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Continuação da notícia da visita dos jornalistas ao aquartelamento de Coloane, postado em (1) (2)

“O major Rocha Vieira (futuro Governador de Macau 1991-1999) em nome do Comandante Militar, agradeceu aos jornalistas a gentileza da visita, salientando que a mesma se lhe afigurava útil pela oportunidade que a todos se oferecia de observar os trabalhos a que se dedicam as forças armadas, particularmente na preparação dos jovens que são os futuros homens de amanhã e cuja passagem pelas fileiras militares tem para todos eles reconhecida importância. (…)

Na messe dos oficiais, os jornalistas confraternizaram com os oficiais e outras individualidades presentes

Os jornalistas incumbiram o Sr. Alberto Alecrim de, em nome de todos, agradecer ao Senhor Comandante Militar através do Senhor Chefe do Estado Maior, major Rocha Vieira, as cativantes atenções recebidas nesta visita, onde todos encontraram gente franca e acolhedora, num ambiente de agradável convívio que desfez todos os eventuais acanhamentos, pois cada um pôde fazer as preguntas que mais lhe interessavam e observar como a vida decorria neste departamento dos serviços militares. (…)

Um aspecto flagrante do exercício dos «slides»

Na sequência do programa delineado, seguiram os homens da imprensa para um determinado local, na ilha de Coloane, onde os recrutas do curso de sargentos milicianos se preparavam para um exercício de «slides» que consistiu em transpor um obstáculo natural que se lhes deparou no seu avanço através dum cabo de aço, por onde se lançaram para o lado oposto. No termo desta operação, foram surpreendidos por uma força inimiga emboscada, contra a qual reagiram, imediatamente, podo-a em debandada. (…)

Local onde se realizou o exercício denominado «Golpe de Força»

Assistiram também ao desenvolvimento doutra operação militar integrada no conjunto da instrução, executada pelos recrutas do contingente geral, denominada, militarmente, «golpe de mão». Uma força encontrava-se estacionada, algures, quando se viu surpreendida pelo fogo do inimigo, reagindo, acto contínuo, contra a sua presença, num contra-ataque decidido, obrigando-o a retirar-se.

Um ousado exercício dos recrutas lançando-se duma trave abaixo

Fotos e reportagem extraídas de «MACAU Boletim de Informação e Turismo», Vol X, N.ºs 1 e 2 Mar/Abr, 1974, pp. 12- 17.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2022/03/07/noticia-de-marco-de-1974-visita-dos-jornalistas-ao-aquartelamento-de-coloane-i/

 (2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2022/03/28/noticia-de-marco-de-1974-visita-dos-jornalistas-ao-aquartelamento-de-coloane-ii/

Continuação da notícia da visita dos jornalistas ao aquartelamento de Coloane, postado em (1).

Aspecto da instrução ministrada aos recrutas – armamento
Aspecto da instrução ministrada aos recrutas – exercícios físicos

“Entretanto na parada, decorria a instrução de armamento destinada ao contingente geral, constituído por 48 jovens recrutas da incorporação do corrente ano, convergindo a atenção de todos os presentes sobre um lança-granadas e um morteiro, cuja manobra estava a ser ensinada pelo oficial instrutor, alferes Rodrigues de Carvalho, coadjugado pelo furriel Chan Fu Hai , de etnia chinesa, e natural de Moçambique. … (…)

Conjunto fotográfico dos jornalistas visitantes com os oficiais que os acompanharam

No continuação da visita, os jornalistas demoraram-se a observar o exercício de instrução de ginástica de aplicação militar executado pelos recrutas do curso de sargentos milicianos, integrado por 25 jovens, estando a sua direcção confiada ao alferes Ribeiro de Carvalho. Aqui se experimenta e se revigora a constituição física dos instruendos, que se encontravam já na 9.ª e última semana de instrução, apresentando agora um aspecto muito mais enérgico e uma vontade mais decidida contrastar com a fraca compleição física que apresentavam nas primeiras semanas da Escola…(…)

Almoço dos soldados da Companhia de Caçadores e dos recrutas

O almoço aos jornalistas foi servido na referida messe. Decorreu um ambiente de comunicativa confraternização, falando-se, indistintamente, o português e o chinês, sem reservas nem reticências, tudo sublinhado com expressões de alegria isenta de formalidades e expressiva do bom-humor que reinava em todos. Além dos representantes dos órgãos de informação, estavam presentes os oficiais que os acompanharam na visita, os oficiais instrutores, e ainda os srs. Administrador Gastão Barros e o regente agrícola Victor Reynaud.

