Os alunos das escolas de Macau participaram activamente nas comemorações do IV Centenário da Publicação de «Os Lusíadas» que se desenrolaram através do corrente ano de 1972.
Além das representações traduzidas em academias músico-literárias e exibições de atletismo em que foram as principais figuras, devem salientar-se os concursos literários e artísticos em que evidenciaram a sua cultura e a sua arte.
Para premiar os que revelaram maior capacidade, realizou-se, no dia 15 de Dezembro de 1972, no Ginásio da Escola Comercial «Pedro Nolasco», uma interessante sessão de distribuição de prémios, tendo sido entregues os 1.º, 2.º e 3.º prémios e menções honrosas aos alunos que os mereceram no concurso aos jogos florais e ao concurso de painéis. O tema foi a figura e a obra de Camões.
A numerosa assistência
Assistiram à sessão o Governador e Exma Esposa, vendo-se nas primeiras filas as mais destacadas individualidades da vida oficial da Província
O Dr. Túlio Lopes Tomás, chefe dos Serviços de Educação, procede à abertura da Sessão, explicando as razões da mesma.
Uma pequena vencedora do concurso de poesia, recita, com muito desembaraço a sua composição, que lhe mereceu uma prolongada salva de palmas.
Fotos e texto extraídos de «MBIT», VIII, 9/10 de NOV/DEZ, 1972, p. 34
Aspecto da assistência no Salão Nobre do Leal Senado
Depois de um ano intenso de comemorações do «IV Centenário da Publicação de “Os Lusíadas”, tiveram estas o seu remate no dia 7 de Dezembro de 1972, no salão Nobre do Leal Senado, sob a presidência do Governador da Província, tendo existido as mais destacadas individualidades e cidadãos de todos os escalões sociais
O Dr. Túlio Lopes Tomás fez a apresentação da oradora
Foi oradora, a Dra. Graciette Batalha, professora do Liceu Nacional Infante D. Henrique, que subordinou a sua conferência ao tema «CAMÕES SATÍRICO»
O Senhor Governador encerrou a sessão com um discurso em que pôs em evidência o valor imortal de «Os Lusíadas»
Após a conferência, seguiu-se a inauguração da Exposição Bibliográfica na Biblioteca Nacional, englobando várias edições de «Os Lusíadas» obras alusivas aos mesmos e a Camões.
O Dr. Henrique de Sena Fernandes, director da Biblioteca Nacional, esclareceu os visitantes sobre a natureza e âmbito da Exposição
Um aspecto da Exposição Bibliográfica alusiva a Camões e à sua Obra
Fotos e texto extraídos de «MBIT», VIII-9/10 de NOV/DEZ, 1972, pp. 26 a 28.
Integrada nas comemorações que nesta Província assinalaram a efeméride do IV centenário da publicação de «Os Lusíadas», realizou-se, no dia 4 de Outubro, a inauguração da Exposição de trabalhos escolares sobre a epopeia nacional, e o poeta imortal.
Aspecto da inauguração da exposição pelo Governador José Nobre de Carvalho (1)
Esteve presente o Governador e as mais destacadas individualidades, distinguindo-se a grande influências de professores das diversas escolas. Os trabalhos compreenderam, principalmente, painéis sobre o tem proposto, com uma rica imaginação dos alunos a colocar Camões nas mais variadas situações duma vida pelo mundo repartida, em que foram abundantes os lances de desventura e muito poucos sorrisos de felicidade dignos de nota. Mas ficou do seu sofrimento, talento e experiência pessoal uma obra que desafia os tempos e as vontades.
Outro aspecto da inauguração da exposição.
Uma exposição em que a arte se casou com a imaginação, numa abundância de quadros em que muitos jovens revelaram excelentes dotes artísticos à espera duma continuidade a caminho de mais altos voos
Painel que obteve o primeiro prémio
O painel que obteve o primeiro prémio no concurso teve como seus autores os alunos do 2.º ano do Curso Comercial da Escola “Pedro Nolasco”, José César Guerreiro, Arnaldo Pereira e Vasco Shin Gume.
Texto (não assinado) e fotos extraídos de «Macau BIT, VIII- 7-8 Setembro/Outubro de 1972, p. 35.
