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Página do «Boletim da Sociedade Luso Africana do Rio de Janeiro», publicado aquando da 1.ª Exposição Colonial Portuguesa no Porto, em 1934, com fotos dos governadores de cada uma das antigas colónias, entre eles, o do Governador de Macau, Coronel Bernardo de Miranda (2)

Major Dr. Raúl Manso Peto (Governador de Timor)
Coronel  José Ricardo Cabral (Governador Geral de Moçambique)
General João Craveiro Lopes (Governador do Estado da Índia)
Capitão  Amadeu de Figueiredo (Governador de Cabo Verde)
Capitão Ricardo Vaz Monteiro (Governador de São Tomé)
Major Luiz de Carvalho Viegas (Governador da Guiné)
Coronel Eduardo Ferreira Viana (Governador Geral de Angola)
Coronel António Bernardes de Miranda (Governador de Macau)

(1) «Boletim da Sociedade Luso Africana do Rio de Janeiro», n.º 9, p. 72. Número especial Comemorativo da 1.ª Exposição Colonial Portuguesa – Porto 1934.
(2 António José Bernardes de Miranda, tenente-coronel de Artilharia com o curso do Estado Maior, tomou posse como governador de Macau a 21 de Junho de 1932 e foi exonerado a 4 de Janeiro de 1936.
O B.O. – S. n.º 25 de 20 de Junho, publica o convite e programa de festas pela chegada a Macau no dia 21 de Junho, a bordo da lancha “Cinati” e tomada de posse no Leal Senado.
No B. O. n.º 26 de 26-06-1932) o governador e esposa fazem saber que recebem as pessoas que desejem visitá-los no Palacete de Santa Sancha, aos sábados, das 15 às 17 horas.
Anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/antonio-jose-bernardes-de-miranda/

Artigo intitulado “QUESTÃO DE MACAU”, publicado na “Revista Portugueza Colonial e Marítima”, de 1908, (pp. 114-117) assinado por E. de V. (possivelmente: Ernesto Júlio de Carvalho e Vasconcellos, director da revista) (1)
(1) Livraria Ferin, Lisboa (ed.); Ernesto Júlio de Carvalho e Vasconcellos (dir.), Vol. XVIII – 135, 1908, 45 pags. (pp. 114 – 117)

Recorte do jornal “Ultramar” (1), órgão oficial da I Exposição Colonial (Dir. Henrique Galvão), de 1934
ULTRAMAR 1934 n.º 6 -adamastor IO Cruzador “Adamastor” construído nos Estaleiros Navais de Livorno, lançado à água em 12 de Julho de 1896, comprado pelas receitas provenientes de uma subscrição pública organizada como resposta portuguesa ao ultimato britânico de 1890, entrou pela primeira vez a barra do Tejo em 7 de Agosto de 1897.

DIARIO ILLUSTRADO 7-8-1897 Adamastor IO “Diario Illustrado” de 7 de Agosto de 1897  dando a notícia da chegada do “Adamastor”, na sua primeira página (2)

