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Livro: MACHADO, Álvaro de Melo, (1) Coisas de Macau. Lisboa: Livraria Ferreira, (Ferreira Lda., Editores) 1913. – 153 p. : mapas, fotos; 24,5 cm x 16 cm.  (2)

Encadernação da época (década de 20) feita pelo próprio ou a mando, na lombada “A. MACHADO – COISAS DE MACAU – BRANCO”

Na página frontispício, assinatura de posse “ J. Vieira Branco” (3) e etiqueta de armazenamento (biblioteca?) “Lealitas, n.º 86, Estante I, Prateleira n.º 3 , n.º 148”

No prefácio (pp.3-4) Álvaro de Melo Machado afirma: “… para nosso mal, uma grande parte dos portugueses não sabe quantas e quais as colónias que possuímos; uma percentagem ainda maior desconhece onde elas se encontram situadas, a área que abrangem e a sua importância relativa; e, excluindo aquelles que por deveres de cargos ou por curiosidade se dedicam a estudos coloniaes, todos ignoram o que sejam os nossos domínios de além-mar, o que eles representam como elementos de vida da nossa nacionalidade, quaes são os seus recursos, quaes os seus mais importantes problemas, qual a vida que n´essas longiquas paragens levam os portuguezes que se expatriam e qual a acção desenvolvida pelos governos na administração de cada uma d´ellas.

– Um paiz que se mantem n´uma tal ignorância nunca poderá interessar-se verdadeiramente e a sério pelos assumptos que frequentemente se debatem sobre as suas colonias, nem poderá firmar opinião nas apaixonadas discussões da imprensa, em que cada um diz o que mais convem ao seu modo de ser politico ou particular.”

ÍNDICE: PRIMEIRA PARTE – Descripção de Macau : Resumo Historico – pp. 7-11; Descrição da colonia – pp. 13-28; Os recursos de Macau – pp. 29-47; Os problemas importantes de Macau – pp. 49- 78; Macau e o commercio portuguez na China – pp. 79-83; SEGUNDA PARTE – Usos e Costumes pp. 89-147; A situação na China – pp. 150-153

(1) Álvaro Cardoso de Melo Machado (1883 – 1970) chegou a Macau pela primeira vez como oficial do cruzador D. Amélia, no Extremo Oriente (1906-1909). Em 1909 ainda como 2º tenente, foi nomeado ajudante de campo do governador Eduardo Augusto Marques (monárquico), sendo secretário-geral interino em 1910, até ao momento em que é nomeado governador interino de Macau, a 17 de Dezembro de 1910, na sequência da queda do regime monárquico em Portugal. Foi quem assinou a Proclamação da República em Macau no Leal Senado (2.º supl. Ao B.O.o n.º 41) de 11 de Outubro e anuncia a cerimónia a terá lugar neste mesmo dia, pelas 12:00, no Leal Senado. Tinha apenas 27 anos e foi o mais novo de sempre a ocupar o cargo (interino nos dois primeiros anos) onde se manteve até 1912, sendo exonerado a seu pedido. Álvaro de Melo Machado governou Macau até ao dia 14 de Julho de 1912 (data da posse de Aníbal Augusto Sanches de Miranda). Ver biografia mais pormenorizada em ARESTA, António in «Jornal Tribuna de Macau», 23 de Janeiro de 2020. https://jtm.com.mo/opiniao/alvaro-de-melo-machado/

Ver anteriores referências deste autor: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

(2) Mais recente, houve segunda edição em fac-símile, lançada em Macau pela editora Kazumbi, de Rui de Carvalho, em 1997.

(3)  Muito possivelmente , o Capitão reformado do quadro privativo das forças coloniais, José Vieira Branco, que em 25 de Agosto de 1919 tomou posse dos cargos de Procurador Administrativo e Administrador do Concelho de Macau  e em 6 de Janeiro de 1922, exonerado, a seu pedido, do cargo de administrador do conselho.

BOGPM XIX- 35, de 30 de Agosto de 1919, p. 626
BOGPM XXII-1, de 7 de janeiro de 1922, p. 4

Natural de Faro, José Vieira Branco nasceu em 1874 e faleceu em 28-01-1938. Iniciou a sua -aprendizagem tipográfica no Progresso do Algarve, em 1882, onde procurou descobrir qual a Tipografia mais antiga em Faro. Passados onze anos, abandonou a Tipografia e seguiu a vida militar. Passou por Angola, Macau, Moçambique e pelo Continente, onde teve que lutar para sobreviver. A vida militar durou até 1928. Depois, regressou definitivamente a sua cidade.” http://teoriadojornalismo.ufp.edu.pt/inventarios/branco-c-1938?tmpl=%2Fsystem%2Fapp%2Ftemplates%2Fprint%2F&showPrintDialog=1

