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Continuação da divulgação dos postais da colecção “ A Harmonia das Diferenças” – fotografias do princípio aos meados do século XX (1902 -1950) – publicados pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. M / Arquivo Histórico de Macau, em 2015. (1)
Hoje, dois referentes a fotos de 1910.

Cerimónia pública de inauguração da estátua de Vasco da Gama, c. 1910
Verso do postal
Refeição de alfaiates, c. 1910
Verso do postal

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/03/12/postais-coleccao-macau-a-harmonia-das-diferencas-i/
(2) Ver anteriores referências em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/monumento-a-vasco-da-gama/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jardim-de-vasco-da-gama/

Para completar o que possuo dentro da filatelia no que respeita a «Profissões Típicas», colecção lançada pelos Correios e Telecomunicações de Macau em 1 de Março de 1991 que apresentei anteriormente quer a pagela com a descrição das profissões retratadas (amolador de facas; vendedor de bonecos de farinha; barbeiro ambulante; adivinho) pelo Dr. Henrique de Senna Fernandes (1) quer os quatro postais (emissão especial dos CTT) da mesma temática, (2) apresento hoje, o sobrescrito, os quatro selos e a obliteração comemorativa (amolador de facas) do 1.º dia de circulação, no dia 1 de Março de 1991.
Sobrescrito – 16,2 cm x 11, 4 cm (preço 2,50 patacas)

Os selos (4 cm x 3 cm) são:
80 avos – O amolador de facas
1,70 patacas – O vendedor de bonecos de farinha
3,50 patacas . O barbeiro ambulante
4,20 patacas – O adivinho
O desenho é de Emílio Cervantes e a impressão foi no “Lito Nacional” do Porto
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/01/noticia-de-1-de-marco-de-1991-filatelia-profissoes-tipicas-i/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/05/filatelia-profissoes-tipicas-ii/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/07/filatelia-profissoes-tipicas-iii/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/12/filatelia-profissoes-tipicas-iv/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/11/25/postal-profissoes-tipicas-i-amolador-de-facas-e-tesouras/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/11/28/postal-profissoes-tipicas-ii-vendedor-de-bonecos-de-farinha/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/12/02/postal-profissoes-tipicas-iii-barbeiro-ambulante/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/12/10/postal-profissoes-tipicas-iv-adivinho/

Aquando do lançamento pelos Correios e Telecomunicações de Macau no dia 1 de Março de 1991 dos selos e subscritos com o tema “Profissões Típicas” – ver anterior postagem em (1) – foram também lançados postais (emissão especial dos CTT) com mesma temática. Apresento o segundo referente ao “Barbeiro Ambulante”. O selo é no valor de 4.20 patacas e o postal custava 60 avos.

POSTAL (14,5 cm x 10,5 cm) com selo de 4.20 patacas,
e carimbo comemorativo do 1.º dia de circulação
BP – MACAU – 45
Profissões Típicas
Adivinho
60 avos
(verso do postal)
Emissão Especial dos CORREIOS E TELECOMUNICAÇÕES DE MACAU

(1https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/07/filatelia-profissoes-tipicas-iii/

Aquando do lançamento pelos Correios e Telecomunicações de Macau no dia 1 de Março de 1991 dos selos e subscritos com o tema “Profissões Típicas” – ver anterior postagem em (1) – foram também lançados postais (emissão especial dos CTT) com mesma temática. Apresento o segundo referente ao “Barbeiro Ambulante”. O selo é no valor de 3.80 patacas e o postal custava 60 avos.

POSTAL 14,5 cm x 10,5 cm com selo de 3.50 patacas,
e carimbo comemorativo do 1.º dia de circulação
BP – MACAU – 44
Profissões Típicas
Barbeiro Ambulante
60 avos
(verso do postal)
Emissão Especial dos CORREIOS E TELECOMUNICAÇÕES DE MACAU

(1)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/05/filatelia-profissoes-tipicas-ii/

Aquando do lançamento pelos Correios e Telecomunicações de Macau no dia 1 de Março de 1991 dos selos e subscritos com o tema “Profissões Típicas” – ver anterior postagem em (1) – foram também lançados postais (emissão especial dos CTT) com mesma temática. Apresento o segundo referente ao “Vendedor de Bonecos de Farinha”. O selo é de 1.70 patacas avos e o postal custava 60 avos.

