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10-01-1667 – Chegaram, pela tarde, acompanhadas pelos mandarins de Hèong-Sán e da Casa Branca, três das dez ou quinze autoridades superiores da fiscalização do litoral, que vieram de Cantão, para se certificarem do cumprimento da ordem imperial, que mandava retirar as populações do litoral para o interior, estando Macau abrangida nessa ordem. Estas autoridades partiram logo, no dia seguinte. Durante a sua breve estadia visitaram a Fortaleza do Monte, que salvou com 5 peças, o mesmo fazendo a Fortaleza da Nossa Senhora da Guia, quando elas se foram pelo Campo, para a Porta do Cerco. (1)  

15-02-1667 – O mandarim de Heong San intimou a cidade de Macau a cumprir a ordem de Pequim (2)de transferir a cidade para o interior, prometendo, no entanto, tratar de conseguir a sua reabertura comercial, no caso de lhe serem dados 250 000 taéis. Dias antes, chegaram 12 barcos para porem o cerco à cidade da banda de Oitem (Lapa) e da Taipa, impedindo a saída das lorchas para a pesca e para buscar lenha, fechando-se também a Porta do Cerco, por onde já era impedida a vinda do arroz há 20 dias. Feita a promessa, reabriu-se a Porta do Cerco três dias depois, retirando-se também a flotilha. (1)

31-03-1667 – Chegaram cartas de Cantão dando a notícia de que o Vice-Rei dessa cidade tinha ordenado o envio de barcas a Macau a fim de transportar os habitantes com todos os seus bens para o interior, em conformidade com a ordem imperial da transferência das populações do litoral para as terras de dentro, devido aos ataques do pirata Coxinga., adversário dos Manchus. (1) (3). A embaixada de Saldanha conseguiria demover o Imperador. (4)

7-04-1667 – O Mandarim de Casa Branca oficiou aos moradores de Macau, ordenando que preparassem as suas bagagens a fim de serem transportados para Cantão, onde fora já escolhido o sítio com casas para sua residência, devendo entretanto ser feita a concentração na vila de Hèong-Sán, onde algumas barcas estavam esperando para transportar para Cantão, em consequência da ordem imperial que mandava transferir todas as populações do litoral para o interior, devido aos ataques do pirata Coxinga. (1)

18-04-1667- O mandarim de Hèong Sán comunicou que viria a Macau, estando a Porta do Cerco estava fechada há 39 dias mas, no dia seguinte, informou que não poderia vir e convidou o Senado a avistar-se com ele na Casa Branca. O Senado, receando alguma armadilha, mandou-lhe dizer que não era costume sair do lugar em que sempre têm sido tratados os negócios desta cidade e que, querendo, viesse ele, portanto a Macau. (1)

Todos os anos os chineses exerceram pressão sobre Macau, invocando serem ordens do Imperador. Mas não eram. O Suntó ou Vice Rei de Cantão provou as suas culpas acabando por se enforcar (4)

(1) GOMES. Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.

(2) Devido aos ataques constantes do pirata Coxinga, sediado na Formosa, o Imperador chinês decidiu pôr em prática um decreto obrigando ao recuo de quatro léguas para o interior nas cinco províncias d Sul da China ((A.N.M. – DITEMA, Volume IV, 2011 p.1323

(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/zheng-chenggong-%E9%84%AD%E6%88%90%E5%8A%9F-coxinga/

(4)) Manuel Pereira Saldanha, que foi enviado como Embaixador de Portugal à corte de K´ang Hsi (Kangxi), não conseguiu resolver as pendências que levava (aspirava libertar Macau e restituir-lhe a continuidade como intermediária entre o comércio interno e externo nos mares da China) e faleceu na cidade de Uai-On-Fu (Huaiyin) no dia 21 de Outubro de 1670, no regresso da sua embaixada a Pequim. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume I, 2015, pp. 181-182, 187)

