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Notícia de 9 de Janeiro de 1982, publicada no “Macau 82 – jornal do ano” (1):

“O Governo vai mandar proceder a um estudo global de reaproveitamento das actuais instalações do Hospital de São Januário de forma a debelar algumas carências que afectam um melhor funcionamento daquela unidade hospitalar. A decisão é anunciada no final de uma visita ao Hospital efectuada hoje pelos Secretários- Adjuntos para o Ordenamento, Equipamento Físico e Infra-Estruturas e para os Assuntos Sociais, respectivamente eng. Almeida Viana e dr. Roque Martins.

Hospital Central Conde de S. Januário

Na ocasião, o Dr. José da Paz (director dos Serviços de Saúde) salienta que a capacidade de internamento do hospital é «manifestamente insuficiente para a procura que se verifica», adiantando que, por exemplo, a maternidade – com 40 camas – está superlotada, enquanto os quartos individuais estão permanentemente lotados. O alargamento dos quartos da maternidade, embora provisório (prevê-se a construção de uma nova maternidade) «impõe-se face às solicitações»; ao mesmo tempo que outras obras vão avançando, como é o caso da nova cozinha, praticamente pronta.”

(1) «Macau 82 jornal do ano», primeiro semestre, 1982, p. 8. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/macau82-jornal-do-ano/

Papel (16 cm x 9,5 cm), com mancha de sujidade no canto inferior esquerdo

Lembrança – papel com a seguinte inscrição feita na máquina de escrever da secretaria do Hospital Central Conde de S. Januário, assinada pelo então director do hospital, Dr. Álvaro Veiga, e com o carimbo do hospital.

LIVRE TRÂNSITO DA VIATURA M-52-34

DIAS 21 a 24/11/85

ESTA VIATURA ESTÁ AUTORIZADA A ENTRAR NO RECINTO HOSPITALAR DURANTE O PERÍODO DAS 7,00 DA MANHÃ ATÉ ÀS 17,00 HORAS

O 32º Grande Prémio de Macau realizado em 1985, de 21 a 24 de Novembro, a terceira edição da Formula 3 em Macau foi ganha pelo piloto brasileiro Maurício Gugelmin num «Ralt RT30-Volkswagen» (na primeira, em 1983, foi vencedor Ayrton Senna)

Ver anteriores referências ao Grande Prémio de Macau em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/grande-premio-de-macau/

Em 28 de Junho de 1966, o Observatório Meteorológico de Macau (1) instalou-se -se na Fortaleza do Monte que nesse dia abriu as portas ao público/turistas. O anterior observatório de dimensões reduzidas esteve desde 1901 no morro do Bispo, depois ao lado do Hospital Central Conde de S. Januário no antigo forte de S Jerónimo. (2) (3)

POSTAL – 18 cm x 12,3 cm – Serviço Meteorológico
Fotografia de Ho Kuok Man (4)

(1) Em 1976, a Fortaleza do Monte foi desmilitarizada e em Abril de 1995, neste sítio, teve início o planeamento do museu de Macau. A construção do Museu iniciou-se em Setembro de 1996 e foi inaugurado a 18 de abril de 1998.

(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. III, 2015, pp. 63, 229 e 357. https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/01/16/leitura-o-servico-meteoro-logico-de-macau/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/observatorio-meteorologicoservicos-meteorologicos-e-geofisicos/

(3) 1912 – Mapa de Macau editado pelo Leal Senado nesta data assinala o Observatório Meteorológico no local do antigo Fortim de S. Jerónimo, o qual ali começou a funcionar em 1905 (2.º suplemento do B. O. n.º 28 de 1910) (2)

1931 – Faz 50 anos o serviço de observação meteorológica de Macau, tão necessário em terra de tufões. Foi instalado nos finais do séc. XIX, quando este ramo de saber se desenvolveu graças a Verrier, director do Observatório de Paris; para tanto contribuíram os Padres Dechevrens, Faura, Froc e Algué, o observatório de Manila, em geral, e o de Zicawei. Antes disto, as observações meteorológicas socorriam-se em Macau, apenas, de um barómetro da Capitania dos Portos. (2)

(4) Da colecção “Macau Life Postcards” – fotografias de Ho Kuok Man. Edição: Mercearia Tin Fu, Rua de Mercadores 5, Macau. Impresso em Macau, 1994.

