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O Bispo D. Alexande Pedrosa Guimarães (1) comunicava, em 28 de Dezembro de 1774, ao Rei que os Governadores de Macau agiam arbitrariamente, convindo que não dessem licença aos médicos (2) para se retirar:

Aqui os Governadores, nestas distâncias, fazem absolutamente o que não podem e o que, não devem, contra as leis, alvarás, provisões, sentenças ou sem sentenças e por isso muito facilmente lhe darão licença para irem viajar ou mesmo retirarem-se …(…) Todos quantos aqui chegam degregados ou corridos de fortuna, se fazem fidalgos  e não querem trabalhar por suas artes e ofícios”. (3)

(1) 1774-1779 – D. Alexandre da Silva Pedrosa Guimarães – Bispo de Macau, nomeado em 1772, confirmado e sagrado em 1773, chegou a Macau em 1774. Marcou o seu governo a política mais pombalina do que episcopal frente aos jesuítas que ainda encontrou em Macau. Foi Governador (1777-1778), exactamente na mudança de D. José I para D. Maria I. Chamado à Corte (1779) saiu de Macau em 1780, ofereceu a renúncia em 1782, sendo ela aceite em 1789. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume IV, 2015, p. 35.

Ver  anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/d-alexandre-da-silva-pedrosa-guimaraes/

(2) 28-12-1771 – Carta do Bispo, D. Alexandre da Silva Pedrosa a El-Rei D. José, acerca das dificuldades no preenchimento do lugar de físico ou cirurgião da cidade (SOARES, José Caetano – Macau e a Assistência, pp. 85)

(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume I, 2015, p. 297.

Capa + contracapa

Pequeno folheto sobre “Noções básicas sobre higiene alimentar” (em chinês) editado pela “Associação de Investigação Médica de Macau” (com o apoio da “Fundação Oriente “ e “Leal Senado de Macau”), sem indicação do ano de publicação (28 páginas).

Capa: 14,7cm x 20,9 cm
病從囗人 (1) . p. 1

Na 2.ª página, prefácio do Dr. João Baptista Lam (na altura director do Centro Hospitalar Conde de S. Januário; depois Director dos Serviços de Saúde)

(1)病從囗人: mandarim pīnyīn: bìng cóng wéi rén; cantonense jyutping: beng6 cung4 wai4 jan4

Nos dias 27 e 28 de Novembro, realizaram-se no auditório da Escola Técnica dos Serviços de Saúde de Macau, as «3.ªs Jornadas do Médico Interno», reunião científica organizada pela Direcção dos Internatos Médicos (DIM) dos Serviços de Saúde de Macau, com um jantar de encerramento no dia 29 de Novembro.

Programa (30 cm x 21 cm) dobrável em 3 partes

Papel (16 cm x 9,5 cm), com mancha de sujidade no canto inferior esquerdo

Lembrança – papel com a seguinte inscrição feita na máquina de escrever da secretaria do Hospital Central Conde de S. Januário, assinada pelo então director do hospital, Dr. Álvaro Veiga, e com o carimbo do hospital.

LIVRE TRÂNSITO DA VIATURA M-52-34

DIAS 21 a 24/11/85

ESTA VIATURA ESTÁ AUTORIZADA A ENTRAR NO RECINTO HOSPITALAR DURANTE O PERÍODO DAS 7,00 DA MANHÃ ATÉ ÀS 17,00 HORAS

O 32º Grande Prémio de Macau realizado em 1985, de 21 a 24 de Novembro, a terceira edição da Formula 3 em Macau foi ganha pelo piloto brasileiro Maurício Gugelmin num «Ralt RT30-Volkswagen» (na primeira, em 1983, foi vencedor Ayrton Senna)

Ver anteriores referências ao Grande Prémio de Macau em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/grande-premio-de-macau/

