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Foi inaugurado, no dia 19 de Setembro de 1954, o novo aparelho transmissor de 3000 «watts» de potência, na Emissora Vila Verde. Este apreciável melhoramento veio alargar o raio de acção da estação e representou mais uma contribuição dos proprietários da Emissora nas actividades radiodifusoras de Macau.

Fotografia com má impressão em «MBI» (1)

Edificada em 1950, por Pedro José Lobo, a estação da Emissora Vila Verde iniciou-se com uma potência de 250 «watts» – uma estação puramente local – mas com o apoio e entusiasmo dos radiouvintes, para intensificar as suas actividades, nos princípios de 1954, a potência foi elevada par 1000 «watts». Neste mesmo ano, formou-se a sociedade «Rádio Oriental , Limitada» que passou a superintender as actividades da Emissora. Assim por proposta de um dos directores, George Ho, a Emissora tratou da aquisição de um novo transmissor de 3000 «watts», tendo, por outro lado, providenciado para que o programa das transmissões se tornasse mais amplo e extensivo a todo o mundo. A estação da Emissora Vila Verde passou a ser ouvida dentro dum raio de 800 milhas.

A fim de comemorar este melhoramento deslocaram-se de Hong Kong a Macau, entre directores da Emissora, jornalistas e outras individualidades, cerca de 50 pessoas que forma obsequiadas, juntamente com os representantes da imprensa em Macau, com um almoço e um jantar no Hotel «Kuoc Chai» (Grande Hotel/Grand Hotel) oferecidos, respetivamente, pelos Srs. Ho Yin e W. C. Liang e Emissora Vila Verde, e com um «Cocktail» oferecido por Pedro José Lobo na sua residência. (1)

(1) Artigo não assinado em «MBI», II-28 de 30 de Setembro de 1954, p. 11

Pequeno opúsculo (17 cm x 12 cm), editado pela Agência Geral do Ultramar, sem data registada, em português, cuja versão em francês publiquei em 17-04-2012 (1)
O conteúdo é o mesmo dos opúsculos editados também pela Agência-Geral do Ultramar, de 1964 ou anterior a esta data, publicados em (2) (3) e (4), variando somente nas fotografias (coloridas e a preto e branco) que pela qualidade tipográfica (impresso em offset) pressuponho que este opúsculo seja posterior a 1964.
Ligeiros acrescentos no texto, confirmam esta afirmação:
No que se refere a “A entrada ou permanência de estrangeiros na Província de Macau”, há um parágrafo no final: “Os portugueses necessitam apenas do seu passaporte ou guia de viagem “
E nas referências aos hotéis, há uma divisão em Hotéis Europeus (Hotel Riviera, Hotel Bela Vista, Pousada de Macau) e Hotéis Chineses (Hotel Central, Hotel Kuoc Chai)
O Hotel Central situado a meio da Avenida Almeida Ribeiro, perto de todas as casas de espectáculos, é o centro da vida nocturna de Macau. Além de 200 quartos dotados de todas as comodidades, possuiu, sob a direcção de pessoal especializado, um luxuoso «Salão de beleza». No 6.º andar, aberto todas as noites, funciona um «Salão de dança», onde toca uma escolhida orquestra filipina. No rés-do-chão e no «mezanino» o restaurante «Golden Gate», que fornece comida europeia, e no 5.º andar o restaurante chinês «Golden City»
Preços dos quartos:
Singelos (sem casa de banho) ……………             5.00 patacas diárias
Singelos (com casa de banho) ……………           13.00 patacas diárias
Dobrados (sem casa de banho) …………            14.00 patacas diárias
Dobrados (com casa de banho) …………..          20.00 patacas diárias”
“O Hotel Kuoc Chai, situado ao fundo da Avenida Almeida Ribeiro, junto das pontes de desembarque do Porto Interior, onde atracam todos os barcos da carreira Macau-Hong Kong. De linhas modernas e janelas rasgadas, tem84 quartos. No rés-do-chão e no «mezanino» funciona um restaurante de comida europeia, e no 3.º andar outro de comida chinesa. Além dum «Salão de beleza», instalado no «mezanino», existe no 1.º andar um «Salão de dança»
Preços dos quartos:
Singelos (sem casa de banho) ……………             10.00 patacas diárias
Singelos (com casa de banho) ……………            18.00 patacas diárias
Dobrados (todos com casa de banho) …………  25.00 patacas diárias”

Nas páginas centrais, a fotografia das Ruínas de S. Paulo
O Porto Interior (a ponte cais n.º 16 no canto inferior direito) – foto tirada do Hotel Kuok Chai

