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Da leitura das crónicas de Henrique de Senna Fernandes, extraí o seguinte apontamento sobre o desporto do ano de 1928, nomeadamente da corrida de bicicletas, no dia 11 de Novembro de 1928, em comemoração do Dia do Armistício. (1)

“A segunda corrida de 100 Quilómetros realizar-se-ia, em comemoração do Dia do Armistício, em 11 de Novembro, com catorze ciclistas, e o azar continuou a perseguir Júlio Bento. Indo à frente, em boa forma e confiante, teve um acidente que o obrigou novamente a desistir, precisamente em Ku-Oc, seu lugar fatídico. Ganhou desta vez Manuel Rodrigues e a seguir Manuel Dias Correia e calcule-se o regozijo e os aplausos de toda a tropa da Guarnição, aclamando-os à chegada ao Palácio da Praia Grande.

Nunca mais houve oportunidade de se repetirem tais corridas que muito contribuíram para as boas relações entre Macau e a “terra-china”, dando as autoridades vizinhas toda a colaboração e facilidades para a concretização dos dois eventos.”

(1) Ver anterior crónica em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/10/05/noticia-de-5-de-outubro-de-1928-corrida-de-bicicletas-i-comemoracao-do-dia-da-republica/

Da leitura das crónicas de Henrique de Senna Fernandes, extraí o seguinte apontamento sobre o desporto no ano de 1928 nomeadamente das corridas de bicicletas, esta corrida referente ao dia 5 de Outubro de 1928.

“O culto do desporto, altíssimo nessa época, revelou-se em outras actividades. É o apogeu das corridas de bicicleta, iniciadas talvez na segunda metade dos anos 20, salvo erro de apontamento, sob o impulso do Núcleo Desportivo “Pátria”, constituído principalmente pelo pessoal dos Serviços de Marinha. A grande alma do ciclismo macaense foi Júlio A. Bento, popularmente conhecido por “Pau Preto”, o campeão incontestável da época.

A maior realização dos anais do ciclismo macaense foi a Corrida de 100 Quilómetros Macau-Tong Ká-Macau. Essa prova duríssima fez-se, em comemoração do Dia da República, 5 de Outubro, partindo os doze ciclistas inscritos do Palácio da Praia Grande. Do “Jornal de Macau” conhecemos os nomes de alguns dos corredores: Júlio Bento, Pietro Colombo (italiano), Carlos Borges Delgado, filho do então reitor do Liceu, Manuel Rodrigues e Manuel Dias Correia, ambos da Guarnição Militar, Samal Khan (polícia mouro) e Francisco Pinto.

Júlio Bento, o campeão, foi perseguido pelo azar, logo de início. Na curva do Jardim de S. Francisco, teve a primeira queda. Atrasado a consertar a bicicleta e a tratar-se de escoriações, voltou a correr, fazendo uma recuperação espantosa, chegando a Tong Ká, a poucos minutos de distância do primeiro. No caminho do regresso, teve a segunda queda em A-Chac, prosseguiu depois com o mesmo afinco e estava já a um minuto e tal do que ia à frente, quando à saída de Ku-Oc teve a terceira queda que lhe espatifou a bicicleta, desistindo da corrida.”

FERNANDES, Henrique de Senna – O Cinema de Macau II in  http://www.icm.gov.mo/rc/viewer/30018/1706

“O ambiente de optimismo e confiança no futuro ecnómico de Macau manteve-se, em crescendo, por todo aquele ano. O relatório do Comissário das Alfândegas Chinesas da Lapa, publicado em Junho, é francamente favorável e animador. Ali se referem as várias indústrias macaenses em progresso, se aponta a importância das corridas de cavalo, ainda que improvisadas, como factor de grande relevância para o turismo. E mais, exalta-se a inauguração do primeiro troço de oito quilómetros da estrada Macau-Seac Ki, construída pela Repartição das Obras Públicas, em terra vizinha, com a colaboração das autoridades desse território, em 18 de Março, com a presença do Governador Tamagnini, para além da Porta do Cerco.

Esta estrada macadamizada valorizou decisivamente a economia de Macau e as suas relações comerciais com o “hinterland”. A Companhia de Autocarros Kee Kuan lança carreiras para aquele território, dezenas de automóveis atravessam a Porta do Cerco, levando veraneantes e caçadores, principalmente aos Sábados e Domingos, organizam-se piqueniques e caçadas às rolas, perdizes e narcejas, ou então, pescarias à “asa vermelha”, nos meandros do rio e dos ribeiros e riachos afluentes.

