Archives for posts with tag: Ilha da Taipa – 氹仔島

Em 1 de Fevereiro de 1898, foi criado o Grupo de Companhias de Infantaria (ou Infanteria como então se escrevia) de Macau, por junção das 1.ª e 2.ª Companhias de Infantaria de 1.ª Linha, com sede em S. Francisco.

Em 08-10-1899, a 1.ª Secção da 1.ª Companhia estava na Fortaleza do Monte. A Cia estava em S. Francisco. A 1.ª Companhia em 30 -12-1900, estava no Quartel da Flora.

O Grupo tinha vários destacamentos nomeadamente em Colowan (Coloane), 14-09-1899; Fortaleza da Taipa (2.ª Cia), 17-09-1899; Da Taipa, Set 1899-1900; Da Fortaleza da Guia com 1 cabo e 3 soldados sob o comando de sargento, 30-12-1899; Porta do Cerco e Fortaleza da Taipa (da 1.ª Cia), 6-01-1900; Guarda em Mong Há, Set. 1900; Taipa e Coloane, com sede na Taipa, Nov. 1901.

Os comandantes eram: em Junho de 1898, Tenente coronel Porphyrio E. de S.; em Outubro de 1899, major Fermiano F. Maher(=janeiro de 1900); em Setembro de 1901, Tenente coronel João Maria de Sousa e Brito.

Informações recolhidas de: CAÇÃO, Armando  A. Azenha – Unidades Militares de Macau, 1999, pp. 132-133

Extraído de «BPMT», XIII-35 de 2 de Setembro de 1867, pp. 204-205

Continuação da publicação dos cinco postais (14 cm x 9,2 cm) de pinturas de Leong Ieng Wai numa embalagem (aberta 24,3 cm x 15 cm; fechada: 15 cm x 10 cm) intitulada: WELCOME TO MACAU. (1)

Hoje apresento o n.º 4 – “TAIPA OLD TOWN”

Verso do postal
Pormenor do verso do postal

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/leong-ieng-wai/

No fim de semana, dias 15 e 16 de Junho de 2002, realizou-se a Festa da Lusofonia, na Ilha da Taipa (Avenida da Praia), organizada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

Extraído de «JTM», 14 de Junho de 2022, “Foi há 20 anos”, p. 13

Hoje celebra.se em Macau, a festa de PAK TAI, no Templo de Pak Tai situ no Largo Camões, na Vila da Taipa

Espectáculos de ópera chinesa são levados á cena num teatro improvisado feito com canas de bambu em frente do templo dedicado a Pak Tai na vila da Taipa. Segundo a lenda Pak Tai venceu o Rei dos Demónios que aterrorizava o universo. Como forma de gratidão foi-lhe dado o título de Divindade Superior do Profundo Paraíso Negro e também Verdadeiro Soldado do Norte. https://www.macaotourism.gov.mo/pt/events/calendar/feast-of-pak-tai/

Ver anteriores referências a esta festa em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/03/26/noticia-de-26-de-marco-de-2020-festa-a-pak-tai-templo-de-pak-tai-taipa-milagres-de-outrora/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/11/26/postal-da-ilha-da-taipa-da-decada-de-90-seculo-xx-vi-templo-de-pak-tai/

Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 122-123, (1) nomeadamente às forças militares existentes nessa altura.

“ A província é habitualmente guarnecida: por uma companhia europeia de artilheria; por um corpo de polícia, com três companhias, duas europeias e outra mixta de chinezes e indianos; por uma companhia de saúde; prefazendo todas estas forças um total aproximado de 700 homens.

O governador é o chefe superior das tropas, que comanda por intermedio da repartição militar, competindo-lhe para isso as atribuições e as honras de general de divisão; a policia é comandada por um oficial superior, de ordinário, um major; a artilheria por um capitão. A maior parte d´estas forças, permanecem em Macau, havendo nas ilhas Taipa e Coloane uma guarnição permanente de 150 homens, distribuídos por vários postos militares.