Outros artigos de interesse , relacionados, disponíveis na net:GONÇALVES, Arnaldo – O Debate de 1911-1912 sobre o Modelo Politico de Macau. Revista de Cultura n.º 40, 2011, pp. 55 – 72. https://arnaldo-goncalves.com/pdf/portuguese/debate_1911-2.pdf

GUEDES, João – 150 anos de Sun Yat-sen | Os grandes amigos de Macau in Revista de Macau, 5 de Outubro, 2016. https://www.revistamacau.com/2016/10/05/150-anos-de-sun-yat-sen-os-grandes-amigos-de-macau/

Na esplanada da Gruta de N. Sra. De Lurdes, na Penha, existia, mesmo ao centro, uma lápide de mármore, (1) contendo duas placas de cobre; na placa superior, as armas de D. João Paulino com o seu nome e as palavras: Adveniat Regnum tuum; na inferior, esta inscrição: (2)

Na parte inferior: O CABIDO DA SÉ CATEDRAL DE MACAU OFERECE E DEDICA ESTE MONUMENTO

Na parte superior: TRANSLADADO EM 6-2-1923 PARA A VILA DAS LAGES DO PICO – AÇORES

D. João Paulino de Azevedo e Castro nasceu a 4 de Fevereiro de 1852 na Vila das Lages do Pico, Açores, sendo filho de Amaro Adriano de Azevedo e Castro e de Maria Albina Carlota de Bettencourt. Terminados os estudos em Coimbra, licenciou-se em teologia na Universidade em Julho de 1879, sendo ordenado sacerdote em Angra a 31 de Agosto desse ano. Leccionou no Seminário de Angra, de que foi nomeado reitor em 1888; confirmado bispo de Macau por Leão XIII a 9 de Junho de 1902, foi sagrado a 27 de Dezembro; partiu de Lisboa a 23 de Março de 1903, chegando a Macau a 4 de Junho (trouxe consigo o seminarista teólogo José da Costa Nunes, que ficou a estudar no Seminário). Por provisão de 17 do mês seguinte fundou o «Boletim do Governo Eclesiástico da Diocese de Macau»

A 17 de Novembro de 1903, recebeu as Franciscanas Missionárias de Maria, a quem confiou o Colégio de S. Rosa de Lima; a 13 de Fevereiro de 1906, recebeu os Salesianos, a quem confiou o Orfanato da Imaculada Conceição. Em 1907-1908, conseguiu que as Missões Estrangeiras de Paris cedessem à Diocese de Macau a Missão de Shiu-Hingem troca da Missão de Hainão. Em 1917, publicou o livro intitulado «Os Bens das Missões Portuguesas na China», colectânea de artigos aparecidos no «Boletim Eclesiástico da Diocese». Faleceu na residência da Penha, em Macau a 17 de Fevereiro de 1918.(3)

(1) Esta lápide desapareceu do sítio durante a guerra sino-japonesa.

(2) Tradução: «Cristo, Alfa e Ómega. Aqui jaz D. João Paulino de Azevedo e Castro, bispo de Macau, homem dotado de profunda piedade para com Deus, insigne pela integridade de costumes, merecedor do amor e louvor da Pátria, o qual faleceu em Macau a 17 de Fevereiro de 1918. A paz seja contigo, bem como a alegria dos Santos (os gozos celestes)»

(3) Retirado de TEIXEIRA, P. Manuel – A Voz das Pedras de Macau, 1980, pp.82-83

A Congregação Salesiana de Macau para comemorar a beatificação do Padre Miguel Rua (1) – primeiro sucessor de D. Bosco – (2) celebrou na Sé Catedral, no dia 30 de Novembro de 1972 uma Missa de Acção de Graças.
A concelebração foi presidida pelo Bispo D. Paulo Tavares, ladeado pelo Chantre Ngan e o Provincial da Inspectoria Chinesa. Tomaram parte 22 sacerdotes.
A cerimónia teve início com uma procissão desde a porta da entrada até ao altar da concelebração. À frente, duas longas filas do Pequeno Clero dos Três Colégios salesianos, Imaculada Conceição, Yuet Wah e D. Bosco, seguidos dos sacerdotes concelebrantes.
A cerimónia apesar de comprida, como não podia deixar de ser, visto que era para as comunidades de língua portuguesa e chinesa, e apesar de, quase ao princípio, a energia eléctrica ter deixado a ponto de nos deixar quase às escuras impedindo assim que os altifalantes pudessem levar à assistência o que se dizia no altar, apesar de tudo, dizíamos, não houve em toda aquela grande assembleia o mínimo sinal de cansaço ou aborrecimento.
Deram brilho à cerimónia os pequenos cantores do Colégio D. Bosco.(3)

Os «Pequenos Cantores do Colégio D. Bosco», actuando na missa de acção de graças

Estiveram presentes a Sra. D. Julieta Nobre de Carvalho, e muitas outras autoridades e numerosos amigos: representantes dos Colégios Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora, cooperadores, antigos alunos (chineses e portugueses) e representantes de todas as comunidades religiosas de Macau.