(1) Na foto, á esquerda do Governador, o recente chefe da Repartição Provincial dos Serviços de Educação, Dr. Túlio Lopes Tomás que tomou posse do cargo no dia 1 de Outubro de 1972.
Pequeno opúsculo (8 páginas) (1) com um resumo científico da área da Dermatologia Sanitária, do Dr. M. J. de Campos Magalhães, dermato-leprólogo dos Serviços de Saúde de Macau, (2) sobre o estado da lepra em Macau no ano de 1982, intitulado: “MACAU-1982: RETRATO DA HANSENÍASE” (1)
Capa e contracapa
Capa
Página 3
Páginas 4 e 5
Páginas 6 e 7
Página 8
Conforme os dados clínicos apresentados, em 1982 estavam a ser seguidos noventa e seis pacientes com esta doença Destes 96 enfermos, quarenta e quatro (22 de cada sexo), revelavam algum grau de incapacidade, na maioria entre pacientes asilados no Sanatório de Ká-Hó. Os novos doentes já eram tratados ambulatoriamente e de acordo com a gravidade da forma clínica faziam numa fase inicial o tratamento intensivo, mais ou menos longa, no Isolamento do Hospital Central Conde de S. Januário.
(1) MAGALHÃES, M. J. de Campos – Macau-1982: Retrato da Hanseníase, Edição de autor, 1983? (sem indicação), 8 p, 21 cm x 15 cm.
(2) Manuel José de Campos Magalhães licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1952, ingressou no corpo clínico do Hospital Rovisco Pais (Leprosaria Nacional) até 1959 data em que foi contratado para Moçambique. Possuiu a especialidade de Dermatologia, e o Curso Superior de Micologia Médica do Instituto Pasteur de Paris (onde esteve como bolseiro da O.M.S. em 1964/65). De 1959 a 1972 exerceu as funções de médico leprólogo dos Serviços de Saúde de Moçambique e foi designado para a chefia do Serviço de Combate à Lepra de Moçambique em fins de 1972. No quadro dos Serviços de Saúde de Macau desde 1977 até à sua reforma.
Continuação da leitura do artigo “Resenha Histórica do Hóquei Clube de Macau”, que José dos Santos Ferreira (Adé) publicou em 1972, na revista «MACAU, Boletim de Informação e Turismo» (1) (2)
“… O primeiro «interport» contra Hong Kong efectuou-se em 1934, tendo terminado com um empate 1-1. A série dos «interports» anuais entre as selecções de Macau e Hong Kong prosseguiu, ininterruptamente até 1941, ano em que romperam as hostilidades no Pacífico. Entretanto, em 1939, o tenente Filipe O´Costa havia regressado à Metrópole. Porém, em Macau, ficaram bem vincados, entre os adeptos de várias modalidades desportivas, e quiçá para sempre, o seu nome e a sua obra, aliados à noção mais viva dos princípios do desportivismo, amor e dedicação ao desporto. É que Filipe O´Costa pugnou sempre, não apenas pela modalidade e clube que aqui havia criado, mas também pelo desenvolvimento de outras actividades desportivas nomeadamente o ténis e o atletismo.
Por ironia das circunstâncias, nunca o desporto em Macau teve tantos adeptos e tão vasta actividade como nos anos cruciantes da guerra no Pacífico. O hóquei, como não podia deixar de ser, teve o seu grande quinhão de benefício. Longe de se manter inerte, bem pelo contrário a actividade que se desenvolveu no seu único campo – o da Caixa Escolar – foi extraordinariamente intensa e profícua. Toda a promoção em prol do hóquei foi possível na medida em que os numerosos hoquistas de Hong Kong aqui refugiados quiseram e bem souberam cooperar com os elementos locais no prosseguimento da prática e tradição da modalidade.
Disputaram-se, então, torneios e campeonatos, uns após outros com a participação de dez grupos, no mínimo, de homens, e de outros tantos de meninas e de estudantes. A febre do hóquei só abrandou quando terminada a guerra, os milhares de refugiados regressaram às suas terras.
O Hóquei Clube de Macau adquiriu personalidade jurídica em 1944, com a publicação dos seus estatutos, aprovados pela Portaria n.º 3: 658 de 21 de Outubro desse mesmo ano. A série dos «interports» com Hong Kong retomou o seu prosseguimento em 1949, com a realização do 9.º encontro anual e não mais sofreu interrupção até ao ano presente (1972), em que os seleccionados de Macau, tendo-se deslocado a Hong Kong, dali regressaram com a vitória de 1 a 0. “.
