Archives for category: Uncategorized

A começar em 23 de Junho de 1959, no Teatro Vitória, o filme “Forbidden Island”

“Ilha Proibida” é um filme policial de aventura americano de 1959 dirigido por Charles B. Griffith, argumento: Charles B. Griffith e Jonathan Haze; e os actores: John Hall, Nan Adams, John Farrow e Jonathan Haze.

Um “skindiver” (mergulhador que pratica a actividade de mergulho e natação subaquática sem usar traje de mergulhador) tenta recuperar um tesouro afundado antes que um grupo de ladrões descubra sua existência. https://en.wikipedia.org/wiki/Forbidden_Island Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=IUUPfICaG70

PRÓXIMA MUDANÇA: “The Big Country”

The Big Country” é um filme épico de faroeste americano de 1958 dirigido por William Wyler, com os actores Gregory Peck, Jean Simmons, Carroll Baker, Charlton Heston e Burl Ives. Filmado em Technicolor e Technirama , o filme foi baseado no romance serializado da revista “Ambush at Blanco Canyon”, de Donald Hamilton e foi co-produzido por Wyler e Peck. Burl Ives (1) ganhou o Oscar de Melhor Ator Secundário por sua atuação, bem como o Globo de Ouro.

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Big_Country

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/07/10/noticia-de-10-de-julho-de-1959-folheto-de-cinema-teatro-vitoria-xxx-gata-em-telhado-de-zinco-quente/

Luigi Antinori, compositor, maestro e professor de música do Seminário de S. José, faleceu a 1 de Junho de 1873 após 1 semana de doença devido a “um ataque de paralisia”. O maestro que viveu em Macau cerca de 10 anos (chegou a 1863 ?), veio a convite do Padre Francisco Xavier Rondina, na altura, director do Colégio de S. José (seminário) (1)

Extraído de «Gazeta de Macau e Timor» I-37, de 3 de Junho de 1873, p. 3

Poucas referências encontrei deste professor, a não ser um artigo de Aurelio Porfiri intitulado “Luigi  Antinori, The Forgotten Italian Master”,  publicado no semanário “O Clarim” em 2019 (2) do qual saliento  três  parágrafos:

 – “It was Fr Rondina who made the Italian Maestro Luigi Antinori, who arrived from Rome, introduce here a taste for true and good music”. (Ferreira, Leôncio A – Um Brado pela Verdade ou a questão dos professores jesuítas em Macau e a instrucção dos Macaenses, 1872, p 20,). 

– “There is information that the said maestro donated 10 patacas to the Salesian College of the Immaculate Conception in 1868” («Boletim do Governo de Macau». 22 Março, 1869. Vol. 15, N. 12, 72). (3)

–  “In 1868 the Seminary students went to visit the place where St Francis Xavier died, Shangchuan, and Luigi Antinori conducted the Seminary Choir.”

Outras referências deste súbdito italiano encontrei-os no jornal «O Oriente» de 1872, e no «BPMT», de 1873:

Extraído de «O Oriente», I-10 de 21 de Março de 1872, p. 4

NOTA: O Padre António Luiz de Carvalho foi nomeado Governador do Bispado de Macau em 1870 (até 1875) tomando posse em Agosto de 1971, encarregando-se também da Reitoria do Seminário, saindo dali e só então (para Hong Kong), os últimos professores (estrangeiros) da Companhia de Jesus (Portaria Régia de 20 de Março de 1971- os professores do Seminário de Macau só podiam ser eclesiásticos portugueses) em 1877. Preocupou-se com o ensino de português a chineses. Coube-lhe benzer o terreno por ocasião (1-12-1872) do lançamento das primeiras pedras da Bateria 1.º de Dezembro, do Hospital Militar de S. Januário (6-01-1874) e da Capela do Cemitério de S. Miguel. (5-06-1875) (4)

Extraído de «O Oriente», I-21 de 6 de Junho de 1872, p. 3
Extraído de «BPMT», XIX n.º 26 de 28 de Junho de 1873, p. 106

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pe-francisco-xavier-rondina/

(2) PORFIRI, Aurelio – Luigi  Antinori , The Forgotten Italian Master. “O Clarim” de 2 de Agosto de 2019. Disponível para leitura em: https://www.oclarim.com.mo/en/2019/08/02/luigi-antinori-the-forgotten-italian-master/

(3)

Extraído de BGM XV-12 de 22 de Março de 1869, p. 72

(4) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II (p.211 e 219) e Volume IV, 2015, p. 37.