António Severino Vidigal de Almeida, médico macaense, regressa a Macau em 1825 via Goa, no navio Vasco da Gama, vindo de Coimbra, onde cursou brilhantemente e foi doutorado em medicina.(1) Tomou posse do lugar de médico do Partido Municipal em 3 de Novembro deste ano, ficando Director dos Hospitais da Misericórdia e Ultramar. A ida deste rapaz, órfão, para Portugal, deve-se ao esforço do Pe. Joaquim Leite, então Reitor do Colégio de S. José, que lhe descobriu talento e ao ouvidor Miguel de Arriaga, que lutou por mandar este e outros moços de Macau, da China e de Timor, com bolsas de estudo do Leal Senado, para Coimbra e Lisboa. A ideia de que se preparassem e voltassem às suas terras para difundir conhecimentos, foi do Pe. Leite mas a insistência no projecto das Bolsas de Estudo deve-se a Arriaga. As áreas privilegiadas eram medicina, farmácia, matemática e geometria, estas duas “com vistas numa eventual escola náutica” (2) (3)

(1) Código de referência da Universidade de Coimbra – PT/AUC/ELU/UC-AUC/B/001-001/A/002079 – Título: António Severino Vidigal de Almeida – Datas de produção:1816-10-26 a 1819-10-11 – Naturalidade: Macau, China – Âmbito e conteúdo – Faculdade: Matemática – Matrícula (s): 1816/10/30 (obrigado) – Filosofia: 1816/10/26 (obrigado) – Medicina: 1819/10/11 – Instituto: Bacharel:- Formatura: Licenciado: Doutor (outras informações: http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=142119&ht=)

(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 41.

(3) in SANTOS, Isaú – Macau e o Oriente no Arquivo Histórico Ultramarino (Volume II). ICM 1996, ISBN 972-35-D230-5 (obra completa) ISBN 972-35-0252-6 (vol. II):

1799 – A.H.U. – MACAU, ex. 37, doe. N.° 57 Ofício 1814110113 Ofício do [ouvidor-geral de Macau, conselheiro] Miguel de Arriaga Brum da Silveira, ao [secretário de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos, António de Araújo de Azevedo], sobre a necessidade de médicos em Macau e sobre o envio para Coimbra do órfão António Severino Vidigal para estudar medicina. Obs.: Ofício n° 11. Há 2″ via (p. 61).

Anexo: [1815 I 04/ 09] Ofício (minuta) do [secretário de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos, António de Araújo de Azevedo], ao [ouvidor-geral de Macau, conselheiro] Miguel de Arriaga Brum da Silveira, sobre as providências para o alojamento do órfão António Severino Vidigal em Coimbra. (p. 62) 

1912 – 1913 – 1914 – 1815/12/19 Ofício do [ouvidor-geral de Macau, conselheiro] Miguel de Arriaga Brum da Silveira, ao [secretário de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos, António de Araújo de Azevedo], que envia a correspondência e agradecimentos. Obs.: Ofício n° 1. Há 2• via. A.H.U. – MACAU, ex. 39, doe. n° 11 Ofício 1815/ 12/19 Ofício do [ouvidor-geral de Macau, conselheiro] Miguel de Arriaga Brum da Silveira, ao [secretário de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos, António de Araújo de Azevedo], sobre a entrada de dois rapazes de Macau em colégios no Reino: António Severino Vidigal, no Colégio da Intendência, em Coimbra, e Lourenço José Rodrigues Gonçalves, no Colégio Militar. (p. 93)

2514- A.H.U. – MACAU, ex. 53, doe. n” 19 Requerimento [ant. a 1825/02/25] Requerimento de António Severino Vidigal de Almeida a [D. João VI], (rei de Portugal), que pede o passaporte para regressar a Macau. Obs.: Tem despacho a mandar passar passaporte, de 1825/03/07. Anexo: 1825/02/25 Atestado do intendente-geral da Polícia da Côrte e Reino, Simão da Silva Ferraz de Lima e Castro, (barão de Renduffe), que atesta a inexistência de qualquer impedimento para António Severino Vidigal de Almeida poder regressar a Macau.(p. 285)

2542 – A.H.U. – MACAU, ex. 54, doe. n° 24 Ofício 1825/12/10 Ofício do Leal Senado da Câmara de Macau ao secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar, Joaquim José Monteiro Torres, sobre a contratação do bacharel António Severino Vidigal de Almeida, formado em medicina na Universidade de Coimbra, à custa da Fazenda Real de Macau, para médico do partido da mesma cidade. Obs.: Ofício n° 13 (2″ via). Anexos documentos comprovativos (assentos e termo do Leal Senado de Macau A-B). (p. 304)