A representação do País em certamente internacional foi, desde há muito, «sonho doirado» do Hóquei Clube de Macau. O clube macaense tudo fizera para estar presente nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e de 1956, em representação de Portugal. Mas circunstâncias adversas impediram que tão grande aspiração e honrosa representação se transformassem em realidade.” (1)
(1) FERREIRA, José dos Santos – «MBIT», VIII-3/4 de Maio/Junho de 1972, pp.2-3
“Resenha Histórica do Hóquei Clube de Macau”, escrita por José dos Santos Ferreira (Adé) e publicada em 1972, na revista «MACAU, Boletim de Informação e Turismo » (1)
“Naquela tarde de Outono de 1926, um jovem oficial do Exército, meses antes chegado à Província, reunia à sua volta no campo desportivo da Caixa Escolar cerca de uma dúzia de atletas, uns ainda rapazes e outros homens já feitos, a quem falou animadamente do hóquei em campo, em todos incutindo o gosto e o interesse pela modalidade. Desportista em toda a acepção do termo e entusiasta de hóquei como nunca houve outro igual, Filipe Augusto O´Costa – assim se chama o jovem tenente de Infantaria – acabava, naquela tarde, de lançar a semente que viria a produzir tantos e tão benéficos frutos em proveito do desporto português nestas paragens do Oriente, Filipe O´Costa tinha feito escola de hóquei na Alemanha e Inglaterra. Ali aprendera a jogar a li colhera sãos ensinamentos sobre o desportivismo, o espírito de «fair play» e a essência do amadorismo no desporto, única forma em que o hóquei em campo é aceitável.
O primeiro grupo de hóquei de Macau formou-se umas semanas após aquela reunião, dele fazendo parte estudantes, militares e cadetes ingleses. Filipe O`Costa era médio-centro, o capitão, o chefe, mestre, treinador e a alma do grupo. Mercê de muita tenacidade e valiosos ensinamentos, sem mais tardar, viu os seus discípulos e companheiros da equipa predicados que bem valiam ser aproveitados, a par dum entusiasmo e dedicação a toda a prova. Aos primeiros elementos, outros se juntaram e no ano seguinte já mais de duas dezenas d adeptos sabiam manejar o «stick», revelando, porém, sem grande surpresa para o mestre, decidida inclinação para a modalidade.
Naquele tempo, em Hong Kong, dada a existência de muitos esportistas britânicos e ainda por influência da Índia, já o nível do hóquei se situava em escala bastante elevada. Vários eram os agrupamentos e centenas os jogadores de diferentes nacionalidades que praticavam com regularidade este desporto. Era, pois, imperioso promover contactos. Não hesitou o tenente Filipe O´Costa em proporcionar aos seus discípulos o gosto de participar em pugnas, convidando para Macau quantas equipas quisessem aqui vir a disputar encontros amigáveis com o primeiro e o único grupo de hóquei de Macau.
Os primeiros resultados foram inteiramente desfavoráveis; derrotas após derrotas, algumas delas copiosas, assinalaram as duas épocas iniciais do hóquei de Macau. Tais resultados, se foram desastrosos, não chegaram, com certeza, a ser desmoralizadores. Bem antes pelo contrário, constituíram, de certo modo para estímulo e levaram os nossos hoquistas a encher-se de brio, convencendo-se de que era preciso trabalhar mais e aprender melhor. Assim, de facto, aconteceu, e os resultados positivos do seu trabalho aturado, persistência e redobrada dedicação não se fizeram esperara partir d terceira época, já muitos encontros terminavam a favor de Macau. Não mais de havia registado outra derrota pesada. A turma macaense havia crescido e já se sabia impor aos grupos de Hong Kong, muito jogados e experientes. O nome do Hóquei Clube de Macau estava feito.
Durante cerca de uma década, vitórias após vitórias marcaram o período áureo do clube macaense, já então cognominado o «invencível» pela massa desportiva e Imprensa de Macau e Hong Kong. Os adversários já não eram apenas os modestos clubes de hóquei de Hong Kong, com também agrupamentos mistos e seleções da colónia britânica, grupos e selecções de Singapura, universitários do Japão e ainda uma selecção de Cantão, formada, na sua maioria, por elementos da comunidade alemã estabelecida em Shameen.
