Archives for posts with tag: 1958

A começar em 19 de Julho de 1958 no Teatro Apollo, “o emocionante filme em vistavisão tecnicolorida” – “O Alfinete do Diabo”

“The Devil’s Hairpin” é um filme acerca das corridas de carros, muito populares nos Estados Unidos, na época, do ano de 1957, escrito e dirigido por Cornel Wilde que também actua como actor principal, com as actrizes, Jean Wallace e Mary Astor. https://en.wikipedia.org/wiki/The_Devil%27s_Hairpin

Próxima Mudança: “Man Hunt”, filme (também conhecido como “From Hell to Texas”), 1958, um western americano dirigido por Henry Hathaway, com os actores Don Murray, Diane Varsi, Chill Wills e Dennis Hopper. https://www.youtube.com/watch?v=HVwVGMmr_Mo

O macaense Carlos Humberto da Silva (1) pronunciou no Leal Senado uma conferência integrada na Semana do Ultramar intitulada «Alguns Aspectos Antropológicos das Influências Portuguesa e Chinesa em Macau”

Distinguiu dois tipos de macaenses: o «pioneiro» e o «recente».

Disse ele que o primeiro, também conhecido por «português oriundo de Macau» é sob o ponto de vista, um ocidental completamente português no pensar, no sentir, nos hábitos, nos costumes e até tem o que vulgarmente se chamam os «defeitos da raça». Quanto ao segundo tipo, disse que, «a partir da segunda metade do século passado, quebradas as barreiras artificiais do afastamento entre os portugueses e chineses, uns e outros entraram em franco contacto de onde resultou um entendimento que fez desabrochar uma atracção mútua que se diria existir em estado latente de ambos os lados.

Como é natural essa aproximação não tem cessado, de então para cá, bem antes pelo contrário. Nestas três ou quatro décadas pode-se dizer que o número de cruzamentos em relação à população portuguesa de Macau, atinge cifras importantes. O ritmo crescente de casamentos e cruzamentos dá a impressão duma avalanche pela sofreguidão com que parecem querer reaver o tempo perdido.

Não devemos estar longe da verdade se dissermos que este novo elemento da vida macaense é hoje o elemento mais numeroso da sua população portuguesa, porque, evidentemente, este «macaense recente» está posto em pé de igualdade, como é natural, com todos os outros portugueses. É igualmente evidente que a influência chinesa na sua vida é decisiva, para o que, bastaria o facto de geralmente a mãe ser chinesa ou de, em muitos casos, ambos os pais terem ascendência chinesa próxima também. “ (2)

(1) Carlos Humberto da Silva (1908-1990), diplomado pelo Instituto Superior de Estudos Ultramarinos, foi secretário do Leal Senado da Câmara de Macau, do qual também foi presidente (2-01-1965 a 9-03-1965, por motivos de saúde, substituído pelo Vereador Francisco de Paula Barros e pelo Vice Presidente José dos Santos Maneiras). (3) Bibliotecário do Centro de Estudos de Antropologia Cultural e do Museu de Etnologia de Lisboa. Co-fundador do Grande Prémio de Macau. Agraciado com a Medalha de Mérito Desportivo do Governo de Macau. Casado com Beatriz Emília Nolasco da Silva.

FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, vol. III, 1996, p.720. Veja-se https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/carlos-humberto-da-silva/

(2) TEIXEIRA, Pe. Manuel – A Medicina em Macau, Volumes III-IV, 1998, pp. 182-183.

(3) SILVA, Beatriz Basto – Cronologia da História de Macau, Vol. IV, 2015, p. 64

Na sessão solene comemorativa do V Centenário da Morte do Infante e do I da fundação da Congregação Salesiana, no dia 23 de Maio de 1960, inaugurou-se no Colégio D. Bosco, uma Exposição Didático-Profissional, a primeira que se realizou neste Colégio D. Bosco.

