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Notícia da morte do Imperador Jiaqing (Ian chong ou Chia Ching ou Kia Kim em cantonense) da dinastia manchu Qing (Cheng, em cantonense)  de 60 anos de idade (1760-1820) (25 anos de império) na sua residência da Montanha e Templos Vizinhos em Chengde, no dia 2 de Setembro de 1820.  (1)(2)

Extraído de “The Asiatic Journal and Monthly Register for British India and its Dependencies”, Volume XI, January to June 1821, p. 6

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/12/30/noticia-de-30-de-dezembro-de-1820-procedimentos-do-luto-apos-a-morte-do-imperador-jiaqing-%E5%98%89%E6%85%B6

(2) A notícia do falecimento do Imperador da China Jiaqing chegou a Macau no dia 27 de Setembro. O passamento deu-se em Joghol, já perto dos limites da Tartária, onde ia frequentemente para receber tributos e para caçar. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 32)

Carta “privada” escrita de Macau para publicação no «The Asiatic Journal and Monthly Register for British and Foreign India, China, and Australasia», jornal financiado pela “East India Company” (impresso em Londres). (1)

Nesse ano de 1842, “nascia” Hong Kong e a abertura de cinco portos chineses nos termos do “Tratado de Nanquim”, que seria assinado a 29 de Agosto. Pelo “Tratado de Nanquim” isentava os estrangeiros da jurisdição chinesa, em resultado do desfecho da Guerra do Ópio, seguindo-se os chamados “Tratados Desiguais”. Foi o fim da “I Guerra do Ópio”. A China pagou pesada indemnização e foram abertos ao comércio estrangeiro os cinco portos seguintes: Cantão, Amoy, Fuchau, Ningpo (Liampó) e Shanghai (2)

(1) Extraído de « The Asiatic Journal and Monthly Register for British and Foreign India, China, and Australasia », VOL XXXIX SET –DEC 1842, p. 294. Este jornal esteve em circulação quase quarenta anos de 1816 a 1845, com alteração do título: 1816-1829 – Série 1: The Asiatic Journal and Monthly Register for British India and its Dependencies; 1830-1843 – Série 2: The Asiatic Journal and Monthly Register for British and Foreign India, China, and Australasia; 1843-1845 – Série 3: The Asiatic Journal and Monthly Miscellany. https://en.wikipedia.org/wiki/The_Asiatic_Journal_and_Monthly_Register_for_British_India_and_Its_Dependencies

(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 97

Notícia de Macau de 10 de Maio de 1842, do correspondente local do jornal «The Asiatic Journal and Monthly Reporter for British».

«The Asiatic Journal and Monthly Reporter for British»,  Vol XXXIX. SEPT –DEC 1842, p. 170

Extracto de uma carta de Macau datada de 30 de Dezembro de 1820 e publicada em (1), anunciando os procedimentos do luto após a morte do Imperador Jiaqing, da dinasta Qing,  de 59 anos de idade (1760-1820) na sua residência da Montanha e Templos Vizinhos em Chengde, no dia 2 de Setembro de 1820  (2)

(1) «The Asiatic Journal and Monthly Register for British India and its Dependencies», Volume XI, January to June 1821, p. 636

(2) Emperador Jiaqing 嘉慶帝 (13 de Novembro de 1760 – 2 de Setembro de 1820), foi o sexto imperador da Dinastia Manchu, e quinto imperador Qing, tendo reinado de 1796 a 1820. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Jiaqing)

Ver anteriores referências neste blogue em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/08/27/leitura-mercadores-do-opio/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/06/05/macau-de-1910-souvenir-de-macau-x/

Notícia publicada na imprensa estrangeira (1) sobre os festejos da aclamação (2) do rei D. João VI (3) realizados em Macau, no dia 26 de Dezembro (4) que começou com uma salva real e assistindo o Senado a uma Missa pontifical. Às 15 horas foi inaugurado o retrato do Rei, no salão nobre do Senado.

(1)«The Asiatic Journal and Monthly Register for British India and its Dependencies»,  VOL V – From July to December 1819, p. 396.

Retrato de D. Joao VI por Albertus Jacob Frans Gregorius.

(2) A aclamação do rei de Portugal era a cerimónia em que o herdeiro ao trono ascendia a monarca de Portugal. Em Portugal, após a coroação de D. João IV que se tornou rei de Portugal em 1640, este colocou a sua coroa aos pés de uma estátua de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, declarando-a “a verdadeira Rainha de Portugal” , nunca mais existiu uma coroação, existindo no seu lugar uma aclamação. https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_VI_de_Portugal

 (3) Em 20 de Março de 1816, faleceu a rainha Dona Maria I, subindo ao trono seu filho e já regente (por demência de D. Maria I), o futuro João VI de Portugal (1767-1826). A sagração não se realizou de imediato, sendo aclamado somente em 6 de fevereiro de 1818, dois anos depois, com grandes festividades. Sua aclamação realizou-se no Rio de Janeiro (Brasil) onde estava o reino. D. João VI (O Clemente) foi rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822 (ano da independência do Brasil) e depois, de 1822 até à sua morte, em 1826, rei de Portugal e Algarves.

(4) O “Bando” do Senado, de 18 de Dezembro de 1818 anunciava para as 15 horas do dia 26 de Dezembro, a aclamação de D. João VI, no lugar das Casas do Leal Senado, com festejos nos dois dias seguintes. SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 20165 p. 30

Carta de J. Livingstone, cirurgião na China , escrito em Macau em 25 de Março de 1820, a Joseph Hume, publicada no “New Times” de 2 de Outubro de 1820.

Extraído de «The Asiatic Journal and Monthly Register for British India and Its Dependencies», Volume 10-July to december 1820, p. 583
Foram os médicos da “Companhia Britânica das Índias Orientais”, em colaboração com os missionários protestantes, que introduziram a medicina ocidental na China, e revolucionaram a prática médica chinesa com novos conceitos e práticas. Os pioneiros, os três principais terão sido o Dr. Alexander Pearson (1780-1874) que foi o introdutor da vacinação antivariólica em Macau e Cantão em 1805, Robert Morrison (1782-1834 – missionário protestante, e tradutor de chinês durante 25 anos da ”Companhia Inglesa das Índias Orientais” que não era médico)  e Dr. .John Livingstone, (1) que abriu (com Robert Morrison) o primeiro dispensário  médico ocidental (particular) para os pobres, em Macau, em 1820. Em 1827, Thomas R. Colledge abriria um “hospital” oftalmológico em Macau que funcionou de 1827/28 a 1832 (totalmente financiado pelo próprio).

(1) John Livingstone (c.1770-1838?) (1) foi médico da “Companhia Britânica das Índias Orientais” na China nomeadamente em Cantão e Macau. Terá vindo para a China pela primeira vez em 1793 e uma segunda visita de 1803 a 1827 (?). Chegou a Macau em 1820.
NOTA: No Cemitério Protestante (antigo Cemitério da Companhia das Índias Orientais) está sepultada uma filha de John Livingstone, de nome Charlotte de 5 meses (1818) bem como o Rev. Robert Morrison e sua mulher Mary Morrison (1791- 1821) e ainda três crianças irmãs, filhas de Dr Thomas Richardson Colledge e Carolina Mary Shillaber Colledge.
(1) 原文條目mandarim pīnyīn: yuán  wén tiáo mù ; cantonense jyutping: jyun4 man4 tiu4  muk6
https://en.wikipedia.org/wiki/Medical_missions_in_China
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24585751
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1258/jmb.2011.011075