Ainda nos lembramos desses passeios. Visitámos muitas localidades cujos nomes nos eram familiares: Chin Sán, Chôi Mei, Ku Oc, Tong Ká, Li Tchai, Seac Ki, Vong Mau Tché, as Águas Quentes e Choi Hang, terra de nascimento de Sun Iat Sen. Na nossa memória ficaram as merendas saboreadas em troços de estrada, à sombra e ao ramalhar de grandes árvores de pagode, os bambuais vergando ao sopro da viração, os búfalos mergulhados nas águas lamacentas das várzeas, com o focinho de fora, os camponeses atravessando pequenas pontes de pedra, a sorrir para nós, e o cheiro penetrante e enjoativo da espiga de arroz, quando madura, que nos perseguia durante todo o trajecto. Era uma vida boa!” (http://www.icm.gov.mo/rc/viewer/30018/1706)

Sobre a estrada Macau – Seak Kei/Shiqi, ver anterior referência em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/03/16/noticia-de-16-de-marco-de-1928-estrada-macau-seac-kei/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/18/noticia-de-18-de-marco-de-1928-a-nova-estrada-macau-seak-kei/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/04/13/noticias-do-mes-de-abril-de-1934-ecos-de-macau/

O Ministro da Inglaterra em Pequim depôs na Gruta de Camões em Macau, numa cerimónia impressionante, com piquetes de marinheiros da canhoneira inglesa «Tarântula» (1) e da Portuguesa «Pátria», uma bela coroa de louros esculpida em bronze e assente sobre uma placa contendo a seguinte inscrição: – A tribute of admiration to Louis de Camões from British Residents in China 1928.

Gruta de Camões – 1950

Nesse mesmo ano, em 1928, visitou Macau a canhoneira «Sebastiano Caboto», (2)  de Itália. Os seus oficiais e marinheiros deslocaram-se a pé, com o cônsul italiano, em romagem à gruta de Camões. Depuseram flores e prestaram homenagem junto do Poeta) (3)

 (1) «HMS Tarantula», um dos quatros navios da Armada inglesa construído em 1915 que interveio na I Guerra Mundial, como “insect-class gunboats” (pequenos navios próprios para navegar em rios e perto da costa). Após a I Grande Guerra, foi colocado na “China Station” de Abril de 1919 a Janeiro de 1924 e depois incorporado no “British Pacific Fleet”. Abatido ao efectivo, foi afundado de propósito como alvo, na baía de Bengala, em 1 de Maio de 1946. (https://en.wikipedia.org/wiki/HMS_Tarantula)

“HMS Tarantula, an Insect-class gunboat of the Royal Navy that served (briefly) as flagship of the British Pacific Fleet!” (1)
“The Italian gunboat Sebastiano Caboto on a river in China, 1935” (2)

(2) Em 1910, o governo italiano decidiu construir dois navios de Guerra que pudessem patrulhar os rios chineses especialmente no rio Yangtze (onde estavam muitos comerciantes italianos, com frequentes ataques de piratas). O mais pequeno “Ermano Carlotto” que deveria ser construído na China, devido à  I Grande Guerra , só foi concluído em 1921. O maior “Sebastiano Caboto” (778 toneladas) iniciado em Palermo em 1911, ficou pronto em 1913 e foi enviado para a China (chegou a Shanghai em Abril de 1914), mas devido à guerra, abandonou a China que nessa altura era ainda neutral. Voltou depois tendo estado ao serviço na China (Shanghai, Tianjin e Yangtze) nas décadas de 20 e 30 (século XX) (http://www.navypedia.org/ships/italy/it_of_caboto.htm) +(https://i.redd.it/uz34jpk2cwu21.jpg)

(3) (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, pp. 200-203)

