“ Em 1935 foi pôsto em vigor o Recrutamento Militar na Colónia em harmonia com o decreto n.º 19.920, procedendo-se à primeira incorporação de recrutas em 1936, seguindo-se as incorporações periòdicamente em Setembro de cada ano. Os mancebos incorporados, naturais de Macau e doutros pontos da China, mas todos portugueses, têm satisfeito plenamente não só pelas suas qualidades físicas e morais como pela noção exacta que têm do dever militar para com a Pátria.
A média de mancebos recrutados é de 40 o que já dá uma reserva de mobilização de cêrca de 200 homens com idade inferior a 30 anos.”… (…)
Aspecto de exercícios de instrucções das tropas
A instrução inicia-se em 16 de Setembro e termina em 31 de Agosto, compreendendo a instrução de recrutas, a dos quadros permanentes e a das praças licenciadas. Na Primeira procede-se à formação militar do soldado do serviço geral da arma a que os recrutas pertençam; na segunda, à formação de especialistas e graduados, aperfeiçoamento das funções de cada pôsto e colectivamente ao desempenho de missões de campanha; na terceira, faz-se recordar a instrução recebida e ensina-se a utilizar os novos materiais.
Uma parada da Guarnição Militar de Macau no campo de Tap Seac
Para além das Companhias Europeias de Artilharia e das Metralhadoras existentes foi a guarnição da Colónia aumentada pelo decreto n.º 30.117 de 8 de Dezembro findo, com duas Companhias Indígenas de Caçadores. (1)
(1) CORREIA, Fausto – Breves Considerações sobre o Aspecto Militar da Colónia” in Publicação da União Nacional de Macau no Ano XIV da Revolução. Tipografia do Orfanato Salesiano, 1940, 137 p.
NOTA: O capitão Fausto Correia era o Chefe de Estado Maior, em Macau, nesse ano.