Extraído de «Gazeta de Macau e Timor», I-12 de 10 Dezembro de 1872, p. 2
NOTA 1 – “01-10-1867 – Macau foi visitado por um tufão que causou vários estragos, arrancando as árvores da Praia Grande e uma parte da muralha deste local. As fortalezas e alguns edifícios públicos, como o Hospital Militar, a igreja de Sto. Agostinho, o teatro D. Pedro V e outros ficaram muito maltratados.” (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954).
NOTA 2 – Em 6 e 7 de Setembro desse mesmo ano (1867), Macau já foi assolado com outro tufão. Ver anterior postagem em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/09/06/noticia-de-6-de-setembro-de-1867-galera-asia-e-o-tufao/
Morre no Convento de Santo Agostinho D. Álvaro Benavente, O.E.S.A., (1) vigário apostólico de Kiangsi que se refugiara em Macau 3 meses antes, ou seja, a 1 de Dezembro de 1708, Os portugueses, o clero local e os missionários estrangeiros, aqui refugiados, tomaram parte nas solenes exéquias fúnebres em Sto. Agostinho, onde foi sepultado na nave central a 21 de Março; a tropa assistiu também ao funeral.
Na capela-mor de Sto. Agostinho, no local da sua sepultura, está uma inscrição latina, que diz: “Aqui jaz o il. D. Fr Álvaro, nascido da nobre família de Benavente em Salamanca, onde ingressou na Ordem do Nosso Padre Agostinho. Pelo zelo de propagar a Fé, demandou a Província das Filipinas, foi transferido para o Império da China e, depois de ter administrado brilhantemente a mesma Província e a Missão da China, foi promovido a Bispo de Ascalona e a Vigário Apostólico; faleceu em Macau aos 20 de Março de 1709, com 63 anos de idade, 9 de Episcopado. Descanse em paz. Amen” (1)
(1) Álvaro Benavente nasceu a 1646 (?), tornando-se membro da Ordem do Nosso Padre Agostinho (O.E.S.A) aos 17 anos (1663), Vigário Apostólico de Kiangsi (China) (1698) e nomeado Bispo Titular de Ascalona em 1698 (ordenado em 1700). http://www.catholic-hierarchy.org/bishop/bbenaa.html
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume I, 2015, pp. 215-216)
Duas notícias extraídas do «Boletim do Governo de Macau, (1) de 1865, relativas ao baile de carnaval realizada no dia 27 de Fevereiro, no teatro D. Pedro V e à procissão do Senhor Jesus dos Passos realizada no dia 5 de Março, da igreja da Sé Catedral para a de Santo Agostinho.
AOS NOSSOS AMIGOS / 我們的朋友 / TO OUR FRIENDS
BOAS FESTAS e FELIZ ANO NOVO
聖誕快樂 & 新年快樂
MERRY CHRISTMAS & HAPPY NEW YEAR
Continuação da divulgação da colecção de 12 postais (dimensão do postal: 15 cm x 10,4 cm), intitulada “Património Arquitectónico de Macau / 澳門建築文物 / Architectural Heritage of Macau” contendo desenhos de Ung Vai Meng (do ano de 1983), editado pelo Instituto Cultural de Macau – Departamento do Património Cultural. (1)
Outras três igrejas: do Seminário (2), de S. Domingos (3) e de S. Agostinho (4)
(1) nenotavaiconta…
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/igreja-do-seminario-de-s-jose/
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/igreja-de-s-agostinho/
(4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/igreja-de-s-agostinho/
Pedro Germano Marques viúvo, com 75 anos, faleceu na Sé a 15 de Dezembro de 1874. (1) Da 4ª geração da família macaense “Marques” de Macau, nasceu a 21 de Abril de 1799. Foi escrivão da Câmara. Era dotado de grande habilidade para o desenho (2) tendo desenhado e dirigido, entre outras obras, o primeiro projecto para o Teatro D. Pedro V, o primeiro teatro de estilo ocidental na China. Foi inaugurado em 1860 (a actual fachada foi delineada pelo Barão do Cercal, António Alexandrino de Melo em 1873 e restaurada em 1918 por José Francisco da Silva). Foi sepultado na Igreja de Sto. Agostinho.(3)
