A 1.ª Exposição Colonial Portuguesa foi inaugurada em 16 de Junho de 1934, na cidade do Porto, no Palácio de Cristal (transformado em Palácio das Colónias)  entre os dias 16 Junho a 30 de Setembro de 1934. (1).
Hoje apresento o livro:

O Império Português na 1.ª Exposição Colonial Portuguesa (Album-Catalogo) CaoaO.IMPÉRIO.PORTUGUÊS NA. 1.ª EXPOSIÇÂO.COLONIAL.PORTUGUESA
ALBUM-CATÁLOGO (2)

No Pavilhão de Macau apresentava-se uma mostra de paisagens e curiosos aspectos da vida em Macau; uma constituição da música, actos religiosos e tradicionais, um pavilhão de chá, uma mostra de indústrias e outras de artes e literatura.
O Império Português na 1.ª Exposição Colonial Portuguesa - Pavilhão de cháNa secção Instrução nas colónias  (quarta secção à direita da nave central do Palácio de Cristal,  por baixo da galeria), havia  fotografias da sede e dos alunos do Liceu Nacional de Macau.
Também ficou em exposição, maquetas de embarcações usadas na navegação nos mares da China feitos na Capitania dos Portos e enviados pela Inspecção dos Serviços Económicos de Macau.
O Império Português na 1.ª Exposição Colonial Portuguesa - Palácio de CristalNa exposição industrial (galeria da direita da nave central do Palácio), na secção Pesca e conservas, estavam representadas de Macau, as seguintes empresas:

Kwong Me Chun & Co. –  conservas de peixe;
Hip Cheong –  conservas de peixe e frutas;
Sun Tack Loong C.ª Ld. – conservas de frutas
Sun Tack Loong Yuen Kee Co – conservas de frutas
Sun Tak Loong Canned Co. – conservas de frutas
Fook Tai Hing – molhos
Wing Sang – molhos
Une Xane – molhos
Tsu Chan – calda de tomate
Hin Kee – pastelaria; dôces

Na secção Óleos e sabões:

Hov King – sabões

Na secção Tabacos:

Sing Ping & Co – tabaco manipulado
James Tobaco Mig. Co – tabaco manipulado
Chan Sau Lan  (Rua 5 d e Outubro) – manocas de tabaco, mostruário de tabaco manipulado
Soi Fong – tabacos
Tat Cheong – charutos
Chan Ian Lan . cigarros
Tam Mon Lau (embora erradamente atribuída a Timor, neste Catalogo) (sede estava na Avenida Almeida Ribeiro) – aparelho de cortar tabaco.

Na secção Produtos Químicos:

Leung Wing Hing – (Rua 5 de Outubro) Mostruário de pivetes
Chun Lun Hing  (Rua Almirante Sérgio) – Mostruário de pivetes
Kuong Hing Tai – Mostruário de panchões
Kuong Yeen (Largo do Pagode do Bazar) – mostruário de panchões
Chan Tin Que – mostruário de fogos de artifício
Kwang Long Yuen – mostruário de fogos de artifício
Tai Cong (Avenida Almirante Lacerda) -mostruário de fósforos
Tung Hing ((Estrada Coelho do Amaral) – Mostruário de fósforos
Jorge & C.ª L.ª (Farmácia Moderna) – produtos farmacêuticos.

Na secção Metalurgia:

Metal Manufacturing  Co. L.ª – Lanternas electricas

Na secção Artes gráficas:

Imprensa Nacional de Macau – livros

Na secção Indústria textil e de vestuário

The Tung Wearing & Dyéong Factory – Mostruário de tecidos de fabrico regional (riscados)
Tack Son & Co. (Rua dos Mercadores) -chapéus
Pou Joc Lau – tera chinês
Li Chen Tong  (Rua da Erva) – rêdes

Na secção Peles e derivados:

Yan Yan – calçado
Dun Dun (Avenida Almeida Ribeiro – calçado
Si San (Beco dos Colaus) – calçado

Na secção Ceramica e vidros:

Chan Tin Quel – vidros; modelo de forno para derreter vidro

Na secção Produtos alimentares e de consumo

On Tai – farinhas
Cha Ian Lau – mostruário de chá
Xiao Sane – mostruário de chá
Yee Mow Tai – mostruário de chá
Hig Cheong – vinho chinez

Na secção Ourivesaria e Bijuteria

Veng Hap (Rua Camilo Pessanha) – objectos de cobre
Cong Cheong Seng (Rua da Terceira)- objectos de cobre

Na secção de Arte indígena (secção privativa, ao fundo da nave principal do Palácio)
Trabalhos artísticos em madeira, prata, tecidos e papel, confeccionados por naturais da colónia. Fotografias.
Na secção Etnografia (usos e costumes)
Documento Etnográfico do Governo da Colónia de Macau.
“A 1.ª Exposição Colonial Portuguesa dividia-se em duas grandes secções: A secção oficial e a outra dedicada as iniciativas privadas. A secção oficial dispunha de quinze sub-secções: A secção da História, de forma a referir a história colonial desde 1415; outra destinava-se a apresentar os empreendimentos coloniais portugueses dos últimos quarenta anos; representação etnográfica; a demonstração do exército; os monumentos; o parque zoológico; outra mostrava o teatro e cinema oficiais; outra a livraria colonial; uma secção destinada a provas de produtos coloniais; um salão de conferências e congressos; uma outra de assistência médica e sanitária aos nativos. …(…) …O edifício principal do Palácio de Cristal estava transformado no Palácio das Colónias. Na zona central, encontrava-se a exposição oficial, que incluía referências aos portos marítimos, caminhos-de-ferro, missões religiosas, aspectos relacionados as colónias, entre outros, e que pretendia dar uma maior visão sobre todos os benefícios que a colonização tinha levado aos territórios de além-mar. Na ala direita, estavam expostos os participantes privados vindos das colónias e, na ala esquerda, foram colocados os participantes privados vindos da metrópole. …(…) … O final da exposição marcou-se com o Cortejo Colonial que percorreu algumas ruas da cidade… (3)
(1) Referências anteriores a este tema:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/08/30/30-de-agosto-de-1934-dia-de-macau-e-a-1-a-exposicao-colonial-portuguesa/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/09/01/noticia-de-1-de-setembro-de-1934-dia-de-macau-na-exposicao-colonial/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/08/22/22-de-agosto-de-1849-assassinato-do-governador-ferreira-do-amaral/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/09/04/leitura-a-represen-tacao-de-macau-na-i-exposicao-colonial/
(2) O Império Português na 1.ª Exposição Colonial Portuguesa – Album-Catálogo Oficial. Direcção Literária de do Dr. Alberto Pinheiro Torres e Organização e Direcção Técnica de Mário Antunes Leitão. Tipografia Leitão (Porto), 457 p.
(3) Partes do trecho (recomendo a sua leitura integral) retirado do blog: Cromos da História: 1.ª Exposição Colonial Portuguesa em
http://1exposcaocolonial-porto1934.blogspot.pt/2009/03/1-exposicao-colonial-portuguesa-porto.html