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Continuação da história da Deusa da Ma Chou (A MÁ), iniciada nas postagens anteriores (1) e na sequência da  emissão dos selos da colecção “Lendas e Mitos VDeuses da Ma Chou”,no dia 23 de Abril de 1998, pelo “CTT – Correios e Telecomunicações de Macau”.

O NASCIMENTO DE MO NIANG

“Antes do seu nascimento, na Era de Jian Long Yuan da Dinastia Song (ano de 960), consta que a sua mãe sonhou uma vez que Bodhisattva Guanyin lhe tinha dado uma pílula e que, logo depois de a ter tomado, um relâmpago vermelho vindo fo Noroeste entrou em casa, produzindo uma luz muito brilhante e deixando no ar um perfume especial. Em breve, a mãe deu à luz um bebé do sexo feminino e, porque este não havia chorado, deu-lhe o nome de Mo Niang.” (2)

O AMULETO DE COBRE OFERECIDO PELO GÉNIO

“Mo Niang, desde muito pequena mostrou ser muito inteligente. Na escola, com apenas oito anos, bastava-lhe uma leitura para nunca mais se esquecer do que tinha lido. Um dia, Mo Niang e uma companheira foram passear por um jardim. Quando estavam a apreciar um poço de água tão cristalina como um espelho, subiu de repente um génio do fundo do poço e entregou um amuleto de cobre a Mo Niang, desaparecendo rapidamente nas nuvens. É esta a lenda muito conhecida “ O amuleto de Cobre oferecido pelo génio” (2)

A ASCENSÃO DA DEUSA

Do amuleto de cobre dado pelo génio, Mo Niang aprendeu a fazer magia e tornou-se uma figura muito amada e respeitada pelos seus conterrâneos, visto que auxiliava os aldeões a afastar o mal e a eliminar os desastres. No ano em que Mo Niang completou vinte e oito anos de idade, subiu a uma montanha no dia do Culto dos Antepassados e ascendeu ao céu.” (2)

A PRESENÇA DA RAINHA DO CÉU

De ali em diante, Mo Niang faz sentir a sua presença, de vez em quando, sobre o mar, salvando pessoas em perigo e servindo de guia na navegação dos barcos.” (2)

(1) nenotavaiconta

(2) Deuses da Ma Chou, O Primeiro Conjunto de Selos de Macau, em Prata. CTT,1998

Na sequência das postagens anteriores (1) – emissão dos selos da colecção “Lendas e Mitos VDeuses da Ma Chou”,no dia 23 de Abril de 1998, pelo “CTT – Correios e Telecomunicações de Macau”, apresento os quatro selos em offset e de prata (primeiro conjunto de selos de Macau, em prata).

O design desta emissão, composta por quatros selos, representa «O nascimento de Mo Niang»; «O amuleto de cobre oferecido pelo génio»; «A ascensão da deusa» bem como «A presença da rainha do céu». Os desenhos representam Ma Chou como uma jovem, linna, elegante e distinta, no estilo dominante das Dinastias Tang e Song” (2)

Exemplar n.º API2947 – Autorizado pelos CTT
Quatro selos no valor (cada) de 4 patacas; dimensão: 30 mm x 40 mm Desenho: Poon Kam Ling
Quatro selos de prata (qualidade Ag 999); dimensão: 30 mm x 40 mm; peso: 8 g (quatro selos) Desenho: Poon Kam Ling

Deusa da MA CHOU (A MÁ)

“Na mitologia milenária chinesa Ma Chou (A MÁ) ou Tin Hau (Rainha do Céu, é a Deusa protectora do mar, estando a sua figura consagrada no Templo A MÁ e nos mais de vinte templos existentes em Macau. É igualmente venerada pelas comunidades chinesas espalhadas em vinte países e regiões do mundo, designadamente em Taiwan, onde existem mais de 800 templos do género. O templo original dedicado a Ma Chou fica situado em Meizhou no Distrito de Putian, na Província de Fujian, onde esta deusa nasceu e ascendeu ao céu… (…)”………………………continua (2)

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/04/23/noticia-de-23-de-abril-de-1998-filatelia-lendas-e-mitos-v-deuses-da-ma-chou-i/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/04/24/filatelia-lendas-e-mitos-v-deuses-da-ma-chou-ii/

(2) Deuses da Ma Chou, O Primeiro Conjunto de Selos de Macau, em Prata. CTT,1998

Na sequência da postagem anterior – emissão dos selos da colecção “Lendas e Mitos VDeuses da Ma Chou”,no dia 23 de Abril de 1998, pelo “CTT – Correios e Telecomunicações de Macau”, (1) apresento o Bloco Filatélico n.º 0480007, com um selo de $ 10,00 (dez patacas) em que foram emitidos 1 800 000 exemplares.