Continuação da leitura da revista anteriormente postada (1) sobre a visita oficial a Macau do Presidente do Dr. Mário Soares a Macau do dia 28 de Fevereiro a 3 de Março de 1989. O programa para o dia 2 de Março incluía na parte da manhã, as visitas à Câmara Municipal das Ilhas, sessão solene na Universidade de Ásia Oriental, e na parte da tarde, visita ao local de construção do futuro aeroporto internacional de Macau, visita ao Bairro de S. Lázaro, visita ao Bairro Social de Mong Há (inauguração de um jardim de infância e da estação postal de Mong Há), visita ao Hospital Conde de S. Januário e pelas 21H00 as cerimónias no fórum de Macau (dança do leão, visita à exposição sobre a história e o futuro de Macau e concerto pela Orquestra Chinesa de Macau).

Três fotos da visita ao novo Hospital Central Conde de S.. Januário

A primeira fase ficou concluída em 1989. Este empreendimento dispunha de 433 camas e avançados equipamentos de diagnóstico e terapia
Nas instalações cumprimentado o corpo de enfermagem
No terraço do novo hospital

O pessoal dos Serviços de Saúde, ofereceu, no dia 31 de Maio de 1952, um jantar de despedida, no Hotel Boa Vista, ao Dr. Fernando Tomás Gonçalves, médico dos referidos serviços.

O Dr. Aires Pinto Ribeiro, Chefe dos Serviços de Saúde, no uso da palavra
O Dr. Aires dos Santos Brígido enaltecendo as qualidades do homenageado Fotos extraídos de «Mosaico», IV-21-22 de Maio e Junho, 1952

Dr. Fernando Tomás Gonçalves (1915 – ?) foi nomeado médico de 2.ª classe do quadro médico comum e colocado em Mcau por portaria ministerial de 24 de Novembro de 1947. Apresentou-se na Repartição Central dos Serviços de Saúde de Macau em 26 de Junho de 1948, onde tomou posse na mesma data. Por portaria de 7 de Julho de 1948 foi nomeado adjunto do Delegado de Saúde de Macau e Ilhas e por portaria de 22 de Junho de 1949 foi nomeado Delegado de Saúde, tendo sido exonerado deste cargo a 3 de Março de 1950, por se ter apresentado o médico de 1.ª classe Dr. João Albino Cabral. Nessa data, passou a ser adjunto do Delegado de Saúde, cargo que exerceu até acabar a comissão, embora com alguns períodos noutras funções como médico analista dos Serviços de Saúde (1951-1952) aquando da ausência do titular, o Dr. Reinaldo da Silva Sousa Vieira. Foi louvado por ter exercido pela competência, dedicação e probidade as funções de director substituto do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Central Conde de S. Januário em 2 de Janeiro de 1952

Representou Macau (juntamente com os Drs. Aires Pinto Ribeiro e José Marcos Batalha) no Primeiro Congresso Nacional de Medicina Tropical, realizado em Lisboa, de 24 a 29 de Abril de 1952.

Embarcou em 5 de Junho de 1952 com destino a Moçambique, para onde foi transferido. (referências biográficas recolhidas de TEIXEIRA, Pe. Manuel – A Medicina em Macau, Volumes III-IV, 1998, pp. 380-381).

PROGRAMA – frente
PROGRAMA – verso

Iniciaram-se a 23 e decorreram até 28 de Outubro de 1995, várias actividades e conferências médicas que assinalaram a passagem do 10º aniversário dos Cuidados de Saúde Primários (C. S. P.) em Macau.

CONVITE: frente (10 cm x 21 cm)
CONVITE: atrás (10 cm x 21 cm)
CONVITE:  interior (10 cm x 21 cm)
Chegada do governador Vasco Rocha Vieira

A sessão inaugural, com a participação de médicos de Macau, de Portugal, de Hong Kong e das Filipinas, teve lugar pelas 9:00H do dia 25 de Outubro no auditório da Escola Técnica dos Serviços de Saúde com a presença do governador Vasco Rocha Vieira e da secretária-adjunta para a Saúde e Assuntos Sociais, Ana Perez.

