Archives for posts with tag: transportes aéreos

Em anteriores postagens (1) (2) apresentei as diversas modalidades (folha lembrança, sobrescrito e bloco filatélico) da emissão no dia 9 de Outubro de 1989, pelos «Correios e Telecomunicações de Macau / CTT MACAU» de quatro selos com o tema “Meios de Transporte Tradicionais – Hidroaviões

Hoje apresento os quatro selos, sem carimbo, da autoria de Ng Wai Kim, individualizados da carteira constante na p. 75 do álbum “Da Sampana aos jactoplanador; Da Cadeirinha ao Automóvel”. (3)

50 avos – hidroavião + igreja da Penha; 70 avos – hidroavião + fortaleza da Guia; 2,8 patacas – hidroavião + barraca de pesca; 4 patacas –  hidroavião + junco chinês

Os aviões surgem apenas na primeira década do séc. XX. Inicialmente utilizados para fins bélicos, só no período que decorre entre as duas guerras mundiais se começa a desenvolver a aviação civil. (…). Nos anos 30, Macau vê aparecer os primeiros aviões civis. Eram os hidroaviões da Pan-American que faziam carreiras comerciais entre os Estados Unidos da América e Macau. Contudo, tais ligações iriam ter duração efémera, devido à Guerra do Pacífico. Entretanto, acabada a II Guerra, a era dos hidroaviões tinha passado.” (4)

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/10/09/noticia-de-9-de-outubro-de-1989-1-o-dia-de-circulacao-meios-de-transpor-tes-tradiconais- os «Correios e hidroavioes/  

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/10/09/noticia-de-9-de-outubro-de-1989-1-o-dia-de-circulacao-meios-de-transpor-tes-tradiconais-hidroavioes-ii/

(3) Da Sampana aos jactoplanador; Da Cadeirinha ao Automóvel, edição da Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações de Macau, 1990, 114 p.

(4) Parte do texto de Jorge Cavalheiro, na pp. 72-73 do livro (3)

Foi concedida, em 21 de Setembro de 1924, pelo Governo da Província ao aviador inglês A. H. Rowe para aterrar em Macau e voar sobre esta cidade. (SILVA – Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 164.)

Ver anteriores postagens referentes aos transportes aéreos.

Apresento um folheto papel-cartão (cartolina) distribuído em Lisboa e Macau aquando do raid aéreo Lisboa-Macau-Lisboa, em Janeiro de 1987; em português e chinês Desenho de Carlos Marreiros. No local destinado a autógrafos, três assinaturas, não legíveis.

Dimensões: 39,5 cm (dobrada 28,8 cm) x 13,5 cm

O monomotor “Sagres” partiu de Lisboa a 11 de Janeiro de 1987 e chegou a Macau em 6 de Fevereiro, no Aterro da Concórdia em Seac Pai Van (Coloane). O regresso a Lisboa foi a 15 de Fevereiro do mesmo ano. (1) O avião com Jorge Cruz Galego, Arnaldo Alves Leal e Álvaro M. Prata Mendes, percorreu cerca de 15.000 Km em 27 dias (tempo total de vôo: 65H30), com 23 aterragens.(2)  

(1) VER postagem anterior de 15-02-2013 deste raid aéreo; https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/02/15/noticia-de-15-de-fevereiro-de-1987-partida-do-monomotor-sagres/

(2) VER postagem anterior de 06-02-2016: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/02/06/noticia-de-6-de-fevereiro-de-1987-autocolan-te-raid-aereo-lisboa-macau-lisboa-1987/

Hoje dia 18 de Novembro do ano de 1934, aterrou cerca das 16.30 horas, no hipódromo da Areia Preta, o tenente-aviador Humberto da Cruz que, com o seu mecânico, 1.º Sargento Gonçalves Lobato, efectuaram o voo Lisboa- Dili.” (1)

Fotos da chegada dos aviadores do fotógrafo José Neves Catela publicadas no «Directório de Macau de 1936» (2)

O avião “Dilly” que tripulado pelo aviador Humberto Cruz e mecânico Lobato, no hipódromo da Areia Preta
Um aspecto da chegada a Macau dos heroicos tripulantes do avião “ Dilly”

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/11/18/leitura-a-viagem-do-dilly-i/

(2) Sobre este fotógrafo, ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-neves-catela/

