Bilhete/Convite da inauguração da Exposição “BIOMBOS DOS PORTUGUESES” que teve lugar no dia 11 de Junho de ????, pelas18,30 horas, na Galeria do Clube Militar, organizada pela Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Macau e a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses.
Decorreram nos dias 5 e 6 de Junho de 1999, no Largo do Carmo, na Taipa, a festa da Lusofonia organizada pela Câmara Municipal das Ilhas e integrada nas Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
Por ocasião do Duplo Centenário da Independência e da Restauração de Portugal foi o velho edifício do Leal Senado (1) completamente restaurado e inaugurado a 2 de Junho de 1940. Reaberta e benzida a capela dedicada a Santa Catarina de Sena que, noutros tempos, era destinada ao serviço divino, antes de cada sessão. (2) O restauro deveu-se ao Engº Valente de Carvalho. (3)
Padre Teixeira refere a propósito deste data (4): “Data em que foi benzida a Capela da sua Padroeira, N. Sra. da Conceição; está, ainda nessa Capela, a estátua de S. João Baptista, que também é padroeiro da Cidade.”
(1) “1784 – Neste ano, constrói-se o Leal Senado, sendo o projecto da autoria do Pe. Fr. Patrício de S. José e custando a obra 80 000 taéis. Ljungstedt descreve este edifício:
“O edifício público, em que o governo tem as suas sessões, é designado pelo nome de Casa do Senado; tem dois andares; a base é de granito e o resto de cal e tijolo, bem como os pilares. Nestes apenas se vêem caracteres chineses, significando a solene cessão do lugar pelo Imperador da China, ou seja, ou seja a concessão de Macau aos portugueses. O entabelamento assenta sobre colunas e a cornija é ornamentada vasos de porcelana vidrada. Por cima das portas, as Armas de Portugal e no arco a legenda: “Cidade do Nome de Deus”, etc.
No Salão Nobre, há a capelinha de N. Sra. Da Conceição, onde os senadores ouviam missa antes das sessões. O tufão de 1874 danificou muito o edifício; na reconstrução que se fez em 1876 são de notar «não só os melhoramentos de materiais empregados, mas a simplicidade e o bom gosto da architectura moderna, que na fachada principal representa». No Duplo centenário da Independência e Restauração de Portugal foi restaurado todo o edifício e inaugurado a 2-6-1940”. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. I, 2015, p. 309).
(2) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.p.104
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. III, 2015, p. 264,
(4) TEIXEIRA; P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, pp.62-63
Veja-se: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/11/29/leitura-o-leal-senado-da-camara-de-macau/
Na sessão solene comemorativa do V Centenário da Morte do Infante e do I da fundação da Congregação Salesiana, no dia 23 de Maio de 1960, inaugurou-se no Colégio D. Bosco, uma Exposição Didático-Profissional, a primeira que se realizou neste Colégio D. Bosco.
“A exposição obedeceu a normas da pedagogia salesiana, aliadas às exigências do ensino técnico-profissional. Os temas literários e muitos dos desenhos e ilustrações da Exposição referiam-se à figura e obra do Infante D- Henrique atingindo ela assim um conjunto harmónico destinado a alcançar a sua múltipla finalidade: comemoração de duas datas, aproveitamento dos alunos, elucidação do público acerca da vida, actividades e objectivos do Colégio D. Bosco.
A Exposição foi fruto do trabalho do ano escolar, circunstâncias esta que nos vem explicar eu os alunos não ficaram sobrecarregados de trabalho num período de tempo relativamente curto e que a exposição foi realmente uma demonstração do ensino que gradualmente se foi ministrando durante o ano. Assim a exposição não foi uma mera exibição de habilidades, mas um documentário dos ideais que presidem à pedagogia salesiana, à vida escolar salesiana, aos programas salesianos em harmonia com os programas oficiais: cultura geral, cultura profissional, prática, desenho.
10 painéis foram expostos com os seguintes temas:
1º painel – Português
2.º painel – Ciências Geográfico-Naturais.
3.º, 4.º, 5.º, 6.º e 7.º painéis – Tecnologia Mecânica.
8.º e 9.º painéis – Desenhos Decorativos.
10.º painel – Documentação Fotográfica
O palco do salão de actos do Colégio foi reservado à secção religiosa da Exposição. Uma linda imagem de Nossa Senhora de Fátima dominava o ambiente, que nos falava do apostolado salesiano através da boa Imprensa.
NOTA – “Em Dezembro de 1958 inauguraram-se no Colégio D. Bosco oito novas máquinas da sua oficina de mecânica, um campo de basquetebol, um centro dos antigos alunos salesianos e a sala de jantar “Dr. Pedro José Lobo”. Desde 1960 até 1976, este Colégio formou 111 mecânicos, não se incluindo neste número os alunos que se prepararam na mesma especialidade antes de entrar em vigor a oficialização do Colégio.” (TEIXEIRA, Padre Manuel – A Educação em Macau, p. 379.
(1) Informações retiradas de “Comemorações, em Macau, do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique”, pp. 217-218. Ver em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/01/16/leitura-comemora-coes-em-macau-do-v-centenario-da-morte-do-infante-d-henrique-ii/
Extraído do semanário luso-chinez “Echo Macaense”, V-15, de 8 de Maio de 1898, p. 3. https://purl.pt/33024
O Boletim Oficial (B.O.G.P.M.T.) n.º 20 de 14 de Maio de 1898 publica o Programa dos festejos de gala para celebração do IV Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia. (1)
(1) O Programa que foi formulado em 1897, é autorizado pelo Governo. Salienta-se que há uma certa uniformização nos festejos em todo o território nacional, nas Embaixadas, Legações e Consulados Portugueses. (2) O dia 20 é de completo feriado – o ponto alto das comemorações começa a 17 de Maio. É nesta ocasião, em Macau, celebrado Te Deum na Sé Catedral, aberta solenemente a Avenida Vasco da Gama e feito o lançamento da 1.ª pedra para o seu monumento no Jardim do mesmo nome. Também se realça a publicação de um jornal ilustrado que toma o nome de Jornal Único e é hoje uma raridade bibliográfica. (3) (4) (5) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/05/20/noticia-de-20-de-maio-de-1898-comemora-cao-do-iv-centenario-do-descobri-mento-do-caminho-maritimo-para-a-india/
(2) O livro lançado recentemente (Abril de 2022) “ Os Retornados de Xangai. Histórias de Portugueses do Oriente”, o autor António Caeiro descreve nas pp. 47-48: “A Primeira festa Portuguesa”, os festejos que se realizaram em Xangai a propósito desta celebração. Aconselho a leitura deste livro.
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, pp. 324-325
(5) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/avenida-vasco-da-gama/