PROGRAMA: 20,5 cm x 21 cm
PROGRAMA – verso: 20,5 cm x 21 cm
A dança do leão

O programa comemorativo, iniciou-se no dia 23 de Outubro, com visitas (nos dias 23 e 24 de Outubro) a Centros de Saúde e ao Hospital Conde de S. Januário. Nos dias 25 e 26, além da sessão de abertura, tiveram uma exposição e apresentação de posters, e realizaram-se conferências e mesas redondas, e no dia 27, um “workshop” sobre “C.S.P. 3m Macau – Presente e Futuro/Present and Future in Macao”

A sessão de abertura

A sessão de encerramento para a apresentação das conclusões, teve lugar no mesmo auditório às 10:00 horas do dia 28.

Os temas em debate centraram-se no “passado, presente e futuro” dos Cuidados de Saúde Primários em Macau, e também se abordaram os sistemas do desenvolvimento dos cuidados primários mundial, avaliação dos C.S.P. na região Ásia-Pacífico, programas de educação para a saúde relacionados com rastreios, implementação de cuidados de saúde da criança, diabéticos, pessoas idosas, apoio domiciliário, saúde oral, tuberculose e outros.

No dia 9 de Dezembro de 1970, foi inaugurada e aberta ao público, uma exposição dede trabalhos de ergoterapia executados pelos doentes do Hospital Conde de S. Januário, presidindo a este acto D. Julieta Nobre de Carvalho esposa do governador e presidente da Direcção da Obra das Mães pela Educação Nacional.

Um aspecto dos artigos expostos

“Desde há anos (1) que no Hospital Central Conde de S. Januário se vem praticando este processo de recuperação. Aos doentes é entregue a execução de determinados trabalhos, compatíveis coma sua situação sanitária e de acordo com as suas habilidades que se procura conhecer antecipadamente.
Os objectos manufacturados figuram numa exposição que se realiza anualmente e para a qual se procura chamar a atenção do público.
Os artigos expostos compreendiam toalhas, cestinhos, roupas de crianças, ornamentos domésticos e presépios, apresentados com extremo bom-gosto, a revelar a intervenção feminina das Madres Franciscanas Missionárias de Maria, dedicadas enfermeiras do referido Hospital.
(1) Há uma referência de Beatriz Basto da Silva na sua cronologia de 1972:
“4-12-1972 – Inaugurada no Hospital Central Conde S. Januário uma exposição de trabalhos de ergoterapia executados pelos doentes carinhosamente orientados pelas Franciscanas Missionárias de Maria” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol.5, 1998)
(2) Extraído de «Macau Boletim de Informação e Turismo», Vol.  VI, n.º 10 Dezembro de 1970.

Em postagem anterior (1) publiquei o lançamento pelos Correios e Telecomunicação de Macau, do bloco filatélico com o tema: “FORTALEZAS DE MACAU”, no dia 3 de Outubro de 1986, a propósito do 10.º aniversário das Forças de Segurança de Macau.
Apresentei então cópia da capa e contracapa (Dados Técnicos) da pagela/brochura n.º 23.
Hoje apresento a caracterização dos quatro selos todos do mesmo valor (2 patacas) emitidos nessa data, desenhados por Luís Duran e descritos pelo Coronel José Eduardo C. de Paiva Morão (na altura 2.º Comandante das Forças de Segurança de Macau) (1)

