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Em 25 de Março de 1982, Macau participou em Singapura, na 4.ª Feira Internacional de Turismo – «Travel 82» – uma organização do Departamento de Turismo daquela cidade-Estado, que conta com a participação de 42 representações de países da Ásia e ainda Austrália e do continente americano.

O Governador, contra-almirante Almeida e Costa, que se encontrava de visita àquele país, esteve presente na sessão de abertura como convidado de honra.

Na opinião do director dos Serviços de Turismo de Macau, Dr. Marinho de Bastos, a feira representa um esforço comum dos países da Ásia, no sentido de completarem as sua actividades e poderá trazer resultados positivos para o território macaense, uma vez que cada vez mais singaporeanos vão a Hong Kong e por consequência, a Macau. Existe também cada vez mais necessidade de uma estratégia comum dos países da zona em relação ao turismo – diz ainda Marinho de Bastos.

Extraído de «Macau82 jornal do ano», GCS, 1982, pp 70-71) 

Etiqueta de plástico tipo “borracha” para malas de viagem «Macau».

Dimensões: 13 cm x 10 cm x 0,6 cm Cinta preta – 17 cm de comprimento x 1 cm de largura
Verso – Turismo de Macau

Porta-chaves octógonal (1,7 cm de lado) , plastificado, de 4 cm de diâmetro exterior e 2,5 cm de diâmetro interior onde se encontra uma estilização das Ruínas de S. Paulo no centro. Argola exterior de 2,5 cm de diâmetro.

No verso: 大三巴牌坊Ruínas de S. Paulo

Nesta data, 2 de Novembro de 1835, o procurador da Cidade Francisco António Pereira da Silveira oficiou ao mandarim da Casa Branca dizendo que pela frequente ida e vinda de soldados para a Fortaleza da Barra, se tornava necessário construir uma estrada de 10 côvagos de largura desde o Pagode até à Fortaleza.

postal-templo-de-a-maPOSTAL: Templo de A-Ma – Porta da Entrada –
A-Ma Temple – Entrance Gate
媽閣廟入口大門
Direcção dos Serviços de Turismo de Macau
LITO: Imprensa Nacional de Macau

Mas como esse lugar estava repleto de barracas, «que os chincheus diariamente fazem, formando-se becos, ficando por isso intransitável», pedia ao mandarim que mandasse desmanchar as barracas dos chineses existentes entre o templo e a fortaleza da Barra, permitindo assim aos obreiros chineses que construíssem a estrada. (1) (2)
A 1 de Dezembro de 1940, foi aberta a Estrada da Barra. (3)
mapa-da-barra(1 GOMES, L. G. –Efemérides da História de Macau, 1954
(2) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, 1997.
Embora nesta obra, esteja referido «Estrada da Barra», aberta a 1 de Dezembro de 1940, esta designação não consta no cadastro de Macau. Com a «Barra» está associado a Rua da Barra, a Travessa da Barra, o Beco da Barra, o Pátio da Barra, a Calçada da Barra, o Largo do Pagode da Barra, e a Rampa da Barra.
A Rampa da Barra que começa no início da Calçada da Barra/ fim da Rua da Barra “sobe” em direcção á encosta da Colina da Barra mas conforme mapa actualizado não tem saída. (?).  Esta última via é a única que não consta nos Anuários de Macau até 1940. Assim também a designação da ligação actual do Largo do Pagode da Barra (媽閣廟前地) para a Fortaleza da Barra/ Pousada de Santiago que se faz através da Rua de S. Tiago da Barra (3) que em chinês 媽閣上街 se denomina «Rua acima da Barra». Possivelmente será esta a Estrada mencionada.
(3) “A Fortaleza de S. Tiago da Barra que era do tamanho de uma pequena aldeia, embora muito mais pequena em área, no presente, sofreu muitas alterações tanto na sua traça como no tamanho. O aparecimento da Rua de S. Tiago provocou a maior parte das suas mutilações e, como resultado, muitos dos seus elementos principais e históricos desapareceram.
GRAÇA, Jorge – Fortificações de Macau. Concepção e História. I.C.M., 1985
Ver anteriores referências a esta Fortaleza, hoje Pousada em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/fortaleza-de-s-tiago-ou-da-barra/
 