POSTAL (14,5 cm x 10,5 cm) com selo de 1.70 patacas,
e carimbo comemorativo do 1.º dia de circulação
BP – MACAU – 43
Profissões Típicas
Vendedor de Bonecos de Farinha
60 avos
(verso do postal)
Emissão Especial dos CORREIOS E TELECOMUNICAÇÕES DE MACAU

No canto inferior esquerdo está assinalado o seguinte: ”Foto cedido pelos Serviços de Turismo”. É o único dos quatros postais sobre este tema que apresenta essa indicação pois os outros três, esse espaço está obliterado por um “rectângulo preto”. Comparar com (2)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/12/filatelia-profissoes-tipicas-iv/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/11/25/postal-profissoes-tipicas-i-amolador-de-facas-e-tesouras/ 

Aquando do lançamento pelos Correios e Telecomunicações de Macau no dia de 1 de Março de 1991 dos selos e sobrescritos com o tema “Profissões Típicas” – ver anterior postagem em (1) – foram também lançados postais (emissão especial dos CTT) com o mesmo tema. Apresento o primeiro referente ao “Amolador de Facas e Tesouras”. O selo é de 80 avos e o postal custava 60 avos.

POSTAL (14,5 cm x 10,5 cm) com selo de 3.50 patacas
e carimbo comemorativo do 1.º dia de circulação
BP – MACAU -42
Profissões Típicas
Amolador de Facas e Tesouras
60 avos
(verso do postal)
Emissão Especial dos CORREIOS E TELECOMUNICAÇÕES DE MACAU

(1)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/01/noticia-de-1-de-marco-de-1991-filatelia-profissoes-tipicas-i/

Numa das primeiras postagens que publiquei (1), recordei o jogo infantil muito praticado na Escola Primária, na década de 50 e 60 (século XX), as “figurinhas de papel” – KONG CHÂI CHI – 公仔紙 (2).
JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES logótipoRecentemente ofereceram-me 4 folhas de cartolina, com estas “figurinhas de papel”, mais modernizadas, emitidas pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau e vendidas no Museu de Macau, com o logótipo de “KON CHAI CHI”
JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES IApresento hoje a primeira folha intitulada “VENDEDORES AMBULANTES /沿街叫賣的小販 (3) / Street Hawkers” com 24 figuras ou utensílios usados pelos vendedores ambulantes que existiam em Macau até à década de 70 (século XX).
JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES versoCada “figura” tem a dimensão de 6 cm x 4 cm com os bordos (figura central: 3,7 cm x 5,7 cm)

Por detrás de cada uma das “figurinhas”  o logótipo do Museu de Macau na parte inferior.
JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES II

JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES III

JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES IV

JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES V

JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES VI

JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES VII

JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES VIII

JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES IX JOGOS - KONG CHAI CHI - VENDEDORES AMBULANTES X

…………………………………………………………continua
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/kong-chai-chi/
(2) ) 公仔紙 – mandarim pinyin:  gong zai zhi; cantonense jyutping:  gung1 zai2 zi2 – figurinhas de papel
(3) 沿街叫賣的小販mandarim pinyin: yán jiē jiào  mài de  iǎo fàn; cantonense jyutping: jyun4 gaai1 giu3 maai3 di1 siu2 faan3.
tradução literal: pequeno vendedor vende chamando (berrando) ao longo da rua

Continuação de (1)

“À tardinha, e até pela noite fora, os cozinheiros vendedores de sopa de fitas (Van-tan-min) (2) são os mais frequentes e agregam o maior  número de clientes, incluindo macaenses e metropolitanos. É, certamente , o manjar chinês de maior consumo e o preferido pelos portugueses. Na realidade, o delicioso Van-tan-min tem a propriedade de conquistar à primeira prova o metropolitano recém-chegado, forçando-o a ser um consumidor incondicional. A tijelinha com caldo de camarão, coberta de massa em fitas e camarão enrolado   em massa e gema de ovo, com alguns temperos, tem o condão especial de deleitar todos os paladares. Durante os meses cálidos – e eles constituem a maioria do ano – juntam-se ao entardecer, conservando-se pela noite fora, em redor do campo da Bolinha, à Praia Grande, (3) algumas dezenas de cozinheiros ambulantes com os mais variados petiscos.

