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Os alunos das escolas de Macau participaram activamente nas comemorações do IV Centenário da Publicação de «Os Lusíadas» que se desenrolaram através do corrente ano de 1972.

Além das representações traduzidas em academias músico-literárias e exibições de atletismo em que foram as principais figuras, devem salientar-se os concursos literários e artísticos em que evidenciaram a sua cultura e a sua arte.

Para premiar os que revelaram maior capacidade, realizou-se, no dia 15 de Dezembro de 1972, no Ginásio da Escola Comercial «Pedro Nolasco», uma interessante sessão de distribuição de prémios, tendo sido entregues os 1.º, 2.º e 3.º prémios e menções honrosas aos alunos que os mereceram no concurso aos jogos florais e ao concurso de painéis. O tema foi a figura e a obra de Camões.

A numerosa assistência

Assistiram à sessão o Governador e Exma Esposa, vendo-se nas primeiras filas as mais destacadas individualidades da vida oficial da Província

O Dr. Túlio Lopes Tomás, chefe dos Serviços de Educação, procede à abertura da Sessão, explicando as razões da mesma.

Uma pequena vencedora do concurso de poesia, recita, com muito desembaraço a sua composição, que lhe mereceu uma prolongada salva de palmas.

Fotos e texto extraídos de «MBIT», VIII, 9/10 de NOV/DEZ, 1972, p. 34

No dia 11 de Outubro de 1977, Macau esteve na inauguração do “II FESTIVAL DE ARTES ASIÁTICAS 1977”, em Hong Kong, estando presentes dois alunos da Escola Comercial e uma monitora da mesma Escola (Ana Cristina dos Santos Silva e Gregório do Espírito Santo, e D. Judite Guerreiro) que foram convidados pelo Hong Kong Urban Council para ali representarem Macau, na sessão inaugural, que se realizou às 17,30 horas desse dia. Foram acompanhados dum funcionário do Centro de Informação e Turismo que ali providenciou sobre os arranjos necessários para a sua apresentação em trajos regionais portugueses, nas sessões a que assistiram.

Aquele dois alunos juntaram-se a outras crianças de vários países da Ásia que também estiveram presentes na abertura do referido festival, envergando trajes dos respectivos países.

O par que foi de Macau, nos trajos folclóricos portugueses, marcou bem a sua presença ao lado do colorido de outros regionais desta área geográfica. Aqui os vemos com crianças indianas, que pediram para serem fotografadas com o par de Macau, quando terminou a sua participação naquele acto inaugural. (1)

(1) Extraído de «MBIT», XII, 7/8 Setembro/Outubro de 1977, pp. 12 a 14.

Integrada nas comemorações que nesta Província assinalaram a efeméride do IV centenário da publicação de «Os Lusíadas», realizou-se, no dia 4 de Outubro, a inauguração da Exposição de trabalhos escolares sobre a epopeia nacional, e o poeta imortal.

Aspecto da inauguração da exposição pelo Governador José Nobre de Carvalho (1)

Esteve presente o Governador e as mais destacadas individualidades, distinguindo-se a grande influências de professores das diversas escolas. Os trabalhos compreenderam, principalmente, painéis sobre o tem proposto, com uma rica imaginação dos alunos a colocar Camões nas mais variadas situações duma vida pelo mundo repartida, em que foram abundantes os lances de desventura e muito poucos sorrisos de felicidade dignos de nota. Mas ficou do seu sofrimento, talento e experiência pessoal uma obra que desafia os tempos e as vontades.

Outro aspecto da inauguração da exposição.

Uma exposição em que a arte se casou com a imaginação, numa abundância de quadros em que muitos jovens revelaram excelentes dotes artísticos à espera duma continuidade a caminho de mais altos voos

Painel que obteve o primeiro prémio

O painel que obteve o primeiro prémio no concurso teve como seus autores os alunos do 2.º ano do Curso Comercial da Escola “Pedro Nolasco”, José César Guerreiro, Arnaldo Pereira e Vasco Shin Gume. 