2542 – Anexos: 1827/04/02 Aviso (cópia) do [secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar António Manuel de Noronha, ao Conselho Ultramarino, que pede parecer sobre os ofícios nº S. 13, 14 e 16 do Senado de Macau; admissão de António Severino Vidigal de Almeida como médico do partido de Macau; suspensão da consignação anual ao Mosteiro de Santa Clara e devedores à Fazenda Real. (p. 305)

1827/05/21 Informação do marechal de campo José Osório de Castro Cabral de Albuquerque a [O. Isabel Maria], (infanta de Portugal), sobre a formação de António Sequeira Vidigal de Almeida na Universidade de Coimbra por conta da Fazenda de Macau, para exercer como médico do partido em Macau. Atribuição de mil taéis anuais ao médico do partido com a cláusula de tratar todos os vassalos portugueses. Obs.: À margem parecer do procurador da Fazenda.

2542 – 1827/08/18 Provisão de O. Isabel Maria, (infanta regente de Portugal), ao ouvidor de Macau, desembargador Dr. José Filipe Pires da Costa, a pedir parecer sobre a admissão de António Severino Vidigal de Almeida como médico do partido de Macau. Obs.: Em anexo, o ofício do Senado de Macau e outra documentação. 1832/01 /16 Parecer do ouvidor de Macau, desembargador Dr. José Filipe Pires da Costa, a [0. Miguel], (rei de Portugal), sobre a criação do partido de médico em Macau; sobre a atribuição de um ordenado anual de 640 000 réis segundo resolução régia; parecer favorável à nomeação de António Severino Vidigal de Almeida para médico do partido em Macau. Obs.: Anexa vária documentação sobre o assunto. 1832/07/21 Informação do secretário do Conselho Ultramarino, João Osório de Castro Sousa Falcão, a [O. Miguel], (rei de Portugal), sobre a formação em medicina de António Severino Vidigal de Almeida por conta da Fazenda de Macau com o fim de exercer a sua actividade em Macau. O ordenado de mil taéis anuais é excessivo para o cargo de médico do partido em Macau; estabelecimento do ordenado anual de 640 000.

1832/08/08 Parecer do Conselho Ultramarino a [O. Miguel] (rei de Portugal), que informa sobre a atribuição do ordenado anual de 640000 réis ao médico do partido de Macau nas condições estipuladas na resolução régia de 1807/08/09. Obs.: Anexa a capilha de consulta com nota sobre o processo.(p. 305)

2727- A.H.U. – MACAU, ex. 57, doe. no 12 Requerimento 1827/02/28 Requerimento do médico da cidade de Macau António Severino Vidigal de Almeida a [0. Isabel Maria] (infanta regente de Portugal), que pede para ser confirmado na posse do partido do médico da cidade de Macau, com o ordenado anual de mil taéis. Obs.: Anexos vários documentos comprovativos. À margem, parecer do procurador da Fazenda. Despacho do Conselho Ultramarino para informação do ouvidor de Macau. Anexo: 1828/01 /16 Aviso do [secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar], José Freire de Andrade, ao [presidente do Conselho Ultramarino, O. Diogo de Sousa], (conde do Rio Pardo), que ordena a consulta sobre o requerimento de António Severino Vidigal de Almeida, no qual pede a confirmação do lugar de médico do partido de Macau. (p. 347)

Faleceu em Macau a 29 de Julho de 1870, sexta-feira, à 1 h. p. m., o médico Leocádio Justino da Costa , notícia já referida numa postagem anterior.  (1)

No Boletim da Província n.º 32 de 1870, (2) aparece o seu necrológico.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/leocadio-justino-da-costa/ (2) «BPMT»,  XVI-32 de 8 de Agosto de 1870, p. 138