Extraído do «M.B.I.T.», Vol VIII, 9-10 de 1972.

(1) S. João Bosco morreu no ano de 1888, deixando já em pleno funcionamento meia centena de escolas para rapazes pobres e abandonados. O seu sucessor, o Pade Miguel Rua, dois anos depois escreveu ao Bispo de Macau, D. Joaquim António Medeiros, agradecendo a confiança que mostrara para com a humilde Congregação Salesiana e o grande desejo de ver essa obra na cidade do Santo Nome de Deus de Macau, para o bem da juventude mais necessitada.
A primeira obra salesiana em Macau foi o «Orfanato da Imaculada Conceição» depois conhecido por «Instituto Salesiano», onde funcionava uma pequena escola de Artes e Ofícios, embrião do que seria mais tarde o Colégio D. Bosco.
Miguel Rua, S.D.B. (em italiano: Michele Rua) (1837 – 1910) após a sua profissão de fé em 1885, foi pelos 36 anos seguintes o colaborador de D. Bosco no desenvolvimento da congregação e um companheiro constante de D. Bosco em suas viagens. Tornou-se vigário da Sociedade de S. Francisco de Sales (fundada por D. Bosco) em 1865. A pedido de D.  Bosco, em 1884, o papa Leão XIII designou-o como seu sucessor e o confirmou como Reitor-Mor da Congregação Salesiana em 1888, após a morte do fundador. Foi beatificado em 29 de Outubro de 1975 pelo papa Paulo VI.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Rua
(2) Quatro anos antes da sua morte, S. João Bosco, fundador da Congregação dos Padres Salesianos, escrevia ao seu primeiro sucessor, P. Miguel Rua:
«Em tempo oportuno as nossas missões estabelecer-se-ão na China e mais precisamente em Pequim, mas não te esqueças que vamos para ali para o meio de povos desconhecidos e que ignoram o verdadeiro Deus; ver-se-ão maravilhas até agora inacreditáveis que Deus Todo Poderoso tornará patentes ao mundo …»
Mas as grande obras necessitam sempre de grande alicerces e foi só ao cabo de 16 longos anos de espera , que os filhos de D. Bosco chegaram às portas da China. Era o dia 13 de Fevereiro de 1906. Eram seis os primeiros pioneiros, chefiado pelo Padre Luís Versiglia (mais tarde bispo de Shuichow na China; viria a morrer mártir) e o Padre Caravário.
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pequenos-cantores-do-c-d-b/

No dia 18 de Setembro de 1906, o barco da carreira diária entre Macau e Hong Kong «Heung.Shan», (1) transportando cerca de 500 passageiros foi colhido de surpresa no alto mar, quando seguia para Hong Kong, por uma violenta tempestade, às 10,30 horas, indo encalhar de encontro a uns rochedos junto da ilha de San Tchau. Durante a confusão muitos passageiros chineses, transformados em ladrões, trataram de despojar os outros passageiros de todos os seus haveres. (2) (3)

“HEUNG SHAN being salvaged following typhoon of 1906 “(ebay)