DIARIO ILLUSTRADO 7-8-1897 Adamastor II Ferreira do AmaralO seu primeiro comandante foi o Conselheiro, capitão de mar-e-guerra Ferreira do Amaral. (3)
Com um comprimento (entre perpendiculares) de 73.81  metros  81 cm (comprimento de fora a fora) e velocidade máxima de 18 nós (uma propulsão de 4000 cv – 2 máquinas a vapor com 4 caldeiras alimentadas a carvão), o “Adamastor” tinha uma capacidade (inicial) composta de 215 elementos (16 oficiais, 36 sargentos e 163 praças (4). Em matéria de armamento (há várias versões) (5):
2 peças Krupp de 150mm/ 30 Calibres – Mod.1895 (Calibre: 150mm/Alcance: 14Km)
4  peças  Krupp 105mm/4.0GR Mod. 1895 (Calibre: 105mm/Alcance: 9Km)
4 peças Hotchkiss 65/46
2 peças Hotchkiss 37/42
2 metralhadoras Nordenfelt 6,5 mm e 3 tubos lança-torpedos
DIARIO ILLUSTRADO 7-8-1897 Adamastor IIIEm relação à estadia do “Adamastor” em Macau  e Extremo Oriente:
1.ª comissão ao Ultramar em Outubro de 1899 repartida pela Divisão Naval do Índico e pela Estação Naval de Macau. Regressa em Junho de 1901.
2.ª comissão, em Novembro de 1903 parte para o Extremo Oriente. Chega a Macau em Março de 1904. Desde Agosto desse ano até Março de 1905 permanece em Xangai a fim de proteger os interesses da colónia portuguesa residente, missão que se repetiria mais tarde. Em Agosto chega a Lisboa.
3.ª comissão, larga em Junho de 1907. Parte de Luanda em Maio de 1908 com destino a Timor, onde esteve de 6 de Julho a 24 de Agosto de 1908. Regressa a Lisboa em Julho de 1909.
No ano de 1910 foi montado no navio um aparelho T.S.F. e toma parte na implantação da República, marcando o seu início com 3 tiros como sinal. (6)
Em Outubro de 1912 inicia a sua 4.º comissão. Além de Macau escala Xangai e outros portos da China e chega a Lisboa em Outubro de 1913.
Foi durante esta comissão que o cruzador sofreu um acidente, no dia 11 de Maio de 1913, ao sair do porto de Hong Kong, tendo sido assistido pela canhoneira “Pátria” e o contra-torpedeiro inglês “Otter”. (7) Na sequência do acidente, o “Adamastor” deu entrada na doca de Whampoa, em Kowloon, para ser submetido a reparações. Daí seguiu para o Brasil (Rio de Janeiro e Santos) para participar no lançamento nas festividades da primeira pedra para a construção de um monumento em memória do marechal Deodoro da Fonseca, primeiro Presidente da Primeira República Brasileira, terminando esta missão em Dezembro.
Em meados de 1913, o então capitão de fragata, João de Canto e Castro (1862 -1934) (futuro Presidente da República, que sucede a Sidónio Pais) recebe a missão de se deslocar a Macau para aí assumir o comando do cruzador português Adamastor. (8)
De Agosto de 1919 a 18 de Julho de 1925 sofre grandes restauros, em Lisboa.
Em 1926 a 1928, nova comissão de serviço em Macau. Destacado para outras missões, em Julho de 1926 chega a Xangai  a fim de defender as concessões internacionais e render ao mesmo tempo o cruzador “República”, (9) tendo desembarcado uma força de 30 praças sob o comando de um 2.º tenente. Larga de Xangai em Março de 1928 e entra no Tejo em Abril.
Em Setembro de 1929 rumo novamente para o Extremo-Oriente, escala Macau e parte no dia 8 de Fevereiro de 1932, com destino a Xangai e dali parte em viagem diplomática para Japão. Volta a Xangai para protecção da comunidade portuguesa em virtude do início da guerra sino-nipónica.
Em 15 de Outubro de 1931, parte para Lisboa, em serviço, levando o  Governador de Macau, capitão de Fragata Joaquim Anselmo da Matta e Oliveira (9)
Em 18 de Junho de 1932 está fundeado em Macau, reclassificado como aviso de 2,.ª classe, em péssimo estado geral nomeadamente do seu aparelho propulsor e da sua guarnição reduzida, pelo que é decidido que seja abatido em Lisboa. Larga de Macau em Março de 1933 chega a Lisboa em Julho (depois de uma atribulada viagem em que é obrigado a diversas paragens por sucessivas avarias).
Após 36 anos de serviço, foi o “Adamastor” abatido ao “Efectivo dos Navios da Armada” em 16 de Novembro de 1933.
Esta notícia do jornal de 15 de Abril de 1934, encerra a “vida” do “Adamastor” – foi arrematado o casco, vendido à Firma F. A. Ramos & Cª., pelo preço de 60.850$00 (10)
Cruzador ADAMASTOR(1) Ultramar n.º 6, 15 de Abril de 1934 , p. 8 .
(2) http://purl.pt/14328/1/j-1244-g_1897-08-07/j-1244-g_1897-08-07_item2/j-1244-g_1897-08-07_PDF/j-1244-g_1897-08-07_PDF_24-C-R0150/j-1244-g_1897-08-07_0000_1-4_t24-C-R0150.pdf
Francisco Joaquim Ferreira do Amaral(3) Francisco Joaquim Ferreira do Amaral (1844 —1923), mais conhecido por Francisco Ferreira do Amaral ou apenas por Ferreira do Amaral, foi um militar (almirante) português, administrador colonial (Governador de S. Tomé e Príncipe, Governador-Geral de Angola, Governador da Índia Portuguesa)  e político da última fase da monarquia constitucional portuguesa (Presidente do Conselho de Ministros) Era o único filho de Maria Helena de Albuquerque (1.ª baronesa de Oliveira Lima)  e do governador de Macau João Maria Ferreira do Amaral.
Mais informações em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Ferreira_do_Amaral
(4) Em Macau tinha uma tripulação de 206  (14 oficiais, 23 sargentos e 169 praças.)
BARROS, Leonel – Memórias Náuticas, 2003, p. 67
(5) http://www.portugalgrandeguerra.defesa.pt/Documents/Cruzador%20Adamastor.pdf
(6) “Para além de Machado dos Santos ( comissário naval), a Marinha teve um papel destacado na revolução, através do “Adamastor” e do “S. Gabriel”, e dos oficiais, sargentos e marinheiros que participaram em acções no Quartel de Alcântara, na abordagem ao D. Carlos….” (VENTURA, António – A Marinha de Guerra Portuguesa e a Maçonaria, 2013, pp. 25.
(7) 11-05-1913 – O cruzador «Adamastor» foi de encontro a uma rocha perto de Hong Kong ( SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. 4)
Ver referência a este episódio em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/cruzador-adamastor/
(8) “Em meados de 1913, recebe a missão de se deslocar a Macau para aí assumir o comando do cruzador português Adamastor. Esta será uma viagem inesquecível. Além de conhecer outras paragens (passa pela Alemanha, Rússia e China), contacta duas figuras políticas com que se cruzará mais tarde e em circunstâncias bem diversas: Sidónio Pais, que encontra em Berlim quando ruma a Macau, e Bernardino Machado, que recebe, na qualidade de embaixador de Portugal no Rio de Janeiro, a bordo do cruzador na sua passagem pelo Brasil.”
http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=27
(9) 6-03-1927 – Ida do cruzador «República» para Xangai.
15-10-1931- Parte para Lisboa, em serviço, o Governador de Macau, capitão de Fragata Joaquim Anselmo da Matta e Oliveira no Cruzador “Adamastor” que  sai da Ponte Nova do Porto Exterior (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. 4)
(10) https://pt.wikipedia.org/wiki/NRP_Adamastor.