Chegada do Conselheiro Adrião Acácio da Silveira Pinto, (1) no dia 4 de Novembro de 1843, no brigue «Tejo» a Uóng-Pou (Vampu/Whampoa) (2) com os demais membros da missão enviada pelo Governo de Macau, para negociar com o Vice-Rei Kéi-Ieng, (Ki-Yin). Seguiu pelas 7.30 horas, em escaleres, para Cantão, residindo depois de realizada a conferência, na casa de campo do mandarim graduado Pau-Teng-Kua e no Consulado de França, onde realizou repetidas reuniões, durante dez dias. A missão não conseguiu que fosse relevado o foro pago pela colónia nem dispensada a demarcação do limite para fora dos muros do campo de S. º António; igualmente não conseguiu obter: o aumento do número de navios desta praça, então limitado a 25, para irem negociar a Manila e outros portos estrangeiros; a permissão para os navios portugueses frequentarem o porto de Fuchau (3) por este porto não estar ainda franqueado ao comércio estrangeiro; e o reconhecimento dum ministro plenipotenciário.

1843-whampoa-anchorage“Whampoa near Canton, China. Anchorage for European Shipping”
Litografia publicada em 1843 (4)

Os chineses anuíram porém, à igualdade do tratamento na correspondência oficial entre as autoridades portuguesas de Macau e as chinesas do distrito, exigindo, no entanto, que a correspondência a dirigir aos altos-funcionários da capital fosse em forma de tchâm (requerimento) ou pân (representação ou ofício de inferior para o superior); ao idêntico pagamento dos direitos de ancoragem dos navios estrangeiros em Uóng-Pou, (2) com redução de um mês e meio para os 25 navios portugueses de Macau (três mazes por tonelada), (5) mas os que não pertenciam a esse número continuariam a pagar cinco mazes por tonelada; à actualização dos direitos sobre mercadorias importadas pelos chineses de Macau, segundo a nova tarifa, com extinção de todas as gratificações e despesas adicionais; à livre construção de edifícios e barcos e à livre compra de materiais e livre emprego de operários nativos destinados para esse fim, mas do limite dos muros de Sto António; e à permissão para os navios portugueses poderem também comerciar nos portos de Cantão, Amói, (6) Fôk-Tchâu, (3)  Neng-Pó (7) e Xangai. (8) (9)

1843-whampoa-thomas-allom“Whampoa, from Danes Island”
Pintura de Thomas Allom, c. 1843 (10)
Nesta pintura vê-se o porto de Whampoa e a ilha de  Changzhou (ilha de Dane), no rio das Pérolas em Guangzhou (Cantão).

NOTA: Por volta de 1830, os comerciantes europeus pressionavam os seus governos para que conseguissem a liberdade de comércio na China. Em 1839, o vice-rei Lin Tseu-siu confiscou e destruiu, em Cantão, um carregamento de ópio, levando a Inglaterra a bloqueiar Cantão, iniciando, assim, a Primeira Guerra do Ópio, que durou até 1842. A 19 de agosto de 1842, a a assinatura do Tratado de Nanquim, que leva à abertura da China ao comércio britânico de portos vitais, como o de Cantão e Xangai, e a cedência, à Inglaterra, de Hong-Kong, ocupada desde 1841. Em 1843, a China reconheceu a extraterritorialidade de Hong-Kong. A abertura dos portos a outros países também se verificou em relação aos Estados Unidos, em 1844, e à França, a 24 de Outubro de 1844, por meio do Tratado de Whampoa, que estabeleceu também a tolerância do cristianismo e dos missionários.
(1) “27-10-1843 – O ex Governador Adrião Acácio da Silveira Pinto (governo de 22 de Fevereiro de 1837 a 3 de Outubro de 1843) que fora nomeado pelo Governador José Gregório Pegado, em sessão do Senado de 10 de Outubro, para tratar com os comissários chineses, no sentido de se melhorarem as condições da existência política deste estabelecimento, seguiu para Cantão no brigue de guerra «Tejo», do comando do capitão-tenente Domingos Fortunato de Vale. Agregaram-se a esta missão o Procurador da Cidade João Damasceno Coelho dos Santos e o intérprete interino José Martinho Marques” (8)
O Governador Adriano Acácio da Silveira Pinto (1818-1868) que faleceu em Lisboa, no posto de Marechal de Campo, ao 23 de Março de 1868, foi governador-geral da Província de Angola de 1848 a 1851.
Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/adriao-a-silveira-pinto/

1843-whampoa-island-and-the-canton-river“Whampoa Island and the Canton River”, 1843 (11)

