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A começar em 7 de Abril de 1966, o filme “A Arte do Amor” (The Art of Love”), um espectáculo para maiores de 12 anos.

The Art of Love”, é uma comédia, de 1965 em “technicolor”, dirigida por Norman Jewison com os actores, James Garner, Dick Van Dyke, Elke Sommer, e Angie Dickinson.

Filme produzido por Ross Hunter para a “Universal Pictures”

Trailer do filme: https://www.youtube.com/watch?v=evnunBcE_L0

O filme anunciado para “PRÓXIMA MUDANÇA,”- “Sands of the Kalahari” – estrearia a 23 de Abril de 1966.

Continuação dos apontamentos que o Governador Álvaro de Mello Machado deixou escrito no seu livro “Coisas de Macau” (1913), nas pp. 113- 115, (1) (2) neste caso sobre os “Divertimentos” que nesse ano, existiam em Macau.

“Os bailes, ou melhor as soirées, constituem o divertimento predilecto dos rapazes e raparigas de Macau, e quasi a única manifestação externa da vida dos clubs. Apesar da predilecção que todos teem por este género de passatempo, eles não são todavia muito frequentes, porque os clubs, segundo a regra geral dos estabelecimentos congeneres  portuguezes, teem pouco dinheiro e não podem portanto abalançar-se a grandes despezas.

Além do club dos sargentos, de que estes militares exclusivamente podem ser sócios, e cuja existência é imprescindível, visto que eles não teem entrada em qualquer dos outros, existem dois clubs na colonia: O Grémio Militar, de que todos são sócios – e o Club de Macau, que toda a gente frequenta também.

Para as festas de um são invariavelmente convidados todos os sócios do outro; de fórma que, nem mesmo o pretexto da separação de classes sociaes explica esta dispersão de esforços, que se pudessem conjugar-se, dariam certamente a um centro de reunião menos modesto.

Mas onde se encontram portuguezes, só muito excepcionalmente existem, união, acordo de ideias e de actos; e portanto não é de admirar, que suceda com os clubs, o que sucede com os tennis, e mais ou menos se observa em todas as manifestações da via portugueza.

Além d´estas fontes de distracção, apenas um outro pic-nic, a qualquer ponto próximo da China, uma ou outra récita de amadores, um cinematographo instalado n´um barracão de madeira, (3) onde por vezes aparecem desengraçadas cançonetistas inglesas, e a vida de sociedade comezinha, com os seus chás, os serões e modestas partidas de bridge, perfazem um pequeno numero de objectivos para o esforço de quebrar a monotonia da vida habitual. Para quem deseje observar a vida chineza de Macau, não deixa de ser interessante aproveitar as distracções próprias a essa parte da população, constituída pelos residentes chinezes; e então, se não sentir por ellas uma instinctiva repugnância, poderá ter ocasião de vêr dispender muito dinheiro, e de entrar em contacto com esse viver absolutamente desconhecido para a maior parte dos europeus, e por vezes curioso devéras.”

(1) MACHADO, Álvaro de Mello – Coisas de Macau. Livraria Ferreira, 1913, 153 p. https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/02/19/leitura-coisas-de-macau-de-alvaro-de-mello-machado/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/alvaro-de-melo-machado/

(3) Já havia em 1919 um muito regular em alvenaria, na Avenida Almeida Ribeiro, no local onde hoje se ergue o Edifício Banco Tai Fung, do lado norte do Hotel Central, para onde foi transferido o Teatro Vitória, inaugurado em Janeiro de 1910 na Calçada do Tronco Velho e só em 8 de Janeiro de 1921, seria transferido para a Avenida de Almeida Ribeiro, tendo sido a primeira sala de cinema de Macau a projectar filmes sonoros. Em 1935 o teatro encerrou temporariamente, tendo as suas instalações sido convertidas em casino devidamente apoiado por um restaurante e um clube nocturno. Em 1938 voltou a funcionar como cinema com uma capacidade de 809 lugares, e encerrou definitivamente a 20 de Dezembro de 1971. (As Ruas Antigas de Macau, p. 31)

A começar em 14 de Fevereiro de 1961 com as três sessões habituais (mas nos dias 15 a 17, com 4 sessões, a primeira às 12.30), no Teatro Vitória, o filme “Where the boys are” (traduzido em Macau para “Estância balnear” ?)

Um AVISO para este filme: NÃO SÃO VÁLIDOS OS BILHETES DE OFERTA OU A PREÇOS REDUZIDOS.

Folheto avermelhado (cor de rosa) com letras e imagem pretas

Where the Boys Are”, filme em “CinemaScope” americano de 1960, uma comédia  de adolescentes em férias,em Fort Lauderdale, dirigida por Henry Levin com os actores Connie Francis, Dolores Hart, Paula Prentiss, George Hamilton, Yvette Mimieux, Jim Hutton, e Frank Gorshin. Argumento de George Wells baseado numa novela de 1960 com o mesmo título, de Glendon Swarthout.

