Archives for posts with tag: Avenida da República
Extraído de «MBI», I-24, 31-7-1954, p. 11.

Ver anteriores referências: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/avenida-da-republica/

30-04-1869 – Por Relatório do director das Obras Públicas, Francisco Maria da Cunha, feito nesta data, se fica com a noção, talvez pouco divulgada, de que a zona da Praia Grande entre esta e o Bom Parto resulta de um aterro então feito, tendente a harmonizar e tornar mais saudável a zona do Chunambeiro. (1) Mais tarde (1910) concluir-se-ia com a Av. da República o circuito que liga o Bom-Parto a S. Tiago e Porto Interior. (2)

NOTA: 21-08-1871 – Publicação dum relatório oficial do tenente Henrique Augusto Dias de Carvalho sobre obras nos aterros do Chunambeiro, (em substituição da parte arruinada que foi dirigida por Vicente P. Portaria e estragos feitos pela passagem do ciclone na noite do dia 26 de Julho de 1871) e limpeza do rio. (3) («BPMT», XVII-34 de 21-08-1871 pp. 137-138)

(1) «O aterro em continuação ao da Praia Grande para Bom Parto, com o qual se despendeu a terceira verba, reconhecida como necessária por todos os antecessores de V. Ex.ª e como incentivo para mudar as más condições do irregular e insalubre logar do Chunambeiro, e foi determinado pelo requerimento, d´um proprietário, feito ainda nom tempo do antecessor de V. Ex.ª , que se obrigou à construção de casas com architetura europea n´aquelle local, sob a condição da feitura do aterro, por parte do governador. Já ali se eleva hoje uma grande e elegante propriedade e se prepara a construção d´ outra da mesma natureza. Esta parte do aterro foi arrematada pelo preço dos lotes anteriores, mas em condições muito mais rigorosas de construção, e acha-se quasi ligada á fortaleza de Bom Parto, completando assim o circuito muralhado da parte da cidade que olha para a rada ou porto exterior. As decimadas propriedades ali construídas devem compensar em parte a despesa feita nesta obra»

(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 188

(3) SILVA. Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 198

Continuação da apresentação da colecção de 12 postais (18,5 cm x 12,7 cm) com fotografias do fotógrafo Lei Iok Tin, editada pela Fundação Macau e Centro UNESCO de Macau (1)

Mais duas fotografias, datadas de 1960

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/lei-iok-tin/

 Hoje é dia de São Tiago, um dos doze Apóstolos de Jesus. São Tiago é conhecido como Tiago Maior, para diferenciá-lo de Tiago Menor, que era de Nazaré e primo de Jesus. (1)

CAPA

Para comemorar esta data, relacionando-a à Fortaleza de S. Tiago da Barra, escolho uma Capa da Pousada de São Tiago, de meados da década de 80 (século XX), então considerado um dos hóteis de luxo de Macau. (2)

No interior da Capa (29,8 cm x 21,5 cm x 0,5 cm) encontra-se vários folhetos turísticos (29, 5 cm x 21 cm), todos em inglês, publicitando

Pousada de São Tiago, Only in Macau

No interior da capa vem anexada um cartão de visita (9 cm x 5,5 cm) do “General Manager: H. Reinhard Steffen”

Cartão de visita
Cartão de visita verso

São Tiago, o Grande – Pintura de 1661 – Rembrandt Harmenszoon van Rijn (1606-1669)

(1) Também conhecido como: Santiago e Santiago de Compostela. É padroeiro dos cavaleiros, peregrinos, farmacêuticos, veterinários, dos químicos. Martirizado no ano 44. É festejado a 25 de julho, nas igrejas católica e luterana. Os ortodoxos comemoram-no a 30 de abril, os coptas a 12 de abril, e os etíopes a 28 de dezembro https://pt.wikipedia.org/wiki/Santiago_Maior

(2) A Pousada de São Tiago abriu em finais de 1981, com 23 quartos e suites. https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/08/21/anuncio-pousada-de-sao-tiago-decada-de-80/

Anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pousada-de-santiago/

Comemorando os 30 anos de actividade, o “Ténis Civil” convidou as outras duas associações de ténis do território, o “Ténis Militar-Naval” e o “Clube Chinês de Ténis” para um “Torneio da Liga de Ténis”, no seu campo, na Avenida da República n.º 16.