“A exposição obedeceu a normas da pedagogia salesiana, aliadas às exigências do ensino técnico-profissional. Os temas literários e muitos dos desenhos e ilustrações da Exposição referiam-se à figura e obra do Infante D- Henrique atingindo ela assim um conjunto harmónico destinado a alcançar a sua múltipla finalidade: comemoração de duas datas, aproveitamento dos alunos, elucidação do público acerca da vida, actividades e objectivos do Colégio D. Bosco.

A Exposição foi fruto do trabalho do ano escolar, circunstâncias esta que nos vem explicar eu os alunos não ficaram sobrecarregados de trabalho num período de tempo relativamente curto e que a exposição foi realmente uma demonstração do ensino que gradualmente se foi ministrando durante o ano. Assim a exposição não foi uma mera exibição de habilidades, mas um documentário dos ideais que presidem à pedagogia salesiana, à vida escolar salesiana, aos programas salesianos em harmonia com os programas oficiais: cultura geral, cultura profissional, prática, desenho.

10 painéis  foram expostos com os seguintes temas:

1º painel – Português

2.º painel – Ciências Geográfico-Naturais.

3.º, 4.º, 5.º, 6.º e 7.º painéis – Tecnologia Mecânica.

8.º e 9.º painéis – Desenhos Decorativos.

 10.º painel – Documentação Fotográfica

O palco do salão de actos do Colégio foi reservado à secção religiosa da Exposição. Uma linda imagem de Nossa Senhora de Fátima dominava o ambiente, que nos falava do apostolado salesiano através da boa Imprensa.

Átrio de Exposição Didáctico-Profissional
Sua Exa. Revma. D. Policarpo da Costa Vaz cortando a fita simbólica
A Escola Profissional é dirigida por um mestre salesiano

NOTA – “Em Dezembro de 1958 inauguraram-se no Colégio D. Bosco oito novas máquinas da sua oficina de mecânica, um campo de basquetebol, um centro dos antigos alunos salesianos e a sala de jantar “Dr. Pedro José Lobo”. Desde 1960 até 1976, este Colégio formou 111 mecânicos, não se incluindo neste número os alunos que se prepararam na mesma especialidade antes de entrar em vigor a oficialização do Colégio.” (TEIXEIRA, Padre Manuel – A Educação em Macau, p. 379.

(1) Informações retiradas de “Comemorações, em Macau, do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique”, pp. 217-218. Ver em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/01/16/leitura-comemora-coes-em-macau-do-v-centenario-da-morte-do-infante-d-henrique-ii/

Continuação da apresentação da colecção de 12 postais (18,5 cm x 12,7 cm) com fotografias do fotógrafo Lei Iok Tin, editada pela Fundação Macau e Centro UNESCO de Macau (1)

Mais duas fotografias, datadas de 1958 e 1960

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/lei-iok-tin/

A começar em 11 de Abril de 1958 no Teatro Apollo, o “emocionante filme em cinemascópio” – “Peyton Place”

Peyton Place”, filme (drama) americano de 1957 com os actores: Lana Turner, Hope Lange, Lee Philips, Lloyd Nolan, Diane Varsi, Arthur Kennedy, Russ Tamblyn, e Terry Moore. Dirigido por Mark Robson, baseado na novela de 1956 de Grace Metalious e com música de Franz Waxman.

Foi nomeado (não ganhou nenhum) para 9 categorias do “ Academy Awards” (Óscar de 1958) e foi em 1957, o filme que mais receita arrecadou.

Trailers: https://www.youtube.com/watch?v=SpvHuNghD0k https://www.youtube.com/watch?v=2WYjo-Wrd2w

PRÓXIMA MUDANÇA –  “The Gift of Love” (A Dádiva de Amor) – filme (drama em cinemascope) americano de 1958, dirigido por Jean Negulesco com os actores: Lauren Bacall e Robert Stack e baseado num conto “The Little Horse” de Nelia Gardner.