Dimensões: 16,5 cm x 9 cm

Envelope vermelho – Lai si (1) da Tipografia Martinho, (2) que está situada na Rua Central, n.º 13, da década de 90 (século XX), na altura com os telefones n.ºs 562828 e 562829.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/envelopes-vermelhos-%E5%88%A9%E6%98%AF-%E5%88%A9%E5%B8%82-%E5%88%A9%E4%BA%8B/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/tipografia-martinho/

Episódio relatado no «Boletim do Governo de Macau», já postado em 6 de Maio de 2018, (1) , agora segundo o jornal australiano “The Mercury” (2)

PIRATICAL ATTEMPT TO CAPTURE THE STEAMER IRON PRINCE. We extract from the “China Mail,” of 8th May, the ‘ ‘following account of a desperate piratical attempt to capture “the Iron Prince”, a screw steamer, formerly employed in the colonial trade. “The Iron Prince”, screw passenger steamer, of 203 tons, and 35-horse-power, with a crew of fifteen and thirty-one passengers, carrying also in addition to two boxes of specie, sixty eases of opium, the latter being worth over 40,000 dollars, left Hong Kong as usual on the 6th May, for Macao, a distance of over forty miles. After starting, the captain, remarking  that some of the Chinese passengers had come with him on the steamer’s previous voyage from Macao, took the fire caution of taking six of the twelve muskets that were in his cabin in the centre of the ship to the small after cabin on the starboard side, and mentioned his suspicion that all was not right to the mate. In this after-cabin, where there were previously six muskets, he loaded the six which he had taken from his own cabin. There was also in the cabin a loaded five-barrelled Deane’s revolver and he had about his person a small five-barrelled loaded revolver. He had the sense to take all ammunition and caps out of his own cabin. Of 31 passengers 26 were Chinese, including  1 woman ; tlie rest, consisting of a French doctor, a Mr. Hyeem, one Parsee, one Jew, and one Irish lady (a Mrs Dunn), who arrived at Hong Kong from Singapore on Tuesday, and was going to join her husband at Macao. Of the crew of 16, including the captain, 8 were Chinese, the rest being the captain, (na Englishman), the mate (Portuguese), and the engineer (Moorman), I Lascar, 1 Malay, 1 Moorman, and 2 Munilmen.  After passing the ” Brothers,” nearly midway to Macao, the captain finding some of the passengers required luncheon, sat down about two o’clock by himself – in the small saloon in front of his cabin. Just as he was the act of commenoing his tiffin, ,he noticed some of the Chinese passengers looking in at each of the two  doors. He immediately jumped up, and told his boy to bring his lunch after, and drew the attention of the mate to two Chinese junks near at hand, which apparently had  no decided course, and were crowded. In about a quarter, of an hour a third junk appeared, when suddenly a yell was given, stinkpots wore thrown Into the captain’s cabin and engine house, and the attack commenced. The first thing the captain did was to call all the crew and passengers aft. In less than a minute the engineer was shot through the right arm, the mate stabbed near the captain’s cabin door and disabled, one of the Manila crew killed and thrown overboard by the pirates. Mrs. Dunn, while rushing from the captain’s cabin aft, was wounded about the neck and shoulders, and the Lascar was killed when in the act of getting a musket from the cabin. The captain, while in the act of preparing for defence, In the after-cabin, received likewise a slight sword cut across the forehead and fingers. At this stage, the captain shot dead the man who struck him, and likewise in the buck the two men whom the pirates lind plnceil, one after the other at the wheel, to clinnge the steamer’s course. ………………………Continued

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/05/06/noticia-de-6-de-maio-de-1862-assalto-ao-vapor-ingles-iron-prince/

(2) “The Mercury” (2) (Hobart, Tasmania 1860-1954) no dia 29 Julho de 1862 p. 4

https://trove.nla.gov.au/newspaper/article/8809139

NOTA: este mesmo episódio “PIRATICAL ATTEMPT TO CAPTURE THE STEAMER IRON PRINCE” também está relatado em «The Sydney Morning Herald» (NSW : 1842 – 1954), 18 de Julho de 1862,  p. 5, consultável (com melhor grafia)  em: https://trove.nla.gov.au/newspaper/article/13231534

