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Em 10 de Março de 1980, o Governador de Macau general Melo Egídio, acompanhado pelos Secretários-adjuntos para os Assuntos Económicos Henrique de Jesus e Obras Públicas e Telecomunicações, Aires da Silva, efectuaram, até 17 deste mês, uma visita oficial à República Popular da China para tratarem de assuntos sobre Macau e as relações luso-chinesas, a convite do Ministro do Comércio Externo daquele país. O general Melo Egídio, Governador de Macau entre 1979 e 1981, foi o primeiro a realizar uma visita oficial, à República Popular da China, depois da implantação do regime comunista, em1949 e a estabelecer relações amistosas com as autoridades chinesas de Pequim como da província de Guangdong cerca de um ano depois de Portugal e China terem restabelecido as relações diplomáticas

General Nuno de Melo Egídio (1922-2011) Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (1981-1984)

Um dos assuntos da sua agenda era a obtenção de assentimento para construção de um aeroporto e de uma ligação ferroviária com a China. Quando da visita, o Governador de Macau teve oportunidade de ser recebido pelo Vice-Primeiro-Ministro, Deng Xiaoping, com ele trocando francas e amistosas impressões sobre o significado do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. (1)

Antes de regressar a Macau, a 15-03-1980, o Governador Melo Egídio e a sua comitiva visitaram Xangai e Guangzhou, aonde mantiveram conversações com o Governador de Guangdong, Xi Zhonxu e os Vice governadores Liang Weilin e Zeng Dindgshi sobre a cooperação entre a província de Guangdong e Macau (1)

(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. III, 2015, pp. 416-417

Publicação periódica (duas vezes por mês/ quinzenal), iniciada a 8 de Dezembro de 1921, dirigida pelo cónego António Maria de Morais Sarmento. (1) A Redação estava situada na Rua Central n.º 79 e era impressa na Tipografia do Orfanato (Rua Central n.º 79). O último número (n.º 23) saiu em 1923. Cada edição estava dividido em 4 colunas num total de 4 páginas. 1.ª coluna – Catecismo – doutrina católica e acção dos missionários; a 2.ª coluna – Arte – focava temas como arte e literatura; a 3.ª coluna – Científico – assuntos científicos e a 4.ª coluna – Telegrama – publicava notícias das agências internacionais francesas e britânicas. (2)

(1) Alguns dados de António Maria de Morais Sarmento (Cónego Missionário). Secretário particular do Bispo D. João Paulino d´Azevedo e Castro em 1912.

01-09-1925 – Início do «Diário de Macau», o primeiro quotidiano publicado em Macau, com o subtítulo «Jornal Noticioso, Literário e de Divulgação Histórica». Este periódico, publicado às sextas-feiras, era  dirigido pelo conhecido Cónego A. Moraes Sarmento foi substituído após a publicação do seu 65.º número, em 29 de Novembro de 1925,  pelo jornal «A Pátria» (de 1979 – 1981, há outro jornal com o título de Diário de Macau) (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 173)

Em Janeiro de 1941, saiu a  2.ª Série, Vol. I da Revista Arquivos de Macau. Mensal, sob a responsabilidade e direcção do Cónego Morais Sarmento. Este volume tem dois preciosos índices e a Série foi interrompida por falta de papel. (Cfr. 1964, 4 de Fevereiro – Início da 3.ª série ) . (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia de História de Macau, Volume III, 2015, p 271)

(2) https://www.library.gov.mo/pt/library-collections/special-collections/ancient-texts?ancient=book_210  

Ver anteriores referências a este Cónego em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/conego-antonio-maria-de-morais-sarmento/

No dia 30 de Setembro de 1963, teve início o periódico semanário «Gazeta Macaense». Director Damião Rodrigues; proprietário e administrador – Leonel Borralho. Saia à 2.ª Feira. No primeiro número, dava notícia da inauguração das instalações do canídromo de Macau, e de que até ao fim do ano, deveria chegar a Macau o primeiro hidroplanador para carreira entre Macau e Hong Kong. A Gazeta Macaense foi semanário de 1963 a 1966; bissemanário de 1966 a 1971; diário a partir de 1971, ano em que passa a dispor de versão em língua inglesa. Interrompido entre 1979- 1981. Renovado. Interrompido em 1995. (1)

José dos Santos Ferreira deu as boas vindas ao Neco Borralho, dedicando-lhe o poéma “Gazeta Macaense”, que foi publicado no jornal «O Clarim» de 7 de Outubro de 1963. (2)

   . . .  continua

(1) “10-07-1979 – Início do periódico «Diário de Macau», que substitui temporariamente a Gazeta Macaense e que tem um suplemento em língua inglesa (houve outra publicação periódica com este nome no ano de 1925). Este jornal editou o seu último número em 12 de Setembro de 1981.” (3)

(2) FERREIRA, José dos Santos – Macau Sã Assi, 1967, pp. 67.