O Centro da Aviação Marítima de Macau foi criado pelo Diploma Executivo n. 22 de 14-06-1928 (publicado no Boletim Oficial  da Colónia de Macau, n.º 24 de 16-06-1928),  após autorização de Lisboa da passagem dos Serviços da Aviação da Marinha de Guerra (1) para a Marinha Privativa da Colónia, do material, pessoal e equipamento do anterior centro, em 1 de Maio de 1928,
O chefe dos Serviços de Marinha em 1928, apetrechou o Centro com dois aviões (Fairey equipados com motor Rolls Royce) (2) e metralhadoras antiquadas) e um quadro de pessoal europeu que nunca ultrapassou a meai dúzia (o diploma no seu artigo 3, estipulava um quadro de 8 elementos)  um piloto (o primeiro-tenente, José Cabral) (3) dois sargentos (um deles, o ajudante  de carpinteiro Joaquim Carpeita), dois cabos e um Havia ainda ao serviço, seis loucanes e um guarda africano, um cavalo e algumas cabras que quando em liberdade, insistiam em destruir as árvores e plantas do jardim da Taipa perante o desespero e indignação do comandante da Aviação Naval.(4)

A leste da Taipa Grande, onde é hoje a Avenida da Praia, esteve até 1940, estabelecida a base da aviação naval da Colónia.

(1) Em 1927, havia apenas três centros de Aviação naval dependentes do Chefe dos Serviços de Marinha de Guerra: Lisboa, Aveiro e Macau.
(2) Em abril de 1927, por necessidade de vigilância das águas territoriais, face à pirataria e às contingências da guerra civil na China, foi estabelecida uma Secção da Aviação Naval em Macau sob o comando de José Cabral, com ao três hidroaviões Fairey (um deles era o “Santa Cruz”, o F – 17 que fez a travessia do Atlântico Sul, com Gago Coutinho e Sacadura Cabral) baseados na Ilha da Taipa.O avião “Santa Cruz” regressou a Portugal em 1928. A extinção dessa unidade aviação-naval foi em Abril de 1933.

Fairey IIID

(3) José Cabral, primeiro-tenente, ex-combatente da I Grande Guerra, de “valentia indispensável para ser o único que só tinha aviões decrépitos que nunca caíram.”, em Macau de 1928 a 1931, (4)  esteve integrado inicialmente num projecto inicial de Sacadura Cabral, de viagem aérea à volta do mundo, que retomado em 1926 pelo major Sarmento de Beires (travessia aérea Lisboa-Macau, em 1924) (5)  viria a transformar-se na 1ª travessia nocturna do Atlântico Sul, mas por ter sido colocado em Macau, foi substituído pelo capitão Dovalle Portugal.
(4) , Luís Andrade de – Aviação em Macau, um século de aventuras, 1990.
(5) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-m-sarmento-beires/
Outras referências ao Centro de Aviação Naval
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/centro-de-aviacao-naval/

Pequeno opúsculo de 16 páginas (dimensões: 21,5 cm x 15. 5 cm), de 1905, contendo o sermão proferido pelo padre António José Gomes (1) na cerimónia do lançamento da primeira pedra /reconstrução da Egreja de S. Paulo em Macau (2)

CAPA – bastante manuseada e com uma grande mancha na parte inferior esquerda ( letras a vermelho)

SERMÃO
Pregado dentro das ruínas da egreja da
Immaculada Conceição
VULGARMENTE CHAMADA DE S. PAULO
EM MACAU
Por ocasião do lançamento da primeira pedra para a reconstrucção
d´este antigo e histórico templo
Destinado a futura egreja Parochial de Santo Antonio
No dia 4 de Dezembro de 1904
Anno Jubilar da Immaculada Conceição
Pelo Missionario
P.e António José Gomes
Doutor em Theologia
Parocho da freguesia de Santo Antonio
MACAU
Tipographia Mercantil
1905

