Despacho de 20 de Fevereiro de 1924, do governador Rodrigo José Rodrigues , publicado no dia 23 de Fevereiro desse ano, pela Repartição do Gabinete no “Boletim Oficial” (1), em que louva o chefe da polícia de investigação criminal Lao Ngai, pela habilidade e grande zêlo nas suas diligências a que procedeu em Cantão para o descobrimento dos falsificadores de notas do Banco Nacional Ultramarino e apreensão das máquinas empregadas nesse fabrico.
Louvor pela coragem, abnegação e sangue frio com que agiu para salvar as vidas e material do Estado confiado à sua guarda, 1.º fogueiro (encarregado de alimentar as fornalhas das caldeiras nos navios de vapor) Hermínio Gonçalves.
Após a governação do capitão médico Rodrigo José Rodrigues (5-01-1923 a 16-07-1924), ficou como governador interino, pela 2.ª vez, o coronel do Quadro de Macau e Timor, Joaquim Augusto dos Santos de 16 de Julho de 1924 a 18 de Outubro de 1925. (1) O governador seguinte, Manuel Firmino de Almeida Maia Magalhães, oficial do Estado Maior, também esteve no cargo pouco tempo (8-10-1925 a 22-07-1926). (2)
(1) O B.O. n.º 28 nomeia o Coronel Joaquim Augusto dos Santos para interinamente, substituir o Governador Rodrigo José Rodrigues, enquanto ausente. O nomeado entra em funções dois dias depois. A 29 de Julho, a Secretaria – Geral do Governo, instala-se provisoriamente no Palacete da Flora (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 164)
(2) B.O. n.º 43, tomada de posse do cargo de Governador de Macau, Manuel Firmino de Almeida Maia Magalhães, que exerce por cerca de dez meses. O governador embarca para Lisboa a 11 de Agosto de 1926. Durante o seu curto mandato foi preciso lidar com a fome e a sede, por falta de fornecimentos, quer por via das Portas do Cerco quer por via de Hong Kong, onde as greves se multiplicavam e os piquetes atrapalhavam a circulação de pessoas e bens e também com o episódio da apreensão, em 15 de Junho de 1926, da 2.ª edição do livro “Historic Macao” (3) de Carlos Augusto Montalto de Jesus. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, pp. 174-175)
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/06/15/noticia-de-15-de-junho-de-1926-historic-macao/

https://actd.iict.pt/view/actd:AHUD21581
A escola infantil (1) que estava na Rua Central até 1933, (2) começou a funcionar no novo edifício construído no Jardim da Flora, no dia 2 de Outubro de 1933, segunda-feira. O projecto foi delineado pelo engenheiro Luís Miranda, (3) que tomou a direcção das obras, sendo estas confiadas ao empreiteiro Choi Lok. Porém a 5 de Maio de 1933, o engenheiro Luís Miranda oficiou à Câmara, dizendo que não sabia a quem entregar a direcção e fiscalização das obras, visto Gastão Borges não querer assumir essa fiscalização e não pretender ele, Miranda, continuar à testa das mesmas, pois estava desligado desse serviço desde 8 de Abril. A Câmara, a 17 de Maio, incumbiu o Dr. José Pereira, (4) da direcção e fiscalização dessas obras com a remuneração mensal de $100,00. Foi este que fez o projecto do muro da vedação.
Após a II Guerra Mundial, foi-lhe dado o nome de Escola Infantil “D. José da Costa Nunes”. Em 1946 (Diploma Legislativo n.º 925 de 1946) torou obrigatório o ensino infantil e primário para todas as crianças desde os 5 aos 14 anos. Em 1997, a Escola sofreu remodelação e ampliação com o projecto de arquitectura de Mário Duque, com o nome de «Jardim de Infância D. José da Costa Nunes», instituição de educação pré-escolar privada sob a tutela da antiga e prestigiada “Associação Promotora da Instrução dos Macaenses”.