(2) Whampoa, distrito da cidade de Guangzhou, romanização de Huangpu 黄埔 – mandarin pīnyīn: huáng pǔ; cantonense jyutping: wong 4 bou3 – porto/mercado amarelo.
(3) Fucheu (nome em português), ou Foochow  é a actual cidade Fuzhou, 福州, capital da província de Fujian (Fuquiém), na China.
(4) Litografia publicada em 1843 em Londres num livro de Julia Corner “The History of China & India, Pictorial & Descriptive”.
http://www.albion-prints.com/corner-1843-print-whampoa-near-canton-china-anchorage-for-european-shipping-178267-p.asp 
(5) Maze – antiga moeda de peso de Malaca; moeda do século XVI equivalente a 50 réis.

1843-amoy-from-the-anchorage“Amoy, from the anchorage, showing the forts”, 1843 (11)

(6) Amói ou Xiamen,  廈門 na província de Fujian . Xiamen foi um dos primeiros lugares onde os europeus assentaram para o comércio com a China, iniciado pelos portugueses no século XVI.

1843-ning-po“Ning-Po, from the river” (11)

(7) Neng Pó ou Ning Pó ou Liam Pó actual Ningbo (寧波)
(8) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.
(9) “Depois de conferenciar 10 dias com o delegado chinês, não conseguiu a abolição do foro pago por Macau à China nem a demarcação do limite para fora dos muros do campo de S. António nem permissão para construções além desse muro, nem o aumento do número de navios desta praça, limitado a 25 nem sequer autorização para os nossos navios frequentarem o porto de Fu-Chau, nem o reconhecimento dum ministro plenipotenciário.
Foi Ferreira do Amaral que resolveu o problema por si mesmo sem enviar delegações a Cantão. A 27 de Fevereiro publicou um edital comunicando aos chinas que ia abrir uma estrada das Portas de S. António até às Portas do Cerco; o seu objectivo era delimitar o território português,a firmando que todo esse campo era nosso, visto que as sepulturas chinas ali existentes nos pagavam foro. Para remoção dessas sepulturas, deu um prazo até ao fim de Março. O Mandarim de Heung-Sán oficiou logo ao procurador de Macau, intimando-o a parar a obra; mas Amaral não cedeu; e apesar dos vários protestos dos mandarins, as sepulturas foram removidas e a estrada fez-se.”
(TEIXEIRA, Pe. M. – Toponímia de Macau,  Volume 1, 1997.
(10) “Whampoa, from Danes Island’ , pintura de Thomas Allom, c. 1843, baseado num desenho do tenente White da “Royal Marines
(11) Desenhos do periódico “Saturday Magazine” n.º 677, 21 de Janeiro de 1843, no artigo “The Five Ports of China to British Trade”.
https://ocw.mit.edu/ans7870/21f/21f.027/opium_wars_01/saturday_magazine/index.htm 

