Extraído de «B.G.P. de M.T.e S., Vol II-N.º 11.
O mesmo incêndio foi relatado por outras fontes, já anteriormente publicados neste blogue:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/01/04/noticia-de-4-de-janeiro-de-1856-grande-incendio-do-bazar-chinez-em-macau
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/01/04/noticia-de-4-de-janeiro-de-1856/
Artigo publicado em Agosto de 1886, na revista ilustrada “As Colónias Portuguesas (1)
(1) «As Colónias Portuguesas», IV-6, Agosto de 1886.
O Boletim de Província de Macau e Timor de 1868, trazia esta notícia sobre as obras públicas decorrentes, nesse ano, na zona do Patane, no campal da “Porta do Cerco” e na Rampa dos Artilheiros e ainda uma informação sobre o relógio da Torre de Santo Agostinho.
Dentro da rubrica “AS NOSSAS GRAVURAS”, a “Revista Illustrada de Portugal e do Estrangeiro” “OCCIDENTE” (1) publicou uma gravura (“segundo uma photographia”) intitulada “ÍNDIA PORTUGUEZA – MACAU”, com a seguinte “descripção para melhor intelligencia do leitor”
“Representa a nossa gravura a parte ocidental da cidade, principal centro de commercio, vendo-se também o seu magnifico ancoradouro no braço do rio Cantão.
A vista que publicamos é tirada do alto da Penha; para a direita avista-se na distancia um ponto escuro que é a gruta de Camões, as montanhas que se veem ao fundo pertencem a Anção ou a Hiamxan (2) da ilha de Ngão-men, a maior do Golpho em que desagua o Cantão; para a esquerda avista-se por ordem primeiro a praia de Manduco, a Praia Pequena ao lado da qual está a povoação chineza denominada Bazar, (2) segue-se a praia do Terrafeiro.
A pequena ilha que se vê a meio do rio é a ilha verde, que até 1762 foi propriedade dos jesuítas e onde hoje está o seminário.
A parte principal da nossa gravura representa o centro commercial da cidade onde os edifícios são mais importantes.”
NOTA: Por desconhecimento geográfico ou falta de atenção do revisor, a legenda da “foto” está intitulada
“ ÍNDIA PORTUGUEZA – MACAU”
A mesma “foto” foi republicada na mesma revista mas em 1897, já com a legenda:
“ MACAU – CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS”
(1) “OCCIDENTE” n.º428 (1890)
(2) Heung-san –香山 – mandarim pinyin: xiang shan; cantonense jyutping: hoeng1 saaan1 ), a área ao sul do Delta do Rio das Pérolas na Província de Guangdong. Ver https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/05/21/noticia-de-1743/
(3)“O bazar é exclusivamente habitado por Chinas e fica a O. da fortaleza do Monte, na parte que se liga à aba do outeiro e extende-se à margem do porto interior, vulgarmente conhecido pela denominação de «rio de Macau». É cortado por uma infinidade de ruas estreitas e bêcos sem sahida, que constituem verdadeiros labirynthos. A qualquer hora do dia grande multidão de Chinas percorre estas vias publicas, os quaes no giro dos seus negócios fervilham de todos os lados,
O bazar é o centro commercial dos Chinas em Macau.” É lá que estão estabelecidos os mercados da carne de vaca ou de porco, das aves, do peixe, do arroz, dos legumes, hortaliças, fructas, etc.” (1)