A revista “Occidente” (1) do dia 20 de Maio de 1913, publicava uma notícia sobre o cruzador português «Adamastor» (2)

OCCIDENTE n.º 1238 ADAMASTOR I 1913

“Telegramas do dia 12, enviados de Londres deram notícia de ter encalhado nuns rochedos, próximo da ilha de Dumbell, o cruzador Adamastor, que de Macau seguia para Lisboa, por ordem do governo que o mandou regressar com urgencia para tomar parte numa divisão naval que em Julho deverá sahir do Tejo. (3)
            Sabida a notícia em Hong Kong pela telegrafia sem fios, foi dali enviado em socorro o contra-torpedeiro Otter e rebocador Atlas, ambos inglêses, seguindo, de Macau, a canhoneira Pátria que conseguiu recolher a bordo a guarnição do Adamastor, assim como boa parte de munições.
            Por telegramas recebidos depois, do comandante deste navio, sr. Aníbal Sousa Dias, participam que o Adamastor está em via de se salvar, tendo-se conseguido tapar o rombo que sofreu e esgotar a água dos compartimentos.
            Oxalá que se salve este navio que está ligado à história da República Portuguesa e que foi feito com o produto da Subscrição Nacional de 1890

OCCIDENTE n.º 1238 ADAMASTOR II 1913

Ainda sobre este acidente, o Diário da República 124/13, de 29/Maio,  publicava uma Lei de 28 de Maio  em que “autorizava o conselho do fundo de defesa naval a gastar até 18.000 libras com o prémio de salvamento e reparação do cruzador «Adamastor», actualmente na doca de Kowloon
http://www.legislacao.org/diario-primeira-serie/1913-05-29/0/anterior

Também em consequência deste incidente, uma notícia de 24 de Janeiro de 1914 publicado no jornal “O Comércio do Porto” no dia 25 de Janeiro de 1914 (4), relatava o julgamento do capitão-tenente sr. Aníbal de Souza Dias, nas salas do conselho de guerra da marinha, por causa do encalhe do cruzador “Adamastor”. Ocupava a presidência o capitão de mar e guerra sr Alves Loureiro e o júri era composto pelos capitães-tenetes srs. Ayres de Souza, Paiva Amado, Leotte do Rego, Souza e Faro, Júlio Milheiro e Barbosa Bacelar, este último como suplente. Face às explicações prestadas, recebidas com plena compreensão dos motivos apresentados, o capitão-tenente sr Aníbal de Souza Dias, foi absolvido.

