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Envelope vermelho (Lai Si) (1) do banco “Wing Hang Ngan Hong Ltd – Banking & Trust”, da década de 80 (século XX), situado na Avenida Almeida Ribeiro, n.º 21,  Tel.3025/3775/5056. (2)

Dimensões: 10, 5 cm x 6.8 cm.

行銀亨永- mandarin  pīnyīn: háng yín hēng yǒng; cantonense jyutping: hong4 ngan2 hang1 wing

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/envelopes-vermelhos-%E5%88%A9%E6%98%AF-%E5%88%A9%E5%B8%82-%E5%88%A9%E4%BA%8B/

(2) Actualmente denominado “華僑永亨銀行”. – cantonense jyutping: faa1 kiu4 wing5 hang1 ngan2 hong4, situ na Av. de Almeida Ribeiro n,º 241, Macau, tel: 853 2833 5678

O Banco Wing Hang Bank Limited (Macau) estabeleceu-se em Macau no ano 1941. Tendo a sede principal em Hong Kong. (Wing Hang Bank Limited (Hong Kong).  Em Julho de 2014 tornou.se um subsidiária do “Oversea-Chinese Banking Corporation (OCBC) of Singapore”

https://www.ocbcwhhk.com/webpages/en-us/html/china_bus/macau_bus/macau_bus.html?id=macau_bus

Etiqueta de 14,5 cm x 10 cm, colada num pedaço de cabedal sensivelmente de 15 cm x 16 cm, recortado de uma antiga mala de viagem, de 1956, onde se anunciava o “GRAND HOTEL – MACAU.” (1)

Etiqueta em mau estado de conservação com perda de alguns pedaços quer na imagem do Hotel quer nas letras.

(1) O “Grand Hotel” ou Grande Hotel «Kuoc Chai», foi inaugurado no dia 7 de Março de 1941, um arranha-céus de raiz  com 9 andares, situado ao fundo da Avenida Almeida Ribeiro, junto das pontes de desembarque do Porto Interior, onde atracam todos os barcos da carreira Macau-Hong Kong. Após 27 anos de “abandono”, foi recentemente, após restauro, reinaugurado. (https://macaudailytimes.com.mo/grande-hotel-kuok-chai-reopens-today-after-27-long-years.html)

Ver anteriores referências deste hotel em:     https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-kuok-chai-grande-hotel-grand-hotel/

Extraído de «BOCM», n.º 14 de 5 de Abril de 1941, p. 237- 238
TRADUÇÃO de António H. de Melo

Do «Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas», no n-º especial comemorativo do Tricentenário da «Gazeta», n.º4, Out/Nov/ Dez  de 1941, pp. 143-144; 169-170. (1), extraí o seguinte texto sobre a evolução da imprensa escrita em Macau.

(1)http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/BoletimdoSindicatodeJornalistas/N04/N04_master/BoletimdoSindicatodeJornalistas_N04_OutNovDez1941.pdf

Extraído de «BGC», XXI-244 OUT1945 pp. 135-136

Ver anteriores telegramas enviados de Macau após a guerra: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/10/10/noticias-de-10-de-outubro-de-1945-telegramas-de-macau-apos-a-guerra-i/

Carta ao Vice-Rei da Índia (1) encomendando-lhe que ordene ao Capitão da Cidade de Macau que lhe mande officiaes que possam em Goa fundir artilheria de ferro e ensinar a arte.

“Conde VRey amigo etc. Por não haver neste Reino officiaes, que saibaõ fundir arthelheria de ferro e pella informação, que há de que na China, e Japão há officiaes, que o sabem fazer, e juntamente pelouros de ferro coado, e que da China se trazem para a Índia, e se levaõ para Philipinas, e os olandezes se ajudaõ tbm della hauendoa de hua fetoria, que tem em Japaõ. Vos emcomendo ordeneis ao Capitaõ da Cidade de Macao, que nas pellas embarcaçõens, que para ahy uierem, vos mande officiaes sellariados, para fundem a de Bronze e me auizareis do que nisto se effectuar. Escrita em Lisboa a 15 de Abril de 1626. Dom Diogo da Silua, Diogo da Costa.” (2) (3)

(1) 22.º Vice rei da Índia, de 1622 a 1628 D. Francisco da Gama (Vidigueira). O Capitão-geral de Macau de 7 de julho de 1623 a 18 de Julho de 1626, era D. Francisco Mascarenhas (nomeado posteriormente Vice-Rei da Índia em 1628 mas não exerceu o cargo por ter arribado a Lisboa devido a tempestade). O Capitão-geral de Macau seguinte foi Filipe Novo, de 19 de Julho de 1626 a 1630.