Do «DIRECTÓRIO DE MACAU», 1937, pp. 418-419
Do «ANUÁRIO DE MACAU», 1938, pp. 414-415

Pequeno opúsculo (8 páginas) (1) com um resumo científico da área da Dermatologia Sanitária, do Dr. M. J. de Campos Magalhães, dermato-leprólogo dos Serviços de Saúde de Macau, (2) sobre o estado da lepra em Macau no ano de 1982, intitulado: “MACAU-1982: RETRATO DA HANSENÍASE” (1)

Capa e contracapa
Capa
Página 3
Páginas 4 e 5
Páginas 6 e 7
Página 8

Conforme os dados clínicos apresentados, em 1982 estavam a ser seguidos noventa e seis pacientes com esta doença Destes 96 enfermos, quarenta e quatro (22 de cada sexo), revelavam algum grau de incapacidade, na maioria entre pacientes asilados no Sanatório de Ká-Hó. Os novos doentes já eram tratados ambulatoriamente e de acordo com a gravidade da forma clínica faziam numa fase inicial o tratamento intensivo, mais ou menos longa, no Isolamento do Hospital Central Conde de S. Januário.

(1) MAGALHÃES, M. J. de Campos – Macau-1982: Retrato da Hanseníase, Edição de autor, 1983? (sem indicação), 8 p, 21 cm x 15 cm.

(2) Manuel José de Campos Magalhães licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1952, ingressou no corpo clínico do Hospital Rovisco Pais (Leprosaria Nacional) até 1959 data em que foi contratado para Moçambique. Possuiu a especialidade de Dermatologia, e o Curso Superior de Micologia Médica do Instituto Pasteur de Paris (onde esteve como bolseiro da O.M.S. em 1964/65). De 1959 a 1972 exerceu as funções de médico leprólogo dos Serviços de Saúde de Moçambique e foi designado para a chefia do Serviço de Combate à Lepra de Moçambique em fins de 1972. No quadro dos Serviços de Saúde de Macau desde 1977 até à sua reforma.

BO n.º 21 de 26-05-1997, pp. 255/256

Às 8 horas da noite de 12 de Julho de 1893, na rua nova d´El-Rei, (1) foi apunhalado o chinêsLi Hin Teng, cunhado do capitalista Chan Fong (2) que foi outrora cônsul da China em Honolulu.

Extraído de «Echo Macaense», semanário luso-chinez, Ano I- n.º 1 de 18 de Julho de 1893, p 2

NOTA: a notícia nomeia dois médicos (facultativos) 1- Dr. Luís Lourenço Franco, macaense, nascido a 25-8-1849, formado em medicina em Goa em 1875; nomeado facultativo auxiliar do quadro da Saúde a 20-5-1878, para servir em Timor; nomeado em 4-9-1978 para o quadro de saúde de Macau e Timor. Prestou serviço no batalhão de infantaria do ultramar, no Lazareto da Ilha Verde e na Estação Naval; reformado com a guarnição de capitão a 15-01-1895. 2 – Dr. Pinheiro de Almeida (não encontrei biografia disponível).

(1) A Rua Nova de El-Rei, a artéria principal do antigo Bazar, após a implantação da República em Portugal, em 1910, foi dado o nome de “Rua 5 de Outubro”,. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/rua-5-de-outubro-nova-de-el-rei/

(2) Creio que o falecido era irmão de Lee Hong (李杏), 1.ª mulher (na China) de  Chen Fâng (陳芳) negociante, grande filantropo que ergueu empresas/negócios (venda de ópio, transportes, plantações de açúcar e café, etc.) em Honolulu (Hawai), Macau e Hong Kong: Emigrou de Guangdong para Hawai em 1849, adoptando o nome de Chun Afong, em 1850. Casou também em Hawai com Julia Fayerweather Afong. Deixou, ao todo, 20 descendentes. https://en.wikipedia.org/wiki/Chun_Afong

Vicente de Paulo Salatwichy Pitter (Piter) nascido em Macau, em 10 de Janeiro de 1813 (1) e baptizado em 17 do mesmo mês, (2) (3) (4) faleceu em S. Lourenço a 9 de Julho de 1882. Filho de Pedro Alexandre Salatwichy e Josefa Antónia Favacho.