Bloco filatélico – Desenho de Poon Kam Ling

Ao longo dos tempos, o nome da Deusa A MÁ e o nome da Cidade de Macau têm sido conhecidos simultâneamente e, por sua vez, MACAU é o nome português da Cidade a que chamamos em chinês «Porto da Deusa A MÁ». Há mais de 5 séculos que a figura da Deusa A MÁ têm sido venerada pelos numerosos pescadores que construíram o Templo A MÁ para o seu culto, continuando ainda hoje, a manter em permanente queima, incenso e pivetes, em sua homenagem.” (2)

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/04/23/noticia-de-23-de-abril-de-1998-filatelia-lendas-e-mitos-v-deuses-da-ma-chou-i/

(2) Deuses da Ma Chou, O Primeiro Conjunto de Selos de Macau, em Prata. CTT, 1998

No dia 23 de Abril de 1998, (1) os “CTT – Correios e Telecomunicações de Macau” emitiram uma colecção de quatro selos (cada um no valor de 4 patacas), outros quatro selos, idênticos aos anteriores, mas em prata (o primeiro conjunto de selos de Macau, em prata) e um Bloco Filatélico (contendo um selo de $ 10,00), intitulada “Deuses da Ma Chou”, o 5.º da temática “Lendas e Mitos” (2)

Também nesta data, foi posto à venda, o livro filatélico com as explicações históricas e técnicas dos selos da Deusa A MÁ. Apresento hoje, o invólucro exterior, a capa e contracapa do livro. (3)

Invólucro exterior
Invólucro exterior

Não se sabe ao certo a origem do nome de Macau mas muito provavelmente provém dos nomes da Deusa A MÁ. Para assinalar o grande acontecimento histórico da assumpção da Administração de Maca para a República Popular da China, produzimos o 1.º conjunto de selos em prata com os Deuses da Ma Chou que consagram a Deusa A Má e o templo com o mesmo nome. É uma colecção de muito interesse que perdurará para sempre.” (3)

Capa do livro
Contracapa
Contracapa
Autora dos selos e da ilustração da capa: Poon Kam Ling. Ilustrações de: Ng Wai Kin

(1) Portaria n.º 84/98/M de 13 de Abril

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/05/09/noticia-de-9-de-maio-de-1994-filatelia-lendas-e-mitos/

(3) Deuses da Ma Chou, O Primeiro Conjunto de Selos de Macau, em Prata. CTT,1998. Tiragem autorizada: 7 000; Preço de venda ao público: MOP $ 199,00

Carta de J. Livingstone, cirurgião na China , escrito em Macau em 25 de Março de 1820, a Joseph Hume, publicada no “New Times” de 2 de Outubro de 1820.

Extraído de «The Asiatic Journal and Monthly Register for British India and Its Dependencies», Volume 10-July to december 1820, p. 583
Foram os médicos da “Companhia Britânica das Índias Orientais”, em colaboração com os missionários protestantes, que introduziram a medicina ocidental na China, e revolucionaram a prática médica chinesa com novos conceitos e práticas. Os pioneiros, os três principais terão sido o Dr. Alexander Pearson (1780-1874) que foi o introdutor da vacinação antivariólica em Macau e Cantão em 1805, Robert Morrison (1782-1834 – missionário protestante, e tradutor de chinês durante 25 anos da ”Companhia Inglesa das Índias Orientais” que não era médico)  e Dr. .John Livingstone, (1) que abriu (com Robert Morrison) o primeiro dispensário  médico ocidental (particular) para os pobres, em Macau, em 1820. Em 1827, Thomas R. Colledge abriria um “hospital” oftalmológico em Macau que funcionou de 1827/28 a 1832 (totalmente financiado pelo próprio).