Dois acontecimentos tiveram notícias neste dia de 12 de Agosto de 1900.
José Maria de Sousa Horta e Costa, (1) nomeado pelo Partido Regenerador, toma posse do cargo de Governador (segundo mandato) e de Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário de Sua Majestade Fidelíssima nas Cortes da China, Japão e Siam (2)
E nesse mesmo dia, em 12 de Agosto de 1900, chega a Macau um Corpo Expedicionário para proteger a cidade da situação que se vive na China, (3) na força de 14 oficiais e 368 praças de pré, constituído por uma companhia de caçadores 3, uma bataria de artilharia, 2 elementos do serviço de saúde e administrativos. (4)
NAM VAN 25 1986 - JOSÉ HORTA E COSTA(1) José Maria de Sousa Horta e Costa (1858-1927), assentou praça na arma de Engenharia em 1878, cursou a Escola do Exército, e esteve já antes em Macau (em 1886) como Director das Obras Públicas (era então tenente de Engenharia, com 28 anos de idade) e onde casou, na Sé  desta cidade a 2 de Abril de 1886 com Carolina Adelaide Pinheiro Silvano, de 16 anos de idade).
Em 1888, foi deputado por Macau na Câmara em Lisboa. Foi depois nomeado governador de Macau tomando posse a 24 de Março de 1894 mas  demitiu-se, em 1896, devido a mudança ministerial em Portugal. (5) Nomeado em 1900 cumpriu o mandato até 17-12-1902, tendo-lhe sucedido o Conselheiro Arnaldo Nogueira de Novais Guedes Rebelo  (coronel de engenharia). Foi nomeado em 1907, governador da Índia.
Foi proclamado cidadão benemérito de Macau na sessão do Leal Senado de 8 de Junho de 1896.
«A ele se deve o grande impulso havido para o saneamento da cidade, tendo sido para esse fim expropriados dois bairros inteiros, como o de Volong e o de Tap Seac, que eram antes verdadeiros poços de infecção.»
Muitas outras decisões importantes para o progresso de Macau «medidas preventivas em 1894 face a peste bubónica; instituição do Lyceu Nacional de Macau; reconhecimento oficial da Escola Central do sexo masculino; a criação da Escola Central do sexo feminino, remoção das campas de Sakong para construção de um bairro de operários; saneamento e reconstrução do bairro de S. Paulo; expropriações nas várzeas de Mong Há  para construção de avenidas e largos; melhoramentos e saneamentos de muitas ruas da cidade». (Acta do Leal Senado)
Muitas das ruas ainda estavam construídas de terra batida , raras vezes misturada com um apequena quantidade de cal d´ostra. Esta terra com as chuvas é arrastada às valetas, tapa muitas vezes as sargetas, e vai entupir os canos, e mais tarde assoriar o porto e a Praia Grande. (relatório de 1-07-1886 da Direcção das Obras Públicas” (6)
TOPONÍMIA - Avenida de Horta e CostaMacau tem com o nome deste Governador, uma Avenida de Horta e Costa (começa na Avenida de Sidónio Pais , entre os prédios n.º 29 e 31 e termina na Avenida do Almirante Lacerda, ao lado do mercado «Almirante Lacerda», uma Rua e um Pátio. (5)
Anteriores referências a este Governador em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-maria-horta-e-costa/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/avenida-horta-e-costa/
(2)SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Vol. 4, 1997.
(3) “13-06-1900 – A Revolta dos Boxers, apoiada numa sociedade secreta, rebenta no Norte da China. Dirige-se contra os estrangeiros e influências estrangeiras, sobretudo contra os missionários e chineses convertidos. Os revoltosos deixaram rasto de destruição de casas e igrejas e mataram centenas de pessoas antes de serem detidos em Pequim por tropas de oito países que se conjugaram para o efeito A criação dos bandos armados das sociedades secretas a mais conhecida a dos «Punhos da Justa Concórdia» mais conhecida como boxers  pelos estrangeiros (os seus adeptos costumavam aparecer nas feiras como lutadores e acrobatas). Da revolta dos Boxers resultou o massacre de 5 bispos, 40 missionários (sendo 12 católicos e os restantes protestantes) e 18 000 fiéis (sendo 53 crianças)”. (2)
(4) “Na sequência das guerras do ópio e da ocupação dos principais portos, os  chineses revoltam-se contra os estrangeiros, com o apoio aberto da imperatriz Viúva (conhecida como a «Buda Velha») na primavera de 1900 (revolta dos Boxers – Yi Ho Tuen). (7) Em junho, o governo chinês declarou guerra e cercou o bairro das embaixada , em Pequim, o qual resistiu (os 55 dias de Pequim) e foi libertado por reforços enviados.  A cidade foi saqueada  e passou a ficar na completa dependência das potências “imperalistas”. Quando foram conhecidos os primeiros ataques a europeus, o governo português determinou a organização de um Corpo Expedicionário.”
CAÇÃO, Armando A. A. – Unidades Militares de Macau, 1999.
(5) “Lá se vae o Horta e Costa, esse homem nefasto para o clero de Macau.É verdade que quasi sempre tratou bem o clero de Seminário, mas ainda n´isso havia manhas infernais (carta do Bispo D. António Joaquim de Medeiros dirigida ao Padre José Joaquim Baptista, datada de 30 de Abril de 1896. (6)
(6) TEIXEIRA, P. Manuel  –  Toponímia de Macau Vol II, 1997.
(7) Revolta dos Boxers –  義和團運動
義和團運動 – mandarim pīnyīn: yì  hé tuán yùn dòng; cantonense jyutping: ji6 wo4 tyun4 wan6 dung6

