Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello de Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 122-123, (1) nomeadamente às forças militares existentes nessa altura.
“ A província é habitualmente guarnecida: por uma companhia europeia de artilheria; por um corpo de polícia, com três companhias, duas europeias e outra mixta de chinezes e indianos; por uma companhia de saúde; prefazendo todas estas forças um total aproximado de 700 homens.
O governador é o chefe superior das tropas, que comanda por intermedio da repartição militar, competindo-lhe para isso as atribuições e as honras de general de divisão; a policia é comandada por um oficial superior, de ordinário, um major; a artilheria por um capitão. A maior parte d´estas forças, permanecem em Macau, havendo nas ilhas Taipa e Coloane uma guarnição permanente de 150 homens, distribuídos por vários postos militares.
As forças de marinha, que de ordinário estacionam na colonia são constituídas por uma canhoneira, ultimamente a Patria, e por uma lancha-canhoneira de rio, a Macau, propriedade da colonia e por ella recentemente adquirida. As tropas estão armadas com espingardas Kropatchek; e quanto a artilheria, a colonia, embora não possa considerar-se n´um estado sequer sofrivelmente satisfatório, é talvez de todas as nossas possessões, a que se encontra em melhores condições.
(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/