Texto (não assinado) e fotos extraídos de «Macau BIT, VIII- 7-8 Setembro/Outubro de 1972, p. 35.

(1) Na foto, á esquerda do Governador, o recente chefe da Repartição Provincial dos Serviços de Educação, Dr. Túlio Lopes Tomás que tomou posse do cargo no dia 1 de Outubro de 1972.

Continuação da leitura da Revista “DESPORTO”, n.º 28 de Maio de 1991 ($10.00), (1) nomeadamente da pág. 6: «Recordar é viver»

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2022/09/04/leitura-revista-desporto-i/

Numa cerimónia realizada em Dezembro de 1977, no Restaurante Riviera, o escultor e construtor civil Oseo Leopoldo Goffredo Acconci, de nacionalidade italiana, radicado há longos anos em Macau, recebeu das mãos do Cônsul-Geral da Itália acreditado neste território, Michelangelo Pisani Massamormile, a «Croce de Cavaliere de Lavoro» (Cruz de Cavaleiro do Trabalho) que lhe foi concedida pelo Governo do seu país. Oseo Acconci que veio para Macau pouco antes de eclodir a Segunda Guerra Mundial, (mudou-se com a família de Hong Kong para Macau em 1940, seis meses antes de a Itália aderir à Segunda Guerra Mundial) realizou importantes trabalhos de construção civil, com destaque para edifícios de carácter religioso, esculturas e trabalhos de ornamentação, revelando.se um verdadeiro artista.

Cidadão de fino trato e de carácter bondoso, era por todos estimado, nomeadamente pelos seus operários a quem tratava como amigos. A cerimónia da entrega da condecoração contou com a presença do Governador de Macau, coronel Garcia Leandro, e esposa, as principais autoridades e outras pessoas, tendo o cônsul Massamormile enaltecido as qualidades do homenageado que, muito comovido, agradeceu a distinção conferida e a presença dos convidados. (1)

Algumas obras mais conhecidas em Macau deste escultor, arquitecto e empreiteiro italiano falecido em 1988 aos 83 anos: Escola Comercial, hoje Escola Portuguesa de Macau, desenhada por Chorão Ramalho; Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Ká Hó, projectada e construída por Oseo Acconci; Nossa Senhora de Fátima do Quartel de Mong-Há; as moradias da Coronel Mesquita e o painel da mulher seminua na fachada do Hotel Estoril.(2)

(1) Extraído de “Macau Boletim de Informação e Turismo”, XII, n.º 9-10 de 1977, p. 36

(2) Ver artigo “Fortuna ou a história da mulher futurista de Macau” no jornal Ponto Final” de 30.09.2015 https://pontofinalmacau.wordpress.com/2015/09/30/fortuna-ou-a-historia-da-mulher-futurista-de-macau/

Anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/oseo-acconci/

Os «Pequenos Cantores do Colégio D. Bosco» actuaram no Ginásio da Escola Comercial, no dia 15 de Novembro de 1977, às 19,00 horas.

“O grupo apresentou-se impecável, nos trajos de marujo, com um programa concatenado pelo Padre Águeda, director do Colégio, que lhe deu uma feição das qualidades do povo português, coma sua alegria expressa nos cantares que acompanham a sua gente quer na Pátria quer no peregrinar pelo Mundo. Com o «Lisboa acordou», de Nóbrega e Sousa, encerrou-se a sessão, referindo que também acordou … Macau, com o ruído dos carros para o Grande Prémio, (1) no mesmo sentido de cooperação mundial e conquista de novas amizades.

