Archives for posts with tag: Década de 90 (séc. XIX)
Cartão de cumprimentos do Leal Senado de Macau – década de 80/90 (século XX) – Dimensões: 15, 8 cm x 9,5 cm
Envelope: 16 cm x 12 cm

Anúncio publicado na imprensa em Macau, em 1888, da Farmácia Lisbonense (1)

«O Correio Macaense» Vol V, n.º 230 de 17-02-1888, p. 4.

Além da venda de drogas medicinais e medicamentos, na Farmácia Lisbonense também se vendia, artigos de toilette e rapé meio gordo da fábrica portuguesa Xabregas (2)
(1) Desconheço a data de inauguração desta farmácia. A “Pharmacia Lisbonense” a partir de 10 de Agosto de 1866, ficou sob a direcção e maneio dos seus novos proprietários Joaquim das Neves e Sousa & C.ª. Joaquim das Neves e Sousa era proprietário e farmacêutico. Terá fechado na década de 90 do século XIX. Os anuários /directórios a partir de 1900 já não apresentam referência a esta farmácia.

«B. G. M.» XII-33. 13 de Agosto de 1866, p. 134

Anterior referência a esta farmácia em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/farmacia-lisbonense/
(2)

Anúncio de 1880
Diário Illustrado” de Lisboa, Ano 9 – n.º 2:535 de 7 de Junho de 1880.

A Rua Direita de Xabregas passou pelo Edital municipal de 8 de junho de 1889 a ter a sua denominação simplificada para Rua de Xabregas, A Rua de Xabregas, que liga a Calçada de Dom Gastão à Rua da Madre de Deus, albergou nos séculos XIX e XX uma Fábrica de Tabacos, onde antes fora o Convento de São Francisco de Xabregas e hoje encontramos o Teatro Ibérico… (…)
A Fábrica de Tabacos da Rua de Xabregas existiu desde 1845 no que fora o Convento de São Francisco de Xabregas, destruído pelo terramoto de 1755 e reconstruído/ ampliado, com uma fachada monumental e o pórtico principal encimado pelo brasão de armas do rei  D. José I de Portugal…. (…)
A partir de 1927, passou a denominar-se Companhia Portuguesa de Tabacos e em 1962, a Fábrica mudou-se para um novo edifício na Avenida Marechal Gomes da Costa, sendo qu as instalações de Xabregas foram em finais de novembro de 1980 destinadas ao Teatro Ibérico.”
https://toponimialisboa.wordpress.com/2018/02/06/a-fabrica-de-tabacos-da-rua-de-xabregas/

Mais postais antigos de Macau que circulam (alguns encontram-se á venda) nos sítios electrónicos.

POSTAL – The Guia Fort  Lighthouse, Macao
Sold by Graça & Co Hong Kong, China, 1899
POSTAL – Facade of the ancient Jesuit Church, Macao
Sold by Graça & Co., Hong Kong, China, 1899 
POSTAL – Macao – Panorama (1)
Sold by Sternberg, China ( ? 1890 1890)

(1) Este mesmo postal já anteriormente publicado (colorido). Ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/23/postais-macau-em-bilhetes-postais-antigos-ii/

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1)
O templo Lin Fong (Lin Fong Miu -蓮峯廟 (2) ou Templo de Lótus ou, conforme Padre Teixeira “Pagode do Cume da Colina de Lótus”) fica na Estrada do Arco que começa entre as Avenidas do Almirante Lacerda e de Artur Tamagnini Barbosa, em frente da Avenida do Conselheiro Borja, e termina na Estrada da Areia Preta em frente da estrada Marginal do Hipódromo. Era vulgarmente conhecido por Pagode Novo e era ali que ficavam os mandarins quando vinham a Macau. Este templo não deve ter mais de dois séculos, visto ser chamado Pagode Novo em princípios do século XIX. O templo foi restaurado, reabrindo no dia 17-07-1980. (3)
(1) Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/
(2) Anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/templo-lin-fonglin-fong-miu/
(3) TEIXEIRA, Padre Manuel – Pagodes de Macau, 1982.

