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“Os CTT anunciam em 19 de Março de 1982, o lançamento da primeira «série-base» de selos do Território que terá como tema os «Edifícios e Monumentos de Macau». A série-base a ser lançada por ocasião do 10 de Junho – em que a emissão de selos atinge uma tiragem superior ao normal e se destina a fins postais em especial – encontra-se repartida em três grupos, relativos aos anos de 1982, 1983 e 1984, com taxas de 30 e 40 avos e uma, duas e dez patacas.” («Macau82 jornal do ano», GCS, 1982, p- 66) 

Portaria n.º 85/82/M: emite e põe em circulação neste território, no dia 10 de Junho de 1982, selos postais alusivos a “Edifícios e Monumentos de Macau” , emissão ordinária. (Boletim Oficial de Macau de 5 de Junho de 1982 p. 1022)

Assalto à mão armada no dia 3 de Dezembro de 1955. Foram louvados pelo Governo da Província o seguinte  pessoal de Corpo de Polícia de Segurança Pública desta província: o subchefe de esquadra Jaime Aiala de Guerra Junqueiro Madeira; os guardas portugueses de 1.ª, 2.ª e 3.ª classe, respetivamente, Alexandre José Airosa, Luís Henriques Almeida de Carvalho, Laurindo dos Santos e Gustavo Alberto Ritchie; e o guarda estrangeiro de 3.ª classe Vong Veng pelas qualidades evidenciadas na perseguição de criminosos, a quando do assalto à mão armada no dia 3 de Dezembro do ano findo. (1)

(1) B.O. n.º 5 de 04-02-1956, p. 86

Extraído do “B.O.”, n.º 23 de 6 de Junho de 1936, p. 467
Extraído de «BOM» n.º 14 de 4 de Abril de 1953, p. 278
Extraído de «BOM»,n.º 14 de 4 de Abril de 1953, p. 278

Em 3 de Agosto de 1974 é concedido à Câmara Municipal das Ilhas o privilégio de usar escudo de armas e bandeira própria. (1) A Portaria n.º 468/74, de 10 de Julho, da Presidência da República concede ao Concelho das Ilhas – Macau – o privilégio de usar brasão de armas e bandeira próprios:

Armas – um escudo com o fundo em faixas onduladas de verde e azul-marinho, dois peixes prateados em posição vertical, colocados simetricamente, tendo ao meio e na parte superior dois triângulos isósceles de cor de ouro; em sobreposição e por detrás dos triângulos, colocada em segundo plano, uma meia bola a vermelho. Listel dourado contendo em caracteres negros a inscrição – Câmara Municipal das Ilhas.

Bandeira – laranja forte com cordões e borlas de azul ferrete e verde-garrafa

Selo– dentro de listel circular contendo as palavras Câmara Municipal das Ilhas, o mesmo ordenamento do brasão sem a indicação dos esmaltes” (2)

(1)

Boletim Oficial n.º 31 de 1 de Agosto de 1974 , p. 974

(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 390

Em Fevereiro de 1942, chegam a Macau os primeiros grupos de refugiados de Hong Kong. São recebidos naturalmente entre familiares e amigos. O desporto e a arte reviveram com os novos elementos de Hong Kong que era preciso ocupar, animar. Um exemplo flagrante e ainda hoje lembrado foi o concerto de caridade que houve no Cine-Teatro Apolo, que mandou alargar o palco para caber a orquestra, de mais de cem instrumentos; dela faziam parte seis baixos, oito violoncelos, quatro pianos, etc, contando ainda o acompanhamento de um coro de para cima de cem figuras. Em vez de 200 mil, (1) Macau albergou 500 mil habitantes nesta época. Só em Novembro de 1945 é que se iniciou a repatriação dos refugiados portugueses de Macau para Hong Kong e tudo começou a voltar ao normal. (2)

(1) 1941 – A população de Macau (aumentada desde 1937 com os refugiados de Xangai e Cantão) subiu de 150 mil pessoas, em Dezembro deste ano, para 450 mil, logo nos primeiros meses de guerra (Fevereiro e Março de 1942) e chegou aos 500 mil. Depois da rendição do Japão desce para cerca de 150 mil. Em 20-12-1941, o B.O. n.º 51 publica avisos e anúncios sobre a distribuição de senhas de racionamento à população que se inicia a 23. (2) 

Boletim Oficial de Macau, n.º 51 de 20 de Dezembro de 1941 p. 878

(2) TEIXEIRA, P. M. – Macau Durante a Guerra, 1991, pp 33 -49); SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, pp. 271 e 274.