Etiqueta (dimensões máximas: 13 cm x 8,5 cm) para malas de viagem da «Air Macau»

VERSO

Continuação da publicação das fotos de José Neves Catela, vistas aéreas de Macau no ano de 1934 (1)

Vista aérea do centro da cidade visto da ponta de Barra
Vista aérea da ponta da Barra
Vista aérea do Canídromo, fábricas de tijolos, bairro operário e à direita a Colina de Mong Há
Vista aérea do Bairro de S. Lázaro e Colina da Guia
Vista aérea dos terrenos conquistados ao mar (Porto Exterior), Porto Interior e ilha da Lapa (ao fundo)
Vista aérea da ilha Verde, Istmo da Porta do Cerco e o Fai Chi Kei (à direita)

(1)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-neves-catela/

Fotos de Catela (1) publicadas em 1936, (2) mas tiradas provavelmente em 1934 quando estiveram em Macau os aviadores, capitão Humberto Cruz e o mecânico António Lobato durante 5 dias no raid Lisboa-Timor-Macau-Índia. Lisboa. O aparelho Dilly – um “De Havilland Leopard Moth”, com motora Gipsy Major de 130 cavalos – aterrou a 18 de Novembro de 1934 no hipódromo da Areia Preta. Durante a estadia, voaram sobre a cidade com o fotógrafo Catela que tirou 180 retratos aéreos da Colónia. (3)

Vista aérea da península de Macau 
Vista aérea do centro da cidade, vendo-se o Largo do Senado
Vista aérea da Avenida Vasco da Gama e Campo da Caixa Escolar
Vista aérea dos terrenos conquistados ao mar que foram cedidos à Companhia de Abastecimento de Águas para a construção de reservatório
Vista aérea do Porto Interior

(1) José Neves Catela faleceu aos 49 anos de idade, em Macau, a 1 de Fevereiro de 1951. Natural de Alpiarça, onde nasceu em 1902, encontrava-se em Macau desde 1921 sendo funcionário da Secção de Propaganda de Macau. (informação da revista MOSAICO). Sobre este fotógrafo ver referências anteriores em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-neves-catela/

(2) Extraído de «Directório de Macau de 1936»,

(3) , Luís Andrade de – Aviação em Macau, um século de aventuras. Livros do Oriente, 1990, p.66; https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/humberto-da-cruz/

Em anterior postagem (1) publiquei a folha lembrança n.º 43 e o sobrescrito formato C5  (229 mm x 163 mm,) com bloco filatélico contendo um selo, carimbado, de 7.50 patacas) do 1.º dia de circulação, da emissão – tema “Meios de Transporte Tradicionais – Hidroaviões” que os «Correios e Telecomunicações de Macau» emitiram em 9 de Outubro de 1989, com o design de Ng Wai Kin.
Hoje publico o bloco filatélico (105 mm x 83 mm) contendo um selo, sem carimbo, de 7.50 patacas
e o sobrescrito formato C6 (114 mm x 162 mm) com os quatro selos:
50 avos – hidroavião + igreja da Penha
70 avos – hidroavião + fortaleza da Guia
2,8 patacas – hidroavião + barraca de pesca
4 patacas –  hidroavião + junco chinês
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/10/09/noticia-de-9-de-outubro-de-1989-1-o-dia-de-circulacao-meios-de-transpor-tes-tradiconais-hidroavioes/ 

Pequeno extracto dum artigo de 1940, (pp.127-134) escrito pelo 1.º tenente A. Gomes Namorado, comandante do Centro de Aviação Naval (1)  para a publicação “ U N de Macau”,  (137 p.) da União Nacional de Macau no ano XIV da Revolução, 1940.
“… Interessante seria registar nestas páginas as milhares de toneladas, em especial correio, e as centenas de milhares de passageiros hoje transportados por aviões. Aqui mesmo, Macau, é um exemplo, talvez quási despercebido. Efectivamente, saber-se-á que em 1938 e 1939 o número de cartas enviadas por correio ordinário e aéreo foi respectivamente de 1.829.662, 4.032.945 e 39.434 e 92.577. A consideração destes números mereceria talvez a atenção de capitais da Colónia, adiantando-se a iniciativas estranhas que à Colónia veem buscar rendimentos que nela deveriam ficar.
Macau precedeu êste movimento pro-aviação. Data de 1921 a criação da sua primeira escola de aviação, criada pelo Governador Paço d´Arcos. A sua vida foi efémera; 6 alunos pilotos a frequentaram e destes apenas 2 concluíram as provas.
Em 1939, por proposta do actual Governador, o Governador que primeiro e melhor viu as possibilidades da aviação, Sua Exa. o Ministro das Colónias, a quem a aviação nas Colónias tudo deve, criou a Escola de Aviação de Macau para formação de pilotos, mecânicos, artífices e radiotelegrafistas. Dotada, desta vez, com os meios necessários, a Escola poderá desempenhar cabalmente da sua missão, desta forma contribuindo para o desenvolvimento da Colónia.” (2)