No dia 26 de Junho de 1717, «Neste dia chegou a esta Cidade o Vice Rei de Cantão com dois mandarins de Graduação Grande, e logo forão a S.Paulo e d´aly para a Caza de Antonio de Siquera que lhes tinha preparado com asseio para sua assistência, onde forão os Ministros do Senado vezitá-lo, além dos recebimentos que se lhes fiserão, com as companhias formadas a allas e muitas salvas. AS 3 horas da tarde forão para a Fortaleza do Monte e se foi embora pela porta de S. Lázaro, deixando a todos satisfeitos pelo bom modo com que recebia a todos e pelos saguates que deixou de pessarias, farinha, etc., o que outro nenhum tinha feito athe este tempo» (1) (2)
(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia daHistória de Macau, Volume 2, 1997
(2) “15-06-1717 – O Senado, com a assistência do Governor, Francisco de Alarcão Sotto-Maior, propôs que, estando para se receber a visita do Vice-Rei de Cantão, fossem oferecidas ao Imperador da China, por seu intermédio, duas embarcações de guerra providas de gente e armas, para proteger estas ilhas e mares contra qualquer invasão de piratas, que estavam muito activos, contando que o Imperador isentasse esta cidade do foro do chão que costuma pagar–se todos os anos bem como da arqueação dos barcos desta cidade (3)
17-6-1717 – Concordaram os Homens Bons da cidade com o Senado, estando presente o Governador Dom Francisco de Alarcão Sotto-Maior, em que fosse apresentado ao Vice-Rei de Cantão, na sua visita a Macau, um memorial constante de 9 pontos no qual se pedia para se acabar com as vexatórias e abusivas interferências dos mandarins e um meio para se queixar contra eles sem ser por intermédio dos tribunais. (3)
17-06- 1717 – O Senado propõe-se queixar-se ao Vice-Rei de Cantão que os mandarins se intrometiam no Governo de Macau «como he o probirem o lançar-se os Chinas das boticas fora, que supomos serem prejudiciaes nesta Cidade, e com os roubos, que commetem»  (4)
(3) GOMES. Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954
(4) TEIXEIRA, P. Manuel – Os Macaenses, 1965.

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1)
O templo Lin Fong (Lin Fong Miu -蓮峯廟 (2) ou Templo de Lótus ou, conforme Padre Teixeira “Pagode do Cume da Colina de Lótus”) fica na Estrada do Arco que começa entre as Avenidas do Almirante Lacerda e de Artur Tamagnini Barbosa, em frente da Avenida do Conselheiro Borja, e termina na Estrada da Areia Preta em frente da estrada Marginal do Hipódromo. Era vulgarmente conhecido por Pagode Novo e era ali que ficavam os mandarins quando vinham a Macau. Este templo não deve ter mais de dois séculos, visto ser chamado Pagode Novo em princípios do século XIX. O templo foi restaurado, reabrindo no dia 17-07-1980. (3)
(1) Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/
(2) Anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/templo-lin-fonglin-fong-miu/
(3) TEIXEIRA, Padre Manuel – Pagodes de Macau, 1982.

Auto de notícia de 26 de Maio de 1877 da Polícia do Porto de Macau enviado à Procuratura dos Negócios Sínicos para resolução acerca de uma queixa, no dia 24 de Maio, de falta de pagamento (175 taeis) pelo transporte após salvamento de 33 homens, tripulação duma embarcação que se afundou perto da Ilha do Ladrão.
Extraído de «B.P,M.T.» , 1877, Vol XXIII – 21.
Jin Guo Ping no seu trabalho “O valor documental da Peregrinação — Contributo para a história da presença portuguesa na China e da fundação de Macau”, (recomendo a leitura), a propósito da passagem de Fernão Mendes Pinto por Macau, p. 781/782 (1), localiza assim a Ilha dos Ladrões.
O episódio de “Como nos perdemos na Ilha dos Ladrões (Capítulo LIII)” confirma as andanças do autor em Macau nos primórdios do seu estabelecimento. Na geografia marítima, a “Ilha dos Ladrões” é um nome bem conhecido. No entanto, neste caso, seria identificável com Laowanshan (Ilha do Velho Wan). Wan foi um pirata famoso no mar e no delta do Rio das Pérolas. Era em Laowanshan que o pirata procurava refúgio. Em português, a ilha é ainda hoje conhecida pelo nome de “Ilha dos Ladrões”. Fica a sudeste de Macau. “Saindo pelo Canal da Taipa, chega-se a Laowanshan, que é o ponto de referência para os barcos oceânicos e os barcos bárbaros”. Sabe-se, através dos roteiros chineses, que era um lugar de passagem para os barcos que circulavam entre o litoral chinês a leste de Hong Kong e a Cidade de Cantão. Para os barcos que vinham de Malaca pela “rota de fora”, era o primeiro ponto de chegada.
Até ao século XVII, os barcos que saiam de Macau ainda o usavam como ponto de partida.
(1) Jin Guo Ping – O valor documental da Peregrinação — Contributo para a história da presença portuguesa na China e da fundação de Macau”, in Administração n.º 72, vol. XIX, 2006-2.º, 771-783, disponível em:
http://www.safp.gov.mo/safppt/download/WCM_004481