Identificação dos jogadores (data ?; local ?) 1.ª plano (sentados): Henrique Nolasco da Silva; Fernando Marques; Lourenço Ritchie; Alexandre Airosa(?) ; Albertino Almeida 2.º plano (de joelhos): Herculano da Rocha (Josico); ???; Humberto Rodrigues. 3.º plano (de pé): João do Santos Ferreira; José dos Santos Ferreira; César Capitulé (guarda redes) ; Armando Basto.
No ano de 1972, o Comissariado Provincial da Mocidade Portuguesa organizou mais uma vez um acampamento para os seus filiados. (…) Instalado num dos mais belos e aprazíveis sítios da ilha de Coloane, nos terrenos da colónia balnear da Polícia de Segurança Pública, com uma bela Praia. (…)
Com início no dia 4 de Setembro e terminou no dia 8 com o levantamento das barracas e o regresso a Macau. Sob a direcção do Revdo. Padre José Maria Fonseca, S.D.B., assistente eclesiástico da Organização, tendo como instrutores o professor José Ricardo Neves e sargento Francisco Marcelo Burgos, a vida do acampamento decorreu na melhor ordem possível, num ambiente sempre de grande animação, com um programa bem pensado e melhor executado.
Ao graduado José Rodrigues, do Centro n.º 4 (Colégio Dom Bosco) esteve cometido o Comando do Acampamento com cerca de 70 filiados dos diversos Centros da Província que integraram o referido acampamento, durante cinco dias.
O local onde foi implantado o acampamento da Mocidade Portuguesa, junto à bela praia de Hac-Sá.
No dia 7 de Setembro, o Senhor Encarregado do Governo, coronel Ferreira Machado fez uma visita ao Acampamento, acompanhado do seu secretário, Sr. Rogério Artur dos Santos, do Comissário Provincial da M. P., capitão Fernando dos Santos Maia, Adjunto do Comissário, Dr. Marinho de Bastos, e ainda o Director do Centro n.º 1, Dr. António Maria da Conceição. Texto e fotos extraídos de «MBIT», VIII, n.º7/8 de Set/Out, 1972, pp. 14-17.
O Comandante do Acampamento José Rodrigues durante a saudação que dirigiu ao S. Encarregado do Governo, coronel Ferreira Machado, no dia da sua visita.
O Sr. Encarregado do Governo faz a entrega de prémios aos vencedores das diversas provas de atletismo constantes da competição desportiva.
O Governador Nobre de Carvalho depõe um ramo de flores junto do pedestral do busto de Luís de Camões
“Dentro da tradição que conta muitos anos, e integrada no «Dia de Portugal», realizou-se a romagem das escolas à Gruta de Camões, este ano solenizada com mais brilho, pelo facto de se celebrar o IV centenário da publicação «Os Lusíadas»…» (1)
Esteve presente o Governador, acompanhado da Esposa, e as mais destacadas autoridades da Província, sendo denotar as numerosas representações sas escolas portuguesas, cujos estudantes traziam cada um uma flor que, na devida altura, depuseram junto do pedestral onde se ergue o busto do poeta.
O Dr. Henrique de Sena Fernandes proferindo a alocução junto à Grut
Findo o discurso do Dr. Henrique de Sena Fernandes, director da Escola Comercial, o Governador Nobre de Carvalho descerrou uma lápide comemorativa do IV centenário da Publicação de «Os Lusíadas», talhada no duro granito, irmão da rocha viva que forma a gruta do poeta.
O Governador descerrando a lápide, junto à Gruta de Camões
A lápide comemorativa do acontecimento.
Entretanto, os «JOGRAIS» da Escola Comercial «Pedro Nolasco» iam recitando trechos líricos e épicos de Camões, dando ao ambiente a solenidade dos momentos de alto valor cultural.
Depois seguiu-se o desfile da juventude escolar portuguesa perante o busto.
Os «Jograis» da Escola Comercial «Pedro Nolasco» recitando trechos líricos
A assistência na homenagem a Camões.