(1) Recorda-se que nesse ano, o Serviço de Aviação de Macau tinha aparelhos velhos e dos quatro aparelhos apenas um conseguia voar e, mesmo assim não muito bem. Em 1939, a aviação tinha três pilotos em Macau, o primeiro-tenente José de Freitas Ribeiro (2.º comandante do Centro de Aviação Naval) o 1.º tenente aviador Pedro Correia de Barros e o 2.º tenente aviador Rodrigo Henriques Silveirinha (morreria no acidente aéreo em 26 de Junho de 1942, queda do Osprey n.º 6 no Bairro do Tap Seac) auxiliados pelo 1. º Sargento mecânico aviação, Joaquim Macedo Girão e os 2.ºs sargentos artífices de aviação, Rafael Afonso de Sousa e João dos Santos Louceiro.
O 1.º Comandante, capitão-tenente António Gomes Namorado júnior, encontrava-se em Lisboa a frequentar o curso naval de guerra e o Governo decidia-se pela construção de um novo hangar no Porto Exterior, onde coubessem, em condições razoáveis, os aparelhos. Namorado Júnior regressa a Macau e ao comando do Centro em 1940 até Maio de 1941, sendo substituído por Freitas Ribeiro que , por doença de sua mulher – tuberculose- pediu demissão do cargo e regressaria à metrópole, em 1941. O comando passou para o primeiro tenente Pedro Correia de Barros, então com 30 anos de idade.

A construção do hangar no Porto Exterior, cerca de 1941

Informações de Anuário de Macau 1940-1941 e SÁ, Luís Andrade de – Aviação em Macau, Um Século de Aventuras, 1990 p.79
Anteriores referências ao Centro de Aviação Naval em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/centro-de-aviacao-naval/

https://www.marinha.pt/conteudos_externos/RevistaArmada/423/HTML/files/ra_423_sut08.pdf

(2) António Gomes Namorado Júnior (1901-?) foi um oficial de Marinha que serviu na Aviação Naval desde 1926 como piloto-aviadGomes or e deixando-a em 1948 como cap.-frag. RF
É autor de vários artigos e textos aeronáuticos (“Crónicas de Aviação”) publicados nos “Anais do Clube Militar Naval” entre 1927 e 1933 (22 dos 26 textos publicados neste período),
Participou na “Lisboa-Madeira-Açores-Lisboa”,  a primeira viagem com aviões em grupo realizada pela aviação da Armada entre 30 de junho e 31 de julho de 1935.  Tinha como objetivo o treino de manobras e navegação. Os três aviões eram tripulados por Namorado Júnior, Ferreira da Silva, Aires de Sousa, Carlos Sanches, Bernardino Nogueira, Correia Matoso, Brandão, Falcoeira e Nascimento.
Quanto às crónicas de Namorado Júnior, no seu primeiro texto de 1928 (janeiro e fevereiro) de 1928 (assinado N.J.) inserido, tal como o anterior e os restantes, na “Crónica Naval”/”Crónica Marítima” o autor defende a importância de os governos comparticiparem as viagens aéreas (raids) como forma de conhecerem melhor as suas potencialidades a nível económico e militar. Também é defendido que o desenvolvimento e apoio da aviação civil é importante no sentido em que esta pode servir os fins militares em caso de guerra”
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/25055/1/ASPOF%20Faria%20Pinheiro%20-%20A%20Avia%C3%A7%C3%A3o%20Naval%20nos%20Anais%20do%20Clube%20Militar%20Naval.pdf

Extraído de «BGC» XXIV – n.º277, 1948,