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Gift_of_Love; Trailers: https://www.youtube.com/watch?v=_tPFGvoSntc

 BREVEMENTE”The Joker is Wild” estreado em Macau no dia 23 de Maio de 1958. Já postado em 23 de Maio de 2018: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/05/23/noticia-de-23-de-maio-de-1958-folheto-de-cinema-teatro-apollo-xl-mais-um-filme-de-frank-sinatra/

Dois dias de exibição, 19 e 20de Março de 1958, no Teatro Capitol, do filme “Tip on a dead jockey” (Uma corrida fatal), espectáculo para maiores de 18 anos

Tip on a Dead Jockey” é um filme (drama)  de 1957 dirigido por Richard Thorpe com os actores Robert Taylor e Dorothy Malone, baseado num conto de Irwin Shaw , publicado em 1954 no “ The New Yorker”. O primeiro filme da MGM em que aparece no início, o logótipo “rugido do leão”.

Trailer: https://www.imdb.com/video/vi398311449?ref_=tt_pv_vi_aiv

https://www.imdb.com/
title/tt0135564/

A começar no dia 23 o filme “Quantez” (“Fugitivos da lei”),com sessões às 14.30-20.00-22.00 horas por causa da apresentação como complemento de um pequeno filme (18 m) sobre o cantor “NAT KING COLE”(“The Nat ‘King’ Cole Musical Story”), da Universal International,  de 1955, dirigido por Will Cowan.

Quantez” é um filme (western) de 1957, da “Universal Pictures”, em cinemascópio, dirigido por Harry Keller com o actor Fred MacMurray e a mesma actriz do presente folheto, Dorothy Malone.

Extraído de «BGU», XXXIV-393, Março de 1958, pp. 200-207

Extraído de «BOGPM» XLIV – 32 de 6 de Agosto de 1898, p. 281

NOTA: A empresa britânica “Hongkong, Canton & Macao Steamboat Company Limited” (1) fundada em 1865, em Hong Kong (terminou em 1958) com a abertura do Tratado do Rio Oeste (“West River Trade”), aliou-se com a “China Navigation Company” e a empresa de navegação a vapor “Indo-China “ (da “Jardine Mathesosn”) (2)  para formar “The Hong Kong & West River Steamboat Co, Ltd”. nova rota de navegação e de comércio e “turismo” em 1897 (terminou na década 10, do século XX) com os portos de Wuzhou (梧州市), Sanshui (三水) e Jiangmen/ Kong moon (江门).. Esta rota marítima terminou com o declínio do comércio por esta via devido ao aparecimento da linha de comboio entre Kowloon (Hong Kong) e Guangdong (Cantão)

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hong-kong-canton-macao-steamboat-co/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jardine-matheson-co/

A “Vingança de Frankenstein”  (“The Revenge of Frankenstein”) é uma produção de 1958 do estúdio inglês “Hammer Film Productions” ,que adquiriu os direitos dos clássicos do género terror da `”Universal” (USA) ), e é uma  sequência do 1-º filme que “Hammer” produziu “The Curse of Frankenstein” em 1957. (1)
Realizado por Terence Fisher com os actores Peter Cushing (1913 – 1994), Francis Matthews, Eunice Gayson e Michael Gwynn. Argumento de Jimmy Sangster, história original, livremente baseada na personagem do Barão Frankenstein, da novela de Mary Shelley, aliás é essa a abordagem que caracteriza toda a série Frankenstein da “Hammer”. Neste filme surge a introdução de uma nova variante ao tema: a transplantação de cérebros e outro fantasmas como a criação de humanoides.
Argumento: O barão Frankenstein (Peter Cushing) escapa da execução na guilhotina e usa o pseudônimo de Dr. Victor Stein para abrir sua clínica na Alemanha. Lá, recomeça a suas experimentações com cadáveres, mas um de seus pacientes tem um destino diferente do que Stein planejou. Atuando como diretor de uma instituição psiquiátrica, e com o auxílio do Dr. Kleve (Francis Matthews), ele encontra nos pacientes internados o material para a realização de novas pesquisas. Experiências diversas ocorrem, inclusive transplantes de cérebro, que nem sempre são bem-sucedidas.
(1) “A Maldição de Frankenstein” ( “The Curse of Frankenstein”) é a primeira realização deste género de Terence Fisher, o primeiro argumento de terror de Jimmy Sangter, a primeira interpretação de Christopher Lee como a criatura e de Peter Cushing como o cientista Victor Frankenstein. A “Hammer” produziu seis sequelas de ” Frankenstein”
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Revenge_of_Frankenstein
https://www.imdb.com/title/tt0050894/
Trailers do filme:
https://www.youtube.com/watch?v=PxrXFxOt5JA
https://www.dailymotion.com/video/x4ta8od
https://www.youtube.com/watch?v=ydUKa18bczw
https://www.imdb.com/title/tt0050168/
PRÓXIMA MUDANÇA: “ Barnacle Bill”, título original de 1957 produzido no Reino Unido. por “Ealing Studios”. Distribuído para os EUA com o título de “All at Sea”, cópia essa projectada em Macau.
Director: Charles Frend; estória e argumento de T.E.B. Clarke, com os actores: Alec Guinness, Harry Locke e Frederick Piper
Trailers do filme:
https://www.videodetective.com/movies/all-at-sea/912664
https://www.youtube.com/watch?v=UPoPmfA8kOQ
NOTA: os folhetos do Teatro Vitória, em 1957, foram compostos e impressos na Tipografia “San Chong Trading & Co” 1000 exemplares.  por filme. Em 1958, mudaram para a “Tipografia Kai Meng “ na Rua dos Mercadores n.º 123 (Tel: 2637)