(2) Arquivos de Macau AM-II-01-02 – 2.ª série Vol I. N.º 2 – Fev- Março de 1941 pp. 120

(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/03/27/noticia-de-27-de-marco-de-1626-o-direito-de-caldeirao-e-a-conservacao-do-colegio-de-s-paulo/

Publicação periódica (duas vezes por mês/ quinzenal), iniciada a 8 de Dezembro de 1921, dirigida pelo cónego António Maria de Morais Sarmento. (1) A Redação estava situada na Rua Central n.º 79 e era impressa na Tipografia do Orfanato (Rua Central n.º 79). O último número (n.º 23) saiu em 1923. Cada edição estava dividido em 4 colunas num total de 4 páginas. 1.ª coluna – Catecismo – doutrina católica e acção dos missionários; a 2.ª coluna – Arte – focava temas como arte e literatura; a 3.ª coluna – Científico – assuntos científicos e a 4.ª coluna – Telegrama – publicava notícias das agências internacionais francesas e britânicas. (2)

(1) Alguns dados de António Maria de Morais Sarmento (Cónego Missionário). Secretário particular do Bispo D. João Paulino d´Azevedo e Castro em 1912.

01-09-1925 – Início do «Diário de Macau», o primeiro quotidiano publicado em Macau, com o subtítulo «Jornal Noticioso, Literário e de Divulgação Histórica». Este periódico, publicado às sextas-feiras, era  dirigido pelo conhecido Cónego A. Moraes Sarmento foi substituído após a publicação do seu 65.º número, em 29 de Novembro de 1925,  pelo jornal «A Pátria» (de 1979 – 1981, há outro jornal com o título de Diário de Macau) (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 173)

Em Janeiro de 1941, saiu a  2.ª Série, Vol. I da Revista Arquivos de Macau. Mensal, sob a responsabilidade e direcção do Cónego Morais Sarmento. Este volume tem dois preciosos índices e a Série foi interrompida por falta de papel. (Cfr. 1964, 4 de Fevereiro – Início da 3.ª série ) . (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia de História de Macau, Volume III, 2015, p 271)

(2) https://www.library.gov.mo/pt/library-collections/special-collections/ancient-texts?ancient=book_210  

Ver anteriores referências a este Cónego em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/conego-antonio-maria-de-morais-sarmento/

Continuação da leitura do artigo “Resenha Histórica do Hóquei Clube de Macau”, que José dos Santos Ferreira (Adé) publicou em 1972, na revista «MACAU, Boletim de Informação e Turismo» (1) (2)

“… O primeiro «interport» contra Hong Kong efectuou-se em 1934, tendo terminado com um empate 1-1. A série dos «interports» anuais entre as selecções de Macau e Hong Kong prosseguiu, ininterruptamente até 1941, ano em que romperam as hostilidades no Pacífico. Entretanto, em 1939, o tenente Filipe O´Costa havia regressado à Metrópole. Porém, em Macau, ficaram bem vincados, entre os adeptos de várias modalidades desportivas, e quiçá para sempre, o seu nome e a sua obra, aliados à noção mais viva dos princípios do desportivismo, amor e dedicação ao desporto. É que Filipe O´Costa pugnou sempre, não apenas pela modalidade e clube que aqui havia criado, mas também pelo desenvolvimento de outras actividades desportivas nomeadamente o ténis e o atletismo.

Por ironia das circunstâncias, nunca o desporto em Macau teve tantos adeptos e tão vasta actividade como nos anos cruciantes da guerra no Pacífico. O hóquei, como não podia deixar de ser, teve o seu grande quinhão de benefício. Longe de se manter inerte, bem pelo contrário a actividade que se desenvolveu no seu único campo – o da Caixa Escolar – foi extraordinariamente intensa e profícua. Toda a promoção em prol do hóquei foi possível na medida em que os numerosos hoquistas de Hong Kong aqui refugiados quiseram e bem souberam cooperar com os elementos locais no prosseguimento da prática e tradição da modalidade.