Esteve presente o Governador, coronel Garcia Leandro, que se fez acompanhar da esposa. A assistência razoável teve uma bela oportunidade de ouvir o conjunto polifónico, com um novo atractivo de movimentos que introduziu pela primeira vez na sua actuação, por sinal muito feliz “ (2)

(1) Refere-se ao «XXIV Grande Prémio de Macau» que se realizou de 18 a 20 de Novembro de 1977. Ver em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/11/18/noticias-de-18-a-20-de-novembro-de-1977-xxiv-grande-premio-de-macau/

(2) Extraído de «MBIT», XII-9/10, Nov/Dez 1977, pp.9-11

O Governador Nobre de Carvalho depõe um ramo de flores junto do pedestral do busto de Luís de Camões

“Dentro da tradição que conta muitos anos, e integrada no «Dia de Portugal», realizou-se a romagem das escolas à Gruta de Camões, este ano solenizada com mais brilho, pelo facto de se celebrar o IV centenário da publicação «Os Lusíadas»…» (1)

Esteve presente o Governador, acompanhado da Esposa, e as mais destacadas autoridades da Província, sendo denotar as numerosas representações sas escolas portuguesas, cujos estudantes traziam cada um uma flor que, na devida altura, depuseram junto do pedestral onde se ergue o busto do poeta.

O Dr. Henrique de Sena Fernandes proferindo a alocução junto à Grut

Findo o discurso do Dr. Henrique de Sena Fernandes, director da Escola Comercial, o Governador Nobre de Carvalho descerrou uma lápide comemorativa do IV centenário da Publicação de «Os Lusíadas», talhada no duro granito, irmão da rocha viva que forma a gruta do poeta.

O Governador descerrando a lápide, junto à Gruta de Camões
A lápide comemorativa do acontecimento.

Entretanto, os «JOGRAIS» da Escola Comercial «Pedro Nolasco» iam recitando trechos líricos e épicos de Camões, dando ao ambiente a solenidade dos momentos de alto valor cultural.

Depois seguiu-se o desfile da juventude escolar portuguesa perante o busto.

Os «Jograis» da Escola Comercial «Pedro Nolasco» recitando trechos líricos
A assistência na homenagem a Camões.
O desfile da juventude escolar

(1) Extraído de “Macau B.I.T.», VIII, 3  e 4, Maio/Junho, 1972, pp,20-22.

Sessão solene no Leal Senado no dia 28 de Maio de 1955, para comemorar o golpe de estado (28 de Maio de 1926) protagonizado por militares e civis antiliberais, comandado pelo general Gomes da Costa, que resultou a queda da Primeira República Portuguesa e a instauração da Ditadura Militar. Depois legitimada na Constituição de 1933, e instauração do Estado Novo.

A mesa que presidiu à sessão solene, vendo-se o Governador Joaquim Marques Esparteiro (1) a discursar
Edmundo Senna Fernandes (2) fazendo a sua conferência sobre o tema «Salazar – A sua política de sempre»

Imagens extraídas de «BGU»,  XXXI-361-362, Julho-Agosto 1955 pp. 382

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joaquim-marques-esparteiro/

(2) Edmundo José de Senna Fernandes (1897-1981), filho de Bernardino de Senna Fernandes Jr (2.º conde) (1867-1911) e Maria Francisca Xavier do Couto. Leccionou na Escola Comercial «Pedro Nolasco», no Seminário de S. José e no Colégio do Sagrado Coração. Presidente da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM) e comendador da Instrução Pública (1979). FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume III. ICM, 1996, p. 552. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/edmundo-de-sena-fernandes/

Esteve exposta, no período de 30 de Março a 2 de Abril de 1974, no átrio da Escola Comercial (hoje, Escola Portuguesa de Macau – 澳門葡文學校), “Uma Exposição de Pintura, Arte e Beneficência”, em que estiveram representados vários artistas chineses que vivem em Macau, entre os quais Tsang Ping Chow, Tsang Hon Fok, Cheang Wing Sin e Cheang Chi Lon.

