Carta ao Vice-Rei da Índia (1) encomendando-lhe que ordene ao Capitão da Cidade de Macau que lhe mande officiaes que possam em Goa fundir artilheria de ferro e ensinar a arte.

“Conde VRey amigo etc. Por não haver neste Reino officiaes, que saibaõ fundir arthelheria de ferro e pella informação, que há de que na China, e Japão há officiaes, que o sabem fazer, e juntamente pelouros de ferro coado, e que da China se trazem para a Índia, e se levaõ para Philipinas, e os olandezes se ajudaõ tbm della hauendoa de hua fetoria, que tem em Japaõ. Vos emcomendo ordeneis ao Capitaõ da Cidade de Macao, que nas pellas embarcaçõens, que para ahy uierem, vos mande officiaes sellariados, para fundem a de Bronze e me auizareis do que nisto se effectuar. Escrita em Lisboa a 15 de Abril de 1626. Dom Diogo da Silua, Diogo da Costa.” (2) (3)

(1) 22.º Vice rei da Índia, de 1622 a 1628 D. Francisco da Gama (Vidigueira). O Capitão-geral de Macau de 7 de julho de 1623 a 18 de Julho de 1626, era D. Francisco Mascarenhas (nomeado posteriormente Vice-Rei da Índia em 1628 mas não exerceu o cargo por ter arribado a Lisboa devido a tempestade). O Capitão-geral de Macau seguinte foi Filipe Novo, de 19 de Julho de 1626 a 1630.

(2) Arquivos de Macau AM-II-01-02 – 2.ª série Vol I. N.º 2 – Fev- Março de 1941 pp. 120

(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/03/27/noticia-de-27-de-marco-de-1626-o-direito-de-caldeirao-e-a-conservacao-do-colegio-de-s-paulo/