(1) O 1.º Regulamento do ensino Primário das Escolas de Macau (B.O. n.º 27 de 06-07-1918) estabeleceu no seu art.º 2, duas categorias do ensino; infantil e primário. As classes infantis, eram destinadas à educação e ensino das crianças de 5 a 7 anos.


Há uma mesma informação, datada de 27-07-1918 (5) e outra de 1 -11-1923 (6) em que o Leal Senado solicitava ao Governador a cedência temporária do Palacete da Flora e Jardim da Flora para nele se instalar a Escola Infantil até que o Senado mandasse construir um edifício próprio. Mas o Governador Rodrigo Rodrigues em 1923, respondeu não ser possível prever quando o edifício poderia ter aplicação, em virtude de não terem ainda principiado as obras de adaptação do mesmo a Jardim de Infância (criado em Macau – Boletim Oficial n.º 6 de 10-02-1923) que seria instalado no Palácio e Jardim da Flora.
NOTA I – A 26 de Abril de 1923, foi aprovada com 15 valores D. Laura Castelo Branco da Costa Mesquitela no exame de concurso para a vaga de professora da Escola Infantil a cargo do Leal Senado, que instalou a escola na Rua Central.

Chamo a atenção para este digníssimo júri: Manuel da Silva Mendes, Camilo de Almeida Pessanha, Alfredo Rodrigues dos Santos, Constâncio José da Silva e Carlos Borges Delgado

No ano lectivo de 1923 a 1924 matricularam-se nesta escola 63 crianças e em 1924-25, 105, sendo o ensino ministrado por 3 professoras. (6)
(2) Padre Teixeira refere que a Escola Infantil funcionava em 1923 provisoriamente na Escola de S. Rosa de Lima, esperando que se realizasse a transferência das escolas centrais (5)
(3) Luís Xavier Correia da Graça e Miranda era engenheiro Adjunto da Direcção dos Serviços das Obras Públicas

(4) Extraído de «B. O. C.M», n.º 21 de 27 de Maio de 1933, p. 547

(5) A.H.M. – F.A. C. P. n.º 247 – S-E in SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997)
(6) TEIXEIRA, Padre Manuel – A Educação em Macau, 1982,p.66
Anteriores referências em https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/01/27/leitura-a-educacao-em-macau-em-1940
Sobre este mesmo tema, aconselho leitura de: SOUSA, Ivo Carneiro de – Jardim de Infância D. José da Costa Nunes 2010-1020 Um Projecto educativo https://www.academia.edu/25549352/Jardim_de_Inf%C3%A2ncia_D_Jos%C3%A9_da_Costa_Nunes_Projecto_Educativo_uma_escola_inclusiva_cooperativa_e_multicultural

Continuação da divulgação dos postais da colecção “A Harmonia das Diferenças” – fotografias do princípio aos meados do século XX (1902 -1950) – publicados pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. M / Arquivo Histórico de Macau, em 2015. (1)
Hoje, duas fotografias referentes ao ano de 1926, especificamente relacionadas à Exposição Industrial e Feira de Macau, projectada pelo Governador de Macau Dr. Rodrigo Rodrigues (1923-1924) já em 1923, mas que por vicissitudes várias só permitiram a sua concretização em 1926.. Esteva aberta de 7 de Novembro a 12 de Dezembro de 1926, quando o Director da Construção do Porto, Hugo de Lacerda, estava em funções como Governador Interino. (2)