Fortaleza de S. Paulo do Monte
Foi a mais importante fortificação de Macau quer pela sua localização, quer pelo domínio de observação e de fogo que disfrutava sobre toda a península.
Teria surgido, desde a fixação dos primeiros residentes ainda no século XVI, como local de refúgio, tornando-se posteriormente no bastião principal do sistema defensivo da Cidade. Ali se instalaram as mais importantes posições de combate e os principais órgãos de comando, constituindo desde o século XVII uma autêntica cidadela, onde foram criadas condições que permitissem resistir a cercos prolongados.
Com a forma de quadrilátero irregular, com cerca de 90 m de lado, dispunha além de bastiões, de uma torre com três andares, instalações para a tropa, paióis e inúmeros reservatórios e cisternas.
Fortaleza da Taipa
Situada na ponta ocidental da Ilha da Taipa, esta fortaleza controlava o canal de navegação entre esta Ilha e a de D. João e protegia a baía onde então se localizava a povoação.
Com a construção iniciada em meados do século passado, foi a edificação custeada pelos habitantes da Ilha.
Com a frente amuralhada virada ao mar, tem ainda muralhas de alvenaria em toda a volta que abrigam algumas plataformas de posicionamento de armas, paios e instalações de pessoal.
Fortaleza de S. Francisco
Situada na base da colina onde hoje se encontra o Hospital Central Conde de S. Januário, tinha por primeiro objectivo a defesa costeira, pois nessa altura a baía da Praia Grande colidia com os seus limites, sendo a principal fortaleza para protecção contra ataques navais.
A sua construção efectuou-se no fim do 2.º Quartel do Século XVII, tendo sido posteriormente reconstruída em 1864. Incluía além de 6 aberturas para armas de bronze, uma abertura situada no reduto, para a maior peça de Artilharia de Macau. Aquando da sua construção possuía alojamentos e depósitos de munições, bem como uma Igreja.
A sua forma primitiva era irregular, pois rodeava a base da colina. Posteriormente, em 1864, já apresentava dois bastiões circulares nas muralhas de Leste e Oeste com um revestimento triangular.
Aquando da sua reconstrução (1864) foram utilizados pesados blocos de alvenaria, sendo as armas montadas em parapeitos baixos, assentes em carruagens de madeira.
Fortaleza de N-ª S.ª da Guia
Teria sido concluída na primeira metade do século XVII e emborainicialmente não constituísse um local de grande importância defensiva, foi desde sempre uma posição privilegiada para a observação, alerta e aviso aos movimentos marítimos.
Com uma missão de bateria auxiliar no rpimeiro sistema defensivo da cidade, foi posteriormente valorizada, constituindo finalmente um aposição fundamental no domínio militar do Território.
Nela se encontra instalado desde 1865 o Farol da Guia, a primeira instalação do género em toda a costa chinesa.
Com uma forma irregular teria inicialmente apresentado a configuração de um trapézio, sendo rodeada de muralhas de alvenaria com cerca de 6 metros, de altura, no interior das quais se encontram instalações para a tropa, paios e cisterna e além do farol, uma expressiva capela que remonta ao século XVII.

(1)Tenente-general José Eduardo Carvalho de Paiva Morão (1936-2015)
Ingressou na EE em 1953, onde concluiu o curso de Cavalaria, sendo promovido a Alferes em 1958; e depois, sucessivamente, a Tenente (1959), Capitão (1961), Major (1970), Tenente Coronel (1976) e Coronel (1983).
Cumpriu 4 comissões em África: Moçambique (1961-63), Comandante da CCAV 182;Moçambique (1964-67) Ajudante de Campo do Comandante-Chefe; Angola (1967-69),Comandante da CCAV 1777; e Guiné (1974), Subchefe e Chefe da Repartição de Operações do CCFAG; e uma comissão em Macau (1982-86), nas Forças de Segurança, como Chefe de Estado-Maior, 2.º Comandante e Comandante interino.
Promovido a General (1994), foi Juiz Vogal do STM (1994-95), Comandante da RMS (1996), Quartel-Mestre General (1996-97) e Vice-Chefe do EME (1997-98).Tem averbado 24 louvores, sendo 2 de Ministro e 16 (mais 2 citações) de oficial-general; foi agraciado com Ordem Militar de Avis (Grã-Cruz e Cavaleiro), condecorado com 4 medalhas de Serviços Distintos (Prata com palma e 3 de Ouro), Mérito Militar (Grã-Cruz e 2.ª classe), Comportamento Exemplar (Ouro e Prata), Comemorativas das Campanhas (Angola e Guiné) e das Expedições (Moçambique e Macau); e com a Ordem de Mérito Militar do Brasil (grau Comendador). Passou à Reforma em 2002, sendo designado Tenente-General pelo novo EMFAR (DL 236/99 de 25 de Junho)
http://www.socgeografialisboa.pt/wp/wp-content/uploads/2012/09/LISTA-DOS-CURRICULA-DE-VOGAIS-DA-SCM-1-1.pdf
http://ultramar.terraweb.biz/TGenJoseEduardoCarvalhodePaivaMorao.htm