Nesse ano, a região foi atingida por dois tufões em curto intervalo de tempo, a primeira entre 16 a 18 de Setembro e a segunda entre 26 e 30 de Setembro O primeiro foi mais violento produzindo muitos estragos, naufrágios e perdas de alguns milhares de vidas nas regiões vizinhas. O jornal “The Argus” (Austrália) (4) deu a seguinte notícia:
HONG KONG TYPHOON. DAMAGE, FOUR MILLIONS.FIVE THOUSAND LIVES LOST. LONDON, Sept. 20.
Further damage has been done in Hong Kong by a second typhoon. The total amount of damage caused in Hong Kong and vicinity by the first disastrous disturbance is stated to be £4,000,000. The loss of life sustained by Chinese, principally those manning the sampans and junks which were sunk in the harbour, is estimated at 5,000. The British naval sloop «Phœnix» was totally wrecked.
The Hong Kong, Canton, and Macao Company’s steamer Heung-Shan, 1,905 tons, was overtaken by the typhoon whilst on the voyage from Macao to Hong Kong, and blown  ashore on Lantao Island. She had amongst her passengers 1,700 Chinese. The whole of her European passengers were saved, but a large proportion of the Chinese lost their lives, despite heroic attempts for their rescue, made by the European passengers and ship’s  officers…(…)”
(1) O barco de aço a vapor “HEUNG-SHAN” de dois hélices, lançado a 22 de Fevereiro de 1890, era um transporte de carga e passageiros, de 1985 grt (em inglês) ou Tab (tonelagem de arqueação bruta  Construído para a companhia de transporte “Hong Kong, Canton & Macao Steamboat Co. Ltd”  (5) sediada em Hong Kong. Em 29/02/1924 encalhou nas rochas perto de Whampoa,. Foi vendido e posto de novo a flutuar sendo reparado em 12/1924. Em 1926 sofreu reparações, aumentando a capacidade para 3412 grt /tab.  Em 1927 vendido e posteriormente,  revendido com sucessivas  alterações de nome: 1927 – CHANG-HSING ; 1938 – APRILIA; 1945 –  CHANG-HSING
Afundou-se em 09/05/1948, a 40 milhas de Woosung em Tungchow , numa viagem de Hankow para Tungchow e Shanghai
http://www.clydeships.co.uk/view.php?of=&a1Order=Sorter_ship_list_bld_ref&a1Dir=ASC&a1Page=2811&ref=51036&vessel=HEUNG-SHAN
Anteriores referências a este barco
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/heung-shan/
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol 4, 1997)
(3) No capítulo 7 do livro “Pirates and the Garrisoning of Taipa and Coloane” de Minnie Leola Crawford, uma jovem viajante, escrevia em 1914:
We made the forty mile trip on the British river-boat “Heung-shan” in company with two other English steamers, since upon these piratical waters vessels must travel in small fleets equipped to combat with the buccaneers who make this the most dangerous water route in the world. It was with a strange sensation that we stepped about this miniature war vessel bristlong with guns and policed by armed Sikhs. Who patrolled the barred hatchaways… (…)”
(4) «The Argus» (Melbourne, Vic.: 1848 – 1957)  Sat 22 Set 1906  Page 15 – HONG KONG TYPHOON.
https://trove.nla.gov.au/newspaper/article/9638352
(5) Sobre esta companhia de navegação, aconselho leitura (em inglês):
“Illustrated Fleet lists of Steamship Companies of the China Coast and Canton and Yangtze Rivers “ de Howard W. Dick  e  Stephen A. Kentwell, disponível para leitura em:
https://docs.wixstatic.com/ugd/45c03c_05b3119890ae4b1fa482644905ba138e.pdf

A Companhia Portuguesa Coronel Mesquita foi criada em Xangai (Shanghai) a 26 de Fevereiro de 1906, em resultado dos esforços e empenho de Fernando J. de Almeida, Joaquim F. das Chagas, José M Placé dos Remédios e João Frederico Nolasco da Silva (1).
Presidiram aos destinos da Companhia Portuguesa, dela fazendo um símbolo perpétuo de valor alguns nomes para os quais Portugal não estava distante:

João Nolasco da Silva (Capitão) (1906-1914) (2)
António M. Dinis (Major) (1914-1925)
Fernando Leitão (Major) (1925-1930)
Manuel F. R. Leitão (Major) (1930-1941)
Próspero A. da Costa (Capitão) (1941-1942)

A Companhia fazia parte do Corpo de Voluntários de Xangai – Brigada Mista e Internacional criada pela Câmara Municipal de Shanghai (1853 até 1942) para defesa dos europeus. (3)(4)
A história da organização e evolução desta Companhia já foi relatada em anterior postagem (5)
Após a autorização pelo Município de Xangai em 1907, para a Companhia usar uniforme, vozes de comando, instrução e disciplina, segundo o padrão do Exército Português, a instrução dos voluntários foi rigorosa e desde cedo estes evidenciaram-se tanto em torneios individuais como colectivas. Em 1910 a Companhia Portuguesa ganho o magnífico prémio «American Cup» instituído pela comunidade americana para um torneio de tiro.

Vencedores da competição anual “SVC Inter-Company Challenge Shield” (1919). (6)

