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Em 11 de Novembro de 1653, faleceu em Macau, o jesuíta Francisco Furtado, visitador dos jesuítas, que entrou a missionar na província de Tchit-Kóng no ano de 1621, depois, na província de Sim-Sâi, onde estabeleceu uma igreja em Sâi-On-Fu, a capital, tendo deixado várias obras escritas em chinês (1)

“Entrára a missionar na província de Tche-kiang no 57.º anno do 71.º cyclo da chronologia chinesa, – 1.º do reinado de Thian-ki dos Ming, e, pela nossa era, 1621. De ali se passou á província de Chen-si, e na capital d´ella, Si-gan-fu, estabeleceu uma igreja e casa. Na qualidade de visitador, desceu depois á de Kuang-tung, vindo a falecer n´esta cidade, onde jaz sepultado – Como outros muitos padres do seu instituto, escreveu e publicou varias obras em china, que n´outro livro menciono”(2)

Padre Francisco Furtado nasceu na ilha do Faial (Açores) em 1588 e aos 21 anos ingressou no Colégio dos Padres Jesuítas de Coimbra. Chegou a Macau em 1619, trazendo consigo uma biblioteca de 7000 obras, importante doação do Papa ao último Imperador da dinastia Ming. Foi Vice-provincial e Visitador na Missão da China, e ainda Superior, em Pequim, de 6 residências do Norte. (3) (4)

Em colaboração com o letrado chinês Li Zhizao (1565-1630), Francisco Furtado, missionário Português, conhecido na China por Fu Fanji, traduziu duas relevantes obras da filosofia ocidental vertidas do latim para o idioma chinês: o tratado cosmológico “Sobre o céu” (De caelo), de Aristóteles, e uma tradução parcial das “Categorias” (Categoriae), também do Estagirita. A primeira obra, um tratado de cosmologia, fora já objecto de aturado trabalho de Francisco Furtado quando, ainda em Coimbra, a publicara em oito volumes.” (4)

 (1) Anuário de Macau, 1922, p. 16 e GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.

(2) PEREIRA, António Marques – Ephemerides Commorativas da História de Macau, p. 34

(3) https://escritoreslusofonos.net/2019/01/25/padre-francisco-furtado/

(4) https://www.facebook.com/novaportugalidade/ de 11 de Setembro de 2019

POSTAL de 1992 da colecção do fotógrafo Wong Wai Hong (1) – Guia Lighthouse
Anuário de Macau 1924, p. 69.

1864 – Início da construção do Farol da Guia, concebido pelo macaense Carlos Vicente da Rocha. As obras foram pessoalmente dirigidas pelo governador Coelho do Amaral (2)

“24-09-1865 – Acendeu-se, pela primeira vez, o Farol da Guia, oferecido ao Governador José Rodrigues do Amaral pela comunidade estrangeira de Macau chefiada por H. D. Margesson, sendo o primeiro que se acendeu na costa da China Este farol foi construído pelo hábil macaense Carlos Vicente da Rocha, sob a direcção pessoal do Governador e encontra-se situado na latitude de 21º 11` N. e na longitude de 113º 33`a Leste de Greenwich. (2)

Verso do POSTAL de 1992 – Farol da Guia e sua verdura – Guia Lighthouse: the lighthouse was designed by a localborn Portuguese Carlos Vicent de Rocha. Completed on 24 September 1865 1865 it is the oldest lighthouse in the Far East and has never ceased to be operational since built.

Bol. Gov. Macau, XII-39, 24 de Setembro de 1866, p. 57

(1) Ver referências anteriores em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/wong-wai-hong/ (2) (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, pp. 168,175.

Plano Geral dos arruamentos e das novas avenidas a construir na parte norte da cidade de Macau, apresentado pelo engenheiro director das Obras Públicas, coronel Adriano Augusto Trigo, ao Conselho Técnico, em sua sessão de 15-09-1921. (1)

«Anuário de Macau de 1924», p. 198

(1) “Macau Renascente” in «Anuário de Macau de 1924» pp.194-200

Anúncios das  carreiras de navegação, do ano de 1924, estabelecidas em Hong Kong para a Europa, África e Oceânia, com serviço de passageiros e que podiam estabelecer ligações com a Metrópole, Timor e colónias da África, através do agente em Macau que era a empresa  “Herbert Dent & Co»

Extraídos de «Anuário de Macau de 1924», pp. 206-209.

