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Mais um relato do comandante da canhoneira «Camões», (1) capitão-tenente Gregório José Ribeiro sobre mais uma acção de vigilância e combate à pirataria, neste caso da possibilidade de 15 sapatiões (barcos chineses pequenos e ligeiros) dos piratas que se achavam na Ribeira da Prata (ilha de D. João) atacarem a povoação de Coloane.

Da acção somente foram encontrados dois sapatiões que foram capturados (os restantes esapareceram). Os tripulantes dos sapatiões tomados fugiram para a terra sendo impossível persegui-los. A bordo dum dos sapatiões foi encontrada uma rapariga china que se achava no poder dos piratas.

Extraído de «BPMT», XVII – 31 de 31 de Julho de 1871, p. 125

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/canhoneira-camoes/

Extraído de «BPMT», XIII-52 de 30 de Dezembro de 1867
Extraído de «BPMT»,  XIII-44 de 4 de Novembro de 1867
Extraído de «TSYK», 3.º Ano, n.º 5 de 3 de Novembro de 1865, p. 18

NOTA I: “26-04-1866 – Após 134 números, cessou a publicação do hebdomadário Ta Ssi Yang Kuo, importante repositório de numerosos artigos de grande interesse para a História de Macau. Principiou a publicar-se em 8 de Outubro de 1863.” (BBS Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 177)

NOTA II: O comandante da Fortaleza do Monte nesse ano de 1865 era o capitão do batalhão de Macau, José António da Costa, nomeado (interino) em 27-10-1864. Foi exonerado a 2 de Abril de 1866.

BGM X-44 de 31 de Outubro de 1864, p. 175
«BGM», XII-15 de 9 de Abril de 1866 p. 58

Notícia extraída de «Gazeta de Macau e Timor» (1) sobre mais uma expedição do comandante Tassara contra os piratas.

PIRATAS. – A requisição do capitão Tassara, comandante militar da Taipa e Colovam, marchou na madrugada de 10 de corrente, uma força do batalhão de linha, da corveta Duque de Palmella e da canhoneira Camões, em perseguição de três sapatiões tripulados por perto de cem piratas, que na tarde de 9 tinham vindo acoutar-se na Ribeira da Prata. (2) Parece que fugindo da costa d´oeste, onde foram ocupados por tropas mandarinas ás quaes resistiram causando-lhe algumas perdas, vinham procurar nas proximidades de Macau, novo teatro para as suas proesas. A força, comandada pelo capitão Tassara desembarcou ao sul da ilha Montanha não encontrando vestígio algum de pirata. Sobe-se ali que na véspera á noite, eles se tinham retirado, e que provavelmente estariam ou em “Apomi” ou em Von-came.(3)  O estado da maré e a difficuldade da marcha por terra, não permitiam a ida a Von-came, em vista do que a força se dirigiu a “Apomi”, onde igualmente não teve noticias dos criminosos. Ás 7 horas da tarde recolheu a Macau depois de um dia de improbo trabalho sem resultado aparente. Nós julgamos que embora estas expedições não cheguem em geral a conseguir o seu fim tem comtudo a vantagem de afastar das proximidades de Macau, os malfeitores. Seria útil que as lanchas a vapor fizessem cruzeiros uma ou duas vezes por semana, o que talvez viesse a dispensar expedições como a ultima.”

(1) «Gazeta de Macau e Timor», I-4 de 15 de Outubro de 1872, p. 4

(2) Ribeira da Prata na Ilha de D. João.

(3) llha da Montanha ou Tai Vong Cam

Extraído de «BGM»,  IX – 40 de 7 de Setembro de 1863, p. 16

NOTA: A Galera «Deslumbrante» trouxe um contingente de tropas, sob o comando do Alferes António Baptista Tassara, tendo saído de Lisboa, em 10 de Maio.

Ver anterior referência à galera «Deslumbrante» em https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/10/25/noticia-de-25-de-outubro-de-1863-promessa-da-tripulacao-e-passageiros-da-galera-deslumbrante/

Extraído de «BPMT», XIV-20 de 16 de Maio de 1868

Extraído de «TSYK» I-4 de 29 de Outubro de 1863

A galera «Deslumbrante» (1) partiu de Lisboa, em 10-05-1863 e a bordo trazia um contingente militar, composto de 3 alferes e 188 praças de pré, sob o comando do alferes António Baptista Tassara, (2) para reforçar o Batalhão desta cidade. Chegou a Macau em 04-09-1863, com avarias devido a um tufão no Mar da China no dia 29 de Agosto de 1863, que danificou a galera quando esta já navegava a pequena distância de Macau (3) (4)
(1) Galera portuguesa «Deslumbrante» 1863-1865
https://ccm.marinha.pt/pt/biblioteca_web/arquivohistorico_web/fundoscolecoes_web/Documents/%C3%8DNDICE%2032%20-%20Documenta%C3%A7%C3%A3o%20Avulsa%20at%C3%A9%201910%20%282014%29.pdf