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/04/17/folheto-propaganda-macao-une-ville-portugaise/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/03/21/folheto-propaganda-macau-portugal-no-oriente-i/
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/04/03/folheto-de-propaganda-macau-portugal-no-oriente-ii/
(4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/09/17/folheto-de-propaganda-macau-terra-de-maravilha/

NOTAS: 1 -O governador de Macau nesse ano era Albano Rodrigues de Oliveira.
2 – “o jornalista Rosa Duque, campeão local nesta modalidade” é Raul da Rosa Duque, já referenciado em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/raul-da-rosa-duque/
Extraído de «BGC » XXVI, n.º 295 Janeiro de 1950.

mbi-ii-30-31out1954-avenida-almeida-ribeiroUm trecho da Avenida Almeida Ribeiro (á esquerda o «Grand Hotel»/ Hotel Kuok Chai) (1) principal artéria de Macau, onde o exótico das tabuletas chinesas se casa admiravelmente com a imponência das construções moderna.” (2)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-kuok-chai-grande-hotel-grand-hotel/
(2) De «MACAU B. I.,1954»

William Holden 1954WILLIAM HOLDEN, em 1954

Esteve em Macau em visita particular de algumas horas, o actor do cinema americano William Holden, (1) que em 1953, ganhou um «Oscar» pela sua brilhante actuação no filme ‘Stalag 17». (2) Almoçou na residência do sr. Dr. Pedro José Lobo, Chefe dos Serviços Económicos e proprietário da Emissora Vila Verde.

MBI, 1954, n.º21 William Holden IÀ tarde deu um passeio pela cidade e apresentou cumprimentos a o Governador da Província, Almirante Joaquim Marques Esparteiro.

MBI, 1954, n.º21 William Holden II

À noite, o capitalista chinês, sr. Ho Yin, representante em Macau da «Paramount», companhia a que pertence aquele actor, ofereceu-lhe no Hotel «Kuoc Chai» um jantar à chinesa, a que assistiram vários jornalistas.

MBI, 1954, n.º21 William Holden IIIWilliam Holden, falando com o correspondente em Macau do «Hong Kong Standard» disse: “Sinto-me feliz em ter visitado esta encantadora cidade e tenho realmente pena daquelas pessoas que passam por Hong Kong e não têm oportunidade de vir até Macau. Apreciei, sobretudo, a vossa hospitalidade. Há muitos lugares em Macau tais como Ruínas de S. Paulo e o Pagode de Mong Há, que merecem ser visitados. Devo acrescentar que toda a cidade é maravilhosamente bela».

(1) William Holden, nome artístico de William Franklin Beedle Jr. (1918 — 1981), actor norte-americano. Nesse ano de 1954, filmaria três dos seus filmes mais conhecidos: “Sabrina” (com Audrey Hepburn e Humphrey Bogart); “The Country Girl” (com Grace Kelly e Bing Crosby) e “The Bridges at Toko-Ri” com Grace Kelly e Fredric March). Dois dos seus filmes estão relacionados com Hong Kong (alias desde a década de 50, William Holden tinha um apartamento em Hong Kong onde ficava entre as viagens que fazia aos países do Sudoeste Asiático): “The World of Suzie Wong” (1960) (3) e “Love is a Many Splendored Thing” (1955) (4)

Stalag 17
(2) Sob a batuta de Billy Wilder  com quem já trabalhara no excelente filme de 1950 (“Sunset Boulevard”), William Holden foi perfeito na sua interpretação do cínico sargento Sefton em “Stalag 17”.
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/10/05/folheto-de-cinema-teatro-apollo-iv/
(4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/11/10/leitura-a-colina-da-saudade/

Notícia e fotos do «Macau Boletim Informativo»,  1954

Roteiro do Ultramar Av. Alm. RibeiroAvenida Almeida Ribeiro, em Macau

 “Começa na Rua da Praia Grande, em frente da Avenida Infante D. Henrique e termina na Rua do Visconde de Paço de Arcos, em frente da ponte cais n.º 16. Esta avenida foi rasgada em 1915 pelo Eng. Director das Obras Públicas, António Pinto de Miranda Guedes. Porque tem esse nome? Pura e simplesmente porque esse homem quando ministro das colónias (1913-1914) sancionou a verba para a expropriação das casas para a abertura da avenida.” (1)
Os chineses chamam à Avenida, San Má Lou (新馬路) e por vezes, Tai Má Lou (大馬路) (2)

Roteiro do Ultramar Hotel Kuoc ChaiModerno Hotel «Grand» em Macau

 O hotel «Grand» ou Grande Hotel, mais conhecido por Hotel Kuok Chai. Ver referências em anterior “post”:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-kuok-chai-grande-hotel/

