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Chega a Macau no navio ‘Novo Viajante” no dia 20 de Maio de 1801, o Padre Joaquim José Leite (lazarista), Reitor do Real Colégio de S. José e Procurador das Missões da China em Macau. Faleceu em Macau com 89 anos e 52 de residente, a 25 de Junho de 1852. (1)

No seu tempo, o Seminário estava aberto a seminaristas com vocação sacerdotal, mas também à juventude de Macau, em geral. Foi autor de um «Diário Noticioso» (2) que foi publicado nos Arquivos da Diocese de Macau, pp. 113 – 273, informando o Padre Manuel Teixeira ser desconhecido o paradeiro do original.

Os sinos do seminário, de 1806, foram mandados vir de Lisboa pelo Pe. Joaquim José Leite, que sucedeu ao Pe. Valente no cargo de superior do seminário, quando este faleceu em 19 de Julho de 1804.

– Quanto ao Colégio de S. José:

Extraído de “Archivo Pittoresco», Ano I, n.º 3 Julho de 1857, pp. 274

NOTA: O Padre tinha uma casa como Superior do Real Colégio de S. José na Praia grande onde estavam os solares das famílias mais gradas de Macau. O tufão de 1831, destruiu muito dessas casas. (TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, 1997, p.68)

(1) C. J. Caldeira nos seus “Apontamentos duma viagem de Lisboa à China” publicada em 1852.

 (2) Beatriz Basto da Silva refere que serviu-se do «Diário Noticioso» como apoio bibliográfico à sua Cronologia. (BBS Cronologia da História de Macau, Vol. 3, 1995)

30-04-1869 – Por Relatório do director das Obras Públicas, Francisco Maria da Cunha, feito nesta data, se fica com a noção, talvez pouco divulgada, de que a zona da Praia Grande entre esta e o Bom Parto resulta de um aterro então feito, tendente a harmonizar e tornar mais saudável a zona do Chunambeiro. (1) Mais tarde (1910) concluir-se-ia com a Av. da República o circuito que liga o Bom-Parto a S. Tiago e Porto Interior. (2)

NOTA: 21-08-1871 – Publicação dum relatório oficial do tenente Henrique Augusto Dias de Carvalho sobre obras nos aterros do Chunambeiro, (em substituição da parte arruinada que foi dirigida por Vicente P. Portaria e estragos feitos pela passagem do ciclone na noite do dia 26 de Julho de 1871) e limpeza do rio. (3) («BPMT», XVII-34 de 21-08-1871 pp. 137-138)

(1) «O aterro em continuação ao da Praia Grande para Bom Parto, com o qual se despendeu a terceira verba, reconhecida como necessária por todos os antecessores de V. Ex.ª e como incentivo para mudar as más condições do irregular e insalubre logar do Chunambeiro, e foi determinado pelo requerimento, d´um proprietário, feito ainda nom tempo do antecessor de V. Ex.ª , que se obrigou à construção de casas com architetura europea n´aquelle local, sob a condição da feitura do aterro, por parte do governador. Já ali se eleva hoje uma grande e elegante propriedade e se prepara a construção d´ outra da mesma natureza. Esta parte do aterro foi arrematada pelo preço dos lotes anteriores, mas em condições muito mais rigorosas de construção, e acha-se quasi ligada á fortaleza de Bom Parto, completando assim o circuito muralhado da parte da cidade que olha para a rada ou porto exterior. As decimadas propriedades ali construídas devem compensar em parte a despesa feita nesta obra»

(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 188

(3) SILVA. Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 198

Extraído de «BGM», X-1 de 4 de Janeiro de 1864, pp. 6-7

NOTA: O nascimento do futuro rei D. Carlos I foi a 28 de Setembro de 1863. Filho de D. Luís I (1838-1889; reinado 11 de Novembro de 1861 até 19 de Outubro de 1889) e Maria Pia de Saboia, reinou de 19 de Outubro de 1889 a 1 de Fevereiro de 1908, vítima de atentado mortal.

D. Carlos I – pintura de José Malhoa em 1890

Extraído de «BPMT», XXIII-1 de 6 de Janeiro de 1877, p. 4

Extraído de «Boletim do Governo de Macau», XII- 47 de 19/11/1866, p. 190
Extraído do «BPMT», XIII-40 de 7 de Outubro de 1867, pp. 237-238

NOTA 1 – “01-10-1867 – Macau foi visitado por um tufão que causou vários estragos, arrancando as árvores da Praia Grande e uma parte da muralha deste local. As fortalezas e alguns edifícios públicos, como o Hospital Militar, a igreja de Sto. Agostinho, o teatro D. Pedro V e outros ficaram muito maltratados.” (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954).

NOTA 2 – Em 6 e 7 de Setembro desse mesmo ano (1867), Macau já foi assolado com outro tufão. Ver anterior postagem em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/09/06/noticia-de-6-de-setembro-de-1867-galera-asia-e-o-tufao/

Extraído de «BPMT», XIII-38 de 23 de Setembro d 1867, p. 226

“O Governador Coelho do Amaral (1863-1866), ilustre engenheiro militar (Tenente Coronel graduado em Coronel e depois Coronel do Corpo de Engenheiros e General) deu condições de salubridade, fez a demolição de parte da muralha, abriu estradas e pavimentou ruas, construiu o primeiro farol a costa da China, plantou árvores da Praia Grande e jardins, mandou construir o quartel para o batalhão de 1.ª linha no lugar do antigo convento e igreja de S. Francisco, desenvolveu e ampliou a cidade. Novos contingentes militares chegaram para renderem ou reforçarem o Batalhão (em 1863, em 1866,em 1868 e em 1874) e, em 1864, foi organizada a Companhia de Enfermeiros. Em 1869 são reorganizadas as forças do Ultramar.” (CAÇÃO, Armando A. A. – Unidades Militares de Macau, 1999, p. 21

Já referido em anteriores postagens (1) (2), esta notícia de igual teor foi extraída do «Anuário De Macau de 1924», p. 67

Anuário de Macau 1924, p. 67

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/09/05/noticia-de-5-de-setembro-de-1738-outro-tufao/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/09/05/noticia-de-5-de-setembro-de-1738-outro-tufao-ii/

Extraído de «The Chinese Repository», Vol. 8, May 1839 to April 1840, p. 270

NOTA: “No dia 3 de Setembro de 1839, visitou Macau o Comissário Lin (1785-1850), grande palatino da proibição do ópio. Tem em Macau um “Memorial “ no Templo  de Lin-Fong fundado em 1997 e uma Fundação Lin Zexu, criada em 1998, para promover o estudo da sua actuação nas guerras de ópio e sua relação com este território” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 87).

Hoppo – administrador da alfândega chinesa (Guangzhou / Cantão) (粵海關部; pinyin: Yuèhǎi Guānbù), na dinastia Qing, official responsável perante o imperador no controle dos barcos, cobrança da tarifas, mantendo ordens dos comerciantes ao longo do delta do rio das pérolas, de 1685 a 1904. Em Macau, as alfândegas chinesas denominavam-se de Hopu. Exitiam duas: Hopu grande na Praia Grande e Hopu pequeno no Largo do Ponte e Horta e arredores. Ver: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2022/03/05/noticia-de-5-de-marco-de-1849-fecho-dos-hopus/

Extraído de «Boletim do Governo de Macao», III. 24 de 1 de Abril de 1857, p. 96