Ficou conhecida com grande êxito a canção do filme, “Where the Boys Are” cantada por Connie Francis.

Ganhou o prémio “Laurel Awards” para melhor comédia do ano e para a melhor atriz em comédia (Paula Prentiss)

https://en.wikipedia.org/wiki/Where_the_Boys_Are

BREVEMENTE: “Hell to Eternity”,filme que estrearia no dia 25 de Fevereiro (para postagem nesse dia) com o título em português “Rendição dos japoneses” (???)

Como referi na postagem anterior do dia 17 de Janeiro, começou neste dia de 25 de Janeiro de 1969, a exibir no écran do teatro Vitória, o filme ”Where Angels Go … Trouble Follows”, espectáculo para maiores de 6 anos.

Where Angels Go …  Trouble Follows”, comédia de 1968 dirigido por James Neilson com as actrizes, Rosalind Russell, Stella Stevens e Binnie Barnes, (1) tem argumento de Blanche Hanalis, baseado numa história de Jane Trahey acerca duma viagem de freiras do colégio de St. Francis.

https://en.wikipedia.org/wiki/Where_Angels_Go,_Trouble_Follows

(1) O filme é uma sequela do anterior filme de 1966, “ The Trouble with Angels”, com as mesmas actrizes representando as mesmas personagens e foi dirigido por Ida Lupino.

Ghosts – Italian Style”, filme de 1967, dos estúdios italianos (título: “Questi fantasmi”) produzido por Carlo Ponti e dirigido por Renato Castellani com os actores: Sophia Loren, Vittorio Gassman, Marcello Mastroianni e Aldo Giuffré. Argumento de Adriano Baracco, Leonardo Benvenuti, e Piero De Bernardi, baseado numa peça teatral de Eduardo De Filippo   (“Questi fantasmi”). (https://en.wikipedia.org/wiki/Ghosts_%E2%80%93_Italian_Style)

BREVEMENTE: o filme “Where angels go . . . . trouble fellows” a começar em 25 de Janeiro de 1969 – ver postagem do próximo dia 25 de Janeiro.

Folheto azul

Francis in the Navy”, (1) filme americano de 1955, a preto-e-branco, uma comédia da “Universal-International” produzida por Stanley Rubin e dirigido por Arthur Lubin. Actores: Donald O’Connor, Martha Hyer, Richard Erdman e Jim Backus. É o primeiro filme (creditado) do actor Clint Eastwood. A voz de “Francis” que é uma mula (fêmea do burro) é do actor Chill Wills. (1)

Atenção – A partir do dia 23 de Outubro de 1956, repetição de quatro filmes da dupla Martin e Lewis (um por dia) com o preço mínimo de $0.30.

 (1) Este filme é o sexto filme da série “Francis, a mula falante”, personagem muito popular durante a década de 50 (século XX) em sete filmes/comédia da “Universal-International”. https://en.wikipedia.org/wiki/Francis_in_the_Navy https://en.wikipedia.org/wiki/Francis_the_Talking_Mule

Leitura de mais uma crónica de Henrique de Senna Fernandes (1)

“Em Fevereiro, aparece anunciado no Vitória um filme que causa engulhos. Correu pela cidade que a película estava recheada de escabrosidades e indecências. Intitulava-se “Modern Womanhood” (2) que os anúncios traduziram para português “A Mulher Moderna”, acrescentando “um filme educativo” e logo, mais severamente, “não é permitida a entrada de menores”. Pairou, por este motivo, um ar de escândalo, em volta da fita, cujos actores não eram conhecidos ou cujos nomes nem eram mencionados. Houve, assim, uma pré-exibição para os censores, transformados em pilares da moralidade da sociedade macaense. O “Jornal de Macau” de 2 de Fevereiro transcreve a seguinte notícia: “

Assistimos ao ensaio desta fita para a qual foram convidadas as autoridades, polícias, médicos e imprensa portuguesa e chinesa. O filme é interessantíssimo, mostrando a formação da mulher moderna e os vários costumes dos povos. Produção de uma empresa russa (nós diríamos hoje, com mais franqueza, soviética), mostra o cuidado que as autoridades têm pelo desenvolvimento da presente geração, especialmente das mulheres. O filme, focando assunto delicado, não contém todavia escabrosidades, sendo porém conveniente não ser visto por menores dum e doutro sexo, cujas cabecinhas poderiam tirar conclusões temerárias que o filme em si verdadeiramente não contém.

É claro que o Vitória encheu-se de senhoras e cavalheiros interessados em saber o que era “uma mulher moderna”. Houve quem se escandalizasse, pronunciando a crónica expressão: “Que horror!”. Que diriam essas mesmas pessoas se vissem os filmes que hoje por ali abundam, em especial, “Deep Throat” (A Garganta Profunda) (3) que corre mundo, exibido nas melhores casas de espectáculo das grandes cidades, onde papás e mamãs circunspectos vão receber a sua educação pornográfica, sem murmúrio nem protesto, até com laivos de admiração?!.