(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/03/12/postais-coleccao-macau-a-harmonia-das-diferencas-i/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/03/16/postais-coleccao-macau-a-harmonia-das-diferencas-ii/
(2) Ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/exposicao-industrial-e-feira-de-macau/
Outras referências: MORAIS, José Simões – A Exposição Industrial de Macau de 1926. HojeMacau de 4-11-2016 https://hojemacau.com.mo/2016/11/04/a-exposicao-industrial-de-macau-de-1926/ BOTAS, João – A Primeira Feira Industrial de Macau (1926). JTM de 20-11-2014 https://hojemacau.com.mo/2016/11/04/a-exposicao-industrial-de-macau-de-1926/
(3) https://hojemacau.com.mo/2016/11/11/discurso-de-abertura-da-exposicao-industrial-de-macau/
A Escola Chinesa «KUNG KAO HOC HAU», também conhecida pelos chineses como a mansão do Choi Lok Chi, nome em chinês de Joel José Choi (Anok) (1) foi mandada construir, em 1916 por um grupo de católicos (entre eles, Joel José Choi) para servir de escola católica e o prédio situa-se na Calçada da Igreja de S. Lázaro, n.º7. (2)
FOTO DE 1927 – ESCOLA CHINESA «KUNG KAO HOC HAU»
No “Anuário de Macau de 1927” refere a «Escola Kung Kao (Cong Cao)» (3) como de ensino em língua chinesa e inglesa e nesse ano tinha um total de 400 alunos e 5 professores.
No «Anuário de 1938», a escola «Kung Kao» estava indicada na Rua Nova de S Lázaro, n.º 1 com 94 alunos e no «Anuário de 1934» – «Kong Káo» na Rua Nova de S. Lázaro, 102 alunos.
FOTO DE 1927 – ESCOLA CHINESA «KUNG KAO HOC HAU» (1.ª CLASSE)
“A 22 de Julho de 1916, foi lançada a primeira pedra para a construção duma escola chamada Kung Kao (religião Católica), deveu-se à iniciativa de José Choi Anok, Chan Chee, Francisco Tse Yat, Filip Tam, Francisco Xavier dos Remédios, Paulo Hui e Padre Jacob Lau.
As obras arrastaram-se por falta d dinheiro e o edifício só foi inaugurado a 27 de Maio de 1923; a escola só começou a funcionar a 1 de Setembro desse ano com 100 alunos.
O corpo docente compunha-se de dois professores de português – Com Jacob Lau e Padre Júlio César da Rosa e dois professores de chinês – Lei Yau Sam e Liu Fai Mang. (4)
O governador Rodrigo José Rodrigues, por Portaria n.º 108, de 4-06-1923, diz que, tendo assistido à inauguração do edifício da escola Primária Luso-Chinesa Kung Kao Hok Hao, que um grupo de cidadãos, por seu único esforço, dedicação e contribuição conseguiu erigir, “louvava em primeiro lugar Joel José Choi (Anok)) e ainda todos os cidadãos portugueses e chineses que concorreram para a edificação dessa escola.”
Por proposta n.º 35,de Junho de 1924, foi concedido a esta escola a partir de 1-07-1924 um subsídio anual de 1.296$00 para manter uma aula de ensino de língua portuguesa.
O Dr. Nascimento Leitão dizia em 1923:
“Hong Cao: – Rua do Monte, 4 – Tem 103 alunos, 11 dos quais do sexo feminino.
As retretes consistem em 5 celhas de madeira, destapadas, sob o respectivo palanque a transbordar de fezes, retardadas. Já há meses pedi que substituíssem aquelas retretes por 5 de caixa, visto não terem água, tendo também recomendado o uso de óleo mineral pesado nos urinóis.
Visitando agora 2.ª e 3.ª vezes, verifiquei que as retretes continuam no mesmo estado. Dei o prazo de oito dias para a sua substituição”
Em 1942 fechou-se esta escola devido à crise da II guerra mundial.” (4)
