Archives for posts with tag: Januário Corrêa de Almeida / Visconde-Conde de S. Januário

Notícia de 12 de Fevereiro de 1874 na imprensa portuguesa, no «Diário Illustrado» n.º 531 p.3, (1) sobre a visita do Governador Visconde de S, Januário ao Japão, em 1873.

NOTA: O governador chegou a Macau no dia 8 de Fevereiro de 1874, vindo duma visita a Cantão (Guangzhou) de 1 a 8 de Fevereiro e não (como salienta a notícia) do Japão; Inaugurou o Hospital que foi concluída em Dezembro de 1873, a 6 de Janeiro de 1874 (2)

(1) Diario illustrado. – Nº programa (jun. 1872) – a. 39, nº 13301 (7 jan. 1911). – Lisboa : Impr. de Souza Neves, 1872-1911. – 46 cm

(2) 23-10-1873 – O Governador Visconde S. Januário (1827-1901) seguiu para o Japão  na qualidade de enviado extraordinário e ministro plenipotenciário, sendo recebido pelo Imperador Matsuhito (Meiji), no dia 20 de Novembro de 1873. Barão de São Januário em 1866 outorgado por El-Rei D. Luís; visconde em 1867 e finalmente conde de São Januário em 1889. Em 1872 assumiu o cargo de Governador-Geral de Macau e Timor, cargo que exerceu até 7 de Dezembro de 1874, tendo entretanto sido nomeado Ministro Plenipotenciário.

07-05-1874 – Exoneração a seu pedido, do cargo de Governador da Província de Timor, do Visconde de S. Januário e nomeação do Coronel do exército, José Maria Lobo d´Àvila para o mesmo cargo. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 207 e 211)

Extraído de «Gazeta de Macau e Timor» II-6 de 28 de Outubro de 1873, p. 2

Anteriores referências a este Governador em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/januario-correa-de-almeida-visconde-conde-de-s-januario/

Na comemoração do 130.º Aniversário do Centro Hospitalar Conde de São Januário, foi impresso com autorização da Direcção dos Serviços de Correios, uma colecção de 4 postais (17,7 cm x 12 cm), intitulados: Assistência, Cordialidade, Dedicação e Profissionalismo.

Cinta de papel (12,2 cm x 4 cm) para envolver os quatro postais com o logo no centro (3,6 cm x 4 cm)

Apresento os dois primeiros postais (autorização da Direcção dos Serviços de Correios n.º 014/2004 (BPX014)- Assistência  e n.º 015/2004 (BPX015) – Cordialidade.

BPX014 – Assistência – Conjuntamente prestamos a maior atenção aos doentes

BPX015 – Cordialidade – Tratamento com Cortesia, Compreensão do Público

Verso do postal BPX014 – Assistência

Verso do postal BPX015 – Cordialidade

NOTA: “06-01-1874 – O Hospital Militar de S. Januário, delineado pelo ilustre macaense António Alexandrino de Melo, Barão do Cercal., foi benzido pelo Governador do Bispado Pe. António Luís de Carvalho e solenemente inaugurado pelo Governador, Visconde de S. Januário, com luzida cerimónia e a presença das autoridades e representantes nacionais e estrangeiras.” GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954). Ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hospital-militar-de-sam-januario/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/centro-hospitalar-conde-s-januario/

Extraído de «BPMT», XIX-36 de 6 de Setembro de 1873, p. 143

“21-08-1873 – A escuna Príncipe D. Carlos era um navio mercante inglês que fora adquirido em Hong Kong pelo Governador de Macau a fim de substituir a lorcha de guerra Amazona que se encontrava em muito mau estado. (MONTEIRO, Saturnino – Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa, Vol VIII)

21-08-1873 – Em consequência da informação prestada por Bessard, comandante duma canhoneira chinesa, o comandante da escuna Príncipe Carlos, 1.º tenente Vicente Silveira Maciel, foi atacar uma lorcha fundeada um pouco ao norte a escuna que, durante a noite deveria largar do porto de Macau com numerosos piratas, alguns dos quais pertencentes à equipagem da embarcação que apresara próximo de Lintin e uma outra de comércio, depois de terem cometido revoltantes atrocidades. Travou-se combate, conseguindo prender-se 51 piratas, tendo fugido alguns a nado e a coberto da escuridão. (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954)