(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, pp 412 e  347

“As obras de construção de uma Universidade privada em Macau, localizada na Ilha da Taipa com uma área de 10 hectares, poderão iniciar-se no corrente ano (1) devendo a mesma entrar em funcionamento até Setembro de 1981. A Universidade terá Faculdades de Ciências Sociais; Artes e Letras e Administração e Gestão de Empresas, prevendo-se que com a experiência adqurida e de acordo com as condições económicas possam vir a ser instituídos novos cursos nomeadamente de formação científica, como Ciências Puras, Medicina e Engenharia. Os interessados no empreendimento, um grupo com capitais de Hong Kong, Canadá e Estados Unidos da América (empresa “Ricci Island West Ltd”, empresa ligada a diversos projectos educativos) comprometem-se a dar prioridade absoluta de matrícula aos estudantes do território devidamente qualificados e que hajam satisfeito as condições de admissão à Universidade. O mesmo estabelecimento de Ensino Superior garante a admissão de alunos de Macau em número e condições a fixar entre o Governo e a Universidade. A Universidade obriga-se a incluir uma secção de estudos portugueses assegurando para o efeito o apoio de instituições congéneres portuguesas através de protocolos ou convénios, designadamente com a Universidade Católica Portuguesa e a Universidade Livre de Lisboa.

A edificação da Universidade incluirá instalações de apoio social desportivo e recreativo cultural e terá capacidade final para dois mil alunos, em instalações construídas por fases, cada uma com a capacidade de 500 alunos. A Universidade, com programas em português, chinês e inglês, englobará ainda acomodações para o pessoal, alunos, corpo docente e visitantes.” (2)

Maqueta das instalações

(1) “Fevereiro de 1979- Assinado o contrato de concessão de terreno para a Construção da Universidade de Macau, localizada na Taipa, para onde Macau prometia crescer a partir da 1.ª ponte, em Outubro de 1974. Mais de cem reitores de todo o Mundo assistiram, engalanados com as suas vistosas insígnias, à cerimónia da abertura da Universidade da Asia Oriental” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 409)

(2) Extraído de «MACAU Boletim de Informação e Turismo»,  Vol. XIV, N.ºs 3 e 4 Mar/Abr, 1979, p. 20.

No dia 14 de Abril de 1979, foi inaugurado no átrio da Escola Comercial «Pedro Nolasco», a primeira galeria de pintura dos artistas macaenses António José Júlio César Guerreiro, José Armando Lau do Rosário, Luís Ribeiro Coutinho, Rafael Augusto César Guerreiro e Gaspar dos Remédios.

No acto da inauguração

A exposição que reuniu ceca de uma centena de óleos e aguarelas, foi inaugurada pelo Director do Centro de Informação e Turismo, substituto, A. Mendes Liz.
Foi muito concorrida e esteve patente ao público até às 22 horas do dia 17 de Abril.

Pormenor da visita à galeria

Extraído de «M. B. I. T.»  XIV-3-4, 1979..

Extraído de BGU XLV- 528, 1969.
NOTA 1 :  A Casa de Macau em Lisboa foi fundada a 11 de Junho de 1966, tendo a sede num edifício arrendado. Em 1969 foi inaugurada a sede na Praça do Principie Real. Após a invasão da sede no período revolucionário de 25 de Abril, em 1974 e fecho das instalações, seria reaberto em 1979. Em 1988, foi declarada com o estatuto de Pessoa Colectiva de Utilidade Pública. (2) Em 1999 foi inaugurada a actual sede-social na Av. Almirante Gago Coutinho n.º 142 em Lisboa.
A propriedade da antiga sede da Casa de Macau, na Praça do Príncipe Real (1) é actualmente da Fundação Casa de Macau (sede e Centro de Documentação), nascida a 26 de Julho de 1996.
NOTA 2: O presidente do Leal Senado era Joaquim Morais Alves (e não como consta no texto, erradamente, “Dr. Moura Alves”.
(1) Praça do Príncipe Real, 25 1º  1250-184  LISBOA
(2) Diário da República –II Série n.º 22 – 27-1-1988, p. 761 

Anúncio da Quinzena de Macau, retirada da revista ARTIS, editada pelo Leal Senado.
NOTA 1: Com edição da “Quinzena de Macau” foi lançada em Outubro de 1979, em Lisboa, uma das edições do livro “Macau Factos e Lendas” de Luís Gonzaga Gomes.
GOMES, Luís Gonzaga – Macau, Factos e Lendas (páginas escolhidas). Edição da Quinzena de Macau, 1979, 152 p., 19,5 cm x 14,5 cm.
NOTA 2: A propósito da “Quinzena de Macau”, realizada em Lisboa no ano de 1979, consultar artigo de António Conceição Júnior em
http://www.arscives.com/25anos/quinzenamacau.htm

diario-de-noticias-1980-desenho-vendedor-de-ruaVendedor de rua – de guloseimas – em Macau, 1979 (1)