(1) John Livingstone (c.1770-1838?) (1) foi médico da “Companhia Britânica das Índias Orientais” na China nomeadamente em Cantão e Macau. Terá vindo para a China pela primeira vez em 1793 e uma segunda visita de 1803 a 1827 (?). Chegou a Macau em 1820.
NOTA: No Cemitério Protestante (antigo Cemitério da Companhia das Índias Orientais) está sepultada uma filha de John Livingstone, de nome Charlotte de 5 meses (1818) bem como o Rev. Robert Morrison e sua mulher Mary Morrison (1791- 1821) e ainda três crianças irmãs, filhas de Dr Thomas Richardson Colledge e Carolina Mary Shillaber Colledge.
(1) 原文條目mandarim pīnyīn: yuán  wén tiáo mù ; cantonense jyutping: jyun4 man4 tiu4  muk6
https://en.wikipedia.org/wiki/Medical_missions_in_China
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24585751
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1258/jmb.2011.011075

O livro «Atlas Missionário Português», publicado em Lisboa, 1962, pela Junta de Investigação do Ultramar foi elaborado pela Missão para o Estudo da Missionologia Africana (1959-1962) do Centro de Estudos Políticos e Sociais

Em Português e francês
32,5 cm x 24 cm x 1,3 cm 175 p. + índice

A capa é de Vasco Braga Reis

No prefácio, António da Silva Rego (Chefe da Missão para o Estudo da Missionologia Africana) salienta que “ este Atlas Missionário Português destina-se a informar o publico sobre alguns aspectos particulares da problemática missionária portuguesa…(…) . Trata-se de um atlas de estudo, de fim específico. Visou-se a utilidade, não a munificência da edição.”
Profusamente ilustrado com mapas geográficos e demográficos desdobráveis, apresentando a distribuição dos agrupamentos étnicos, linguísticos e religiosos das regiões em que se estabeleceram missionários portugueses.
SUMÁRIO: Guiné (pp 13-34); S. Tomé e Príncipe (pp. 35-46); Angola (pp. 47-88); Moçambique (pp. 89-134); Estado Português da Índia (pp. 135-152); Macau (pp. 153-162) e Timor (pp. 163-175).

Desenhos / gravuras publicados no semanário «A Illustração Popular” (1) com a temática “China / Povo chinês”, sempre acompanhados  por um pequeno trecho explicativo
I – BONZO (2)
II – BONZO PEDINTE (3)
(1) “A Illustração Popular: chrónica semanal”, jornal semanal portuguesa publicado em Lisboa desde o mês de Julho a Dezembro de 1884 (26 números). Colaboraram escritores e artistas conhecidos nomeadamente Bocage, Marquesa de Alorna e Columbano Bordalo Pinheiro.
http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/AIllustracaoPopular.pdf
(2) “A Illustração Popular”, I-14, de 20 de Outubro de 1884.
(3) “A Illustração Popular”, I-17 de 23 de Outubro de 1884.

A sagração episcopal de D. Arquimínio da Costa realizou-se a 25 de Março de 1976.
A nomeação do novo bispo de Macau, na pessoa do Padre Arquimínio Rodrigues da Costa (1) pelo Papa Pauli VI, veio preencher a vaga deixada pelo falecimento de D. Paulo José Tavares. A notícia do acontecimento, foi transmitida em 21 de Janeiro de 1976, pela Rádio Vaticano e foi recebida pela população católica de Macau com manifesto regozijo, dada a simpatia que o nomeado desfrutava em Macau.

O novo prelado dá entrada na Sé Catedral

A Sé Catedral vestiu as suas melhores galas pera receber o seu novo Antístite, e os Revs. Prelados que vieram presidir à cerimónia litúrgica da sagração. Dísticos em português e chinês engalanavam o frontispício do templo e saudavam o novo prelado com o dizer evangélico: «BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR».

Arquimínio da Costa dirige, pela primeira vez, como Bispo de Diocese, a palavra aos fiéis

A assistência à cerimónia da sagração episcopal, vendo-se no primeiro plano o Governador, coronel Garcia Leandro e Sua esposa.

Nas primeiras bancadas destacava-se a presença do Governador, Coronel Garcia Leandro e esposa, Madre Maria Clemência da Costa (irmã de D. Arquimínio), os Secretários-adjuntos, o Meritíssimo Juiz da Comarca, o Cônsul-Geral da França e muitos Chefes de Serviços e suas esposas. Em lugar especial da capela-mor, via-se o Bispo Anglicano de Hong Kong, Dr. John Gilbert Baker, o Rev. Frank Lin, pastor anglicano da Igreja de S. Marcos, em Macau e esposa.

Outro aspecto da assistência, estando na primeira bancada, destacadas autoridades oficiais.

D. Arquimínio da Costa entrou na Catedral na companhia do Bispo Sagrante, D. João Baptista Wu, de Hong Kong e dos Bispos consagrantes, D Carlos Lemaire, Bispo titular de Otrus, e D. Júlio X. Labayen, Bispo da Prelatura de Infanta, Filipinas.