Extraído do «BGC» XXVI-298, Abril de 1950, p. 177

O Serviço de Radiologia e Agentes Físicos era chefiada nesse ano pelo radiologista Dr. Abel Simões de Carvalho Júnior (1) e tinha somente no quadro um funcionário, o operador electroradiologista, Adriano Gomes da Silva
Na verdade, o custo total das aparelhagens foi de 225 883,62 patacas assim distribuídos:
1 – Aparelho de Raios X, portátil, Watson”. Custo – $5 615,27.
2 – Unidade completa “Picker”, de 500 Miliamperes, para fluoroscopia e radiografia com seriógrafo. Custo – $ 142 514,30 patacas.
3 – Aparelho de tomografia “Picker”. Custo -$ 77 754,05 patacas. (2)
Recorda-se que nessa data Abril de 1950 ainda funcionava o velho Hospital Militar Sam JanuárioAlbano que foi demolido a 18-11-1952, começando a 1.ª das 3 fases da construção do novo edifício baptizado com o nome de «Hospital Central Conde de S. Januário» , cuja primeira fase foi inaugurada a 10-06-1953 pelo Alm. Marques Esparteiro. O Hospital completo só terminaria em 1958.
(1) Abel Simões de Carvalho Júnior (1897 – ?), formado em Medicina, em 1922, foi colocado em Moçambique nesse ano. Em 1930, estagiou na Faculdade de Medicina da Universidade de Paris, a fim de se aperfeiçoar nos serviços de radiologia e electroterapia. Em 1949, foi nomeado para exercer o cargo de radiologista do quadro complementar de cirurgiões e especialista e por portaria de 28 de Maio (B. O. n.º 30) foi transferido por conveniência de serviço para a colónia de Macau. Esteve colocado em Macau até 1956, data em que a Junta de Saúde de 28 de Junho de 1956 o considerou incapaz de todo o serviço por sofrer de doença grave e incurável. Em 25-7-1956 embarcou de Macau para seguir para Portugal. Desligado de serviço para efeitos de aposentação (B.O. n.º 52 de 29-12-1956.
Além do serviço de radiologia, elaborou também os projectos da cozinha hospitalar do novo Hospital Central Conde de S. Januário (3)
Refira-se que na inauguração do primeiro bloco do novo edifício, a 10 de Junho de 1953, pelo Governador Almirante Marques Esparteiro, o Eng. José dos Santos Baptista, salientou a importante colaboração do médico-radiologista Abel de Carvalho na elaboração do projecto desse hospital.
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/02/19/hospital-central-conde-s-januario-i/
(2) «Obras e Melhoramentos efectuados em Macau no Último Triénio» – Set.1947 a  Set. 1950, Imprensa Nacional, 1950.
(3) TEIXEIRA, Pe. Manuel – A Medicina em Macau, volumes III-IV, 1998.