Extraído de «MBI» IV-74, 31AGO1956, pp. 14-15

O «Ténis Civil” fundado em Agosto de 1926 (sede: Avenida da República n.º 16), nesse ano de 1956, além, do ténis, tinha outras duas actividades: tiro e golf, com um total de 124 sócios (81 ordinários e extraordinários e 43 estudantes)
A Direcção era constituída por:
Presidente – Adm. Alberto Eduardo da Silva.
Secretário – Alfredo José da Silva
Tesoureiro – Horácio da Conceição.
A direcção do “Ténis Militar–Naval” cuja sede ficava ao lado do Ténis Civil , era constituída por:
Presidente – Capitão Luís de Azevedo Machado
Secretário – Tenente Luís Maria Coelho Casquilho
Tesoureiro – Tenente Baltazar de Morais Barroco
O “Clube Chinês de Ténis” (sede: Estrada da Areia Preta) tinha como direcção:
Presidente – Lee Po Tin
Secretário – Dr. Lam Tin Kwan
Tesoureiro – Chan Lam
Vogais – Fong Ki Tak e Allen Brook
(dados recolhidos do Anuário de Macau 1956/57 pp. 257-258)

Templo da Deusa À-Má
(Templo da Barra – Ma-Kok-Mio)
Porta do Cerco
Avenida da República

A propósito do ataque de piratas à ilha inglesa de Cheong Chau, (1) corre o boato de que na ilha de Tai Vong Cam (em litígio entre Portugal e a China) (2) há piratas açoitados. O governo de Hong Kong pretende organizar uma expedição mista de forças terrestes chineses e de forças navais inglesas e portuguesas para bater os piratas nas ilhas de Vong Cam. Governo de Macau discorda da proposta por entender que a expedição deve ser levada a efeito, em terra e no mar, por forças portuguesas e por forças chinesas se estas quiserem colaborar. Realiza-se, nestas condições, uma exposição combinada entre os Governos de Macau e Cantão, mas nenhum pirata é encontrado.” (3)
Nesse ano de 1912, a pirataria nos mares da China, principalmente nas ilhas do delta, estava bastante intensa, incomodando as populações das ilhas menos povoadas, com notícias várias de assalto de piratas como a uma lorcha nas alturas de Ka Tai, em 03-05-1912; em 1-07-1912, os piratas de Tai Vong Cam  assaltaram o Hospital de Leprosos em D. João e um tancar de Macau, na Ribeira da Prata (A lancha «Macau» foi fazer o policiamento daquele local) e a 14-08-1912, o Capitão dos Portos oficiava ao Comandante da Companhia Indígena da Índia, solicitando que dêsse ordens às praças de serviço na Avenida da  República para prestarem atenção a qualquer sinal feito da Taipa. Idêntico pedido foi feito, a 19 de Agosto ao Quartel da Fortaleza da Barra. Muitos proprietários de embarcações pediram autorização para adquirir pólvora para sua defesa. (3) (4)
Na verdade, posteriormente, no dia 26-08-1912, a ilha inglesa de Cheung Chau era atacada por piratas que cometeram vários assassinatos e roubos, A polícia de Macau descobriu a pista dos criminosos que se haviam refugiado na ilha da Lapa e prenderam alguns suspeitos. (3)
(1) Cheung Chau 長洲, literal: “ilha comprida” a 10 km sudoeste de Hong Kong.
(2) Ilha da Montanha – Tai-Vong-Cam – 大横琴島 – Da Hengqin
(3) GOMES, Luís G. – Catálogo dos M. M e Arquivos de Macau, Boletim do Arquivo Histórico de Macau, Tomo I (Jan/Jun 1985)
(4) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau ,Volume 4.
Anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/ilha-da-montanha-tai-vong-cam-%E5%A4%A7%E6%A8%AA%E7%90%B4%E5%B3%B6-da-hengqin/

Do panfleto turístico “Macau, Garden City ity of the Orient” (1) , retirei estes três anúncios de 1966 referentes aos hotéis mais modernos (na altura), com os comentários do autor do guia.