As forças de marinha, que de ordinário estacionam na colonia são constituídas por uma canhoneira, ultimamente a Patria, e por uma lancha-canhoneira de rio, a Macau, propriedade da colonia e por ella recentemente adquirida. As tropas estão armadas com espingardas Kropatchek; e quanto a artilheria, a colonia, embora não possa considerar-se n´um estado sequer sofrivelmente satisfatório, é talvez de todas as nossas possessões, a que se encontra em melhores condições.

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

Parada das Forças Policiais em frente do “Jockey Clube de Macau”, na Taipa

Ver https://www.fsm.gov.mo/psp/cht/revista%20da%20psp/pdf/09.pdf

Extraído de «BPMT», XXIII n.º 8 de 24 de Fevereiro de 1877, p. 31

10-01-1667 – Chegaram, pela tarde, acompanhadas pelos mandarins de Hèong-Sán e da Casa Branca, três das dez ou quinze autoridades superiores da fiscalização do litoral, que vieram de Cantão, para se certificarem do cumprimento da ordem imperial, que mandava retirar as populações do litoral para o interior, estando Macau abrangida nessa ordem. Estas autoridades partiram logo, no dia seguinte. Durante a sua breve estadia visitaram a Fortaleza do Monte, que salvou com 5 peças, o mesmo fazendo a Fortaleza da Nossa Senhora da Guia, quando elas se foram pelo Campo, para a Porta do Cerco. (1)  

15-02-1667 – O mandarim de Heong San intimou a cidade de Macau a cumprir a ordem de Pequim (2)de transferir a cidade para o interior, prometendo, no entanto, tratar de conseguir a sua reabertura comercial, no caso de lhe serem dados 250 000 taéis. Dias antes, chegaram 12 barcos para porem o cerco à cidade da banda de Oitem (Lapa) e da Taipa, impedindo a saída das lorchas para a pesca e para buscar lenha, fechando-se também a Porta do Cerco, por onde já era impedida a vinda do arroz há 20 dias. Feita a promessa, reabriu-se a Porta do Cerco três dias depois, retirando-se também a flotilha. (1)

31-03-1667 – Chegaram cartas de Cantão dando a notícia de que o Vice-Rei dessa cidade tinha ordenado o envio de barcas a Macau a fim de transportar os habitantes com todos os seus bens para o interior, em conformidade com a ordem imperial da transferência das populações do litoral para as terras de dentro, devido aos ataques do pirata Coxinga., adversário dos Manchus. (1) (3). A embaixada de Saldanha conseguiria demover o Imperador. (4)

7-04-1667 – O Mandarim de Casa Branca oficiou aos moradores de Macau, ordenando que preparassem as suas bagagens a fim de serem transportados para Cantão, onde fora já escolhido o sítio com casas para sua residência, devendo entretanto ser feita a concentração na vila de Hèong-Sán, onde algumas barcas estavam esperando para transportar para Cantão, em consequência da ordem imperial que mandava transferir todas as populações do litoral para o interior, devido aos ataques do pirata Coxinga. (1)

18-04-1667- O mandarim de Hèong Sán comunicou que viria a Macau, estando a Porta do Cerco estava fechada há 39 dias mas, no dia seguinte, informou que não poderia vir e convidou o Senado a avistar-se com ele na Casa Branca. O Senado, receando alguma armadilha, mandou-lhe dizer que não era costume sair do lugar em que sempre têm sido tratados os negócios desta cidade e que, querendo, viesse ele, portanto a Macau. (1)

Todos os anos os chineses exerceram pressão sobre Macau, invocando serem ordens do Imperador. Mas não eram. O Suntó ou Vice Rei de Cantão provou as suas culpas acabando por se enforcar (4)

(1) GOMES. Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.

