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Extraído de BPMT, XIV n.º 2. De 13 de Janeiro de 1868, p. 8

Extraído de «BPMT»,  XIV-2 de 13 de Janeiro de 1868, p. 6

NOTA: Bernardino de Senna Fernandes era, nessa data, major e inspector de incêndios

Extraído de «BPMT»,  XIV-2 de 13 de Janeiro de 1868, p. 6
Extraído de «BPMT», XIV-2 de 13 de Janeiro p. 8

Porta-Moedas oferecida pela ourivesaria «Tin Seng», situada na Rua das Estalagens n.ºs 41-43 (TEL: 572280 – 577542)

LADO A
LADO B 

A ourivesaria foi inaugurada em 1919 (na mesma família, neste momento, a 3.ª geração) e é presentemente uma das mais antigas ourivesarias em funcionamento em Macau.

Pormenor do LADO A
Pormenor do LADO B
LADO A
LADO B

Pesquisando nas páginas amarelas “Macau Yellow Pages”, (1), a ourivesaria Tin Seng Hap Kei –  天盛金舖 permanece na mesma morada, “Rua das Estalagens n.º 41-45 r/c; tel: 28921919 (2)
Tem actualmente a uma outra loja com o mesmo nome na Avenida de Horta e Costa 90 – A,  r/c; tel: 28921919
(1) https://en.yp.mo/business/Ourivesaria_Tin_Seng.html
(2) 天盛合記金行 – Tin Seng Gold Jewelry Shop – 澳門草堆街41-45號地下 ——28921919 是
https://macaulifestyle.com/city-guide/tin-seng-gold-jewellery-shop/

REPARTIÇÃO DOS INCENDIOS

boletim-da-provincia-de-macau-e-timor-ano-1868-vol-xiv-n-o-2-reparticao-dos-incendios-iNo sabbado, 4 do corrente, pouco antes de 8 horas de noite, declarou-se incendio n´uma palhoça de ola, sita atraz do cemitério, o qual extinguiu-se logo, ardendo apenas a dita palhoça.
No domingo, 5 do corrente, às 71/2 horas de noite, declarou-se incendio n´uma loja de chá, n.º 77, sita na rua das Estalagens (1) e tendo empregado todos os meios que julguei mais acertados em tal cazo, consegui extinguir o incendio prontamente e sem novidade, ardendo somente o andar superior e o tecto d´essa loja, e ficando destelhadas uma loja contígua e um telheiro do Pagode por parte detraz, tendo lançado mão d´essa operação para evitar que se contaminasse o mesmo incendio.
O incendio teve lugar acidentalmente, pois tenho informações fidedignas, que estando se a torrar chá no andar superior da loja em questão, os criados a quem estava incumbido esse serviço, se retiraram d´ali e é durante a auzencia dos mesmos que teve logar o sinistro.
A 1.ª bomba que chegou com mais ardor e utilidade do serviço durante o incendio, foram os voluntarios Fermino Machado, António Rontero e Manuel Martins do Rego, tendo este ultimo corrido grave risco de vida pelo abatimento d´uma muro; e por isso os recommendo á favoravel consideração do Exmo. Conselho do Governo.

Quartel da Repartição dos incendios,
Macau 7 de janeiro de 1868
B.S. Fernandes
Major e inspector dos incendios. (2)

NOTA: Bernardino Senna Fernandes reorganizou os serviços de incêndio da cidade exercendo gratuitamente o cargo de inspector e as primeiras providencias conhecidas do governo de Macau sobre o serviço de incêndios é de 18 de Março de 1867, data em que foram aprovadas, provisoriamente, por portaria régia,. (GOMES; Luís G. – Efemérides da História de  Macau).
Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/09/30/leitura-corpo-de-bombeiros-municipais-de-macau-em-1955/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/04/18/noticia-de-18-de-abril-de-1890-visconde-de-sena-fernandes/
(1) boletim-da-provincia-de-macau-e-timor-ano-1868-vol-xiv-n-o-2-reparticao-dos-incendios-ii O mesmo incêndio foi relatado por uma periódico da época:
(2) Boletim de Província de Macau e Timor (Ano 1868).

Em 11 de Setembro de 1851, foi regulamentada a prostituição em Macau,  limitando-se as residências das prostitutas às seguintes ruas:
A) Rua do Bazarinho, (1) Rua do Desfiladeiro, Travessa da Maria Lucinda, (2) Rua da Aleluia (3) e Rua de Mata-Tigre, todas no Bazarinho;
B) O sítio chamado Prainha ou Feitoria; (4)
C) O sítio do Chunambeiro; (5) e
D) Os sítios denominados Beco do Estaleiro, Travessa do Beco do Estaleiro, Beco da Praia pequena (6) e Beco do Armazém Velho.  (7)
GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.