“…Senhores: o que nos resta, pois, fazer d´esta ruina?
“Conserva-la, dizem alguns, conservar esta ruína, remover todo este lixo, gradear este recinto e pôr aqui uma vigia”.
Senhores, isto não basta. Há muitos anos que uma tal resolução deveria ter sido tomada. Hoje, depois de tantos annos de profanação a mais ignóbil e vergonhosa, é mister recorrer à mais completa das desaffrontas  e à mais solemne das reparações!
“Conservar isto como ruína, dizem alguns, e basta. É uma obra d´arte antiga, é uma preciosa relíquia do passado, é uma pagina brilhante da historia de Macau; conserve-se, pois, como está, como monumento archeologico.”
Quem fala d´este modo, meus senhores?
Falam aqueles que nunca subiram essas escadas, aquelles  que talvez hoje pela primeira vez entram dentro d´este recinto, aquelles que há trinta, quarenta e mais anos não visitam esta ruína!
E são estes pretensos admiradores de monumentos archeologicos que falam em conservar esta ruina! Elles que a votaram sacrilegamente a todas as profanações as mais odiosas! Conservar esta ruina, quando tanto se tem feito pela derruir! Conservar esta ruina sagrada ao pé d´um templo idolatra! Conservar esta preciosa relíquia da arte christã no meio d´um foco de peste, d´essa montureira que se estende por ali abaixo, com centenares de suínos a refocilarem-se dentro e fóra d´ella! Conservar a mais bela ruina de Macau, a mais bela ruina do Oriente, no meio d´um bairro, talvez o mais sujo e repelente, que existirá sobre a face da terra!
Oh! Não, nunca! Venha mais depressa uma horda vandálica, sacrílega e brutal, e derrua tudo! Saccudam essas columnas, fundam esses bronzes, revolvam esses alicerces, varram essa mole de granito, rasguem essa pagina gloriosa da historia de Macau, apaguem esse pharol inexistingivel da fé dos nossos maiores! Façam tudo isso, se podem!
Mas se não podem, se o vandalismo em arte e o sacrilégio em religião os faz recuar, se o dedo oculto de Deus sustenta essa mole de granito, então nada mais resta que reedificar….”

CONTRA CAPA com as letras vermelhas de difícil visualização
Qualquer donativo que seja oferecido em troca d´este
Opusculo reverterá em benefício da reconstrução
De S. Paulo e podem ser enviado ao auctor
Parochia de Santo Antonio
China Macau

Na última página, com letras pouco visíveis:

IMPRIMATUR
Macai die XVI Januari 1905
JOANNES PAULINUS, Episcopus Macaonensis

(1) O Padre António José Gomes, fundou em Macau a «Obra do Pão dos Pobres», em 1903, agregada à Paróquia de Santo António. Nomeado em diversas ocasiões encarregado do Governo Eclesiástico de Macau durante as ausências do Bispo D. José da Costa Nunes (1920 a 1941). Editor do jornal diário “A Pátria” (2) em 1926, substituindo Francisco Xavier dos Remédios.
(2) “01-07-1923 – Aparecimento do semanário “A Pátria” que, em 1 de Dezembro de 1925, passou a publicar-se diariamente. Cessou a publicação, em 30 de abril de 1928.” Jornal de inspiração cristã, ligada à Igreja, tinha a redação no Seminário de S. José e era impresso no Insituto Salesiano.
(GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954) e (SILVA, Beatriz B. –Cronologia da História de Macau,  Vol. 4)
Ver anteriores referências em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/padre-antonio-jose-gomes/
(2) Ver anteriores postagens – “Notícia de 4 de Dezembro de 1904 – Programa do lançamento da primeira pedra (I) e (II) em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/12/04/noticia-de-4-de-dezembro-de-1904-programa-do-lancamento-da-primeira-pedra-i/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/12/04/noticia-de-4-de-dezembro-de-1904-programa-do-lancamento-da-primeira-pedra-ii/

Artigo publicado no jornal «South China Morning Post» de Hong Kong no dia 25 de Maio de 1928 anunciando “A Nova Feira de Macau” que iria realizar-se de 17 de Outubro a 2 de Dezembro desse ano. O artigo traduzido foi reproduzido na imprensa portuguesa, em Agosto de 1928. (1)
No entanto a “Feira de Caridade e Exposição Comercial” (2) que se realizou como propaganda do novo porto exterior de Macau , na altura recentemente construído, só seria inaugurada a 3 de Novembro de 1928 (3)
Consta no Boletim Oficial da Colónia de Macau, a publicação do Diploma Legislativo n.º 32, de 29 de Setembro de 1928, isentando de licença as barracas destinadas a diversões públicas e atractivos da Feira dado que essa feira redundaria em benefício da Santa Casa da Misericórdia. Por ter saído incorrecto, esse Diploma seria republicado em BO da Colónia de Macau, n.º 44 de 3 de Novembro de 1928, p. 810
(1) Extraído de «BGC» Ano IV, Agosto de 1928, n.º 38, pp. 243
(2) 31-03-1928 – Organização de uma feira de caridade e exposição icomercial em benefício da Santa Casa da Misericórdia (A.H.M. – F.A.C.P. n.º 199- Série I)
(3) GOMES, Luís Gonzaga – Efemérides da História de Macau, Vol4, 1997.