Rua S. Tiago da Barra – 媽閣上街mandarim pīnyīn: mā gé shàng jiē; cantonense jyutping: maa1 gok3 soeng3 gaai1 (rua acima da Barra)
Largo Do Pagode Da Barra – 媽閣廟前地mandarim pīnyīn: mā gé qián shàng dì,  cantonense jyutping: maa1 gok3 miu6 cin4 dei6 (terreiro à frente do templo de Á Má/Barra)
Rua da Barra – 媽閣街mandarim pīnyīn: mā gé jiē; cantonense jyutping: maa1 gok3 gaai1 (rua da Barra)
Calçada da Barra – 媽閣斜巷mandarim pīnyīn: mā gé xié hàng; cantonense jyutping: maa1 gok3 ce3 hong6 (via inclinada da Barra).

Macau Shopping Guide for Gold - logótipo do CITMPanfleto turístico impresso na Imprensa Nacional de Macau, com 18,5 cm x 21,5 cm de dimensões (dobrável em três partes), emitido pelo Centro de Informação e Turismo de Macau, na década de 70 (século XX).
Macau Shopping Guide for Gold - frenteEm língua inglesa, “Shopping Guide for Gold & Jewellery” é um guia específico para o turista nas compras de jóias e ouro, com aconselhamentos e indicações das lojas, membros da “Macau Goldsmith Association”  – 42 lojas que davam o “selo de garantia”.
Macau Shopping Guide for Gold - versoO Departamento de Turismo de Macau, nessa época, estava na Travessa do Paiva, n.º 1 e a sede da “Macau Goldsmith Association” na Rua Cinco de Outubro, n.º 197, 1.º andar.

Folheto turístico de 20 cm x 13,5 cm, em inglês, com o título “MACAU” sem indicação do editor (provável, Direcção dos Serviços de Turismo) e sem data de emissão (provável, década de 80); 16 páginas.
Contents: 1 – History; 2 – Geography; 3 – The Present; 4/5 – Travelling to Macau; 6/7 –  Sightseeing; 8/9 – Events; 10 – Accomodation; 11 – Eating Out;  12/13 – Entertainment; 14 – Shopping; 15/16 – Old Buildings Sites.”

FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) capaCapa (Fortaleza do Monte) e Contra-capa

FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp.2-3Páginas 2 (“Geography” – Mapas) e 3 (“The Present” – o edifício dos Correios e a marginal em frente do Hotel Lisboa e do Hotel Presidente)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp.6-7Páginas 6 e 7 (“Sightseeing”: as Ruínas de S. Paulo, o Museu Luís de Camões, a Igreja da Penha, o  Templo da Barra)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 10-11Páginas 10 (“Accomodation”: o Hotel Excelsior e a Pousada de Santiago) e 11 (“Eating Out”: pratos de comida portuguesa e chinesa)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 12-13Páginas 12/13 (“Entertainment” – um passeio de triciclo e depois jogar: o Hotel/Casino Lisboa, o canídromo/corrida de galgos, o casino Jai Alai e o hipódromo da Taipa – cavalos a trote)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 14-15Páginas 14 (“Shopping”: as guloseimas chinesas, o peixe salgado e os antiquários ) e 15 (“Old Buildings Sites”: os Correios e Macau e os edifícios da Avenida Conselheiro Ferreira do Amaral)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 16-17Páginas 16 (“Old Buildings Sites”: o Clube Militar) e 16/17 (os endereços das diversas representações turísticas do Departamento de Turismo de Macau, pelo mundo)

No dia 7 de Novembro de 1987, as instalações provisórias (o Edifício Verde) do Museu Marítimo de Macau  e o Centro de Estudos Marítimos de Macau eram   inauguradas pelo Governador de Macau, Eng. Carlos Melancia e pelo Chefe do Estado Maior da Armada, Almirante Sousa Leitão.
Museu Marítimo de Macau - Edifício VerdeO Edifício Verde que fica no Largo do pagode da Barra foram no passado, residências para oficiais da Marinha e familiares e após a inauguração do novo (actual) edifício do Museu passou a ser utilizado como a parte administrativa do mesmo Museu.