Em 1919 começou a série de vitórias das equipas e membros da Companhia. O «Eficiency Shield», a mais apreciada e difícil prova de exercícios militares (contra relógio), foi ganha em 1921/1922, 1930/1931 e 1931/1932. (6)
Outras distinções da Companhia:
«Japanese Cup» (tiro) ganha em 1929, 1930, 1931 e 1932.
«Fraser Shield» (futebol) ganha em 1930, 1931 e 1932.
«Lewis Gun Pair» (tiro) ganha em 1931, 1932 e 1933.
«Inter-company Challenge Shield» (exercícios militares) ganha em 1919,1920, 1921 e 1926.
«Barnes Cups» (exercícios militares) ganha em 1921.
«Bray Cup» (exercícios militares) ganha em 1929, 1933 e 1934.
«British Cup» (exercícios militares) ganha em 1920, 1921, 1926, 1928 e 1929.
«Trueman Cup» (tiro) ganha em 1931 e 1937.O Campeonato do Corpo e a “Cruz de Ouro” (tiro) foram ganhos em 1921 pelo então segundo-sargento Manuel Leitão; o 2.º lugar e a” Cruz de Prata” foram ganhos nos anos seguintes pelos segundos-sargentos José Campos, Artur Leitão e segundo-cabo Carlos da Silva.
Em outros desportos, futebol, bilhar, etc., alcançou a Companhia Portuguesa em vários anos o título de campeã. Na organização de festivais, saraus, reuniões elegantes, festas e bailes, nunca nenhuma outra lhe ofuscou o brilho, tornando-se disputados os seus convites na alta sociedade.(1)
(1) «Macau Boletim Informativo» Ano II- n.º 38 de 28 de Fevereiro de 1955, pp.4-5
(2) João Frederico Nolasco da Silva. (1871 – 1951) (filho de Pedro Nolasco da Silva) integrou-se na Companhia como 1.º oficial – tenente e um ano depois (1907) com a graduação em Capitão foi nomeado Comandante. Para esta nomeação terá contribuído a sua formação militar em Lisboa (dois anos) depois transferido para a Guarnição de Macau e Timor (onde esteve cerca de 5 anos). Posteriormente trabalhou como funcionário público em Macau, tendo pedido demissão para ir trabalhar para Shanghai, em 1903, para firma “Messrs Buchheiste & Co”.
Fotografia retirada de “Pela Pátria”, Vol II N.º4 Abril 1941 p. 20 (7)
(3) Após o fim da Rebelião de Taiping (1864) um corpo de voluntários foi constituído com o nome de “Shanghai Volunteer Corps” (SVC) em 1854, para defender os interesses estrangeiros principalmente britânicos e americanos sediados em Shanghai e arredores. Em 1870 este corpo passa a ser gerido pelo Município de Xangai, tendo a primeira unidade portuguesa “SVC n.º 4” sido constituída em 1882 , liderada por Mário Augusto Ferrás (1905- 1978) e Moisés M. Honorato Gutterres (1889 –  ?)
(4) “ A unidade portuguesa tinha como objectivo zelar pela segurança e controlo de pessoas na zona norte da cidade, onde vivia a maioria da comunidade portuguesa. Passados poucos anos, em 1889, numa óptica de reorganização funcional dos SVC, a unidade foi extinta, sendo os seus membros integrados nas seguintes unidades: Guarda Civil, Artilharia e companhia inglesa, mais conhecida por “Companhia C”. Passados apenas dois anos, devido ao permanente descontentamento dos elementos portugueses separados e integrados em outros corpos, o Conselho do Município de Xangai autorizou a criação da “Companhia D”, constituída integralmente por portugueses. Esta companhia esteve ao serviço por cinco anos, sendo também ela extinta em 1886. Com esta nova ruptura os elementos da “Companhia D” decidiram juntaram-se ao já independente corpo francês
GARRETT, Gonçalo Almeida – A Presença Portuguesa nos Shanghai Volunteer Corps de Hong XiuQuan ao Imperador Hirohito in
https://www.revistamilitar.pt/artigo/1151
(5) Referência anterior à Companhia Portuguesa Coronel Mesquita em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/companhia-portuguesa-coronel-mesquita/
(6) http://www.macanesefamilies.com/  
(7) “Pela Pátria” jornal mensal publicado pela comunidade portuguesa em Shanghai nos anos 1940 e 1941.
http://www.macanesefamilies.com/PrivateE-o/uipelapatria.htm

A ponte das Nove Curvas no jardim Lou Lim Ioc em 1973

No dia 28 de Dezembro de 1974, (1) abriu as portas como Jardim Público, o único jardim de estilo chinês que pertenceu em tempos a Lou Lim Ioc e que o Governo adquiriu em 12 de Maio de 1973 (assinatura da compra e venda) (2) ao seu mais recente proprietário, «Sociedade de Fomento Predial Sei Iek Lda.», cujo gerente geral era o Ho Yin. Recuperado foi entregue ao Leal Senado para gestão deste este espaço de grande beleza e serenidade. (3)

O jardim de Lou Lim Ioc em 2017

A abastada família de artistas e letrados de apelido Lou/Lu, de Chiun Lin (distrito de San Wui/ Xinhui/Sunwui), na província de Cantão (Guangdong), cujo chefe de família era Lu Cheok Chin, também conhecido por Lou Kau, ou Lu Cao, um letrado de fino gosto artístico, veio para Macau, em 1870, fixando-se no Largo da Sé. (4) Adquiriu para recreio e “casa de campo” um terreno nas húmidas e pantanosas várzeas do Tap Seac. Contratou em Cantão os serviços de dois artistas, Lau Kat Lok e Lei Tat Chun para construírem um jardim chinês, ao estilo do século XIV, em Sou Chou (Suzhou)