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1)

Portal da Igreja de S. José
Aguarela em papel (sem data; 1833-38)
George Chinnery

(1) Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/  
Sobre o Seminário de S. José ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/seminario-de-s-jose/ 

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1)
“Ali (Praia Grande) se erguiam as elegantes mansões dos condes de Senna Fernandes, de Carlos Pais de Assunção, Luís Aires da Silva, major Aurélio Xavier, General António Joaquim Garcia, José Ribeiro, Simplício de Almeida, Dr. João Jaques Floriano Alves, Constâncio José da Silva, Alexandrino Gonzaga de Melo, Maria do Carmo Piter, família Eça, capitão João de Sousa Canavarro, etc. Também algumas de famílias chinesas ricas tinham ali prédios de estilo tipicamente chinês: lam-Lim, Chou Lim Ip, Li Kiang Chin, Chan Fong, etc.
Sangra-nos o coração ao ver que hoje pouco ou nada resta das solarengas casas apalaçadas da Praia Grande…(TEIXEIRA, P. Manuel Teixeira – Toponímia de Macau, Volume I, pp. 73/74.
(1) Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1) 
Este palácio denominado Palácio do Cercal, (2) mandado construir em 1849 pelo /Barão do Cercal /Visconde (a partir de 1865) ao arquitecto macaense José Tomás de Aquino, foi  arrendado em 1 de Junho de 1875 pelo Governo por um ano (renovado se não houvesse qualquer aviso) pela renda inicial: $2 400 patacas. Depois o palácio foi penhorado e posto em arrematação em 1881 sendo comprado pelo Governo (sendo governador Joaquim José da Graça) por $20. 080 patacas. A partir de 1884, foi residência dos governadores sendo o primeiro, Tomás de Sousa Rosa (1883 a 1886) até 1926, quando o governador Tamagnini Barbosa (2.º mandato) escolheu Santa Sancha para sua residência permanente. Desde esta data, o Palácio da Praia Grande ou o Palácio do Governo ficou a servir apenas de sede de governo (nele funcionava também a Assembleia Legislativa e o Conselho Consultivo do Governador), até 1999 e após essa data, sede oficial do Chefe do Executivo de Macau e do seu Governo.
(1) Ver anterior referência em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/
(2) Era o prédio n.º 27 da Rua da Praia Grande
Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/06/08/noticia-de-8-de-junho-de-1875-arrendamento-do-palacio-da-praia-grande-do-visconde-do-cercal/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/barao-do-cercal/

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1)
A importância deste local em termos de jardim, propriamente dito, é reduzido. Apresenta uma forma rectangular, sendo apenas uma pálida lembrança da praça circular, com 57 metros de raio, inaugurada em 1871, e da qual era uma peça importante a fonte que hoje se encontra no jardim da Flora. Serve de ligação entre a Avenida Sidónio Pais e a estrada da Vitória, tenho uma área de apenas 0,19 hectares. (2)
Antigo local conhecido como “Campo de Arrependidos”,  foi aí travada parte dos combates contra os invasores holandeses, no dia 24 de Junho de 1622. O monumento foi colocado no centro do jardim, em 1864 (autoria do escultor Manuel Maria Bordalo Pinheiro) “no mesmo lugar onde uma pequena cruz de pedra comemorava a acção gloriosa dos portugueses” (3)
(1) Ver anterior referência em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/
(2) ESTÁCIO, António J. E.; SARAIVA, António M. P. – Jardins e Parques de Macau. Instituto Português do Oriente, 1993, p. 36.
(3) Ver anteriores referências em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/monumento-da-vitoria/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jardim-da-vitoria/

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1)