Museu Marítimo de Macau - MUSEU MARÍTIMO

Em 1986, o Capitão dos Portos de Macau, Comandante António Martins Soares, propunha à Administração a criação de um Museu Marítimo no Território. Os Serviços da Marinha foram dotados de verbas que permitiram desencadear acções prioritárias, de entre as quais se salientavam as obras de adaptação do Edifico Verde, onde seria provisoriamente instalado o Museu, segundo projecto do Arquitecto Carlos Bonina Moreno.
O Museu Marítimo de Macau e o “Centro de Estudos Marítimos de Macau” foram  “criados” em 1987, por Despacho Conjunto n.º 5/87, publicado no Boletim Oficial de 16 de Março. (1)

Museu Marítimo de Macau - MUSEU MARÍTIMO 2002

O novo edifício do Museu Marítimo de Macau que está também no Largo do Pagode da Barra  da autoria do arquitecto Carlos Bonina Moreno (início das obras em Janeiro de 1989) seria inaugurado em 24 de Julho de 1990 pelo Governador de Macau, Eng.Carlos Melancia e pelo Chefe do Estado Maior da Armada Almirante Andrade e Silva. O 1.º Director do Museu, nomeado em Outubro de 1987, foi  o Contra Almirante Manuel Vilarinho que cessou funções em Março de 1991.

FOLHETO DST 2002 Maritime Museum LorchaNo mesmo dia da inauguração, fez-se o lançamento à água da Lorcha “Macau”, tendo sido Madrinha a Esposa do Governador, Senhora D. Maria do Rosário Botelho.
Museu Marítimo - Modelo Porto Interior 2005Um dos modelos expostos no Museu, mostrando a actividade portuária no Porto Interior, no princípio do século XX (foto tirada a 3-8-2005).
FOLHETO DST 2002 Maritime Museum 1.ª página

Um folheto da  Direcção dos Serviços de Turismo de Macau  sobre o Museu Marítimo de Macau, em inglês, impresso em 2002, com  50 cm x 21 cm no total, dobrável em 5 partes (10 cm x 21 cm).
FOLHETO DST 2002 Maritime Museum 2.ª páginaFOLHETO DST 2002 Maritime Museum 3.ª páginaFOLHETO DST 2002 Maritime Museum 4.ª página(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XX, Volume 5., 1998.

Referências anteriores a este Museu em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/museu-maritimo-de-macau/

Camisola (em Macau também chamada de camiseta) de algodão, de cor branca, com manga curta que desdobrada tem a forma de T (vulgarmente conhecida por “Tshirt”) para a prática desportiva (e não só), oferecida pelo Turismo de Macau (Direcção dos Serviços de Turismo), na década de 90.

VESTUÁRIO - Tshirt DST dec 90 frente

Tem impresso uma estampa estilizada, colorida :“澳門 macau”, na região anterior superior esquerda.

VESTUÁRIO - Tshirt DST dec 90 estampa

Folheto Turístico MACAU 1984

Pequeno opúsculo de 12 páginas – folheto de propaganda turística, sem indicação de data (1984?) e de editor (muito possivelmente da Direcção dos Serviços de Turismo), de dimensões: 21,5 cm x 14,5 cm.

Folheto Turístico MACAU 1984 CONTRACAPA

Apresenta uma pequena RESENHA HISTÓRICA  (pp. 2-3): “ Devido à prosperidade que chegou a desfrutar e à situação estratégica no comércio entre o Ocidente e o Oriente, Macau foi várias vezes vítima de cobiça dos holandeses, nesse tempo inimigos de Portugal por serem da Espanha. Durante os anos de 1604, 1607, 1622 e 1627 tentaram apoderar-se de Macau, mas viram os seus esforços baldados pela teimosa resistência dos residentes do burgo…”
e descrições da GEOGRAFIA (situação, limites e superfície; clima; população) (pp. 4-5) ,  VIAS DE COMUNICAÇÃO (p. 6) :
COM O EXTERIOR – Através de hidroplanadores e jactoplanadores está assegurado o transporte rápido de passageiros entre Macau e Hong Kong em cerca de 1 hora e 15 minutos para os primeiros em 50 minutos para os segundos. Existem também 3 barcos de carreira do tipo convencional que demoram 2,30 horas de viagem. A carga é na sua generalidade transportada de Macau em navios  de pequena cabotagem – juncos de madeira e de ferro.
Os meios de transporte e carreiras marítimas de ligação com Hong Kong vão ser consideravelmente melhorados e aumentados com novas unidades rápidas, tendo a Far East Hydrofoil Company, associada da empresa concessionária da exploração dos jogos de fortuna e azar de Macau, posto ao serviço o seu 12.º Jetfoil Boeing com a capacidade de 260 lugares que se junta à frota destes barcos voadores que ligam Macau e Hong Kong em 60 minutos e que dispõem de equipamento especial de radar para carreiras nocturnas…
“…Além das carreiras mencionadas, existem actualmente carreiras de “hoverferry” introduzidas pela Companhia Sealink Ferries …”