MBI I-7 15NOV1953 COZINHEIROS DE MACAU (IV)O vendedor da saborosa e apreciada sopa de fitas (Van-tan-min)

Aí se vêem também, com a sua bancada própria, os bruxos ou adivinhos que à guisa de ciganos, lêem o futuro na palma da mão.
É sem dúvida, neste local que se faz a maior concentração de cozinheiros ambulantes. Alguns mais completos possuem um carro, género bancada, com quatro rodas de ferro, e estabelecem ali o seu paradeiro durante os meses calmos. De inverno estacionam em locais onde se realizem espectáculos desportivos.
Os vendedores de chás medicinais  prontos a beber, para tratamento de qualquer órgão: estômago, fígado, rins, etc., encontram-se sempre no referido local e normalmente têm regular clientela. Os vendedores e propagandistas chamam a atenção do público fazendo tilintar campainhas ao mesmo tempo que reclamam, gritando, a eficácia do uso dos seus produtos.

MBI I-7 15NOV1953 COZINHEIROS DE MACAU (V)Homens e mulheres, adultos e crianças, todos recorrem aos cozinheiros ambulantes

Os cozinheiros ambulantes encontram-se enfileirados e, como a permanência é longa, quase todos põem pequenas mesas com bancos baixos em redor da improvisada cozinha. Como a população chinesa janta, por norma, entre as 17 h. e 18 h., é vulgar depois das 20 horas encontrar-se em volta dos cozinheiros , numerosa clientela saboreando os petiscos predilectos. Ali se vêem os cozinheiros de Van-tan-min, de caril, de cabeça de porco e miudezas cozidas, de frituras de choco e batata doce, de camarão, pimentos, etc. …(…)

MBI I-7 15NOV1953 COZINHEIROS DE MACAU (VI)É bem rudimentar, por vezes, o «trem de culinária» dos cozinheiros ambulantes 

Na Praia Grande, junto ao Campo da Bolinha, o tilintar das campainhas, os pregões estridentes, a vozearia confusa continuam, continuam sempre, até desfalecerem a pouco e pouco pelo adiantado da noite e só ao perceber no recinto um ou outro noctívago consumado que apenas se retira quando os últimos cozinheiros recolhem a casa.”
Artigo não assinado de «MACAU B. I., 1953».
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/05/10/os-antigos-cozinheiros-ambulantes-de-macau-1953-i/
(2) Sopa de fitas : Van- tan-min (wantan min) – 雲吞麺  (mandarim pinyin: yúntūn miàn; cantonense jyutping: wan4 tan1 min6.
(3) O campo da bolinha era o antigo Campo Desportivo dos Operários, hoje onde está o Hotel Grand  Lisboa.

“Como em todo o lado, em todo o mundo, o chinês rico serve-se em grandes e fartos restaurantes e hotéis, com opíparos banquetes, de muitos e variados acepipes. Mas, nem só a cozinha dos ricos dispõe de grande diversidade de manjares; a cozinha dos pobres e remediados, dentro dos seus limitados recursos possui também variadas e excelentes  iguarias a que os próprios ricaços, em certas alturas, não desdenham de prestar homenagem. Os pobres que pretendem tomar as suas refeições fora de casa, têm os seus pequenos restaurantes, com venda de arroz e peixe ou carne, sopa de fitas, massas e canjas variadas, ou, servem-se ainda do característico cozinheiro ambulante.

MBI I-7 15NOV1953 COZINHEIROS DE MACAU (I)Os cozinheiros ambulantes fornecem comidas variadas

Se há em Macau figuras típicas de vendedores populares, que o ocidental observa com curiosidade, o cozinheiro ambulante é, sem dúvida, uma delas.
Leva a cozinha às costas, sem esforço aparente, em movimentos que a força do hábito automatizou.
Uma vara de bambu, tendo pendurados, numa extremidade, um armário onde são guardados os produtos cozinhados, e, na outra, um caixote ou caixa de zinco que acondiciona interiormente um fogão para lenha ou carvão, constituem ordinàriamente a bagagem forte de tão curioso trabalhador. Em volta  ou dentro do armário coloca as tijelas ou pratos pequenos, pauzinhos (fai-chis) (1) que emprega como garfos ou colheres e um pequeno balde com água, onde procede à lavagem das tijelas que se vão utilizando. Quer em manhãs serenas e límpidas, pela rua fora, quer em dias agrestes, tempestuosos, debaixo das arcadas das ruas principais, topamos, a cada  passo, com os cozinheiros ambulantes.