SOLEDADE

Deleita-me a solidão desta choupana …
Mas dói-me ao recordar vozes amigas.
Sim, geme o verdelhão (2), – mas em país de exílio.
Conturba-me a cor da relva o coração, que começa.

Desce o sol, em um poente de cirros amarelos,
Passam nuvens sobre o mar, – que é mais ferrete.
Segunda lua … (3). E, na algarvia dos grasnidos,
Oiço os gansos (4) darem o alarme p´ra o regresso. (1)

(1) Autor: Pien-Kung, também conhecido por T´ingh-Shih.
(2) Nas notas que acompanham a poesia, refere como sendo «drilus sinensis» – género de besouro pertencente à família Elaterídae. Mas «verdelhão» em Portugal é um passarinho da família dos fringilíneos, excelente cantor.
(3) A segunda lua, correspondendo, em média aproximada, ao mês de Março, é a segunda do ano e da Primavera. A nona, correspondendo a Outubro, é a última do Outono.
(4) Os gansos bravos (Anser segetum) que vêm hibernar aos rios do sul, na zona tropical
Desenho de John Gould
http://www.art.com/products/p29690389918-sa-i8720063/john-gould-anser-segetum-bean-goose.htm

Tradução e notas retiradas de:
PESSANHA, Camilo – China (Estudos e traduções). Agência Geral das Colónias. Lisboa, 1944, 133 p
Ver anterior elegia chinesa em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/03/02/poesia-vi-elegia-chinesa-de-camilo-pessanha/

Do “Boletim Oficial” de 20 de Fevereiro de 1954:
Foi substituída a Portaria n.º 4:998, de 8 de Setembro de 1951 que criou o Abrigo de Mendigos e Vadios, com sede na Ilha da Taipa, destinado a albergar todos os indivíduos maiores de 16 anos, sem meios de subsistências, que não tenham modo de vida ou residência na província e se entreguem à prática de mendicidade ou à vadiagem nas vias e lugares públicos.
A criação de um centro de apoio e abrigo de vadios e mendigos, a título experimental, na Ilha da Taipa foi em 08 de Setembro de 1951 (Boletim Oficial n. 36)
Este mesmo «Abrigo de Mendigos e Vadios» passa a ser, em 20 de Maio de 1961, o «Centro de Recuperação Social» (1) sob a responsabilidade do Corpo de Policia de Segurança Pública de Macau (Boletim Oficial n.º 20)
FONTE: «MACAU B. I. 1954 » + SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 5, 1998.
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/centro-de-recuperacao-social-da-taipa/

directorio-1934-museu-luis-de-camoes-uma-das-galeriasMuseu Luís de Camões – Uma das galerias.

O Museu Comercial e Etnográfico Luís de Camões foi criado, na dependência da Direcção das Obras dos Portos, por P.P. n.º 221 de 5 de Novembro de 1926.
Por D. L. n.º 203 de 19 de Setembro de 1931 passou a estar dependente da Inspecção de Instrução Pública.
Instalado primitivamente no Palacete da Flora, foi removido em 1928, para as salas do edifício de Leal Senado.
No ano de 1934, data destas duas fotos, estava aberto ao público das 11 às 16 horas, todos os dias, com excepção das quartas-feiras.

directorio-1934-museu-luis-de-camoes-outra-galeriaMuseu Luís de Camões – Outro aspecto da galeria

Os seus serviços estavam distribuídos por quatro secções:

    1. Comercial;
    2. Sacra;
    3. Etnográfica e Artística;
    4. Biblioteca

A Direcção era composta por:
Um Presidente nato, o Inspector de Instrução Pública: Dr. João Pereira Barbosa.
Um Director da Secção Comercial: Cónego António Maria de Morais Sarmento.
Um Director das Secções Etnográfica e Artística e Biblioteca: Dr. Horácio Pais Laranjeira.
Tinha ainda como Pessoal assalariado:
Um fiel: Margarida da Rocha Xavier;
Um guarda: Tomé d´Assunção;
Um servente: Seac Lai I.