Disputaram-se, então, torneios e campeonatos, uns após outros com a participação de dez grupos, no mínimo, de homens, e de outros tantos de meninas e de estudantes. A febre do hóquei só abrandou quando terminada a guerra, os milhares de refugiados regressaram às suas terras.

O Hóquei Clube de Macau adquiriu personalidade jurídica em 1944, com a publicação dos seus estatutos, aprovados pela Portaria n.º 3: 658 de 21 de Outubro desse mesmo ano. A série dos «interports» com Hong Kong retomou o seu prosseguimento em 1949, com a realização do 9.º encontro anual e não mais sofreu interrupção até ao ano presente (1972), em que os seleccionados de Macau, tendo-se deslocado a Hong Kong, dali regressaram com a vitória de 1 a 0. “.

A representação do País em certamente internacional foi, desde há muito, «sonho doirado» do Hóquei Clube de Macau. O clube macaense tudo fizera para estar presente nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e de 1956, em representação de Portugal. Mas circunstâncias adversas impediram que tão grande aspiração e honrosa representação se transformassem em realidade.” (1)

(1) FERREIRA, José dos Santos – «MBIT», VIII-3/4 de Maio/Junho de 1972, pp.2-3

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/09/11/leitura-resenha-historica-do-hoquei-clube-de-macau-i/

Notícia da visita oficial do Governador Gabriel Maurício Teixeira (1) a Hong Kong em Maio (data ?) de 1941. O Governador de Hong Kong era Sir Geoffrey Alexander Stafford Northcote (2). Recorda-se que a 7 de Dezembro desse ano, Japão atacou de surpresa a base aeronaval dos E.U.A. em Pearl Harbour e a 8 de Dezembro, os E.U.A. declararam guerra ao Japão e nesse mesmo dia, os japoneses ocuparam Hong Kong, após mais de duas semanas de sangrentos combates e heroica resistência, até de jovens que viram os seus colégios transformados em Hospitais. (3)

Extraído de «BGC», XVII, Agosto/Setembro de 1941 n.º 194/195, p. 161

(1) Gabriel Maurício Teixeira (1897-1973) foi nomeado governador de Macau a 5 de Outubro de 1940 (por falecimento do anterior, Artur Tamagnini Barbosa)  e governou até 31 de Agosto de 1947. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/gabriel-mauricio-teixeira/

(2) Sir Geoffrey Alexander Stafford Northcote (1881-1948) foi nomeado governador de Hong Kong (2º vez) a 28 de outubro de 1937. Governou até 10 de Setembro de 1941.

(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 273.

Em Fevereiro de 1942, chegam a Macau os primeiros grupos de refugiados de Hong Kong. São recebidos naturalmente entre familiares e amigos. O desporto e a arte reviveram com os novos elementos de Hong Kong que era preciso ocupar, animar. Um exemplo flagrante e ainda hoje lembrado foi o concerto de caridade que houve no Cine-Teatro Apolo, que mandou alargar o palco para caber a orquestra, de mais de cem instrumentos; dela faziam parte seis baixos, oito violoncelos, quatro pianos, etc, contando ainda o acompanhamento de um coro de para cima de cem figuras. Em vez de 200 mil, (1) Macau albergou 500 mil habitantes nesta época. Só em Novembro de 1945 é que se iniciou a repatriação dos refugiados portugueses de Macau para Hong Kong e tudo começou a voltar ao normal. (2)

(1) 1941 – A população de Macau (aumentada desde 1937 com os refugiados de Xangai e Cantão) subiu de 150 mil pessoas, em Dezembro deste ano, para 450 mil, logo nos primeiros meses de guerra (Fevereiro e Março de 1942) e chegou aos 500 mil. Depois da rendição do Japão desce para cerca de 150 mil. Em 20-12-1941, o B.O. n.º 51 publica avisos e anúncios sobre a distribuição de senhas de racionamento à população que se inicia a 23. (2) 

Boletim Oficial de Macau, n.º 51 de 20 de Dezembro de 1941 p. 878

(2) TEIXEIRA, P. M. – Macau Durante a Guerra, 1991, pp 33 -49); SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, pp. 271 e 274.

Anteriores referências aos refugiados: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/05/13/noticia-de-13-de-maio-de-1942-colegio-yuet-wah/