Se o Mundo anda louco …
Macau, Natal de 1985,
José dos Santos Ferreira («Nam Van», n-º 20 de 1 de Janeiro de 1986, p. 56)
Papel (16 cm x 9,5 cm), com mancha de sujidade no canto inferior esquerdo
Lembrança – papel com a seguinte inscrição feita na máquina de escrever da secretaria do Hospital Central Conde de S. Januário, assinada pelo então director do hospital, Dr. Álvaro Veiga, e com o carimbo do hospital.
LIVRE TRÂNSITO DA VIATURA M-52-34
DIAS 21 a 24/11/85
ESTA VIATURA ESTÁ AUTORIZADA A ENTRAR NO RECINTO HOSPITALAR DURANTE O PERÍODO DAS 7,00 DA MANHÃ ATÉ ÀS 17,00 HORAS
O 32º Grande Prémio de Macau realizado em 1985, de 21 a 24 de Novembro, a terceira edição da Formula 3 em Macau foi ganha pelo piloto brasileiro Maurício Gugelmin num «Ralt RT30-Volkswagen» (na primeira, em 1983, foi vencedor Ayrton Senna)
Ver anteriores referências ao Grande Prémio de Macau em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/grande-premio-de-macau/
A 27 de Outubro de 1903, em Vladivostok, nasce o pintor russo George Vitalievich Smirnoff que entre 1943 (emigrante, via Harbin, Tsingtao/Qingdao e Hong Kong) se radicou em Macau, (até 1945) onde, por encomenda do governo local, executou uma preciosa série de aguarelas sobre a cidade. Morre em 1947, em Hong Kong. Está sepultado no cemitério de Happy Valley
1985 – O Museu Luís de Camões que reabriu em 1984 após um período de encerramento comemorou os seus 25 anos, com várias iniciativas. A propósito, a galeria do Leal Senado, local privilegiado de tantas exposições que ilustravam a paisagem cultural de Macau, abriu portas por mais uma, em que foi exibido o espólio do artista George Smirnoff tendo publicado catálogo. (1) As suas aguarelas, muitas feitas de memória, à noite, porque o dia era para lutar pela sobrevivência, são o testemunho da cidade em toda a sua poesia natural e recantos que o urbanismo levou para sempre.
2003 – A obra de Smirnoff é de novo exposta, desta vez no Museu de Arte de Macau, já RAEM, e a ocasião é o centenário do seu nascimento, a 27 de Outubro, em Vladisvostok (Cfr. CONCEIÇÃO Jr, António – Paz em Tempo de Guerra. In RC Int Ed, 8 RAEM, October 2003, pp 140-153) (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 454)
(1) Catálogo George Vitalievich Smirnoff – MACAU – ANOS 40. Edição do Leal Senado de Macau. Produzido pelo Museu Luís de Camões. Orientação da Exposição – António Conceição Júnior. Organização da Exposição: César Guillen-Nunez. Desenho Gráfico – Henry K. K. Ma. Imprimido em Junho de 1985 na Gráfica de Macau. (28 cm x 28cm x 0,5 cm)
Anteriores referências a este pintor em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/george-smirnoff/
Catálogo (dobrável em sete partes de 25, 5 cm x 9,5 cm) bilingue, português e chinês de “Amostra Filatélica da R.P. China”, evento realizado pelo Instituto Cultural de Macau, em Outubro de 1985, durante a semana da cultura chinesa.
Foram expostas amostras filatélicas da R. P. C. : envelopes de 1.º dia de circulação emitidos entre 1979 e 1985; envelopes comemorativos entre 1981 e 1985; aerogramas comemorativos entre 1979 e1985 e maximafilia entre 1983 1985.
Programa (bilingue: português e chinês) da visita/exibição que a equipa nacional de ginástica da R. P. China efectuou a Macau em 16 de Junho de 1985, com organização do Leal Senado e colaboração da “Asan Pacific Sports Promotion (Hong Kong) Co. Ltd”. A exibição foi no Forum de Macau.
Publicação (1) do Vice-Almirante Pedro Fragoso de Matos, (2) com o título de “Acção Naval Portuguesa Contra os Piratas no Mar da China”, de Maio de 1985, de 40 páginas, onde apresenta, como refere o autor na Introdução (pp. 5-6).”No presente artigo, resultante duma morosa investigação, com grande consulta de publicações e manuscritos coevos, será primeiramente apresentada uma ligeira abordagem sobre o estabelecimento dos portugueses em Malaca e Macau, o seu movimento comercial marítimo para o Extremo Oriente, e a pirataria no Mar da China, sendo, depois, referidos pequenos resumos das mais importantes acções navais para a sua repressão, tenho-as agrupado de acordo com as respectivas épocas e conforme os objectivos pretendidos, por vezes decisivos para a continuação da nossa presença naquelas conturbadas e distantes paragens do Sueste Asiático, num clima de paz e de harmonia com os nossos poderosos vizinhos.”
(1) MATOS, Pedro Fragoso de – Acção Naval Portuguesa Contra os Piratas no Mar da China”, composto e impresso nas oficinas da Editorial Minerva, Maio de 1985, 49 p., 22,5 cm x 15,7 cm x 0,4 cm.
Adquirido na I Feira do Livro de Macau, organizada pelo Instituto Cultural de Macau, em Lisboa no Forum Picoas de 12 a 18 de Dezembro de 1988.
(2) Outras publicações deste autor relacionados com o Extremo Oriente:
O maior tufão de Macau: separata dos anais do clube militar naval: 1985 – Lisboa: Editorial Minerva, 1985. – 30 p. ; 23 cm.
Recordações do passado: Ano Novo China no porto interior de Macau – Lisboa: 1986. – 15 p.; 23 cm
A odisseia da corveta “iris” no mar da China: separata dos anais do clube militar naval: Lisboa: Editorial Minerva, 1986. – 30 p.
Navios de guerra portugueses nos tufões do Mar da China. Macau : Instituto Cultural de Macau, 1987, 128 p.
Cartas de um Comandante no Extremo Oriente. Macau: Obra Soc. Serv. da Marinha, 1987. – 195 p.