Neste DIA DE MACAU, publico a explicação do poema “CIDÁDI DI NÔMI SÁNTO“, de José dos Santos Ferreira, já publicado em anterior ” post”, precisamente há um ano, em 24 de Junho de 2012:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/06/24/cidadi-di-nomi-santo/
Nossa Macau de nome santo
– Vede, vede todos –
Bem parece um jardim
Por todos os cantos flores frescas
– É de pasmar
Saem plantadas sem fim
Gente de Macau no passado,
Com lágrimas amargas regou
Suas perfumadas flores, abençoadas,
Que Deus ajudou a plantar
Num mundo tão perturbado,
É de entristecer corações
Ver gente descuidada
Deixá-las murchar no chão.
Macau, embora torrão pequeno
– Podeis todos crer –
É uma grande casa cristã
Iluminada por luz divina,
Cheia de fé,
Com amor no coração
Fé cristã e amor juntos,
São sentimentos que mais agradam a Deus
Macau querida abençoada,
Não pereças, não!
Tens uma obra começada,
Que o mundo cristão conhece
Cidade de nome sagrado,
Tu não podes perecer!
Dezembro de 1986
José dos Santos Ferreira (1)
“O porto externo (à direita) e o porto interno (à esquerda) em Macau (vista aérea)” (2)
(1) FERREIRA, José dos Santos – Macau Jardim Abençoado (Dialecto Macaense). Instituto Cultural de Macau, 1988, 181 p.
(2) Legenda do postal inserido numa colecção de dez postais, intitulada “Fotos aéreas de Macau, Taipa e Coloane“, edição do Gabinete de Comunicação Social e do Instituto Cultural do Governo de Macau, Julho de 1985