Outro postal da colecção (1) de seis da Ilha da Taipa e dois da Ilha de Coloane, da década de 90 (século XX), com edição da Câmara Municipal das Ilhas. Indicações em português, chinês e inglês. Fotografia de Fong Kam Kuan.
Este é referente também à ilha de Coloane, nomeadamente ao antigo jardim, hoje Largo Eduardo Marques, onde está um monumento, (2) com uma lápide decorado com balas de canhão e correntes de ferro, evocativo dos combates contra os piratas nos dias 12 e 13 de Julho de 1910, e atrás, erigido mais tarde, a Igreja de S. Francisco Xavier (3)

Igreja de S. Francisco Xavier e obelisco comemorativo, Coloane
路環聖方濟各教堂反紀念碑– (4)
St. Francis Xavier´s Church and a memorial obelisk – Coloane.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/10/26/postal-da-ilha-da-taipa-da-decada-de-90-seculo-xx-iv-avenida-da-praia/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/10/17/postal-da-ilha-da-taipa-da-decada-de-90-seculo-xx-iii-mosteiro-de-pou-tai/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/10/10/postal-da-ilha-da-taipa-da-decada-de-90-seculo-xx-ii-biblioteca-do-carmo/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/10/08/postal-da-ilha-da-taipa-da-decada-de-90-seculo-xx-i/
(2) Ver anteriores referências:
nenotavaiconta.wordpress.com/tag/monumento-de-13-de-julho-coloane/

O largo Eduardo Marques em 1940.

(3) A Igreja de São Francisco Xavier (estilo barroco) foi construída e sagrada pelo então bispo de Macau D. José da Costa Nunes em 1928, para evangelizar e servir a pequena comunidade católica em Coloane.
Ela é a igreja matriz da Missão de São Francisco Xavier, que engloba toda a ilha de Coloane. A igreja foi ampliada em 1962 e depois restaurada em 2013, por parte do Instituto Cultural.
Estavam na igreja os ossos dos ”mártires do Japão e Vietnam” (5) que foram depois transferidos (alguns) para o Museu de Arte Sacra (nas Ruínas de S. Paulo), em 1996, e outros após escolha “devolvidos” ao Japão (6) e o relicário de prata que é um osso do braço de S. Francisco Xavier, que foi transferido para a Igreja de S. José.
Anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/igreja-de-s-francisco-xavier
(4) 路環聖方濟各教堂反紀念碑 mandarim pīnyīn: lù huán shèng fāng jì gè jiāo táng fǎn jì  niàn bēi; cantonense jyutping: lou6 waan4 sing3 fong1 zai2 gok3 gaau1 tong4 faan1 gei2 nim6 bei1
(5) Estavam anteriormente na Igreja de S. Paulo, depois no Seminário de S. José e em 1978 transferidas para esta Igreja.
(6) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/martires-japoneses/