MBI I-7 15NOV1953 COZINHEIROS DE MACAU (II)Os vendedores de bons petiscos são também muito procurados

Cedo ainda, lá segue o vendedor de «chi-cheong -fan», (2) rolinhos de farinha de arroz, cozidos em «banho-maria», que depois são cortados e temperados com mostarda, molho salgado( si-iau), (3) gergelim e piri-piri com molho de tomate. Os apreciadores rodeiam o cozinheiro e, ali mesmo, tomam a pequena refeição servida em pequenos pratos.
Pela mesma altura, surge-nos o cozinheiro, vendedor de canja (pac-tchoc) (4) que ao servir, adiciona à canja, frituras cortadas em pequenos pedaços. Este cozinheiro é, para muitas crianças ainda de colo, o fornecedor habitual do pequeno almoço, pois é vulgar encontrar-se de manhãzinha, criadas de servir com crianças, entre a clientela deste vendedor.
Depois das dez horas e em grande escala, aparecem os vendedores de pato assado e miudezas, que são talvez os vendedores mais frequentes. Não sendo cozinheiros ambulantes, pois já trazem as aves convenientemente cozinhadas e com um corante especial, é curioso vê-los cortar qualquer pedaço em  pequenas porções e adicionar-lhe três ou quatro qualidades diferentes de molho. O cozinheiro, logo que poisa na rua o seu «trem de culinária», anuncia a sua presença e as iguarias que vende por meio de pregões típicos , às vezes quase gritos estridentes. Alguns assinalam a chegada por meio dum tic-tac com dois pedaços de bambu e lançam pregão cantarolando.

MBI I-7 15NOV1953 COZINHEIROS DE MACAU (III)O vendedor de canja também tem os seus fregueses

Em locais de densa população chinesa, aglomerados compactos da cidade velha, a passagem de certos cozinheiros, diàriamente à mesma hora, toma foros de acontecimento pelo ambiente que levanta . É o caso de vendedor de massa de caril (Ka-li-ngau-nam-fan). (5)  Como um bando de pássaros em redor do comedouro, juntam-se à sua volta, homens e mulheres, adultos e crianças, saboreando lentamente tão delicioso e picante manjar.
O caril é misturado com carne de vaca e massa em fitas ou macarrão, sendo servido em pequenas tijelas a preços muito acessíveis. Os comensais, por não existirem assentos, comem na incomodativa posição de cócoras, posição em que os chineses são capazes de permanecer horas seguidas. Nunca parecem notar a excessiva condimentação do petisco, e até as crianças, pela forçado hábito, não exteriorizam por mímica a forte  sensação do picante.
Artigo não assinado de «MACAU B. I., 1953».
(1) fai-chi – 筷子 – mandarim pinyin: kuài zǐ; cantonense jyutping: faai3 zi2
(2) chi-cheong-fan -豬腸粉  – mandarim pinyin: zhū cháng fěn; cantonense jyutping: zyu1 coeng 4 fan2
(3) si-iau  – 豉油     mandarim pinyin:  chǐ yóu; cantonense jyutping:  si6 jau4
(4) pac-tchoc -白粥mandarim pinyin:  bái  zhōu; cantonense jyutping: baak6 zuk1
(5) Ka-li-ngau-nam-fan 豉油牛腩  粉  mandarim pinyin: kā lí niú nǎn  fěn; cantonense jyutping:  gaa1 lei1 ngau4 naam4 fan2

Quatro auto-colantes intitulados – macau 澳門 – emitidos pela Direcção dos Serviços de Turismo, nos princípios da década de 80. Cada um (com as dimensões de 14 cm x 8,2 cm) contém uma combinação de um  desenho a preto de um sítio (Colina da Guia/Hotel Lisboa/ Ruínas de S. Paulo/ Ponte Governador Nobre de Carvalho) com um desenho a cores duma actividade (barco dragão/condutor de triciclo/vendedeira de rua/pescador). Desconheço o nome do autor destes desenhos.

AUTOCOLANTE macau DST GUIA

AUTOCOLANTE macau DST HOTEL LISBOA

AUTOCOLANTE macau DST RUÍNAS DE S. PAULO

AUTOCOLANTE macau DST PONTE MACAU-TAIPA