Em 11 de Agosto de 1727 : “Neste dia desembarcou António Monis Barreto vindo de Goa socceder no Gov.º a Ant.º da S.ª Telles por ter finalizado o seu tempo.”(1)
O Moço Fidalgo António Moniz Barreto (2) tomou posse do Governo de Macau, tendo sido um mau governador, segundo o Embaixador Alexandre Metelo de Sousa e Meneses. (2) Mandou prender o Ouvidor António Moreira de Sousa (3) com grilhões, e pondo-o incomunicável numa fortaleza, mas conseguiu não só governar durante todo o seu triénio que terminava a 11 de Agosto de 1930, como dois anos mais. (4).  Terá sido substituído depois de 14 de Dezembro de 1732. (5) (6)
(1) BRAGA, Jack M. – A Voz do Passado, 1987.
Há no entanto um erro histórico nesta informação. António da Silva Telo e Meneses (citado muitas vezes como Teles de Meneses) foi Governador de 9-09-1719 a 1722. António Moniz Barreto veio substituir António Carneiro de Alcáçova (governo de 6-09-1724 a 1727).
Capitães Gerais e Governadores de Macau: (5)
De 9 de Setembro de 1719 a 1722 – António da Silva Telo e Meneses
De 19 de Agosto de 1722 a 1723 – D. Cristóvão de Severim Manuel, (destituído em 22 de Julho de 1723) (7)
De 22 de Julho de 1723 a 1724 – António da Silva Telo e Meneses (2.º mandato)
De 6 de Setembro de 1724  a 1727 – António Carneiro de Alcáçova
De 11 de Agosto de 1727  a 1732 – António Moniz Barreto
(2) António Moniz Barreto, nasceu a 12-09-1683, em Angra de Heroísmo (Açores) , filho de Guilherme Moniz Barreto. Nomeado fidalgo a 10-06-1699. Casou em Macau. Morreu na fragata Nossa Senhora de Montalegre em 29-06-1751.
Doug da Rocha Holmes http://www.dholmes.com/rocha2.html
http://archiver.rootsweb.ancestry.com/th/read/PORTUGAL/1999-11/0941671130
(2) Alexandre Metelo de Sousa e Meneses que chegara a Macau a 10 de Junho de 1726, na nau Nossa Senhora da Oliveira (ficou hospedado na casa de Francisco Leite, que veio a ser Palácio do Governo e depois Palácio das Repartições – demolido) entregou  no dia 4 de Agosto de 1726, em Pequim, a  carta de D. João V ao Imperador da China, como embaixador de Portugal na China. Regressou a Macau no dia 08-12-1927 , para embarcar na Praia Pequena, para Lisboa a 17 de Janeiro de 1728 (chegou a Lisboa a 21 de Novembro de 1728, sendo nomeado conselheiros do Conselho Ultramarino). (4) (5)
(3) Dr. António Moreira de Sousa desembarcou em Macau do navio Sr.ª Ana e tomou posse do cargo de Ouvidor, para o qual havia sido nomeado no ano antecedente, a 3 de Agosto de 1726. O motivo da prisão terá sido o conflito entre o Ouvidor e o sargento-mor José Álvares de Queirós. Foi substituído a 7-09-1728, data em que chegou no Navio Nossa Senhora da Penha da França, vindo de Goa, António Fernandes Teixeira. (4)
Conta Fr. José de Jesus Maria entre Novembro e Dezembro de 1727: «No anno de 1727 se vio bem embrulhada esta cidade de dezunions entre as justiças, querendo não menos que prender hum ouvidor de El rey: entrava tambem o Cappitão Geral nestas tratadas; que como havia parcialidades logo se havião suscitar desordens e contendas; o embaixador que ahinda aqui se achava quiz com o seu respeito e prudencia serenar esta tormenta, mostrando a sua douta litteratura o que poidião e não podião fazer; pois que regulados não pellas leis, que ignorão, mas so pellos dictames da vontade e subornos de empenhos, sempre fazendo ao direito torto, obrarão o que quizerão…» (5)
(4) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.
(5) Capitães Gerais e Governadores de Macau:
De 22 de Junho 1718 a  1719 – António de Albuquerque Coelho
De 9 de Setembro de 1719 a 1722 – António da Silva Telo e Meneses
De 19 de Agosto de 1722 a 1724 – D. Cristóvão de Severim Manuel
De 6 de Setembro de 1724  a 1727 – António Carneiro de Alcáçova
De 11 de Agosto de 1727  a 1732 – António Moniz Barreto
De 18 de Agosto de 1732 a 1935  – António de Amaral Meneses (pediu para ser substituído) (5)
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. 2, 1997
(6) Em 14 de Dezembro de 1732, realizou-se no Leal Senado de Macau uma sessão, para a qual foram convidados, além do capitão-governador (António Moniz Barreto), os prelados das diversas Religiões, os “homens bons” e as principais individualidades. Estava em jogo o futuro da colónia. Justificava-se a expectativa.
A situação era grave, a decadência bem evidente, o deficit temeroso. As “fintas” ou derramas que, de vez em quando, se poderiam lançar sobre os moradores, não chegariam sequer para as despesas ordinárias. Segundo vinha ditando a experiência, o comércio com os diferentes portos asiáticos vinha decaindo de ano para ano. O sândalo de Timor não rendia já o lucro de antes. Os restantes portos, frequentados pelos navios macaenses, encontravam-se em conjuntura semelhante.
Perante este horizonte nada prometedor, urgia lançar mão de novas medidas. A ideia básica seria tentar concretizar o velho sonho: impetrar a el-rei D. João V (1706-1750) a faculdade de Macau poder enviar, anualmente, um navio ao Brasil, sem ser obrigado a passar por Lisboa, para o pagamento de direitos, e de poder, no regresso, trazer prata. Era isto o que mais se desejava. Esperava-se despacho favorável a este pedido, tanto mais que a Cidade se encontrava depauperada pelas despesas havidas com a embaixada à China.
A resposta de Lisboa, porém, não fora favorável. Mantinha-se a negativa de antes. Como não ficariam os Macaenses, ao verem frustrado um plano em que tinham depositado todo o seu optimismo?
Na reunião de 14-10-1733 foi novamente o assunto ventilado, com o máximo interesse, na presença das autoridades civis e eclesiásticas e mais convidados. O bispo D. João do Casal (1690-1735), não pôde comparecer, por doença.
Publicado originalmente em: “Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa“, Jul.-Dez. 1976, pp. [117]-52.)
http://www.library.gov.mo/macreturn/DATA/PP219/PP219021.HTM
(7) Dom Cristóvão de Severim Manuel, não procedeu como devia, no governo da cidade, pois foi homem de vida dissoluta e pródigo, tendo contraído muitas dívidas, em Macau, que não pagou. Pelos motivos apontados, veio a ser destituído e o Governo foi de novo entregue ao seu antecessor, António da Silva Teles de Meneses
Ver em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/cristovao-de-severim-manuel/