Nas décadas de 50 e 60 (século XX) era frequente a presença de vendedores, verdadeiros artífices dos chamados “bonecos de farinha”, nas ruas de Macau.
Herdeiros da arte tradicional/folclórica chinesa, (originária da Dinastia Tang: 618-907) com uma grande habilidade em esculpir meticulosamente pequenas (miniatura) esculturas (humanas, animais, etc) com grande detalhe somente com as mãos e um estilete de madeira, e utilizando uma massa caseira a partir da farinha de pão ou de arroz glutinoso. Por fim aplicava-se uma “tinta” (preservativo) de cores vivas. Era uma guloseima muito procurada pelos miúdos.
Na década de 70 principalmente para o fim dessa década ainda se via, um ou outro nas vias públicas de Macau.Desapareceram na década de 80 (século XX).
(1) Desenho com indicação de autor, (mas não consegui “decifrar”), publicado no «MACAU», Suplemento de Diário de Notícias, 1980

No dia 2 de Outubro no Palácio da Praia Grande, realizou-se a cerimónia da assinatura do termo do início das funções, do Dr. Túlio Lopes Tomás (1) como Chefe dos Serviços de Educação de Macau, (2) a que presidiu o Governador da Província tendo lido o termo de  posse, o Dr. Pires Estrela, Chefe dos Serviços de Administração Civil, com a assistência das mais destacadas individualidades.

macau-b-i-t-viii-7-8-set-out-1972-tulio-lopes-tomas-iO Governador ao proferir o seu discurso na cerimónia

O Dr. Túlio Lopes Tomás que chegou a Macau no dia 1 de Outubro assumiu as funções de Chefe da Repartição Provincial dos Serviços de Educação de 1972 a 1979 e de reitor do Liceu Nacional Infante D. Henrique entre 1972 e 1975.

macau-b-i-t-viii-7-8-set-out-1972-tulio-lopes-tomas-iiO Dr. Túlio Tomás no momento em que proferiu o seu discurso

Na foto (esq p/ dt): Governador Nobre de Carvalho, coronel Mesquita Borges (chefe da Repartição de Gabinete), Comendador Joaquim Morais Alves (presidente do Leal Senado), Dr. Armindo Costa (subdirector da Subdirectoria da Polícia Judiciária) e Pe. Ramiro dos Anjos Marta(representante da Diocese)
macau-b-i-t-viii-7-8-set-out-1972-tulio-lopes-tomas-iii(1) O Dr. Túlio Tomás (1910-1995), licenciado e possuidor do Exame de Estado para o magistério liceal (Ciências Físico-Químicas), foi professor nos Liceus «Pedro Nunes», «D. João de Castro» e «Camões ». Com comissões de serviço na Guiné e na Índia, foi director dos Serviços de Instrução de Angola e  desde 1961, era inspector do Ensino Liceal. Autor de obras didácticas em colaboração, de entre as quais o «livro único» «Compêndio de Química» para o 3.º ciclo liceal. Era  comendador das ordens da Instrução Pública e do Infante D. Henrique.
Para uma biografia mais completa aconselho leitura do artigo de António Aresta no jornal “Tribuna de Macau” disponível em:
http://jtm.com.mo/opiniao/tulio-lopes-tomaz/
(2) O anterior Chefe da Repartição Provincial dos Serviços de Educação era a Dra. Ricardina Rosa y Alberty,  que saiu em Dezembro de 1971

macau-b-i-t-viii-7-8-set-out-1972-tulio-lopes-tomas-ivLICEU NACIONAL INFANTE D. HENRIQUE  EM 1972

Informações recolhidas de «MACAU B.I.T.  1972.»

cx-fosforo-bcm-1979-iCarteira de fósforos (dimensão total 13,3 cm x 6,6 cm ) dobrável (num lado 6,8 cm x 6,5  cm;  e no outro 6,5 cm x 6,5 cm incluindo o topo de 0,6 cm de largura).
cx-fosforo-bcm-1979-iicx-fosforo-bcm-1979-iiiDe cor “prateada” (o exemplar que apresento com manchas e usada) tem no seu interior, inferior aos fósforos (pretos com as cabeças de cor azul) a indicação de

Banco Comercial De Macau
澳門商業銀行

com o logótipo do banco no canto esquerdo
cx-fosforo-bcm-1979-ivA caixa de fósforo é do ano de 1979, pois no seu interior apresenta o calendário para esse ano (em inglês).
cx-fosforo-bcm-1979-vSobre o BCM, ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/banco-comercial-de-macau/