NOTA: o Diário da Republica, n.º 199 de 26 de Agosto de 1913, p. 3214, publicava o “Movimento do pessoal na Estação Naval de Macau“, precisamente dos dias 12 e 13 de Maio. (5)

Pessoal Estação Naval de Macau DR n.º 199-1913 II

No mesmo Diário, publicava-se também as baixas hospitalares nos dias 28 e 31 de Maio. (nem todas estariam  relacionadas com o incidente), mas um de certeza seria, a  do primeiro tenente maquinista, João Carlos Costa que baixou ao hospital de Hong Kong a 25 de Maio e teve alta a 3 de Junho.

Pessoal Estação Naval de Macau DR n.º 199-1913 I

(1) Notícia na revista “O Occidente”, n.º 1238, 20 de Maio de 1913. p.143.
O cruzador «Adamastor» foi de encontro a uma rocha perto de Hong Kong
GOMES, Luís Gonzaga – Efemérides da História de Macau. Notícas de Macau, 195, 267 p.
(2) Pode-se ver a mesma notícia numa outra publicação “Illustração Portugueza” e que reproduzi em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/05/11/noticia-11-de-maio-de-1913-cruzador-adamastor/
(3) Sobre o cruzador Adamastor e as várias comissões que  realizou ao Extremo Oriente aconselho a leitura de
PINTO, José Luís Leiria (Contra-almirante) – Cruzador Adamastor
http://www.portugalgrandeguerra.defesa.pt/Documents/Cruzador%20Adamastor.pdf
(4) Retirei esta informação de
http://naviosenavegadores.blogspot.pt/2011/10/historia-tragico-maritima-xliii.html
(5) http://www.dre.pt/pdf1s%5C1913%5C08%5C19900%5C32143215.pdf
 

A divisão naval portuguesa no extremo oriente, em 1904 era composta por:

1 – Cruzador Vasco da Gama, com 204 praças da marinha, sob o comando do sr. Capitão do Mar e Guerra Vasco de Carvalho, e pelo “immediato”, sr. Capitão de Fragata, Francisco Júlio Barbosa Leal.

Força Naval 1904 ICapitão de Mar e Guerra

VASCO DE CARVALHO

Força Naval 1904 IIO Cruzador «Vasco da Gama»

Força Naval 1904 IIICapitão de Fragata

FRANCISCO JULIO BARBOSA LEAL

2 – Cruzador Adamastor, com 220 praças, sob o comando do sr. Capitão de Fragata Antas Ribeiro.

 Força Naval 1904 IVCapitão de Fragata

ANTAS RIBEIRO

Força Naval 1904 VO Cruzador «Adamastor»

3 – Canhoneira Diu, comandada pelo sr. Capitão Tenente Diogo de Sá, com 195 praças de marinhagem.

Força Naval 1904 VICapitão Tenente

DIOGO DE SÁ

Força Naval 1904 VII A Canhoneira «Diu»

Em 1904, o Adamastor foi a Moçambique meter carvão e receber as cartas de navegação pertencente à Zaire, seguindo por Colombo, Singapura, Hong Kong Shangai e Macau.

O Vasco da Gama ficou estacionado em Nasasáqui (Japão), o Adamastor em Shangai, e a Diu em Macau.

A viagem do Vasco da Gama demorou 35 dias, tendo seguido o seguinte itinerário: Port-Said, Suez, Áden, Colombo, Singapura, Hong Kong e Shangai.