Coreto da Avenida Vasco da Gama

Contíguo a este largo (onde está o monumento a Vasco da Gama, planeado para ser levantado em 1898, mas só inaugurado a 31 de Janeiro de 1911) e do lado da estrada da Victoria procede-se actualmente à construção d´um coreto para música, ao centro d´um pequeno jardim, sendo este jardim fechado por duas rampas circulares d´acesso da Avenida para a estrada da Victoria que devem produzir um lindo efeito.” (artigo do engenheiro Augusto César d´ Abreu Nunes (2) , em 1898, publicado no “Jornal Único”) (3)
Os actuais Jardim da Vitória e Jardim de Vasco da Gama, são o que resta da antiga Avenida Vasco da Gama, aberta em 1898, por ocasião do IV Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia.
Essa avenida, que com mais propriedade, se deveria chamar alameda ou mesmo pequeno parque, tinha 500 metros de comprimento e 65 de largura. Progressivamente, a partir de 1935, foi retalhada para receber equipamentos urbanos como o campo desportivo do Tap Seac, as escolas primária oficial Pedro Nolasco da Silva e Luso-chinesa Sir Robert Ho Tung, uma piscina municipal e mais tarde, uma unidade hoteleira (Hotel Estoril)” (4)
Ao longo da Avenida corriam dois parques de árvores de S. José (Ficus chloro-carpas) que lhe davam um aspecto bucólico de frescura campestre… (… ) Do lado N. a Avenida terminava pelo Jardim da Vitória , que era de forma circular com 58 m de diâmetro, sendo torneado pela rua central da Avenida. (5)
(1) Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/
(2) A avenida Vasco da Gama foi projectada pelo engenheiro Augusto César d´Abreu Nunes.
(3) O “Jornal Único” publicou-se, num único número, no dia 20 de Maio de 1898,
com óptima apresentação e interessante colaboração, em comemoração do 4. º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954)
(4) ESTÁCIO, António J. E.; SARAIVA, António M. P. – Jardins e Parques de Macau. Instituto Português do Oriente, 1993, p. 36.
(5) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol. I, 1999, pp. 228.

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1)

加思欄花園 (2)  – Jardim de S. Francisco – S. Francisco Garden
Década de 1890

Na encosta situada nos limites da “cidade cristã” e sobranceira à Baía da Praia Grande, estabeleceram os franciscanos espanhóis, em 1580, um convento que tinha anexo uma horta ou jardim conhecido como “Jardim do Bispo” Parte deste jardim, ao que supomos, compreendia um pouco da zona superior do actual Jardim de S. Francisco.
É o único jardim situado no que é hoje a “baixa” da cidade. No entanto o seu aspecto e localização em relação ao mar são bem diferentes do inicial. Construído em meados do século XIX, foi projectado por Matias Soares. (3) Era fechado por uma balaustrada e portas, tendo um horário variável de abertura ao público, consoante se tratasse do Verão ou do Inverno. (4) Foi um verdadeiro passeio público pois era frequentado pelos membros de abastada famílias macaenses, que ali se deslocavam a fim de ouvir a Banda Militar, e mais tarde, a Municipal, actuar num coreto que existiu até 1935. (5) Era limitado, a sul, pelas águas da Baía da Praia Grande, antes da execução dos aterros que alargavam a área da cidade mas provocaram a perda de vistas e a alteração da insolação do jardim” (6)

Foto pessoal de Maio de 2017

(1) Ver anterior referência em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/
(2) 加思欄花園mandarim pīnyīn: jiā sī lán huā yuán; cantonense jyutping: gaa1 si1 laan4 faa1 jyun4.
Este jardim entrou na toponímia chinesa com o nome de «Ká-Si-Lán-Fá Yun» isto é «Jardims dos Castelhanos», devido ao Convento de S. Francisco, que confinava com ele do lado ocidental e que foi fundado pelos franciscanos castelhanos.
(3) Matias Soares que projectou e fiscalizou a construção de S. Francisco foi depois para Hong Kong, onde construiu um magnífico bungalow em Saiyinpun com uma horta e um jardim. Ele transmitiu o gosto das flores a seu filho, Francisco Paulo de Vasconcelos Soares. (TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol. I, 1999, pp. 205-207)
Francisco (Frank) Paulo de Vasconcelos Soares foi um rico comerciante em Hong Kong, corrector imobiliário em Kowloon. Faleceu em 1953 e na antiga propriedade da família, hoje urbanizada,  está localizada a “Soares Avenue”-
(4) O Jardim ficava aberto das 6.00 horas às 24.00 horas durante o Verão (Maio a Setembro) e as 7.00 horas às 21.00 horas durante o Inverno (Outubro a Abril)
(5) Em 1861 a banda militar tocava ao sol-pôr nos domingos e quintas feiras. Depois foi substituída pela banda municipal, até que esta última foi dissolvida a 9 de Outubro de 1935.
(6) ESTÁCIO, António J. E.; SARAIVA, António M. P. – Jardins e Parques de Macau. Instituto Português do Oriente, 1993, p. 26