Roteiro do Ultramar Baía da Praia Grande “Baía da Praia Grande, em Macau”

 A Praia, ao norte, terminava no Forte de S. Francisco. Com a construção do porto, fizeram-se grandes aterros, que engoliram o pedaço de mar desde o sopé das colinas de S. Januário e da Guia e de D. Maria até à marginal do Porto; e desde o Clube Militar e do Jardim de S. Francisco até à Esplanada em frente do Liceu (nesta foto ainda não existente).  A única coisa que nos resta são as árvores seculares do Jardim de S. Francisco, que, com as da Praia Grande (as centenárias árvores do pagode – «banyan trees») continuam a agitar os seus braços possantes e a murmurar entre si os seus segredos e a afagar-nos coma sua sombra maternal.” (3)
Fotogravuras do livro de
GONÇALVES, Manuel Henriques – Roteiro do Ultramar. Lisboa, 1958, 131 p.
(1) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume II. ICM, 1997, 560 p
(2) 新馬路mandarim pinyin: xin ma lù; cantonense jyutping: san1 maa5 lou6) tradução literal – avenida/rua nova para cavalos.
大馬路mandarim pinyin: dà ma lù; cantonense jyutping: daai6 maa5 lou6) – tradução literal- grande avenida para cavalos.
(3) TEIXEIRA,  P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I. ICM, 1997, 667 p.

Livro de Manuel Henriques Gonçalves, “Roteiro do Ultramar (1), de 1958 (traz a indicação de 1959, na lombada) pretende ser, conforme afirma o autor “… uma síntese da história, da geografia, das raças, das produções, das possibilidades sociais e turísticas, dos meios de comunicação, numa palavra, – da vida desses pedaços de Portugal, que, como há oito séculos, continua a ser um povo de missão…..”

Roteiro do Ultramar CAPA

Não traz a indicação da editora mas muito possivelmente da Agência Geral do Ultramar, dentro da política de propaganda ultramarina.

Roteiro do Ultramar MAPA Macau 1958

Referência a Macau das páginas 111 a 120, com 10 páginas de fotogravuras no texto e um mapa de Macau cartonado intercalado extra-texto.

Roteiro do Ultramar Página Macau

De interesse (curiosidade), a ADENDA UTILITÁRIA, no fim do capítulo sobre Macau, proposto pelo autor (em 1958):
“Vias de comunicação exterior:
– Ligações marítimas diárias com Hong Kong; ligações com Lisboa
– Ligações terrestres com a China através da Porta do Cerco.
Elementos económicos:
Como grande porto franco e província constituída por áreas urbanas Macau é um grande entreposto de trânsito e importação. NO entanto, exportou em 1956: arroz (518 tons); artefactos de malha (22 tons); artigos de bambu (352 tons); artigos de couro (10 tons); artigos de toilette (1.000 tons).
Divisão administrativa:
Concelhos de Macau e Ilhas.
Hotéis:
Europeus e chineses: A Chao, Bela Vista(1), Cam Va (ou Kam Va *), Cantão, Central (2), Homo (*) Ian Ian, Kam Lang, Ruoc Chai (3), Macau(4), Riviera (5), San Hou (*), San Ka Pau, Hap Kei, Tai Peng, San San (*), Siong Hoi Seng Kai, Tong Fong, Ung Chao (*), Va Ton, Veng Va (*), Vo Cheong.
(sinalizo os cinco hotéis de 1.ª categoria e com (*) os hotéis de 2.ª categoria, frequentados sobretudo pela população chinesa)
Informações económicas e turísticas:
Repartição Técnica de Estatística – Macau
Informações gerais:
Agência Geral do Ultramar – Rua S. Pedro de Alcântara, 81 – Lisboa.”
 
Roteiro do Ultramar CAPA+CONTRACAPA

GONÇALVES, Manuel Henriques – Roteiro do Ultramar. Lisboa, 1958, 131 p. De 22 cm x 16 cm.