https://en.wikipedia.org/wiki/Coloane#/media/File:Macau_coloane_village_1.jpg

Em 7 de Dezembro de 1836, o Governo Português, pela pasta de Marinha e Ultramar, decretou que nas províncias ultramarinas se imprimisse um Boletim, cuja redacção ficasse a cargo do secretário do governo. Dois anos mais tarde, cumpria-se em Macau esta determinação, aparecendo em 5 de Setembro de 1838 o Boletim do Governo da Província de Macau, Timor e Solor, sendo impresso na Tipografia Macaense, oficina do Dr. Samuel Wells Williams (1). Segundo o mesmo Decreto de 7 de Dezembro de 1836, art. 13.º, o Boletim destinava-se ao aparecimento das ordens, peças oficiais e de tudo o mais que fosse de interesse público; a portaria circular de 14 de Fevereiro de 1855 determinava que nesse se publicassem os documentos mais importantes existentes nos respectivos arquivos. (2) Suspendeu-se a publicação após cinco números, reaparecendo no ano seguinte em 8 de Janeiro de 1840, e continuando (com algumas interrupções) até hoje, assumindo posteriormente diversos outros nomes similares:
O Boletim do Governo da Província de Macau, Timor e Solor (5 de Setembro de 1838);
Boletim do Governo de Macau;
Boletim do Governo da Província de Macau e Timor;
Boletim do Governo de Macau e Timor;
Boletim da Província de Macau e Timor;
Boletim Oficial do Governo da Província de Macau e Timor;
Boletim Oficial do Governo da Província de Macau (2 de Janeiro de 1897)
Boletim Oficial da Colónia de Macau (7 de Janeiro de 1928)
Boletim Oficial de Macau. (7 de Julho de 1951)
(1) Esta tipografia pertencia ao Dr. Samuel Wells Williams, mas figurava como gerente Manuel Maria Dias Pegado para cumprir as formalidades da lei.
O Dr. Samuel Wells Williams (1812-1884) missionário protestante, linguista e sinologista americano (autor de livros e dicionários inglês- chinês e chinês-inglês e um dos primeiros dedicados ao dialecto cantonense em 1856; primeiro professor nos Estados Unidos da literatura e língua chinesa em 1877) (3)  foi editor de 1848 a 1851, da excelente revista «Chinese Repository» que principiou a publicar-se em Cantão e depois de 1842 até 1844, a revista (volumes XI e XII) foi editada em Macau, com excepção do número correspondente a Dezembro de 1844, por esta revista ter passado a ser impressa em Hong Kong. (4)
Manuel Maria Dias Pegado (1805 – ? ) fundou três jornais em Macau: o semanário «Gazeta de Macao» cujo primeiro número saiu a 17 de Janeiro de 1839 e terminou a 29 de Agosto de 1839, após 32 números; «O Portuguez na China» em 2-09-1839 (durou até 04-05-1843); o «Procurador dos Macaistas» em 06-03-1844 (até 22-09-1845) . É irmão de Guilherme José António Dias Pegado, (1803-1885) professor de Matemática na  Universidade de Coimbra, professor de Física da Escola Politécnica e deputado às Cortes em sucessivas legislatura a começar em 1834,  pelo círculo de Macau)
(2) Retirado de «Breve História do Boletim Oficial» em:
http://bo.io.gov.mo/galeria/pt/histio/boletim.asp
(3) Dois dos livros publicados em Macau
WIILIAMS, S. Wells – Easy lessons in Chinese: or progressive exercises to facilitate the study of that language specially adapted to the Canton Dialect . Macau, printed at the office of The Chinese Repository, 1842, 282 p.
Disponível para leitura em
https://books.google.pt/books?id=djnPbjYGHFIC&printsec=frontcover&source=gbs_ge_summary_r&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false
WIILIAMS, S. Wells – An English and Chinese Vocabulary in the Court Dialect.  Macau, printed at the office of The Chinese Repository, 1844, 440 p.
Disponível para leitura em:
https://books.google.pt/books?id=RQOSGIumLUQC&printsec=frontcover&source=gbs_ge_summary_r&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false
(4) Ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/the-chinese-repository/

Notícia publicada no jornal de Macau “A Verdade” de 18 de Agosto de 1928 e reproduzida no Boletim Geral das Colónias (1)
NOTA: A “Royal Air Force“ (RAF) estava instalada em Kai Tak desde 1927 e tinha os hidroaviões bombardeiros  da geração doss “Fairey IIIF ” (aparelhos de dois lugares motorizados com motores “Napier Lion”), utilizados pela RAF de 1926 a 1934.  A “RAF KAI TAK”  além das missões militares actuava também no combate à pirataria nos mares da China. Foi transferida em 1938, para “Sek Kong Airfield” nos Novos Territórios onde esteve até  1999, ano da entrega de Hong Kong à RPChina. Durante a ocupação japonesa de 1941 a 1945 o aeroporto de Kai Tak foi a base dos aviões japoneses “A6M Zero”.
https://en.wikipedia.org/wiki/RAF_Kai_Tak
http://www.rafweb.org

http://asasdeferro.blogspot.pt/2015/09/fairey-iii.html

Anteriores referências ao Centro de Aviação Naval da Taipa e à Aviação Naval  em Macau:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/06/23/centro-de-aviacao-naval-de-macau-taipa-1928/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/aviacao-naval/
(1) «BGC», n.º 40 , Outubro de 1928.