Extraído do «BGC» XXVI-298, Abril de 1950, p. 177

O Serviço de Radiologia e Agentes Físicos era chefiada nesse ano pelo radiologista Dr. Abel Simões de Carvalho Júnior (1) e tinha somente no quadro um funcionário, o operador electroradiologista, Adriano Gomes da Silva
Na verdade, o custo total das aparelhagens foi de 225 883,62 patacas assim distribuídos:
1 – Aparelho de Raios X, portátil, Watson”. Custo – $5 615,27.
2 – Unidade completa “Picker”, de 500 Miliamperes, para fluoroscopia e radiografia com seriógrafo. Custo – $ 142 514,30 patacas.
3 – Aparelho de tomografia “Picker”. Custo -$ 77 754,05 patacas. (2)
Recorda-se que nessa data Abril de 1950 ainda funcionava o velho Hospital Militar Sam JanuárioAlbano que foi demolido a 18-11-1952, começando a 1.ª das 3 fases da construção do novo edifício baptizado com o nome de «Hospital Central Conde de S. Januário» , cuja primeira fase foi inaugurada a 10-06-1953 pelo Alm. Marques Esparteiro. O Hospital completo só terminaria em 1958.
(1) Abel Simões de Carvalho Júnior (1897 – ?), formado em Medicina, em 1922, foi colocado em Moçambique nesse ano. Em 1930, estagiou na Faculdade de Medicina da Universidade de Paris, a fim de se aperfeiçoar nos serviços de radiologia e electroterapia. Em 1949, foi nomeado para exercer o cargo de radiologista do quadro complementar de cirurgiões e especialista e por portaria de 28 de Maio (B. O. n.º 30) foi transferido por conveniência de serviço para a colónia de Macau. Esteve colocado em Macau até 1956, data em que a Junta de Saúde de 28 de Junho de 1956 o considerou incapaz de todo o serviço por sofrer de doença grave e incurável. Em 25-7-1956 embarcou de Macau para seguir para Portugal. Desligado de serviço para efeitos de aposentação (B.O. n.º 52 de 29-12-1956.
Além do serviço de radiologia, elaborou também os projectos da cozinha hospitalar do novo Hospital Central Conde de S. Januário (3)
Refira-se que na inauguração do primeiro bloco do novo edifício, a 10 de Junho de 1953, pelo Governador Almirante Marques Esparteiro, o Eng. José dos Santos Baptista, salientou a importante colaboração do médico-radiologista Abel de Carvalho na elaboração do projecto desse hospital.
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/02/19/hospital-central-conde-s-januario-i/
(2) «Obras e Melhoramentos efectuados em Macau no Último Triénio» – Set.1947 a  Set. 1950, Imprensa Nacional, 1950.
(3) TEIXEIRA, Pe. Manuel – A Medicina em Macau, volumes III-IV, 1998.

O diário britânico The Guardian publica uma notícia que revela que as autoridades portuguesas mantiveram sigilo sobre o macabro achado de quatro corpos decapitados, aparentemente de agentes sul-coreanos em Agosto de 1986, na Ilha de Coloane. Segundo o diário londrino, as autoridades portuguesas acreditam que se trata de um ajuste de contas entre agentes dos serviços de informações das duas Coreias e que quem avisou as autoridades policiais portuguesas da ocorrência do incidente foram agentes dos serviços de informações da Correia do Norte.”
FERNANDES, Moisés Silva – Sinopse de Macau nas Relações Luso-Chinesas 1945-1995 Cronologia e Documentos, 2000. (p. 430)
NOTA: Como responsável do Serviço de Medicina Legal do Hospital Central Conde de S, Januário, para onde eram transferidos todos os corpos não identificados ou aqueles que resultaram de homicídio, suicídio ou acidente (autos da Polícia Judiciária), posso afirmar que no mês de Abril de 1987, não deu entrada no serviço “corpos decapitados” pelo que oficialmente não houve processo legal aberto. Somente constou-se na altura o “boato” do aparecimento de corpos mutilados na praia de Coloane. Aliás, esses boatos eram frequentes em Macau desde o período da Revolução Cultural na China, quando eram frequentes encontrarem-se corpos de chineses, nas águas de Macau nomeadamente na ilha de Coloane. Constava-se que muitos deles eram enterrados pertos das praias sem mais formalidades. Penso que neste caso, a ser verdade, terão as entidades oficiais “desembaraçados” dos corpos por razões diplomáticas.