(1) O Hotel Bela Vista estava situado na Rua Comendador Kou Ho Neng . Disponha de 27 “arejados” quartos, com restaurante de comida europeia e uma esplanada (onde tocava durante os meses de Verão e Outono, todas as noites das 21.00 horas à meia-noite uma “moderna” orquestra de jazz). Os preços dos quartos, diárias em patacas, variavam de $10,00 para os “singles” «sem casa de banho» a $30.00, para os “doubles” «com casa de banho». Mais informações em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-bela-vista/
(2) O Hotel Central estava situado na Avenida Almeida Ribeiro. No 6.º andar, um «Salão de Dança», todas as noites das 21.00 às 3.00 horas da madrugada tocava uma orquestra filipina. Os preços variavam, diárias em patacas, de $ 7,50 para os “singles” «sem casa de banho» a $14.00 para os “doubles” «com casa de banho».Mais informações, ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-centralpresident-hotelgrand-central-hotel/
(3) Deve ter sido erro de impressão – O Hotel era o Kuoc Chai (Grande Hotel) situado ao fundo da Avenida Almeida Ribeiro, junto das pontes de desembarque do porto interior, onde atracavam os barcos da carreira Macau-Hong Kong. Tinha 84 quartos. O «Salão de Dança», que estava 1.º andar estava aberto todas as noites das 21.00 às 3.00 horas da madrugada. As diárias, em patacas, dos “singles” «sem casa de banho» custavam $10,00 e os “doubles” «todos com casa de banho», $25,00. Para mais informações, ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/07/noticia-de-7-de-marco-de-1941-grande-hotel-kuok-chai/
(4) Hotel Macau, estava na Travessa das Virtudes e era dos hotéis de 1.ª categoria, o mais económico. Tinha 62 quartos com os “singles” «sem quarto de banho» a custar $ 5,00 patacas diárias e os “doubles” «com quarto de banho e ar condicionado» a $ 14,00 diárias.
(5) Hotel Riviera estava situado no cruzamento da Rua da Praia Grande com a Avenida Almeida Ribeiro era o hotel preferido pelos turistas estrangeiros. Dispunha de 22 «amplos e arejados quartos», com as diárias desde os “singles” «sem casa de banho» por$15,00 patacas até aos “doubles” «com casa de banho», por $30,00 patacas. Para mais informações, ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-riviera/

HOTEL Kuok Chai 1941O HOTEL KUOK CHAI EM 1941, finais da construção.

 É inaugurado neste dia, em Macau, um «arranha céus», o primeiro hotel de características contemporâneas a ser erguido no território: o Grande Hotel, também conhecido como Hotel Kuok Chai, com 9 andares, (1) situado no início da Avenida Almeida Ribeiro (do lado do Porto Interior). O Hotel Central também tinha altura imponente, mas foi crescendo progressivamente enquanto o Grande Hotel teve logo os nove andares de raiz (e teria mais dois em fase posterior se não fosse a Guerra do Pacífico). Tinha noventa e sete quartos, com salão de chá no último andar  onde podia usufruir de uma magnífica vista sobre a cidade de Macau, a Ilha de Lapa e outras ilhas da China.
Foi um acontecimento tão importante que o Governador de Macau, em pessoa, e Sir Robert Ho Tung, deram a honra de ir cortar a fita. Sir Robert veio de Hong Kong num barco alugado expressamente para o efeito. (2)
Foi promovido pela família Fu, que detinha na altura o monopólio do jogo. Projectado pelo engenheiro civil macaense João Canavarro Nolasco em 1937, foi construído pelo empreiteiro Tai Man Hou. Destinava‐se preferencialmente à clientela chinesa, em alternativa aos hotéis de luxo que atraíam os ocidentais.(3)
“…Com linhas modernas e uma decoração filiada na expressão parisiense das arts déco, foi lugar de sofisticação e movimentação da elite endinheirada. O edifício articula‐se a partir de um corpo central, constituído pela torre com cerca de doze pisos que marca o eixo de simetria e se eleva do conjunto, marcada por três feixes de linhas verticais com expressão saliente que se desenvolvem a partir do enorme arco de perfil reto que marca a entrada aberta quase até ao terceiro piso. De cada lado, o corpo dos quartos surge suspenso da fachada, suportado por uma arcaria reta que vence os dois primeiros pisos e confere um aspecto de suspensão ao conjunto.” (3)

HOTEL Kuok Chai 1964O HOTEL KUOK CHAI EM 1964

O Grande Hotel encontra-se encerrado desde os anos 1990. O edifício de nove andares encontra-se abandonado, devoluto e com acesso bloqueado por painéis de madeira. Não tenho informação sobre qualquer plano para a reabilitação ou demolição do prédio.

(1) Aquando da sua inauguração, foi considerado o prédio mais alto de todo o império colonial português.
(2) O Governador era Gabriel Maurício Teixeira (governo de 5-10-1940 a 23-06-1947)
BASTO DA SILVA, Beatriz – Cronologia da História de Macau Século XX, Volume 4, Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, 2.ª Edição, Macau, 1997, 454 p (ISBN 972-8091-11-7)
(3) HPIP – Património de Influência Portuguesa –  Hotel Kuok Chai ou Grande Hotel
http://www.hpip.org/def/pt/Homepage/Obra?a=495