O jardim de Lou Lim Ioc em 2017

O «Jardim das Delícias» ou «Yu Yun» ficou conhecido por «Jardim de Lou Kao» ou de «Lou Lim Ioc». O nome de Lou Lim Ioc (5) deriva do seu filho mais velho, que herdou parte da propriedade e o gosto do pai em receber com fausto as grandes figuras da cidade. O outro irmão, vivendo entre académicos, já que herdara do pai o pendor intelectual e literário, desinteressou-se da metade que lhe cabia na propriedade. (3)

Jardim do Lu-cau (vista interior onde se vê os viveiros, área hoje urbanizada) – “Ilustração Portugueza”, 1908.

Cercado de altos muros, tem hoje, a sua entrada pela Estrada Adolfo Loureiro, ocupando uma área de 1, 23 hectares (inicialmente registada com uma área de mais de 20 000 m2) mas reduzida por sucessíveis desanexações (por exemplo, a área ocupada actualmente pelas escolas Pui Cheng e Leng Nam). Dispondo das duas portas típicas dos jardins chineses, a “porta da lua” e a “porta da jarra”, encerra um grande lago de margens irregulares, bordejado por uma cortina de bambus e de salgueiros. Sobre o lago o célebre Pavilhão da Relva Primaveril que fica perto da montanha artificial, da qual de desprende uma cascata, e da famosa Ponte das Nove Curvas. (6)
Dentro do jardim havia um coreto inaugurado em 1928, onde, no início, o dono do jardim realizava espectáculos de ópera chinesa, de que era grande apreciador. Este coreto encontrava-se em lugar diferente do actual, visto que a porta dava para a Av. Conselheiro Ferreira de Almeida, e foi um dos edifícios destruídos pela explosão no Paiol da Flora em 13 de Agosto de 1931. (7)
Anteriores referências a este jardim em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jardim-lou-lim-ieoc/

A ponte das Nove Curvas no jardim Lou Lim Ioc em 2017

(1) Esta data vem referenciada na obra da Dra. Beatriz Basto da Silva (3). No entanto em muitos artigos e livros, vem referido como data de  abertura do jardim ao público o dia 28 de Setembro de 1974 – como por exemplo em «Jardins e Parques de Macau », p. 20. (6)
(2) Iniciativa do governador José Manuel Nobre de Carvalho. Foi adquirido com todas as benfeitorias existentes pela quantia de 2, 7 milhões de patacas. Após a assinatura da escritura foi feito o pagamento de $ 1 000 000,00, o restante foi feito no prazo de 18 meses a contar da data da celebração do contrato. Para o pagamento da primeira prestação foi utilizada importância de $ 1 000 000,00, referida no parágrafo segundo da 16.ª cláusula do contrato com a S. T. D. M. e destinada a obras de fomento. Dado que a despesa total excedia a importância fixada na regra 23.ª do artigo 15.º do E. P. A. da província foi necessário obter a autorização ministerial. (Macau B.I.T., 1973)
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 3 (1995) e Volume III (3.ª edição reformulada, 2015).
(4) Lou Cheok Chin ou Lu Cheok Chi ou Lu Cao (1837 – 1906) foi naturalizado português por Carta Régia de 11-05-1886.Teve 29 filhos das suas 10 mulheres. O mais velho e mais célebre foi Lou Lim Ioc.
(5) Lou Lim Ioc (1877 -1927), milionário, letrado, diplomata entre a China e Portugal, membro do Conselho Legislativo de Macau, foi agraciado com a comenda da Ordem de Cristo a 13 de Abril de 1925. Faleceu no dia 15 de Julho de 1927 e o funeral realizou-se com grande pompa e aparato no dia 31 de Julho de 1927. (7)
(6) ESTÁCIO, António Júlio Emerenciano; SARAIVA, António Manuel de Paula – Jardins e Parques de Macau. IPO, 1993
(7) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997.
NOTA: Conta-me o meu amigo Fernando Guerra, então alferes em comissão de serviço em Macau e aquartelado na Ilha Verde, onde estavam 90 militares – soldados europeus e macaenses (após a fase de recruta ; vigorava o serviço militar obrigatório) que em 1973 (após a compra pelo Governo do jardim), por ordem superior, foram os militares “encarregados” de limpar a área do jardim que estava em bastante estado de degradação e abandono. Mas entre os chineses e macaenses constava-se que a área (bem como a família) estava amaldiçoada e por isso havia “fantasmas” a circular por lá, pelo que os soldados macaenses recusaram participar na tarefa. Foram os soldados europeus a executar o trabalho.