Anteriores referências aos refugiados: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/05/13/noticia-de-13-de-maio-de-1942-colegio-yuet-wah/

Alfredo Pinto Lelo, (1864 (?) – ?) – advogado e tabelião público de notas, advogado privativo da Filial do Banco Nacional Ultramarino, foi Secretário-geral em Macau e Encarregado da Legação.(1) Foi eleito, em 25-09-1918 deputado pelo círculo de Macau (2)

(1) Apesar da sugestão e insistência de Artur Tamagnini de Abreu da Mota Barbosa, nada foi feito e o Boletim Oficial continuou a ser impresso na Mercantil, até que uma desavença entre o Dr. Alfredo Pinto Lelo (Secretário Geral em Macau e Encarregado da Legação) e Jorge Fernandes levou avante a ideia de Artur Tamagnini de Abreu da Mota Barbosa.

– Uma das suas últimas providências legislativas do governador Álvaro de Melo Machado até ao dia 14 de Julho de 1912- foi a Portaria de 21 de Fevereiro de 1912, que nomeia uma comissão composta por Alfredo Pinto Lelo, Carlos Melo Leitão, Manuel da Silva Mendes, José Maria de Carvalho e Rêgo e Luís Gonzaga Nolasco da Silva para estudar e dar parecer sobre a possível adaptação do decreto acerca da liberdade de imprensa e, ainda, saber se convirá que “o editor de qualquer periódico possa ser indivíduo de nacionalidade estrangeira”. A República precisava de saber com quem tinha de lidar. (Anuário de Macau 1921, p. 100)

(2) “25-09 -1918 – O Dr. Alfredo Pinto Lelo é eleito deputado pelo círculo de Macau. Viaja para Lisboa. É feita a entrega do cartório de tabelionato ao ajudante, Damião Rodrigues, nomeado por Decreto de 13-07-1918. (A. H. M. – F- A. C. P. n.º 552 –S-P)  (SILVA , Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 112)

João Mariano Gracias (1861-1942 (faleceu na sua casa na Rua Central n.º 1), proprietário e advogado provisionário. Gomes da Costa nas sua Memórias, diz que brincou com ele e que ele era «um verdadeiro diabo». Casou em 1889, com Carolina Ana Pereira Colaço

Filho de Vicente Miguel José Gracias (1819-1887), proprietário e vereador do Leal Senado e de Eufrosina Esmeralda dos Reis  (? – 1900) e pai de Vicente José Gracias (1893-1954),  interprete tradutor da Repartição do Expediente Sínico. FERRAZ, Jorge – Famílias Macaenses, II Volume, p. 135

Anuário de Macau 1921, pp II –III- IV
Retrato oficial (póstumo) do Presidente Sidónio Pais (1937), por Henrique Medina. Museu da Presidência da República.

O Presidente da República Portuguesa, Dr. Sidónio Pais, 3.º Presidente eleito (primeiro e único eleito por sufrágio directo na 1.ª República) (Presidente – Rei como lhe chamou Fernando Pessoa), foi assassinado em Lisboa, vítima de um atentado, na Estação do Rossio, em 14 de Dezembro de 1918. (1)

Já em 5 de Dezembro, Sidónio Pais sofrera um primeiro atentado, durante a cerimónia da condecoração dos sobreviventes do Augusto de Castilho, do qual conseguiu escapar ileso. Não conseguiu escapar ao segundo, levado a cabo com dois tiros de pistola pelo ex-sargento José Júlio da Costa, (1893-1946) (republicano radica) na Estação do Rossio, acabando por falecer no Hospital de São José (Lisboa) (2)

Bilhete-Postal de 1919, (de autor desconhecido) retratando o assassinato do Presidente Sidónio Pais na Estação Ferroviária de Lisboa-Rossio, no dia 14 de Dezembro de 1918.

No Boletim Oficial (suplemento ao n.º 50), (n.º 11), de 15 de Dezembro, publicava-se ainda o telegrama enviado de Lisboa de 14-XII-1918 ao Governador de Macau, informando-o do malogro da primeira tentativa de assassinato “ … não teve consequências, assassino disparou de entre o povo que aclamava tendo falhado cartuxo…”

O conhecimento da morte foi publicado no 2.º suplemento ao N.º 50 do Boletim Oficial (N.º 12), de 18 de Dezembro. Telegrama de Lisboa do Ministro das Colónias, de 16-12-1918: “Sidónio Pais agredido tiros revolver estação Rocio ao embarcar para Porto falecendo momentos depois. …”