(1) Rua do Bazarinho que os chineses chamam de Soi-Sau-Sai-Kai (水手西街) isto é, Rua dos Marinheiros, a oeste, para distinguir doutra Rua dos Marinheiros, que ficava a sul. Chamava-se Bazarinho para o distinguir do Bazar Grande em S. Domingos. Começa na Travessa do Mata-Tigre, ao lado do Pátio da Ilusão, e termina na Calçada de Eugénio Gonçalves , quase em frente a Rua das Alabardas (hoje Rua da Alabarda)
(2) Viela de Maria Lucinda – “No princípio desta viela estava escrito «Desfiladeiro». – E, umas três portas depois, estava escrito – «Travessa de Maria Lucinda.». Era preciso suprimir um dos nomes, e por isso fundi-os ambos em Viela de Maria Lucinda porque em verdade é mais uma viela do que uma travessa este caminho Relatório elaborado por Manuel de Castro Sampaio, chefe da Repartição de Estatística , sobre as ruas de Macau em 1866-67 e prédios nelas existentes.  NOTA do Padre Manuel Teixeira: “Ignoramos quem tenha sido esta ilustre desconhecida
(3) “Desde a Rua do chale de Simão até outra vezinha d´escada de pedra chama-se -Rua d´Alleluia – Cadastro das ruas elaborado pelo Leal Senado em 1847.
Pateo do Sal – entre a travessa da Alleluia e a rua do Manduco, na Calçada dos Remédios” –  notícia no jornal “A Voz do Crente” de 6-04-1889.
(4) Rua da Prainha – começa na Calçada de Francisco António, do lado da numeração ímpar e no Pátio de Francisco António, do lado da numeração par, e termina na Calçada da Feitoria, junto da Travessa do Cais. A Calçada da Feitoria começa na Rua de S. José junto da Rua do Barão, e termina na Travessa do Cais, junto do Pátio de Chan Loc, de um lado e junto da Rua da Prainha, do outro.
(5) Rua de Chunambeiro começa na Praça de Lobo de Ávila e termina na Calçada do Bom Parto. Em chinês chama-se Siu Fui Lou Kai (燒灰爐街) que significa Rua do Forno de Cal. Chunambo  era a cal obtida pela calcinação de concha de mariscos.
(6) A Praia Pequena ficava no Pátio da Mina da Freguesia de S. António.
(7) Travessa do Armazém Velho começa na Rua da Tercena, entre os prédios n.ºs 32 e 36, e termina na Rua das Estalagens, em frente da Travessa do Pagode. Em Chinês tem o nome de Lán Kuai Lau Hong (爛鬼樓巷)  também conhecida por Lán Kuai Lau  (ruínas da casa de estilo estrangeiro, segundo Luís G. Gomes).
TEIXEIRA; P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, 1997

Saco de Compras Boutique Nga Yun I

Saco de compras de uma “boutique”, de cor castanha, de 46 cm x 31 cm de dimensões.
Os dois lados do saco têm a mesma imagem.

Saco de Compras Boutique Nga Yun II

Tratava-se da loja comercial “NGA YUN BOUTIQUE” instalada na Rua das Estalagens 37 A, Macau.

澳 門 草 堆 街A (1)

Saco de Compras Boutique Nga Yun III

(1) mandarim pinyin: Ào mén zào dui jie shi qi hào; cantonense jyutping: Ou3 mun4 cou2 deoi1 gaai1 sap6 cat1 hou4 A

 Edital do mandarim Cso Tam (Tso-Tang) proibindo a venda de palha na rua que vai para S. Paulo, atrás de S. Domingos e em frente da casa de Manuel de Sousa por impedir o trânsito além do perigo de incêndio ”  (1) (2)

Esta rua é por isso denominada Rua da Palha (3)
TOPONÍMIA Rua de Palha
(1) Eu Mandarim Cso Tam, faço saber, por este, a todos os Chinas que tendo por noticia, que na rua, q. vai para Sm Paulo atrz de S. Domingos, se está vendendo palha, empedindo-se desta maneira o caminho com perigo de fogo, deve-se por isso prohibir, por tanto mandei publicar este Edital, para  q. todos os vendedores de palha saibão, e obedeção, e não vendão mais palha na dita rua, com a comunicação de serem agarrados, e castigados.
7 da 5.ª Lua do anno 8.º de Tau-quam – 18 de Junho de 1828 – Arquivo da Procuratura dos Negócios Sínicos. (3)
(2) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954 / «Mosaico» VI-31-32, 1953.
(3) Rua da Palha; em chinês, 賣草地街, rua onde se vende a palha.
Começa na Rua de S. Paulo, ao cimo da Rua das Estalagens e da Travessa dos Algibebes;
e termina na Rua de S. Domingos, entre os prédios n.º 1 e 3, quase em frente da Travessa da Sé. (4)
賣草地街 – mandarim pinyin: mái cao di jié; cantonense jyutping: maai6 cou2 dei6 gaai1
4) In pp. 450-451 de  TEIXEIRA, Padre Manuel – Toponímia de Macau. Volume I.