Extraído de «Gazeta de Macau e Timor», I- 49 de 26 de Agosto de 1873, p. 2
Extraído de «Gazeta de Macau e Timor», I- 48 de 19 de Agosto de 1873, p. 3

07-03-1872 – O Visconde de S. Januário, capitão de cavalaria e bacharel em matemática, Januário Corrêa de Almeida (ou J. Correia d´Almeida), tomou posse do cargo de Governador para o qual fora nomeado em 19 de janeiro de 1872. Governou até 1874. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 200)

Anteriores referências a este governador: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/januario-correa-de-almeida-visconde-conde-de-s-januario/

Extraído de «BPMT», XX-32 de 8 de Agosto de 1874, p. 129
Extraído de «BPMT», XX-32 de 8 de Agosto de 1874, p. 129
Extraído de «BPMT», XX-33 de 15 de Agosto de 1874, p. 139

Postal “Macau World Heritage”, editado pelo “Grupo de Trabalho para a Construção de uma Sociedade Economizadora de Água”, na década de 10 (século XXI), com o lema: “約用 (1 )/ Poupe água / Save water

Verso do Postal: “O Edifício da Capitania dos Portos, construído em 1874 para alojar um regimento indiano oriundo de Goa, era designado anteriormente por Quartel dos Mouros (Soi Si Chong) e foi incluído na lista de Património Mundial da UNESCO em 2005

(1) 約用 – mandarim pīnyīn: yuē yòng; cantonense jyutping: joek3 jung6  

Anteriores referências ao quartel: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/quartel-dos-mouros/

Extraído de «BPMT», XX-27 de 4 de Julho de 1874, p. 110

NOTA – Algumas notas referentes ao Capitão Elias José da Silva:

“4-06-1874 – O tenente José dos Santos Vaquinhas foi nomeado no dia 4 de Junho de 1874 o 2º Comandante do Posto Militar da Taipa e Coloane, mas foi substituído pelo Capitão Elias José da Silva a 30 de Junho do mesmo ano.” (1)

“30-06-1874 – A portaria n.º 68 nomeia o Capitão Elias José da Silva para o cargo de Comandante Militar de Taipa e Coloane, que então se encontrava vago. Parece ter havido algum problema com o Tenente Vaquinhas (Cfr Portaria n.º 26 de 1874, visto ser necessário ordenar-lhe, por despacho de 30 de Outubro (cerca de 5 meses depois da publicação da presente Portaria n.º 68) que entregasse o Comando Militar da Taipa e Coloane ao Capitão Elias da Silva.” (1)

Extraído de «BPMT», XX-27 de 4 de Julho de 1874, p. 105

“2-12-1874 – O capitão Elias prendeu um mandarim «por querer exercer autoridade chinesa em terra portuguesa”. (1)

“5-12-1874 – Foi nomeado comandante provisório o 1.º sargento Joaquim Pereira Lusitano em 5 de Dezembro de 1874”. (1)

“10-12-1874 – O Comando Militar da Taipa e Coloane continua a ter problemas, que levam à exoneração, agora do Capitão Elias José da Silva e à nomeação interina, na mesma data do tenente José Procópio Martins Madeira para o referido lugar”. (1)

(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, pp. 211, 215 e Volume IV, 2015, pp. 66-67.

Extraído de «BPMT»,  XX-2 de 10 de Janeiro de 1874, p. 6

O discurso do governador encontra-se disponível para leitura em: https://www.archives.gov.mo/pt/bo/1874/01 (pp.6-7)

Os discursos do chefe de serviço de saúde, Dr. Lúcio Augusto da Silva, bem como do presidente/procurador do Leal Senado, Júlio Ferreira Pinto Basto e do secretário-geral do governo, bacharel Henrique de Castro) encontram-se disponíveis em: https://www.archives.gov.mo/pt/bo/1874/01 (pp. 7-8))

Extraído de «BPMT»,  XX-2 de 10 de Janeiro de 1874, pp. 7-8
Extraído de «BPMT» XXIII- 1 de 6 de Janeiro de 1877, p. 4

O tenente-coronel de Artilharia, José Maria Lobo d´Avila, (1817-1889), nomeado governador de Macau em 07-05-1874, (sucedendo ao Visconde de S. Januário, Januário Correia de Almeida – governador entre 1872-74), tomou posse do cargo a 7 de Dezembro desse ano. Esteve como governador até 13-09-1876, data do decreto de exoneração a seu pedido do Governador.