Fotos e reportagem, extraídas de «MACAU Boletim de Informação e Turismo», Vol X, N.ºs 1 e 2 Mar/Abr, 1974, pp. 12- 17.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2022/03/07/noticia-de-marco-de-1974-visita-dos-jornalistas-ao-aquartelamento-de-coloane-i/

Antes do Baptizado das praças indígenas

Realizou-se na Gruta de Nossa Senhora de Fátima do Aquartelamento de Mong-Há, no Dia de Reis, o baptizado de algumas praças indígenas de Angola e da Guiné em serviço na guarnição militar e Macau. Neste dia de 6 de Janeiro de 1951, 24 praças de Angola e 16 da Guiné tornaram-se cristãs . A cerimónia foi presidida pelo Bispo, D. João de Deus Ramalho (1) e foi coadjudado pelos Padres: Cónego Morais Sarmento, Cónego Fernando Maciel, Capitão Capelão João Abranches (Chefe dos Serviços Religiosos da Guarnição), Pe. António Gonçalves, Pe. Benjamim Videira Pires e Pe. Juvenal.

Durante a cerimónia

A vasta parada do Aquartelamento de Artilharia de Mong Há encontrava.se repleta, assistindo grande quantidade de povo, além das deputações de todas as Unidades da Guarnição.

Outro aspecto da cerimónia

Foi depois servido, no quartel da Companhia Indígena de Caçadores da Guiné, (2) um «copo de água», oferecido pelo Comandante e Oficiais desta Unidade tendo-se trocado discursos entre o Comandante da zona de Aquartelamentos Major José J. da Silva e Costa e o Bispo D. Joaõ de Deus Ramalho. (3)

O bispo D. João de Deus Ramalho, baptizando um dos praças

Este evento foi também noticiado no «Boletim Geral das Colónias» de Março de 1951 (4)
(1) O Bispo da Diocese era D. João de Deus Ramalho – 罗若 (1890-1958). bispado de 1942-1954; Bispo Emérito de Macau entre 1954 e a data da sua morte. Jesuíta, chegou a Macau em 1924, tendo sido colocado em 1926 como missionário de Shui-Hing (Zhaoqing) – 肇庆 tendo chegado a Superior e Vigário Geral da missão em 1940 Nomeado Bispo de Macau em 1942, foi importante a sua acção missionária durante a Guerra do Pacífico, acolhendo, ajudando e alojando (comprou casas para o acolhimento dos refugiados) os refugiados entre os quais se encontravam missionários que estavam nos territórios vizinhos.
Ver anteriores referências a este Bispo em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/d-joao-de-deus-ramalho/
(2) A 1.ª Companhia Indígena de Caçadores Expedicionária da Guiné desembarcou a 9 de Abril de 1949 em Macau e foi colocada na Taipa sob o comando do capitão de Infantaria Manuel Maria Pimentel de Bastos. (5) Em 7 de Abril de 1950 recolheu da Taipa e fixou-se nas Barracas metálicas de Mong Há e depois no Asilo de Mong Há até ser extinta em 28 de Junho de 1951, por embarque no N/M Rovuma (1 oficial, 2 cabos e 200 praças indígenas)
O Batalhão de Caçadores n.º 1 e n.º 2 destacado de Angola chegaram a 13 de Setembro de 1949, no navio Colonial.
As várias Companhias integrantes do Batalhão n.º 1 ficaram nas Ilhas: Coloane e Taipa (após a saída da 1. ª Companhia Indígena de Caçadores Expedicionária da Guiné). Algumas Companhias terá mudado para Macau. Foi extinta em 28 de Junho de 1951, por embarque no N/M Rovuma (5 oficiais, 6 sargentos, 9 cabos e 650 praças indígenas).
As Companhias do Batalhão n.º 2 ficaram em Macau (aquartelamentos de San Kiu, Porta do Cerco, Mong Há). Uma Companhia que estava em Mong Há mudou-se para Coloane. Foi também extinta em 28 de Junho de 1951, por embarque no N/M Rovuma ( 8 oficiais, 12 sargentos, 17 cabos e 683 praças indígenas) (CAÇÃO. Armando A. A. – Unidades Militares de Macau, 1999)
(3) Extraído texto e fotos de «Mosaico» Vol I-6, Fevereiro 1951.
(4) «BGC» XXVI-309 MAR1951 p. 167
(5) Manuel Maria Pimentel de Bastos, capitão de infantaria, poeta, enquanto expedicionário em Macau, teve uma intervenção cultural significativa no território. Foi o primeiro Vice-Presidente da Direcção para o ano de 1950 (e um dos fundadores) do “Círculo Cultural de Macau”.
Referências anteriores em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/manuel-m-pimentel-bastos/

Continuação do artigo anterior (1)
“Formam a Escola de Recrutas de 1973, 61 moços: 18 de curso de Sargentos Milicianos e 41 do Contingente Geral, quase todos saídos, directamente, das diversas escolas, em que estudavam, para ingressar na tropa.
Uma pequena piscina e um campo para a prática de futebol que poderá ser utilizada pelos grupos desportivos de Coloane constituem outros novos melhoramentos que se ficam a dever aos militares do aquartelamento.
Na messe dos oficias, uma encantadora vivenda bem situada, foi servido aos homens da Imprensa um beberete, que foi aproveitado para uma conversa amigável, enquanto esperavam que chegasse a hora do rancho das praças da unidade e dos recrutas que se aproximava.

No refeitório, na hora do almoço.