POSTAL – Boa Vista Hotel, Macao (1)
Postal da “UNION POSTALE UNIVERSELLE”. (sem data) (2)

Emitido por “M. Sternberg, Wholesale and Retail Postcard Dealer at N.º 51 Queen´s Road Central, Hong Kong”
(1) Sobre este Hotel, ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-bela-vista-boa-vista/
(2) Embora haja muitas indicações de serem imagens de Macau do final do século XIX (cerca de 1890) e como tal já publiquei (3) outros postais desta empresa, o postal emitido é posterior a 1906 conforme informação deste blogue (4)
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/02/21/postais-macau-em-bilhetes-postais-antigos-i/
(4) “M. Sternberg, Wholesale and Retail Postcard Dealer”, empresa de Hong Kong que se dedicou a publicar bilhetes-postais, de 1906 a 1914, com imagens de Hong Kong e Macau.
https://gwulo.com/node/32930

Carlos de Faria de Milanos ou Carlos de Cadoro, como também assinava (Aveiro, 3 de Dezembro de 1879 – 8 de Janeiro de 1932), que usou o título de 2.º Barão de Cadoro, (1) foi um militar português.
Fez o Curso Secundário no Colégio Militar e o Curso de Cavalaria na Escola do Exército. Alferes em 1901, promovido a Tenente em 1904 e neste posto prestou serviço em Macau (2). Há referência duma nomeação, em 1906, para o lugar de Procurador Administrativo dos Negócios Sínicos, interino.
A seguir foi colocado em Cabo Verde, como Chefe do Estado-Maior do Exército interino. Como Capitão em 1911, fez parte do Corpo Expedicionário Português, com o qual embarcou para França a 28 de Maio de 1917. Neste ano foi promovido a Major e comandou interinamente a Base de Desembarque, em Brest. Promovido em 1918 a Tenente-Coronel, exerceu várias comissões na Direção da Arma e no Ministério da Guerra e comandou, em 1925, o Regimento de Cavalaria n.º 2. Promovido a Coronel, sempre de Cavalaria, em 1930 chefiou a 1.ª Repartição da 1.ª Direção-Geral do inistério da Guerra.
Mais informações em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_de_Faria_de_Milanos

Carlos Faria de Melo Milanos
Barão de Cadoro
https://www.pinterest.pt/pin/386394843002498929/

(1) Barão de Cadoro é um título nobiliárquico criado por D. Carlos I de Portugal, por Decreto de 16 de Novembro de 1893, em favor de Carlos de Faria e Melo, 1.º Barão de Cadoro. Após a Implantação da República Portuguesa, e com o fim do sistema nobiliárquico, Carlos de Faria de Milanos usou o título de 2.º Barão de Cadoro por autorização de D. Manuel II de Portugal no exílio de 28 de Março de 1925.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bar%C3%A3o_de_Cadoro
(2) “1906 – O B.O. n.º 41 – Portaria n.º 153 nomeia para o lugar de Procurador Administrativo dos Negócios Sínicos, interino, Carlos, barão de Cadoro, natural de Águeda (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Voume 4, 1997).

No ano de 1902, foi celebrado um contrato entre o Governo Português e o Banco Nacional Ultramarino (BNU) autorizando a emissão de notas no Ultramar; a 19-06-1902, são publicados no B.O. n.º 24-S, os Estatutos da BNU e a 20-09-1902, a  data da inauguração da filial do Banco Nacional Ultramarino, em Macau ( neste território, o BNU passou a ser Caixa do Estado em 1906) e durante 71 anos, foi o único banco europeu no Território.
As primeiras notas de 1 e 5 patacas (por uma questão programática, de melhor aceitação, seguindo de perto os modelos das notas  de 1 e 5 dólares de Hong Kong), entraram em circulação em Macau, a 19 de Janeiro de 1906 e as notas de 10, 25 e 100 patacas, em 1907 (1)
ANUÁRIO de 1927 - BNU em construçãoOcupava instalações provisórias (uma delas, no antigo Palácio das Repartições) (2)  e com a conclusão das obras de construção  da sua própria sede, no ano de 1925, a filial do  Banco Nacional Ultramarino em Macau fica sediado no topo Sul da Avenida Almeida Ribeiro, no local onde antes (até 1918) ficava uma velha e rica mansão, já muito deteriorada que pertencera ao chinês Lian. O edifício da sede bancária deve-se ao industrial de construções, de Hong Kong, He Guang.(1)
O edifício foi inaugurado a 1 de Março de 1926.