Inaugurou o acontecimento a Sra. D. Julieta Nobre de Carvalho, dados os fins assistenciais a que se destinava o produto da venda dos quadros que se viesse a realizar. Um gesto de nobreza que só nobilita o artista pelo empenho de estender o resultado da sua actividade aos necessitados que são todos os que não tem pão suficiente para sobreviver nem uma casa condigna para habitar.

A esposa do Governador, Da. Julieta Nobre de Carvalho corta a fita da inauguração

A exposição compreendia mais de uma centena de obras, com uma considerável abundância de motivos, coma predominância de temas paisagísticos buscados em várias regiões do mundo, incluindo a própria China que os forneceu na região de Guilin , 桂林 onde avultam os mais belos trechos naturais. (1)

Um aspecto geral da Exposição no átrio da então Escola Comercial «Pedro Nolasco»

Alguns dos quadros da exposição com os comentários do autor do artigo (1)

«O Fumador de cachimbo»

O velho despreocupado, a fumar o seu cachimbo de bambú, repetindo a cena que nos habituámos a ver nas ruas de Macau, hoje a desaparecer, é outro texto da arte posta ao serviço do homem” (1)

«O menino ao colo»

Uma criança ao colo” deu-nos toda uma gama de sentimentos como os que despertam cenas simples, naturais, quando o centro de convergência é a pessoa humana, com tudo o que a dota e que irrompe dum interior onde vive um mundo de sentimentos que procuramos descobrir através dos sinais que transparecem à flor da expressão plásticas” (1)

«Inocência e o bruto»

“O «Menino Nu e o Porco», um quadro inocente como inocente é todo este conjunto, em que a ferocidade ou brutalidade do animal parece quebrar-se à beira da inocência do rapazinho na posição naturalíssima do seu corpo, donde se arredou toda a somra de maldade” (1)

«Juncos ao luar»

As cenas do mar não falam em qualquer exposição que tenha coo artistas homens que viviam em Macau, ou mais largamente, nestas terras do Oriente banhadas pelas águas do grande Oceano: os barcos de pesca, na faina, atracados ou varados nas praias inspiram pelo idílico aspecto que mostram, porque muitas vezes ou quase sempre os pescadores servem de instrumento de trabalho e de habitação, ali nascendo e ali passando a existência, entre os quatro pedaços de madeira e o mar inconstante, mas pródigo em bens.. (…) E as noites de luar, a claridade nostálgica da luz no seu disco fulvo e melancólico, dá saliência aos barcos que singram as águas ou descansam junto à terra.” (1)

«Velho»

“O retrato dum velho em cujas rugas se sente o extinguir das ilusões, enrugado e pensativo, que vê a vida pelo lado melancólico da saudade ou da sombra da desilusão.“ (1)

(1) Artigo não assinado e fotos extraídos de «MBIT», X-1/2 de Março/Abril. 1974, pp. 19-22

A Comissão Administrativa da Associação de Futebol de Macau (1) organizou e fez disputar em Campeonato Escolar de Futebol de Macau, no ano de 1956, com a participação de sete escolas de território.
No dia 26 de Fevereiro (domingo) no Campo Desportivo «28 de Maio», após o desfile de apresentação das sete equipas perante as Autoridades e o público, realizou-se o primeiro encontro em que intervieram a equipa da Escola Comercial «Pedro Nolasco» e a equipa do Liceu nacional Infante D. Henrique. (2)

As equipas das sete escolas saúdam as Autoridades e o público após o desfile de apresentação (foto pouco nítida)

(1) Na época de 1956/57 a Associação de Futebol de Macau, fundada em 1 de Junho de 1939, foi dirigida por uma Comissão Administrativa, nomeada pela Portaria do Governo da Província, de 14 de Dezembro de 1956, publicada no Boletim Oficial n.º 50, do mesmo ano, e assim constituída:
Presidente – Dr. Carlos Augusto Correia Pais de Assunção
Vogal-secretário – José Silveira Machado
Vogal-tesoureiro – Manuel de Magalhães
(2) «MBI», III-62 de 29 de Fevereiro de 1956, p.14