Uma boa sopa – o prato indispensável – e um prato único, abundante, acompanhado de pão fruta e vinho, constituíam o almoço daquele dia.
No exercício de patrulhas dentro do esquema da instrução que recebem, os soldados recrutas avançam, cuidadosamente, pelas estradas íngremes de Coloane.

Os jornalistas observam os exercícios dos recrutas

No exercício dos «slides», este soldado recruta lança-se pelo cabo de aço para transpor um ribeiro que impedia o avanço da tropa.
(1) Fotos e reportagem in MACAU Boletim de Informação e Turismo Vol. IX n.ºs 1 e 2 Mar/Abr, 1973 pp. 3-7.

No dia 27 de Março de 1973, a convite do Comando Territorial Independente de Macau, a imprensa portuguesa e chinesa, a que se associou uma equipa de reportagem da C.I.T., o Aquartelamento de Coloane onde se encontra instalada uma Companhia de Caçadores (constituída na sua grande maioria, por rapazes da Madeira, que chegaram a Macau nos princípios do mês de Janeiro de 1973 e onde decorre a Escola de Recrutas de 1973.

Grupo fotográfico dos jornalistas com os oficiais que os acompanharam na visita, na entrada da messe.

Acompanharam os representantes dos órgãos de informação pública locais, o Major do CEM Rui Lobato de Faria Ravara, Chefe do Estado Maior do CTIM, e o Capitão Elísio Rolando Bastos Bandeira, a que se juntaram, no cais da Taipa, onde se fez o desembarque, o Major Helder Reis de Oliveira, director da Instrução e o Capitão Henrique Dias, comandante da referida Companhia de Caçadores.

Na carreira de tiro da Taipa, um grupo de recrutas em exercício.

Transportados em «jeeps», os visitantes dirigiram-se à Carreira de Tiro da Taipa, onde se encontrava um grupo de recrutas em instrução. Explicou o Major Ravara que esta dependência dos Serviços Militares seria, em breve, transferida para outro local das Ilhas – melhor situada e com instalações apropriadas e funcionais. – por interferir com os planos do Governo no aproveitamento desta zona para fins industriais e outros de grande interesse para o progresso do território insular.

Os recrutas aprendem a conhecer as armas

Referindo-se à finalidade da visita, acentuou que a mesma se destinava a mostrar os melhoramentos realizados nas instalações do aquartelamento de Coloane, que reentrava ao serviço no ano passado (1972) , depois de cerca de 14 anos praticamente sem serventia e a verificar como se preparavam os jovens recrutas.
Novamente nos veículos, os jornalistas e as individualidades que os acompanhavam romperam caminho por estreitas picadas, até entrarem na estrada que os levou a Coloane, depois de atravessarem a faixa de ligação entre as duas ilhas.
Num terreiro, a meio da encosta, um pelotão da Escola de recrutas fazia exercícios físicos, que já contavam quase três meses de treinos . Outro pelotão faziam exercícios de marcha e manejo de armas , como parte da instrução que lhes cabia no programa desse dia.” (1)
Continua…
(1) Fotos e reportagem in «MACAU B.I.T.», 1973.

No dia 28 de Março de 1974 (menos de um mês  do «25 de Abril de 1974») o Governador General José Manuel Nobre de Carvalho visitou o Aquartelamento da Companhia de Caçadores instalada na Ilha de Coloane.
Acompanhado pelo Comandante Militar e Chefe de Estado Maior do Comando Territorial Independente de Macau e Ajudante de Campo, foi recebido na Ponte-Cais da Taipa pelas entidades locais e oficiais do Quartel General.
Após a apresentação de cumprimentos, o Sr. Governador deslocou-se ao Aquartelamento de Coloane, onde era aguardado à Porta de Armas pelo Comandante da Unidade, tendo-lhe sido prestadas as honras da praxe pela Guarda de Polícia ao Quartel.
MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Visita Gov a Coloane ICumprido o cerimonial da entrada, o Sr. Governador dirigiu-se ao Campo Desportivo onde recebeu a continência da força ali postada, constituída pela generalidade dos militares em serviço na Unidade, a que se seguiu a revista à formatura.
Iniciou-se então a visita às dependências e zonas de instalação do Quartel, durante a qual o Sr. Governador teve oportunidade de se inteirar das remodelações, beneficiações e obras de conservação que progressivamente têm vindo a ser levadas a efeito, nos vários edifícios, arruamentos e áreas de actividades desportivas e recreio.
MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Visita Gov a Coloane IINo decorrer da visita foi elucidado sobre a forma como está a decorrer  a instrução das Escolas de Recrutas de 1974 do Curso de Sargentos Milicianos e Contingentes Geral que se encontravam em funcionamento desde princípios de Janeiro.
Os sargentos da Unidade reuniram-se no gabinete do Comandante da Companhia para apresentarem cumprimentos ao Sr. Governador que , posteriormente, teve uma breve reunião de convívio na Messe de Oficiais.
Antes do regresso a Macau esteve também no local de implantação da futura Carreira do Tiro de Coloane, em início de obras.
Reportagem e fotos de «Macau B. I. T., 1974.»