HOTEL MATSUYA – Brand spanking new, 1965. Terrace and rooms overlook the Outer Harbour and Pearl River”
HOTEL ESTORIL -Another 1965 model . Night club up-stairs, casino down. Take the lift (of course)”
HOTEL CARAVELA – 1965 model. Superb Outlook. Garden lounge. Picturesque
Anteriores referências a estes hotéis em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-matsuya/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-estoril/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-caravela/
(1)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/07/24/guia-turistico-macau-garden-city-of-the-orient-1966/

A Praia Grande, a Avenida da República, a Colina da Penha, e a Igreja, em 1985
As Ruínas de S. Paulo, o Porto Interior e a Ilha da Lapa ao longe…em 1985

a-vistors-handbook-to-romantic-macao-capaFolheto turístico em inglês (41 páginas), “ A Visitor´s Hanbook to Romantic Macao”, publicado em 1928, pelo “The Publicity Office Port Works Department, Macao”. Impresso no “N. T. Fernandes e Filhos” (1). Este folheto de 1928 é da 2.ª edição (a 1.ª edição foi em 1927)
PREFACE TO SECOND EDITION
The active demand for this booklet has proved the need for such a publication, and the complete exhaustion of the first edition in less than two weeks has prompted the issue of a second edition, considerably added to with new sections and much further useful information.
The additionod a Bibliography as an appendix was suggested by that in the recently publishedResumo da Historia de Macauby Eudore de Colomban and Captain Jacinto N. Moura, and it is to be hoped that visitors will find Macao sufficiently interesting to make full use of the works enumerated in the short list to gain a better knowledge of “ Romantic Macao”
                                                                           THE PUBLISHERS
                                                                      Macao, 4th February, 1928

a-vistors-handbook-to-romantic-macao-1-a-pagina1-ª Página

Tópicos abordados: “The Charm of Old Macao”; “Topographical”; “Clmate”; “Historical”; “A Suggeste Itenerary”; “ Beautiful Macao”; “General Information”; “Harbour Works”; “Shipping”; “ Banking”; “ Hotels, & C.”; “Transport”; “ Commerce and Enterprise”; “ Industry and Crade”; “Buyers Guide”; “ Public Services”; “Bibliography”.

a-vistors-handbook-to-romantic-macao-mapa-1928MAPA DE MACAU E ILHA DA TAIPA (escala 1:80.000)

Na página 12, uma interessante sugestão de um percurso a pé por Macau pelos pontos turísticos principais, com a romanização para o inglês dos caracteres chineses desses locais.

a-vistors-handbook-to-romantic-macao-sugestao-de-itenerarioComeça na Avenida Almeida Ribeiro, passando pelo Jardim de São Francisco e Jardim de Vasco da Gama; subindo para a Colina da Guia, descendo para Flora, passando pela Montanha Russa e a Praia da Areia Preta (inexistente actualmente) até à Porta do Cerco. Depois, o Hipódromo (inexistente hoje) e o Templo Lin Fong. A seguir o Cemitério Protestante (antigo),  a Gruta de Camões e as Ruínas de S. Paulo. Depois a Sé Catedral e o Colégio de S. José, subindo para a Penha. Descida para a Santa Sancha e seguindo pela Avenida da República até ao Templo de Á Má, terminando o percurso pelo Porto Interior até à Avenida Almeida Ribeiro.