(1) Joel José Choi Anok – 崔諾枝 (5) (1867- 1945) – Nanhai, província de Guangdong (agora distrito de Nanhai, cidade de Foshan). Filantropo quando se reformou dedicou-se em exclusivo a obras sociais. Foi vogal do Leal Senado, vogal do Conselho do Governo, vogal da Santa Casa da Misericórdia de Macau, presidente da Associação de Beneficência «Tong Sing Tong» (de 1939 até morrer), presidente da Associação Católica Chinesa, e antes da guerra do Pacífico, vice-presidente por mais de dez anos e presidente (por duas vezes) da Associação Comercial/ Câmara Geral de Comércio Chinesa de Macau (depois chamada Associação Comercial de Macau – alvará de 1912). Foi vice-presidente de 1927 a 1940 e presidente da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu.
Foi agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo e várias distinções da Cruz Vermelha Portuguesa.(6)
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joel-jose-choi-anok/
NOTA: Joel José Choi, pai de Roque Choi (Roque Choi 崔乐其 (Cui Leqi) (7) tinha também uma casa principal na Calçada do Gaio, n.º20 que o seu filho Roque Choi herdaria após ter adquirido a quota da irmã. Esta casa manteve-se depois durante muitos anos desabitada e depois em ruínas e é nessas condições que me lembro, pois passava por esta rua frequentemente vindo e indo da minha casa, na Estrada de Cacilhas. Diziam as más-línguas que a casa estava assombrada. Esta casa e o seu terreno foi vendida em 2004 para se construir um prédio mas foi embargada, por ter a sua altura ter ultrapassado a quota de protecção da vista do farol da guia. Creio que continua a obra parada.
(2) Calçada da Igreja de S. Lázaro começa na Rua de Volong, em frente da Rua de João de Almeida e termina na Estrada do Repouso, próximo do cruzamento desta estrada com a Rua de Tomás Vieira. Tem uma escadaria de pedra junto da Rua de Sanches de Miranda.
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/06/04/leitura-macau-terra-da-doce-saudade-i/
(4) TEIXEIRA, Padre Manuel – A Educação em Macau, 1982
(5) Joel José Choi Anok 崔諾枝 – mandarim pīnyīn: cuī nuò qí; cantonense jyutping: ceoi1 nok6 kei4
(6) Referências retiradas de JORGE, Cecília; COELHO, Rogério Beltrão – Roque Choi, um Homem dois sistemas – Apontamentos para uma Biografia. Livros do Oriente, 2015, 221 p.
Ver recensão deste livro por Moisés Silva Fernandes em:
Análise Social, 222, lii (1.º), 2017 ; issn online 2182-2999
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/AS_222_rec06.pdf
Ver anterior referência neste blogue:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joel-jose-choi-anok/
e em “UMA PASSEATA PELAS RUAS DE MACAU – TRAÇOS DE COMERCIANTES CHINESES FAMOSOS EM MACAU”
https://macaostreets.iam.gov.mo/showFile.ashx?p=macaustreets/doclib/635749087646668.pdf
(7) Roque Choi 崔乐其 – mandarim pīnyīn: cuī lè qí; cantonense jyutping: ceoi1 iok6 gei1
Extraído de «BGC III -27, 1927»
Os leitores desta notícia (em Portugal de 1927) terão tomado conhecimento que não haveria biblioteca pública em Macau até esse ano. Mas “oficialmente” em 29-11-1895, o Governando José Maria de Souza Horta e Costa criou uma comissão de professores do Liceu para fazer um Regulamento para a «Biblioteca Pública de Macau» a qual teve como primeiro bibliotecário o macaense Matheus António de Lima. (1) Há, no entanto, outras notícias anteriores de tentativas de se estabelecer em Macau uma biblioteca pública.
Em 16-07-1838, é recomendado, em portaria régia, a formação de um jardim botânico, destinado à cultura de plantas medicinais, usadas pelos chineses, e bem assim a fundação de uma biblioteca, composta principalmente de livros e mapas chineses, japoneses ou escritos em outras línguas orientais e em 27-12-1873, o Governador Visconde de S. Januário aprovou os Estatutos da Sociedade chamada «Biblioteca Macaense», que, no entanto, não se sabe se existiu na prática. (2)
(1) Em 1898, o bibliotecário, Matheus de Lima, apresentava o número de utilizadores, em Boletim Oficial. Como amostra mensal, em Fevereiro, 34 leitores e 36 volumes consultados; em Maio, 24 leitores e obras consultadas. Não estavam descriminadas se eram consultas locais ou domiciliárias. A Biblioteca Nacional de Macau estava aberta das 9 horas da manhã às 4 da tarde (2)