O desfile da juventude escolar
(1) Extraído de “Macau B.I.T.», VIII, 3 e 4, Maio/Junho, 1972, pp,20-22.
No dia 1 de Junho de 1982, iniciou a sua actividade, o «Cineteatro Macau» com 3 ecrans, remodelação do antigo Teatro/Auditório Diocesano, (1) junto ao Colégio de Santa Rosa de Lima, com a exibição do filme «Somewhere in time», (2) de produção britânica. Na sessão inaugural teve a presença do governador Almeida e Costa e de numerosos convidados.
O« Cineteatro Macau» passou a ter três sessões diárias, com mais uma sessão aos sábados e domingos, dedicada aos estudantes e com preços reduzidos. Teve, ainda, sessões gratuitas no primeiro domingo de cada mês, com exibição de filmes do grupo «A», para todos, dedicadas aos estudantes. (3)
(1) 1974 – Macau possui um teatro (D. Pedro V) com 360 lugares; 8 Cineteatros com um total de 8 934 luares e uma sala de espectáculos recente, o Auditório diocesano com 1200 lugares.
O Auditório Diocesano junto ao Colégio de Santa Rosa de Lima foi inaugurada a 1 de Novembro de 1972, tendo a lápide inaugural do Auditório Diocesano sido descerrada pelo Adjunto Particular do Secretário das Nações Unidas para os assuntos de emigração, Sr. Francis Kellog, A Diocese de Macau dispôs para o efeito de um subsídio de US $ 6 000 da «Catholic Relief Services» (3)
(2) «Somewhere in time», filme romântico, de 1980, dirigido por Jeannot Szwarc com argumento de Richard Matheson (baseado no seu romance de 1975,“Bid Time Return”) e com os actores: Christopher Reeve, Jane Seymour, e Christopher Plummer. O filme é conhecido pela partitura musical composta por John Barry, (4) tocada pelo pianista Roger Williams. (https://en.wikipedia.org/wiki/Somewhere_in_Time)
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, pp. 383, 388 e 432) e «Macau82 Jornal do ano primeiro semestre». GCS, 1982, P. 129
(4) John Barry (1933 – 2011), compositor britânico e director de orquestra (maestro). Compôs para mais de 100 películas e programas televisivos e mais conhecido pelos 11 filmes da série de James Bond: «Dr. No»,« From Russia with Love», «Goldfinger», «Thunderball», «You Only Live Twice», «On Her Majesty’s Secret Service», «Diamonds Are Forever», «The Man with the Golden Gun», «Moonraker», «Octopussy», «A View to a Kill«, e «The Living Daylights».
Operários a demolir um secular casarão na Rua da Praia do Manduco, próximo da Capitania dos Portos, encontraram um túnel de dezenas de metros de comprimento e cerca de um metro de largura, capaz de dar passagem, em alguns segmentos a um homem em pé. Presume-se estar perante um corredor de passagem subterrânea ou um depósito escondido para algum tesouro ou armamento, lavrado em tempos idos. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. 5, 1998)
A rua da Praia do Manduco uma das mais antigas de Macau, local onde se iniciaram as trocas comerciais com os chineses locais e onde os barcos de pesca atracavam no cais perto da rua, começa na Rua de João Lecaros, (1) ao fundo da Calçada do Januário e termina na Rua do Almirante Sérgio, ao lado do prédio n.º 255-F. A Praia do Manduco era uma das mais frequentadas pela marinha mercante e vários comerciantes tinham nela cais privativos.
(1) Juan Lecaroz , famoso negociante espanhol que viveu em Macau, durante mais de 50 anos e aqui faleceu, a 7 de Setembro de 1904, deixando uma fortuna imensa. Herdou por morte da esposa, Ana Josefa Sabina Carneiro (1839-1900) o antigo palácio do Barão de S. José de Porto Alegre (2), que foi comprado pelos pais de Ana Josefa, Bernardo Estevão Carneiro (3) e Ana Maria Peres da Luz e Silva. O palácio ficava na Rua da Praia do Manduco e foi destruído em 1939. Alfredo Augusto de Almeida (4) ainda conseguiu “salvar” a base da entrada do palácio que foi depois depositada na Jardim da Flora (ainda estará lá ???). TEIXEIRA. P. Manuel – Toponímia de Macau Volume I, 1997, p. 135