Adamastor I

Do artigo sobre “Marinha de Guerra ” da Revista Ilustração de 1933 (1) retiro o seguinte:

O «ADAMASTOR» REGRESSA AO TEJO – Depois de quatro meses de viagem, regressou de Macau a Lisboa, o antigo e histórico cruzador «Adamastor». É uma relíquia da nossa marinha. Foi construído em 1890. Fez viagens a todas as nossas colónias e colaborou em 1916, com grande eficácia, no combate do rio Rovuma, no Niassa. Depois esteve no Oriente largos anos. Lá fez a sua última estação.

Adamastor II

O seu regresso foi um acontecimento. Bastantes anos andou longe da metrópole. As famílias dos tripulantes estiveram a bordo. Abraços de boas-vindas.

Adamastor III

Uma nota pitoresca o nosso repórter-fotografo conseguiu registar. A bordo, vieram do Oriente, inúmeras gaiolas com centenas de pássaros de variadas e exóticas côres. Penduradas no convez do barco, produziram um efeito curioso. Recordação que os marinheiros trouxeram. O «Adamastor» vai ser abatido ao efectivo. Cumpriu já o seu dever. A sua vida foi atribulada. Chegou a perder os lemes … e a andar aos «gig-gags». Entrou, no entanto, no Tejo e deve ser considerado uma relíquia da nossa marinha de guerra.”

(1)   “Ilustração”, n.º  9, 6 de Julho, 1933

Nesta data, o cruzador «Adamastor» foi de encontro a uma rocha perto de Hong Kong.
Adamastor I

A revista Illustração Portugueza de 19 de Maio de 1913 noticiava:
“O cruzador Adamastor, do comando do capitão tenente Sr. Sousa Dias, um dos oficiaes revolucionários, encalhou n´um rochedo junto do canal de Hong Kong e a ilha Chung, sofrendo uma avaria, e não havendo a lamentar nenhuma vitima. Foram dadas prontas medidas de socorro pelo comodoro inglez, tendo ajudado ao salvamento os contratorpedeiros enviados de Hong Kong. A canhoneira «Patria» tambem foi logo para o local do sinistro recebendo muita da tripulação do cruzador, que saira de Shangae em direcção à metrópole, a fim de se encorporar n´uma divisão naval que devia partir do Tejo em julho e cuja constituição ficou, por este motivo, alterada.”

Adamastor IIO Adamastor viajando no Yang Tsé”

Recorda-se que o «Adamastor» fez uma longa viagem ao oriente passando por Peking, Nankin, Sanghai, o rio Yang Tsé, Cantão e Macau. Voltou a Portugal, através do canal de Suez (Cairo).
Do relato da viagem, referente a Macau: (1)
” Depois foi em Macau que eles estiveram vendo as belezas da região, fazendo-se os seus «pi-nics», jogando o «tenis» em Coloane, a ilha dos piratas e deixando esse oriente maravilhoso…”

Adamastor IIINo jardim de Lui-Iu-Oc (Lou Lim Iok), srs. J. Carvalho, Lu-Tchum, Julio Silva, um portuguez de Shanghai e J. d´Assunção

 Adamastor IVA partida de tenis oferecida pelos oficiaes do Adamastor em Coloane

Adamastor VOs oficiaes recebendo os convidados para o tenis em Coloane.”

Adamastor VI“O lente da Escola Naval, sr. Vitorino Gomes da Costa com os aspirantes srs. Rodrigues, J. Carvalho e Santos Moreira que foram promovidos a guardas marinhas na viagem do Adamastor à China

(1) Illustração Portugueza, de 10 de Novembro de 1913, com uma nota:  “Os clichés (fotos) são do distinto amador sr. Julião de Carvalho”

Marinheiros 1913As praças do cruzador «Adamastor» que visitaram a Gruta de Camões, em 1913

Da esquerda para a direita de pé: António Marques, José Antunes Pereira, António Duarte, João Madeira, Francisco Barreiro, J. Joaquim Barbara, Guilherme  Silveira, José Afonso.
Sentados:  António Silva, Miguel Paes, José Rasteiro

Artilheiros 1913Grupo de artilheiros da guarnição de Macau, tirado na Gruta de Camões, em 1913

No primeiro plano, sentados: srs. Luiz Goes , Sebastião Coelho, António de Sousa, Francisco Matos, José Rios, António Nunes e António Costa
Em pé, srs. Ludovino Torcato, Francisco Pinto, José Amaro, José Ceia, António Augusto, Aldo dos Santos e João Batista.

Fonte: Illustração Portugueza,  1913