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 3, 1995.
O semanário «Gazeta das Colónias», n.º 13 do dia 6 de Novembro de 1924 (1) noticiava num artigo “Macau – O exclusivo do ópio” :
“Do nosso presado colega «O Combate» recortamos o seguinte:
Das indegações que temos feito ácêrca do exclusivo do ópio em Macau, alguma coisa colhemos já, que muito hade interessar aos nossos leitores e que merece a mais série atenção do Governo da Metrópole.
Sabe-se por, exemplo, que segundo o contrato celebrado pouco antes da retirada do sr. Rodrigo Rodrigues, (2) e que até hoje se conserva oculto, esse obrigam o concessionário a pagar no governo a taxa de 8 7000 por cada caixa de opio crú importado da Índia, onde o preço de cada caixa é fixado em 8 3000, mas que, não sendo o opio importado da Índia, o concessionário pagaria a taxa na razão inversa do preço que cada caixa lhe viesse a custar … conforme a simples declaração por ele feita!
Assim pois, segundo nos consta, o concessionário, ainda antes da retirada do sr. Rodrigo Rodrigues, importou de fóra da Índia uns 13.000 taeis de opio crú, correspondentes a 7 caixas, e apenas pagou ao Governo a taxa de $ 2500 por caixa, simplesmente por ter declarado que cada caixa desse opio lhe custára $ 7500 !!
Mas o que se afigura muito extraordinario esse tem prestado a comentários pouco agradáveis, é que a esse mesmo tempo – antes da retirada do sr. Rodrigo Rodrigues -, conforme nos afirmam, importou o concessionário mais uns 4700 taeis de opio já preparado, correspondentes a 4 caixas e meia, ou pouco mais, e foi-lhe permitido pagar apenas a taxa equivalente ao conteúdo de uma só caixa !!!
Comentava o mesmo semanário:
“A ser assim, é na verdade caso que merece toda a atenção do sr. Ministro das Colónias, pois não se compreende que, como refere o nosso colega, se deixe ao arbítrio do concessionário, a fixação da taxa a pagara ao Estado.
Tal regime, podendo conduzir a sérios prejuízos para a Província, presta-se pelo menos a graves suspeições que convem evitar.”
Outra informação, também referente ao território, visava as “Obras do Porto”
“ Tivemos informação de que se pretender dar a quantias tiradas dos fundos das obras do Porto de Macau, aplicação diferente daquela a que estão destinadas.
Sem mesmo procurar indagar qual seja essa aplicação, opomos desde já o mais formal protesto a tal procedimento, por ser contrario á doutrina do decreto da organização do Conselho de Administração das Obras do Porto, o qual ao mesmo tempo que torna essa administração autonoma, proíbe expressamente que os seus fundos tenham qualquer utilização fora das obras para que foram votados.”
(1) Ver anteriores referências a este semanário em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/gazeta-das-colonias/
(2) Dr. Rodrigo José Rodrigues (1879-1963), médico formado em 1902 iniciando neste ano, a sua carreira médica no exército (em Cabo-Verde e Goa) atingindo o posto de capitão-médico, político da Primeira República, Ministro do Interior do governo de Afonso Costa (1913-1914), governador civil do Distrito de Aveiro (1910) e do Distrito do Porto (1911), deputado (1913; 1918-1922), director da penitenciária de Lisboa e inspector de prisões (1919) vogal do Conselho Colonial, primeiro governador civil de Macau (de 5 de Janeiro de 1923 a 16 de Julho de 1924) e adido da legação de Portugal na Sociedade das Nações (1924-1927).
Anteriores referências a este governador em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/rodrigo-jose-rodrigues/