Ex-voto (5) – Promessa offerecida ao Senhor dos Passos da Graça no dia 29 d’Agosto de 1863 pela tripulação da galera portugueza, «Deslumbrante», na occasião do tufão no mar da China, na Latt. N. 18º,,54′,,57′ e Long. E. de Gre. 115º,,07′,,56′.
Do Blogue “Senhor dos Passos da Graça”
https://senhorpassosgraca.blogs.sapo.pt/1908.html

(2) O Alferes António Baptista Tassara tomou posse, em 4-11-1863, (6) (7) do comando do Posto da Taipa e Coloane (até 3-06-1874), substituindo o capitão Vicente Nicolau de Mesquita que foi promovido a Major e colocado no comando da Fortaleza do Monte.
1863 – O Capitão é promovido a Major sendo louvado o seu zelo no Comando do Porto da Taipa, que então abandona, para tomar o Comando da Fortaleza do Monte, a cidadela de Macau. Em substituição fica o alferes António Baptista Tassara, também Comandante de Coloane. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 3, 1995)
(3) “10-05-1863 – Partiu de Lisboa, a bordo da galera «Deslumbrante», um contingente militar, composto de 3 alferes e 188 praças de pré, sob o comando do alferes António Baptista Tassara, para reforçar o Batalhão desta cidade  “
“04-09-1863 – Chegou a galera Deslumbrante com um contingente de tropas, sob comando do Alferes António Baptista Tassara tendo saído de Lisboa, em 10 de Maio.” (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954)
(4) Notícia publicada no «TSYK», I-1, 8 de Outubro de 1863.
AVISO de 14 de Outubro de 1863, anunciando a partida, no dia 12 de Novembro, da galera «Deslumbrante» de 1.ª classe com o comando do capitão Manoel Francisco de Souza, publicado no «TSYK», I- 3 de 23 de Outubro de 1863.
(5) Ex-voto = consequência de um voto; quadro, figura ou objecto qualquer, suspenso em uma Igreja ou em qualquer lugar venerado, para o cumprimento de um voto ou em memória de uma graça obtida.
(6) Padre Manuel Teixeira in “Taipa e Coloane”, p. 13, aponta a data de 13-7-1864. pois indica Vicente Nicolau de Mesquita como comandante da Taipa entre 09-06-1851 e 13-07-1964 e depois desta data, o Alferes Tassara como comandante da Taipa e Coloane
(7) O jornal «TSYK» traz a seguinte notícia, indicando a data de 30-04-1864.

Extraído do TSYK I-41 de 14 de Julho de 1864.

“Em 16 de Outubro de 1870 foi preso na Taipa pelo Comandante Tassara “o gato”.
Não era um bichano como outro qualquer, mas um felino muito especial e mais astuto que todos os bichanos juntos. Todos o temiam naquela pacífica povoação, pois ele era um pirata tão ousado e ilusivo, a quem ninguém conseguia deitar mão.
O seu verdadeiro nome era A Wai; mas chamavam-lhe “o gato”. Donde lhe veio este nome?
É que durante a noite, A Wai subia sorrateiramente ao tecto duma casa e punha-se a miar, imitando perfeitamente um bichano.
Como as palhotas da povoação eram de ola, o nosso “gato” sempre a miar, abria sem grande ruído um buraco no tecto e com o seu pé leve de felino penetrava na casa e fazia a sua caçada.
Mas, a maioria dos casos, “o gato” nem sequer precisava de abrir buracos; estes já estavam feitos. Essas casas tinham aberturas nos telhados para a saída do fumo da cozinha. Não eram chaminés, note-se bem, mas simples aberturas, por onde o “gato” saltava para o interior. 
Outras vezes, introduzia-se pelas janelas das trapeiras e, quando era necessário, arrombava também as portas das casas. Para ele não havia trevas nem embaraços.
Escapava-se sempre que era perseguido; até que um dia “o gato” caiu na ratoeira, sendo preso pela polícia china a 16 de Outubro de 1870 e entregue às autoridades portuguesas.
O tenente Tassara mandou-lhe aplicar 75 varadas e enclausurou-o no calabouço do Forte da Taipa.
“O gato”, em vez de repousar daquela terrível amachucadela, conseguiu, não se sabe como, arrancar todos os pregos das dobradiças duma das meias portas e ter-se-ia evadido se Tassara não tivesse dado ordem para o algemar ao anoitecer. Só então deram pelo estado da porta! Foi no dia seguinte remetido preso para Macau. Encontraram-lhe no bolso 13  cautelas de penhores de objectos roubados. Cometera as suas proesas durante cinco meses, desde que ficara desempregado por ter sido expulso do estaleiro San-Li.” (1)

(1) TEIXEIRA, Padre Manuel – Taipa e Coloane. Direcção dos Serviços de Educação e Cultura, 1981, 190 p.
O Comandante Tassara tem o nome numa das ruas do centro de Coloane: Para referência, nesta rua está (estava??) lá o “famoso” “Lord Stow´s Bakery“.