O Governador de Macau apresenta os seus cumprimentos de felicitações a D. Arquimínio Rodrigues da Costa

(1) D. Arquimínio Rodrigues da Costa (1924 – 2016)  高秉常, natural da Ilha do Pico (Açores), veio para Macau na companhia de Monsenhor José Machado Lourenço, com mais três companheiros, em 1938, dando ingresso no Seminário de S. José a 8 de Dezembro desse ano. Foi sempre um aluno modelar, tanto no comportamento como nos estudos, pelo que foi durante anos subprefeito da disciplina dos seminaristas (1949-1953). Terminado o Curso Teológico, foi ordenado sacerdote por D. João de Deus Ramalho, S. J., no dia 6 de Outubro de 1949, celebrando a sua missa nova três dias depois. Foi professor de várias disciplinas, entre as quais Filosofia tanto para alunos internos como externos. Ficou reitor interino do Seminário de Fevereiro a Maio de 1955, na ausência do então reitor Cónego Juvenal Alberto Garcia (gozo de licença graciosa). Em 1957 seguiu para Roma a fim de cursar Direito Canónico na Universidade Gregoriana onde se licenciou em 1959. Regressou a Macau no dia 15 de Outubro de 1960, sendo novamente nomeado prefeito da disciplina e professor do Seminário. Em 1 de Agosto de 1961, foi nomeado reitor interino e, em 30 de Novembro, reitor efectivo daquele estabelecimento. Nomeado governador do Bispado nas ausências, em Roma, de D. Paulo José Tavares, em 1963 e 1965, durante o Concílio Vaticano II. Com a transferência do curso filosófico para o Seminário do espírito Santo de Aberdeen, Hong Kong, foi nomeado professor daquele estabelecimento de ensino, a partir do ano lectivo de 1968-69, onde lecionou Filosofia e Latim e foi prefeito de estudos do Curso Filosófico.
A 14 de Junho de 1973, foi eleito pelo Cabido vigário capitular da Diocese, cargo que exerceu até ser eleito Bispo de Macau. Bispo de Macau entre 1976 e 1988. Foi o último bispo de etnia portuguesa da Diocese de Macau. Eleito Bispo emérito de Macau, em 06-10-1988, regressou à sua terra natal nos Açores.
D. Arquimínio da Costa foi o terceiro Bispo de Macau, natural da Ilha do Pico, os outros dois foram D. João Paulino de Azevedo e Castro e o Cardeal D. José da Costa Nunes. É o quinto bispo natural dos Açores, sendo os outros, o Bispo D. Manuel Bernardo de Sousa Enes, da Ilha de S. Jorge, e o falecido Bispo D. Paulo José Tavares, da Ilha de S. Miguel.
Extraído de «MBIT» N.º 1-2, 1976.

Mais dois postais (n.º 9 e n.º 10) da colecção de 10 postais intitulada “Ten Scenic Spots of Macau”, uma colecção especial emitida na ocasião da transferência de Macau, em 1999. (1)
Postal n.º 9 –“Four Face Buddist Statue”
In front of the Macau Jockey Club square there is a four-face buddist statue which came from Thailand and attracted many people to pray
A estátua do Buda de Quatro Faces veio da Tailândia para Macau em 1984 sendo colocada na Taipa frente ao Jockey Clube. O Buda de Quatro Faces no centro do santuário, como o nome indica, é uma estátua do santo com quatros faces nas quatro direcções cardeais e com as mãos a empunhar vários objectos budistas, nomeadamente, rosários, concha, um jarro para água, uma placa com os sutras (escrituras sagradas) e a roda do Dharma que alude à omnipotência do Buda. Diz-se que o Buda de Quatro Faces é uma divindade originária da Índia e que é venerado no sudeste asiático, sendo especialmente popular na Tailândia, pois o Buda é conhecido por auspiciar riqueza, boa sorte e honra aos que o veneram. Quando as pessoas de Hong Kong e Macau viajam até à Tailândia, nunca se esquecem de prestar homenagem ao Buda de Quatro Faces local. As quatro faces da divindade regem a carreira profissional, a vida amorosa, a prosperidade e honra e a paz e segurança. Consoante a finalidade da oração, os crentes seguem determinada sequência de veneração das quatro faces.
https://m.cityguide.gov.mo/p/sightseeing/Detail/

Verso do postal n.º 9

Postal n.º 10 – “Casino Lisboa”
Gambling and the anual Grand Prox Motor Racing gave the name “Oriental Monte Carlo” to Macau. Casinos attract many H. K. people to come to Macau. The Macau government get great income tax from glambling annually.“ (2)

Verso do postal n.º 10

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/01/23/postais-ten-scenic-spots-of-macau-i/
(2) Ver anteriores referências do Casino Lisboa em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/casino-lisboa/