Já referido em anteriores postagens (1) (2), esta notícia de igual teor foi extraída do «Anuário De Macau de 1924», p. 67

Anuário de Macau 1924, p. 67

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/09/05/noticia-de-5-de-setembro-de-1738-outro-tufao/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/09/05/noticia-de-5-de-setembro-de-1738-outro-tufao-ii/

Extraído de «BPMT», XIII-29 de 13 de Julho de 1872, p. 129

Um edital do Governo da Província, datado de 3 de Janeiro de 1849, fixava o lugar para o enterramento dos chineses em geral. O presente edital do Leal Senado de 10 de Julho de 1872 determinou que o Cemitério Chinês de S. Lázaro se fundisse no de S. Miguel (inaugurado em 1854) (1), onde desde essa data, passaram a enterrar-se todos os cadáveres dos finados católicos chineses e não chineses de Macau. Mas só em Maio de 1910 se fez a transladação dos restos mortais das 220 pessoas (pertencentes a 50 apelidos ou famílias), enterradas, entre os anos de 1849 e 1872, pelo menos, nesse Cemitério, que ficava entre a Rua de Volong e a da Horta da Companhia e ainda agora é recordado pelo nome de Estrada do Repouso. (2) (3) (4)

(1) “14-11-1854 – Inaugurou-se o cemitério de S. Miguel com o enterro do primeiro cadáver. Até aí os enterramentos dos católicos faziam-se nas paredes arruinadas da igreja de S. Paulo “ (Anuário de Macau, 1922, p. 33)

(2) Estrada do Repouso – “Este nome traz-nos à lembrança o antigo cemitério de S. Lázaro, fundado em 1849, que ficava entre a Rua do Volong e a da Horta da Companhia. Este cemitério serviu até 1873 pelo menos.” (2)

(3) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, 1997, p. 271-272

(4) “Devido aos cristãos chineses levarem os mortos e pessoas gravemente doentes para a Capela de S. José, o padre de S. Lázaro queixou-se ao Bispo que, em 26 de Maio de 1847, oficiou o Provedor da Santa Casa. Assim se conseguiu um novo terreno onde se construiu uma escola e um necrotério, dependente da Capela de S. José. Dois anos depois foi aberto o Cemitério de S. Lázaro onde 220 cristãos chineses estiveram sepultados até 1910, quando foram transladados para o de S. Miguel Arcanjo, inaugurado em 1854, no outro lado da Estrada do Cemitério.” (MORAIS, José Simões – O sentir de aldeia no Bairro de S. Lázaro, publicado na Revista «Macau”, Agosto de 2014 e disponível para leitura em: https://www.revistamacau.com.mo/2014/08/20/o-sentir-de-aldeia-no-bairro-de-s-lazaro/

1939 – Dia de Camões – aspecto da assistência
1939 – Dia de Camões – ouvindo os discursos
1939 – Dia de Camões – desfilando junto da Gruta
1939 – Dia de Camões –  junto da Gruta

Fotos extraídos do “Anuário de Macau de 1939”, pp. 97 e 113

Festejos de 28 de Maio de 1939. Parada Militar. Tribuna de honra localizada no Largo do Senado, à frente da futura estátua, inaugurada a 24 de Junho de 1940, de Vicente Nicolau de Mesquita (1818-1880), militar macaense que se notabilizou na Batalha do Passaleão, a 25 de Agosto de 1849, (1)

Festejos de 28 de Maio de 1939. Parada Militar. Secção de ciclistas da Polícia de Segurança Pública passando na Avenida Almeida Ribeiro (à frente do Teatro/Cinema Apollo) (2)

Fotos extraídos do “Anuário de Macau” de 1939, p.175.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/estatua-coronel-mesquita/

(2) Teatro Apollo (Peng On) -1935 – 1993 (58 anos) – O Teatro Apollo que ocupava uma estrutura de quatro pisos, estucada a verde, situada na Avenida Almeida Ribeiro, mesmo à frente do Edifício – Sede da Direcção dos Serviços de Correios foi inaugurado em 1935. Tinha uma capacidade de 1038 lugares e nele projectavam-se filmes americanos e chineses sobre a guerra sino-japonesa. Foi também palco de reputados espectáculos de ópera cantonense e era ali que decorriam as celebrações anuais a assinalar o nascimento da nova china. (https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/teatro-apollo/)

Anuário de Macau – Ano de 1977, Centro de Informação e Turismo, p. 479,

Duas fotos publicadas no «Anuário de Macau», 1921, p. 81, (1) infelizmente com muita má impressão, das ilhas da Taipa (porto da Ilha da Taipa) e de Coloane (vista da Ilha de Coloane e baía)

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/10/18/fotografias-antigas-de-macau-publicadas-no-anuario-de-macau-1921-i/