«BPMT» XXII-52 de 23 de Dezembro de 1876

O seu governo teve de se ocupar com a recuperação urbana depois do tufão de Setembro anterior, e isso não foi pouco, como se pode ler seguindo os Boletins do Governo da época. Também colaborou com a determinação do Ministro Andrade Corvo (em 1873), publicando-a em Portaria local a 21 de Abril de 1875 – no sentido de acabar com a emigração de cules a partir de Macau. Outro assunto do dia foram as alfândegas chinesas. Ávila fez uma visita oficial a Cantão e teve um diálogo próximo com o Vice Rei Liu Kunyi” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 208)

«BPMT» XXII-52 de 23 de Dezembro de 1876, p.210

Artur Eugénio Lobo de Ávila (1856 – 1945), em 1874, acompanhou o seu pai, José Maria Lobo de Ávila, como Governador de Macau como Secretário Particular do Governador e foi também Secretário de Legação na China, no Japão e no Sião. Regressou a Lisboa em 1877.

Ver anteriores referências ao governador e seu filho em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-maria-lobo-davila/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/artur-eugenio-lobo-de-avila/

Extraído de «Gazeta de Macau e Timor», II-15, de 30 de Dezembro de 1873, p.3
Extraído de «BPMT», XVIII-53, de 28 de Dezembro de 1872, p. 223

Por este gesto de coragem, “… lançou-se às águas do rio Cantão numa noite de forte temporal para salvar o segundo-tenente Manuel Luís Mendes Leite” foi agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem da Torre e Espada.

Extraído de «BPMT», XIX-18, de 3 de Maio de 1873, p.69

(1) José de Almeida de Ávila (Horta, 29 de Outubro de 1844 — Lisboa, 30 de Outubro de 1902) foi um oficial da Marinha de Guerra Portuguesa, na qual atingiu o posto de capitão-de-mar-e-guerra, político e administrador colonial. Foi governador civil do Distrito da Horta (1894-1895). Era filho de José de Almeida Ávila e de Sofia de Vasconcelos, neto paterno de Manuel José de Ávila (irmão do duque de Ávila e Bolama). Com o posto de segundo-tenente em 1872 foi colocado no comando naval de Macau. Neste período integrou as guarnições da canhoneira Camões, da escuna D. Carlos, da canhoneira Tejo e da corveta Duque de Bragança. Em 1874 foi transferido para a Estação Naval de Moçambique. Em Dezembro de 1883 foi nomeado para o cargo de imediato da canhoneira Tâmega, então a prestar serviço em Macau.

Permaneceu em Macau alguns anos, tendo casado em 8 de Agosto de 1885 (então capitão tenente da Armada, comandante da canhoneira «Tâmega») com Guilhermina Homem de Carvalho. (2) Este casamento voltou a ser efémero, por a esposa ter falecida de parto em 11 de Junho de 1886. No ano seguinte, pediu transferência para Lisboa, sendo em finais de 1877 colocado como capitão-tenente supranumerário na Direcção do Arsenal da Marinha e nomeado conselheiro da Escola de Alunos Marinheiros de Lisboa. Ver biografia mais pormenorizada em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Almeida_%C3%81vila https://en.wikipedia.org/wiki/Duke_of_%C3%81vila_and_Bolama

(2) Guilhermina Maria Homem de Carvalho (S. Lourenço 28-03-1865 e faleceu de parto a 11-06-1886). Filha de José Francisco Homem de Carvalho (1825-1880), negociante e proprietário. Em 1871, era um dos 40 maiores contribuintes de Macau; fundador da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), fundada em 1871. (FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume II, 1996, pp. 217 e 219)