ANUÁRIO de 1927 - BNU em 1927Banco Nacional Ultramarino em 1927

Nesse ano de 1927, o Gerente da Filial do Banco Nacional Ultramarino de Macau era João F. Lopes do Rosário, nomeado em 31 de Abril de 1927. (1).

CALENDÁRIO 1989 - BNUBanco Nacional Ultramarino na década de 80 (século XX)
Calendário do ano 1989 (3)

(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997.
(2) “11-12-1925 – Instalação definitiva da Repartição do Expediente Sínico na Palácio das Repartições, no compartimento onde se acha instalado o Banco Nacional Ultramarino“.(1)
(3) Calendário semelhante ao apresentado em 14/04/2014 – tamanho: 19 cm x 12 cm.
CALENDÁRIO 1989 - BNU versohttps://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/04/14/calendario-banco-nacional-ultramari-no-1985/
Referências anteriores do Banco Nacional Ultramarino ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/banco-nacional-ultramarino/

D. BoscoComemora-se este ano , 200 anos do nascimento do sacerdote católico italiano, João Melchior Bosco (1815-1888). Fundador da Pia Sociedade S. Francisco de Sales, (Salesianos) foi beatificado em 1929  e canonizado em 1934 pelo Papa Pio XI. Dom Bosco é o padroeiro dos Jovens.

Os primeiros padres salesianos chegaram a Macau, em 13 de Fevereiro de 1906, devido aos esforços do Bispo João Paulino de Azevedo e Castro. Foram eles, os padres Luís Versiglia, (1) Ludovice Olive e João Fergnani, acompanhados dos mestres de  oficinas Feliz Borsio, Luís Carmagnala e Gaudencio Rota. Fundaram o Orfanato da Imaculada Conceição, para as crianças chinesas. (2)
O primeiro prédio do Instituto Salesiano da Imaculada Conceição foi aberto em 1 de Abril de 1906, no n.º 3 da Rua da Prata. Foi depois transferido para o edifício da Rua de S. Lourenço. Em 1923 foi inaugurado um novo edifício na Calçada da Paz que tinha a separá-lo do edifício da Rua de S. Lourenço, um jardim onde se encontra o monumento à Nossa Senhora Auxiliadora (inaugurado em 1 de Abril de 1934 (3)

Colégio D. Bosco 1952Colégio de Dom Bosco na década de 50 (século XX)

No campo do ensino e educação, além do Instituto Salesiano, outra obra de grande mérito dos Salesianos foi (e continua a ser) o Colégio D. Bosco. (4). Com a designação de Colégio D. Bosco, os rapazes do antigo Asilo dos Órfãos  (5) ficaram instalados em edifício próprio, sito na Estrada Ferreira do Amaral, em 1951, tendo o respectivo terreno sido concedido gratuitamente em 1940, pelo Governo à Associação dos Padres Salesianos, para erecção dum Colégio e Oratório Festivo para os rapazes europeus e macaenses.
Pedra Angular Colégio D. Bosco 1949Embora a primeira pedra de erecção do actual edifício fosse benzida e lançada pelo bispo D. José da Costa Nunes, em 1941, só a 6 de Fevereiro de 1949 (depois do conflito no Pacífico) o então bispo D. João de Deus Ramalho  benzeu a nova pedra angular a 6 de Fevereiro de 1949. Foto retirada de http://blog.lusofonias.net/?p=18931.
A inauguração do Colégio D. Bosco seria a 10 de Fevereiro de 1952.
(1) O padre Luís Versíglia (1.º superior dos seis primeiros salesianos em Macau), aluno de D. Bosco, bispo e vigário apostólico de Shiu-Chow, (6) morreu no dia 25 de Fevereiro de 1930, mártir da fé e caridade  juntamente com o padre Calisto Caravário também ele salesiano (MACAU, B. I., 1956)
(2) GOMES, Luís Gonzaga – Efemérides da História de Macau, 1954
(3) Referências anteriores ao Colégio D. Bosco e a acção sobretudo educativa dos Salesianos em Macau:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/salesianos/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/colegio-d-bosco/
(4) Hoje: Colégio Dom Bosco (Yuet Wah)
(5) O Asilo dos Órfãos passou em 24 de Julho de 1941, da administração da Santa Casa da Misericórdia para directa responsabilidade da diocese. O então, bispo D. José da Costa Nunes confiou os rapazes aos Salesianos, tendo sido instalados em 28 de Agosto de 1941, no antigo «Asilo de Mendicidade» sito na Rua Francisco Xavier Pereira e depois no Orfanato da Imaculada Conceição.
(6) Cháozhōu (潮州), transliterado como Chiuchow (pronúncia cantonense)  Chaochow ou Teochew (dialecto local); cidade no  leste da Província de Guangdong.