Extraído de «BPMT», VIII-28 de 15 de Julho de 1882, p. 238

Casou em S. Lourenço em 06-11-1849 com Hermelinda Joaquina Cortela Leiria (15-02-1830/2-08-1855) (5) Deste 1.ª núpcias, teve 4 filhos. Tendo enviuvado casou em S. Lourenço, em 16 de Fevereiro de 1858 com a sua cunhada Eugénia Norberta Cortela Leiria (falecida em 5-07-1902) Deste casamento teve 3 filhos.

Formou-se em medicina na Escola Médica de Goa, praticou na Ala de Medicina do Hospital Real obtendo a carta a 23-04-1839. Regressou a Macau foi nomeado cirurgião ajudante interino do Batalhão de linha e exonerado em 02-05-1865 (OFA n.º 14 de 08-07-1865) conservando no entanto as honras de cirurgião ajudante do mencionado batalhão. Foi também facultativo da superintendência da emigração chinesa.

Extraído de «BGM»,  XI-28 de 10 de Julho de 1865, p. 112

Pelos serviços que prestou gratuitamente às guarnições de vários navios de guerra franceses durante a epidemia de cólera-morbus, que assolou a cidade, foi condecorado com o hábito da Legião de Honra. Mais tarde o governo português agraciou-o com os de Cavaleiros da Legião d´Honra de Cristo e da Conceição e depois de Torre e Espada. («O Macaense, de 13-07-1882)

Ficou com o nome para sempre ligado a um famoso preparado medicinal por ele descoberto e manipulado, o «Sin Cap Dr. Pitter» ou «Chá do Dr. Pitter». (6) Tratava-se de uma infusão de oito espécies (plantas) folhas secas e miudinhas, quase todos específicos contra doenças do tubo digestivo, usados em medicina tradicional chinesa, uma infusão «considerada um bom estomáquico e eupéptico, usava-se como profiláctico, após um chá gordo ou lauto banquete, e era também muito estimada em Macau contra afecções gastro-intestinias de diferentes etiologias»  (6)

NOTA: “Aparentemente o apelido Piter parece ser uma corruptela do nome próprio do pai – Pedro ou seja, Pietro em italiano. Assim, Piter terá funcionado como um autêntico patronímico, logo assumido como apelido em detrimento do próprio apelido original da família.” (3)

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/01/10/noticia-de-10-de-janeiro-de-1813-dr-vicente-pitter/

(2) Segundo Jorge Forjaz (3) foi baptizado em S. Lourenço em 04-01-1813.

(3) TEIXEIRA, Pe. – A Medicina em Macau, Volumes III-IV, 1998, pp.138-142

(4) FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume ii, 1996, pp. 464-465

(5) O Dr. Pitter mandou executar uma linda lápide de mármore e alabastro para sepultura de sua esposa que jaz na parede lateral da igreja do Seminário de S. José, à direita de quem entra pela porta principal.

FOTO DO AUTOR 2015

Em cima, em alastro, aparece-nos uma urna encimada pela cruz, com uma caveira e um manto; duas crianças oram junto a uma cruz com uma coroa; na lápide de mármore, estão dois anjos, um com um ramo outro com a coroa do triunfo.(2)

FOTO DO AUTOR 2015

A lápide foi feita em 1860 por A. Bosc, em Nimes, França. Após falecimento em 1855, esteve sepultada no jazigo de família no Cemitério de S. Miguel e depois o bispo autorizou que os ossos fossem transladados para a igreja do Seminário de S. José

FOTO DO AUTOR 2015

(6) “Este famoso chá era ainda preparado em Macau, nos anos 60/70, por D. Maria Tereza Pitter, neta daquele médico. Era vendido em embrulhinhos de papel de seda cor-de-rosa  e apresentava-se sob o aspecto de um pó muito fino , castanho, e fortemente aromático, lembrando o cheiro de limão ou de laranjaAMARO, Ana Maria – Antigas receitas e segredos de Macau. O famoso chá do Dr. Piter e o já esquecido Chá Patrício. Revista da Cultura, Macau, ICM, n.º5, 1988, pp. 25-26 http://www.icm.gov.mo/rc/viewer/30005/1461