Folheto Turístico MACAU 1984 JactoplanadorJactoplanador

 INTERNAS – A partir da conclusão da ponte que, desde finais de 1974, liga a cidade à ilha da Taipa, tornou-se possível efectuar deslocações rápidas por estrada, praticamente a qualquer ponto de território
TURISMO (pp. 7-8):
“… A indústria do turismo ocupa um lugar preponderante na economia de Macau. Em 1983, registou-se um movimento de 5.505.649 pessoas entradas no território na maioria provenientes de Hong Kong

Folheto Turístico MACAU 1984 Cavalos a trote Cavalos a Trote na Taipa

“… Os maiores pólos de atracção turística são os edifícios e conjuntos arquitectónicos de características mediterrânicas, a presença da cultura portuguesa em contraste com a chinesa, a riqueza do passado histórico, o jogo nas suas diversas formas (casinos, pelota basca, corridas de galgos e de cavalos a trote com atrelado, etc) e ainda as tradicionais corridas de automóveis e de motociclos, nas quais participam todos os anos volantes de renome internacional

Folheto Turístico MACAU 1984 Grande Prémio Grande Prémio ( 1980?)

  INDÚSTRIA (p. 9):
É de notar que a maioria das matérias-primas usadas na indústria de Macau são importadas. Apesar das importações de Macau terem atingido em 1983 o valor de 5402 milhões de patacas – figurando a China, Hiong Kong eos EUA como os principais fornecedores do território – Macau registou um saldo positivo da sua balança comercial
e GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO (Diplomas fundamentais, órgãos de governo, administração do território) (pp.10-11)

Uma pequena monografia de Macau, escrita em inglês por Jack Maria Braga, editada pelo “Information and Tourism Department, Macao – 1963.” (1)

Macau a Short Handbook 1963 CAPA

Esta monografia foi reeditada (revista e aumentada), em 1968 (2).
Como curiosidade, na capa, a denominação em inglês de “MACAO” foi corrigida, em 1968, para “MACAU

Essa monografia é muito semelhante àquela que, em 1965, foi editada pela Agência Geral do Ultramar “MACAU PEQUENA MONOGRAFIA ” (3) quer na capa (variando somente nas cores) quer na estrutura e composição do livro (excepto nas fotografias: na edição em inglês de 1968 apresenta somente uma fotografia entre as páginas 52-53: “Dragon Dance”,  (4) enquanto que na edição em português, de 1965, apresenta 23 fotografias). Assim sendo, embora não conste na versão portuguesa, o nome do autor (nos catálogos dos alfarrabistas é atribuída a José de Azevedo e Silva) creio tratar-se, em certos temas, da tradução do livro de Jack M. Braga.

Macau a Short Handbook 1968 CAPA
A edição em inglês de 1968 tem referenciada 45 temas no Índice enquanto que no português, edição de 1965, 21 temas.

 NOTA : sobre Jack M. Braga, consultar artigo de António Aresta no Jornal Tribuna de Macau de 14-04-2011
http://www.jtm.com.mo/view.asp?dT=372802001
(1) BRAGA, J. M. – MACAO A Short Handbook. Information and Tourism Department, Macao, 1963, 64 p., 22 cm x 16 cm. Printed by The Governments Printing Press, Macao.
(2) BRAGA, J. M. – MACAO A Short Handbook. Information and Tourism Department, Macao, 1983, 72 p + 1 mapa, 22 cm x 16 cm. Printed by The Governments Printing Press, Macao.
(3) MACAU Pequena Monografia – Agência-Geral do Ultramar, Lisboa, 1965, 71 p., 22 cm x 15,5 cm. Ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2011/12/30/livro-macau-pequena-monografia/
Além desta edições, surgiu ainda uma outra edição, em 1970, em português, com 74 páginas , 22 cm x 15,5 cm.
(4) Ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/05/12/macau-e-o-dragao-xxvii-postal-de-1968/