(1) “ No registo de nascimento é Pedro Germano; no de casamento é Pedro Gregório; e no registo de óbito é Pedro Germano! No entanto a documentação civil que se lhe refere chama-o sempre Pedro Germano” (FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume II, 1996, p. 562
(2) “Pedro Marques não era arquitecto nem engenheiro, mas tinha engenho e arte e foi ele que desenhou e dirigiu a construção do edifício, que saiu apurada. O Teatro D. Pedro V revela uma rara combinação das arquiteturas clássicas grega e romana coma portuguesa, de que resultou uma obra que nos encanta e dignifica” (TEIXEIRA, P.e Manuel – O Teatro D. Pedro V,1971, p.7)
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 216
Ver anteriores referências em https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pedro-germano-marques/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/teatro-d-pedro-v/
Anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/igreja-de-s-agostinho/
O mais antigo sino em Macau é o que se acha no campanário da igreja de S. Clara, cuja inscrição diz:
Em vez de ARO deve ser ORA; e significa: «Roga por nós, bem-aventurada Madre Clara. Ano do Senhor de 1674»
Francisco Tavares deve ser filho de Manuel Tavares Bocarro, (1) o grande fundidor de sinos e canhões em Macau por um quarto de século. Frei Manuel de Madalena de Lampreia, O. F. M., natural de Macau, foi várias vezes guardião ou superior do Convento de S. Francisco e em 1674 era comissário do Convento de S. Clara (2)
Segue-se o sino de N. Sra da Guia no qual se lê:
No outro lado do mesmo sino lê-se:
D. Diogo de Pinho Teixeira foi Capitão-Geral de Macau de 1706 (posse do cargo a 5 de agosto, dia da celebração anual à Nossa Senhora das Neves, celebrada na capela de Nossa Senhora da Guia) (3) a 1710. Posteriormente nomeado para a Capitania de Diu 1716 regressando a Goa em 1719.
Domingos Pio Marques (de Noronha e Castelo Branco) nasceu em Macau, a 06-05-1783 e faleceu a 8-02-1840; sepultado no jazigo de família no Cemitério de S. Miguel) sendo filho de Domingos Marques e de Maria Ribeiro Guimarães. (4) Domingos Pio Marques, proprietário e armador, cavaleiro, comendador da Ordem de Cristo, e comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (1825), foi ao Brasil em 1819, como representante do Leal Senado, para saudar D. João VI, que por decreto de 06-02-1818, outorgara ao Leal Senado o tratamento de «Senhoria».
D. Frei Francisco de N. Senhora da Luz Chacim, O. F. M., foi bispo de Macau de 1804 a 1828, falecendo a 31 de Janeiro de 1828. (5)
(1) Manuel Tavares Bocarro que possuía uma fundição de canhões em Macau de 1625 a 1664, informava que em 1635, o baluarte da Guia tinha 5 peças, i. é, uma colubrina, um pedreiro e 3 sagres, todas de metal; Marco d´Avalo afirmava que, em 1638, tinha 4 ou 5 peças.
(2) TEIXEIRA, P: Manuel – A Voz das Pedras de Macau, 1980, pp. 110-111.
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/08/05/noticia-de-5-de-agosto-festa-de-nossa-senhora-das-neves-ii/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/08/05/5-de-agosto-festa-de-nossa-senhora-das-neves-i-2/
(4) Domingos Marques (1730-1787) e sua mulher estavam sepultados na Igreja de S. Agostinho. A lápide foi removida em 1960 para as ruínas de S. Paulo onde foi partida em dois pedaços em 1967, e depois depositada na Fortaleza do Monte. (2)
(5) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/d-francisco-de-n-s-da-luz-chacim/
Quadros com aguarelas de George Vitalievich Smirnoff (1) de 1945 que estavam no então Museu Luís de Camões. (2)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/george-smirnoff/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/museu-luis-de-camoes http://www.icm.gov.mo/rc/viewer/30026/1863