 avos pertence à emissão “Carta Geográfica de Macau”, de 1956.
(1) Dr. António Nolasco da Silva (advogado)
Sobre a Comissão Organizadora e a realização do 1.º Grande Prémio, ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/10/30/primeiro-grande-premio-de-macau-1954/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/10/15/noticias-do-primeiro-grande-premio-de-macau-1954/
Notícia do anúncio do III Grande Prémio de Macau, na imprensa em Macau, em Maio de 1956 (1)
“A Delegação de Macau do Automóvel Clube de Portugal, com a colaboração do Governo da Província e do Leal Senado da Câmara, levará a efeito, nos dias 3 e 4 de Novembro próximo, o III Grande Prémio automobilístico de Macau, competição a efectuar em circuito fechado, conforme as prescrições do respectivo regulamento e do Código Desportivo Nacional. A prova, que é organizada sob os auspícios de Sua Ex.ª o Governador da Província, Almirante Joaquim Marques Esparteiro, será disputada, como nos anos anteriores, no Circuito da Guia já de todos, conhecido.
Os trabalhos relativos à organização e realização do III Grande Prémio de Macau estão entregues a uma Comissão Executiva, constituída pelos Srs. António Nolasco da Silva, delegado do A. C. P., servindo de presidente, Fernando A. de Macedo Pinto, 1.º tenente engenheiro naval Fernando da Silva Nunes, Arnaldo Rodrigues da Silva e Paul E. du Toit, este último de Hong Kong.
O regulamento do III Grande Prémio de Macau apresenta-se ligeiramente modificado, em relação ao regulamento da prova anterior, sendo dignas de menção as seguintes alterações:
- A prova levará, este ano, o rótulo de Competição Nacional, porquanto pelo A. C. P. acaba de ser aprovada a proposta relativa à inclusão do Grande Prémio de Macau nos programas anuais de competições nacionais de automobilismo. A designação nova que se dá valoriza muito mais a prova e não impede que nela participem automobilistas estrangeiros.
- O percurso será de 77 voltas ao Circuito da Guia, ou sejam 483 Kms,175 (300,3 milhas), e só serão classificados os concorrentes que completarem pelo menos, 60 voltas.
- Haverá um prémio de $ 300,00 para cada concorrente que completar pelo menos, 60 voltas.
- Para os 3 primeiros classificados haverá, além das taças, prémios monetários. O 1.º classificado ganhará $ 3.000,00, o 2.º $ 1.500,00 e o 3.º $750,00.
- A Delegação do A. C. P. tirará um seguro contra terceiros.
A grande novidade da competição deste ano será, sem dúvida, a lotaria que o A. C. P. vai levar a efeito por ocasião da corrida.
Pelo Governo Central já foi autorizada a organização da lotaria, estando o diploma respectivo a ser, presentemente, elaborado pelo Governo da Província.
Além do Grande Prémio, haverá ainda outras provas automobilistas, uma das quais a interessante corrida por equipas, que o A. C. P. organiza este ano pela primeira vez
Eis o programa completo do grandioso certame:
3 de Novembro, sábado:
Das 7 às 8 horas – Treino oficial dos carros não participantes no G. P.
Das 8,15 às 9,30 horas – Treino oficial dos concorrentes ao G. P.
Às 10,45 horas – Cerimónia de abertura.
1.ª corrida: Principiantes (10 voltas ao Circuito)
12 horas – 2.ª corrida: Senhoras (10 voltas ao Circuito)
13 horas – 3.ª corrida: «Handicap» para carros de produção corrente (100 milhas).
16 horas – 4.ª corrida: Por equipas (15 voltas ao Circuito).
Das 17,30 às 19 horas – Treino oficial dos concorrentes ao G. P. com cronometragem para a posição dos carros à partida.
4 de Novembro, domingo:
Das 7,30 às 9,30 horas – Treino oficial dos concorrentes ao G. P.
Às 11,30 horas – Chegada de Sua Ex.ª o Governador a comitiva.
Às 11,45 horas – Abertura oficial.
Às 11,50 horas – Apresentação de Sua Ex.ª o Governador aos concorrentes.
Às 11,55 horas – Entrada dos condutores nos seus carros.
Às 11,57 horas – 1.º sinal para a partida.
Às 11,58 horas – 2.º sinal para a partida.
Às 11,59 horas – 3.º sinal para a partida.
Às 12 horas precisas – Partida para o III Grande Prémio de Macau.
Às 20 horas – Jantar oficial e entrega dos prémios.”
(1) Artigo não assinado – MACAU, ano III, n.º 67, 15-05-1956.
Destaques em “bold” da minha autoria.