Um terceiro suplemento ao N.º 50 do Boletim Oficial (n.º 13) foi publicado no dia 19 de Dezembro, o Ministro das Colónias comunicava ao Governador Artur Tamagnini Barbosa, com a data de 17 de Dezembro da eleição por unanimidade de João de Canto e Castro da Silva Antunes (1862-1934) para Presidente (de 16 de Dezembro de 1918 a 5 de Outubro de 1919)

O Governador Artur Tamagnini Barbosa em 8 de Janeiro de 1919, tomou a resolução para que a Estrada da Flora passasse a denominar-se Avenida Sidónio Pais embora em chinês continuasse a ser conhecida pela fonte que aí se encontrava: “I Long Hao” (3)

(1) Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (1872-1918), militar, professor universitário (formado em matemática) e político foi empossado Presidente da República a 9 de Maio de 1918, mas já liderava o Governo desde 12 de Dezembro de 1917 (por ausência de um presidente da República) após a “vitória” das forças revolucionarias” por si comandadas, a 8 de Dezembro de 1917.  Em 1966, os seus restos mortais foram trasladados solenemente para o Panteão Nacional, na Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, aquando da sua inauguração. A cerimónia ocorreu no dia 5 de dezembro e homenageou igualmente com estas honras outros ilustres portugueses. Antes disso, o seu corpo encontrava-se na Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos.

Ver anterior referência em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/12/14/noticia-de-14-de-dezembro-de-1918-morte-de-sidonio-pais/

(2) Segundo algumas versões, as duas balas foram disparadas de duas direcções. O primeiro projéctil alojou-se junto do braço direito do Presidente, e o segundo, fatalmente, no ventre, fazendo com que a vítima caísse de imediato por terra. José Júlio da Costa faleceu em 1946, com 52 anos de idade, internado no Hospital Miguel Bombarda, depois de 28 anos de prisão sem direito a julgamento.

(3) “8-01-1919 – Resolução tomada pelo Governador para que a Estrada da Flora passe a denominar-se Avenida de Sidónio Pais. “ (A.H. M. – F.A.C., P. n.º 578 – S-R) .

Ver anterior referência em:https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/estrada-da-flora/

Extraído de «BGC», XV-168. Junho 1939,
Boletim Oficial suplemento de n.º 13 de 1 de Abril de 1939

NOTA 1: no dia 2 de abril de 1939, tomou posse como Encarregado do Governo o capitão José Carlos Rodrigues Coelho Jr, devido à ausência do Governador A. Tamagnini Barbosa tendo em 9 de Agosto reassumido as funções (BO nº 13-S de 3 de Abril e B.O. n.º 31 de 8 de Agosto)

Boletim Oficial suplemento ao n.º 13 de 3 de Abril de 1939
Boletim Oficial, Suplemento do n.º 31 de 8 de Agosto de 1939

 NOTA 2: O tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Portugal e o Sião foi assinado no dia 2 de Julho de 1938, dando por fim a extraterritorialidade portuguesa no Sião. A partir de 1939, o Sião passou a chamar-se Tailândia.

Oa amplos portões em arco,, entrada para o «Canídromo Clube de Macau / Macau Canídrome Club»

Mais um “slide” digitalizado da colecção “MACAU COLOR SLIDES – KODAK EASTMAN COLOR” comprados na década de 70 (século XX), se não me engano, na Foto PRINCESA. (1)
Em 1940, o Governo de Macau transforma o espaço do canídromo que foi construído pela «Associação de Cães de Macau» para realizar corridas de “cães” (de 28-09-1932 até 1936, quando foram suspensas), no terreno depois chamado «Campo Desportivo 28 de Maio». Em 28-09-1963 nesse mesmo campo desportivo, teve (re) início das corridas de galgos na sequência da concessão efectuada em Agosto de 1961 à empresa «The Kun Pha».
Depois disso, o projecto sofreu alterações até 16-03-1963 quando foram aprovados os Estatutos doa Associação Desportiva e Recreativa «Canídromo Clube de Macau» (“Macau Canidrome Club»” – 逸園賽狗場) (2) (3)  (Portaria n.º 7213 – B.O. n.º 11)

A Companhia “The Macau (Yat Yuen) Canidrome Club “ que foi responsável pelo Canídromo de Macau (a única pista de corridas de galgos na Ásia) fechou a 21 de Julho de 2018.

Fotografia de 2008
https://en.wikipedia.org/wiki/Canidrome_(Macau)

(1) https://www.google.com/search?sxsrf=ACYBGNSn7Rmv6jkuR-8RXyab3nyp4y78NQ:1567866434430&q=nenotavaiconta+slides+coloridos+de+Macau
(2) 逸園賽狗場 – mandarim pīnyīn: yì yuán sài gǒu  cháng; cantonense jyutping: jat6 jyun4 coi3 gau2 coeng4
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997.