“Visita do Ministro de Portugal em Pequim, João Bianchi (1) que veio conferenciar com o Governador Artur Tamgnini de Sousa Barbosa, retirando-se no dia 6 de Novembro de 1928 (2)
Visita de João Bianchi ILUSTRAÇÃO 19283 – De visita a Macau esteve, recentemente, o sr. Ministro de Portugal na China, João de Bianchi. O sr. João de Bianchi e o governador da Colónia de Macau, passando revista às tropas no cais de desembarque.” (3)
(1)   João António de Bianchi, diplomata madeirense, foi empossado em Lisboa a 01-06-1929, Ministro Plenipotenciário da República Portuguesa na China.
19 Dezembro de 1928 – Foi assinado o Tratado Preliminar de amizade e Comércio com os seus anexos, entre Uong Ch´eng Teng (Chengting T. Wang), Ministro de Negócios Estrangeiros do Governo Nacional da República da China, e João António de Bianchi. Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da República de Portugal, na China, posto em vigor a partir de 27 de Março de 1929 – (poderá consultar em diário da república electrónica:
http://www.dre.pt/pdf1s%5C1930%5C12%5C29600%5C24962496.pdf 
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XX, Volume 4. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, 2.ª Edição, Macau, 1997, 454 p (ISBN 972-8091-11-7)
(3) Foto e legenda da Revista “Ilustração“, 1928