(1) FERNANDES, Henrique de Senna – O cinema em Macau III http://www.icm.gov.mo/rc/viewer/30023/1797

(2) Não consegui descobrir  qualquer informação deste filme.

(3)  “Deep Throat” filme pornográfico americano de 1972 de grande êxito commercial, escrito e dirigido por Gerard Damiano, com a actriz Linda Lovelace. https://en.wikipedia.org/wiki/Deep_Throat_(film)

A começar em 8 de Janeiro de 1965, um espectáculo para maiores de 17 anos (?), no Teatro Vitória, o filme “Gidget goes to Rome”.

Gidget Goes to Rome”, filme de 1963, da “ Columbia Pictures”, em “ Eastmancolor” é o terceiro filme da “série” “Gidget” (1) com a actriz Cindy Carol como protagonista.

(1) O primeiro filme “Gidget” é um filme de comédia americano em CinemaScope, de 1959, com Sandra Dee como protagonista e os actores, James Darren , Cliff Robertson , Arthur O’Connel. O segundo filme é de 1961,  “Gidget Goes Hawaiian” (1961), com a actriz Deborah Walley; outros actores: James Darren, Michael Calla. Todos os três filmes foram dirigidos por Paul Wendkos. https://en.wikipedia.org/wiki/Gidget_Goes_to_Rome

Trailers: https://www.youtube.com/watch?v=fSIh2JcwSJE https://www.youtube.com/watch?v=rR0ETIWqwE4

PARA BREVE

Queen of the Pirates”, filme italiano (La Venere dei pirati) de 1960 dirigido por Mario Costa. Actores: Gianna Maria Canale,Massimo Serato eScilla Gabel. https://en.wikipedia.org/wiki/Queen_of_the_Pirates

Bilhete de cinema do dia 25 de Dezembro de 1961 do Teatro “VITORIA” 院戲大利多域, n.º 0064, para a sessão das 14.30 horas (2.ª galeria – 2 B) do filme “The Guns of Navarone”($1.80 pts).

Lápis vermelho com a marcação do lugar G 13 (?); 11,5 cm x 7 cm¸ fundo branco; impresso a vermelho/preto
Verso do bilhete com carimbo no lado esquerdo – metade do selo de verba

The Guns of Navarone” (“Os Canhões de Navarone”) é um filme de guerra, de 1961, ficcionado num episódio da 2.ª Guerra Mundial, realizado por J. Lee Thompson, com argumento de Carl Foreman  (também produtor do filme) , baseado no livro de Alistair MacLean, de 1957. Actores: Gregory Peck, David Niven, Anthony Quinn, Stanley Baker, Anthony Quayle, Irene Papas, Gia Scala, James Darren e Richard Harris. Música do compositor e arranjos de canções tradicionais gregas de Dimitri Tiomkin. Nomeado para 8 Óscares da Academia Americana, ganhou um: melhor efeitos especiais: Bill Warrington e Chris Greenham.

Trailers: https://www.youtube.com/watch?v=0ORnL9WmOEo https://www.youtube.com/watch?v=6f_vl40sN6g https://www.youtube.com/watch?v=AjMrIj9cO68

(1) 院戲大利多域mandarim pīnyīn: yuàn xī dà lì duō yù; cantonense jyutping: jyun2 hei3 daai6 lei6 do1 wik6

A começar em 18 de Outubro de 1959, no Teatro Vitória, com as sessões diárias habituais, o filme “The Restless Years”:

Slogan: The story of a town with a dirty mind!

O folheto está rasurado: carimbo datado “19OCT1959

“The Restless Years” é um filme americano de 1958, drama/crime/”film noir”, (1) dirigido por Helmut Käutner, argumento de Edward Anhalt (baseado numa peça teatral de Patricia Joudry,  “Teach Me to  Cry”) e produzido por Ross Hunter para a “Universal Pictures“ https://en.wikipedia.org/wiki/The_Restless_Years_(film)

PRÓXIMA MUDANÇA: “The Hanging Tree”, filme americano de 1959, um western dirigido por Delmer Daves, baseado na novela “The Hanging Tree” de Dorothy M. Johnson publicada em 1957. Actores: Gary Cooper, Maria Schell, George C. Scott e Karl Malden. O filme é conhecido pela canção título “The Hanging Tree” uma balada cantada por Marty Robbins  e escrita por Mack David e Jerry Livingston, que foi nomeada  para melhor canção na 32.ª sessão da Academia – Óscar de 1960. https://en.wikipedia.org/wiki/The_Hanging_Tree https://kxrb.com/country-music-legend-marty-robbins-sang-the-theme-song-for-the-1959-classic-film-the-hanging-tree/

(1) “Film noir” (‘filme negro’) – um subgênero de filme policial, derivado do romance de suspense influenciada pelo expressionismo alemão, o qual teve o seu ápice nos Estados Unidos entre os anos 1939 e 1950. https://pt.wikipedia.org/wiki/Film_noir