(2) Devido aos ataques constantes do pirata Coxinga, sediado na Formosa, o Imperador chinês decidiu pôr em prática um decreto obrigando ao recuo de quatro léguas para o interior nas cinco províncias d Sul da China ((A.N.M. – DITEMA, Volume IV, 2011 p.1323

(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/zheng-chenggong-%E9%84%AD%E6%88%90%E5%8A%9F-coxinga/

(4)) Manuel Pereira Saldanha, que foi enviado como Embaixador de Portugal à corte de K´ang Hsi (Kangxi), não conseguiu resolver as pendências que levava (aspirava libertar Macau e restituir-lhe a continuidade como intermediária entre o comércio interno e externo nos mares da China) e faleceu na cidade de Uai-On-Fu (Huaiyin) no dia 21 de Outubro de 1670, no regresso da sua embaixada a Pequim. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume I, 2015, pp. 181-182, 187)

Pequena cronologia do conflito diplomático com a China em 1909-1911, extraído de (1)

16-12-1909Conflito diplomático com a China – Soberania portuguesa nas águas do Porto Interior (1)

1909 – Recomeçadas em Pequim as negociações sobre a delimitação de Macau. Malogro das diligências entre ao Conselheiro Joaquim José Machado e o Mandarim Kao-Erh-Chien. Intransigência de parte a parte. (1)

3 -11-1909 – Suspenderam-se, após 4 meses de negociações, as conferencias entre o General Joaquim José Machado, Alto-comissário de Portugal e Kao-Ohr-Kim, representante chinês, para a fixação definitiva dos limites de Macau, indicando o Comissário português o recurso à arbitragem. A missão portuguesa era composta pelo General Joaquim Machado (Alto-Comissário); Capitão Demétrio Cinatti (Comissário Auxiliar); Capitão J.M.R. Norton de Matos (Secretário) e Pedro Nolasco da Silva (Intérprete). A parte chinesa era composta por Kao-Ohr-Kim; Shun-Pau-Ho, (Superintendente da Polícia de Cantão); Tsung-Yuen-Pi (Subperfeito Marítimo de Tch´in-San); e o Secretário-Intérprete Hou-To-Na. As duas conferências realizaram-se numa sala da residência do Cônsul de Portugal em Hong Kong, João Leiria. Os delegados chineses não aceitaram a proposta de nomeação de uma comissão para definir as delimitações de Macau, a propósito das Ilhas. O relato da missão foi publicado em Relatório e Actas da Comissão nomeada para estudar as questões entre Portugal e a China, Lisboa, 1911. (1)

13-11-1909 – Com a chegada a Cantão das autoridades superiores do litoral, o Vice-Rei de Cantão e outros Mandarins receando ser acusados de conivência, na permissão da estadia dos barcos portugueses em Macau (o que foi proibido em consequência da ordem do Imperador, que ordenara o encerramento do comércio e a transferência dos centros populosos do litoral para o interior, devido aos ataques dos piratas de Coxinga), enviaram os Mandarins uma armada de 60 barcos e somas (juncos) para intimidarem a saída ou a queima de vários navios portugueses que se encontravam ancorados na Taipa. Ficou então resolvido porem-se de vela para as Ilhas dos Ladrões os que pudessem, devendo os outros ser queimados ou metidos a pique, na noite de 14 para 15 de Novembro deste ano (1).

07-02-1910Conflito diplomático com a China – Protesto do Cônsul de Portugal m Cantão, feito às autoridades chinesas daquela cidade, contra a criação de um jornal especial, pela Sociedade Protectora da Delimitação de Macau, com o fim de continuar a campanha contra esta Colónia (1)

12-12-1910Conflito com a China – Desembarque de soldados chineses em D. João e Montanha, tendo estes disparados tiros, passando busca às habitações e intimidado os habitantes a não pagarem impostos ao Governo de Macau (1)

31-01-1911Conflito diplomático com a China – Protesto apresentado pelo encarregado da gerência do Consulado-Geral de Portugal em Cantão, contra a ida de soldados chineses à ilha de D. João. (1910) (1)

(1) SILVA, Beatriz Basto – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, pp. 33, 39, 40, 42, 50 e 54.