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Os «Pequenos Cantores do Colégio D. Bosco» actuaram no Ginásio da Escola Comercial, no dia 15 de Novembro de 1977, às 19,00 horas.

“O grupo apresentou-se impecável, nos trajos de marujo, com um programa concatenado pelo Padre Águeda, director do Colégio, que lhe deu uma feição das qualidades do povo português, coma sua alegria expressa nos cantares que acompanham a sua gente quer na Pátria quer no peregrinar pelo Mundo. Com o «Lisboa acordou», de Nóbrega e Sousa, encerrou-se a sessão, referindo que também acordou … Macau, com o ruído dos carros para o Grande Prémio, (1) no mesmo sentido de cooperação mundial e conquista de novas amizades.

Esteve presente o Governador, coronel Garcia Leandro, que se fez acompanhar da esposa. A assistência razoável teve uma bela oportunidade de ouvir o conjunto polifónico, com um novo atractivo de movimentos que introduziu pela primeira vez na sua actuação, por sinal muito feliz “ (2)

(1) Refere-se ao «XXIV Grande Prémio de Macau» que se realizou de 18 a 20 de Novembro de 1977. Ver em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/11/18/noticias-de-18-a-20-de-novembro-de-1977-xxiv-grande-premio-de-macau/

(2) Extraído de «MBIT», XII-9/10, Nov/Dez 1977, pp.9-11

No campo da cultura musical, estiveram em Macau, as crianças do “Coro Infantil da Rádio NHK de Tóquio” (grupo feminino, com um único elemento masculino) que actuaram no dia 21 de Março de 1977, no Auditório Diocesano, interpretando clássicos e canções populares e eruditas japonesas. Participou neste espectáculo, os “Pequenos Cantores” do Colégio D. Bosco.

«Coro Infantil da Rádio NHK de Tóquio» e os «Pequenos Cantores» do Colégio D. Bosco uniram-se no palco do Teatro Diocesano, na execução dum canto japonês.
O «Coro Infantil», todo trajado com o quimono regional e tradicional, apresentando ao público o único elemento masculino do seu grupo que se integrou nesta digressão, na última parte do seu programa.

Aproveitaram a estadia para uma visita aos pontos turísticos da cidade e das ilhas

Algumas elementos do coro, no varadim da Ermida da Penha
A caravana das pequenas cantoras do «Coro Infantil da Rádio NHK de Tóquio» nas Ruínas de S. Paulo.

Extraído de «MBIT», n-º 1-2, 1977.

A Congregação Salesiana de Macau para comemorar a beatificação do Padre Miguel Rua (1) – primeiro sucessor de D. Bosco – (2) celebrou na Sé Catedral, no dia 30 de Novembro de 1972 uma Missa de Acção de Graças.
A concelebração foi presidida pelo Bispo D. Paulo Tavares, ladeado pelo Chantre Ngan e o Provincial da Inspectoria Chinesa. Tomaram parte 22 sacerdotes.
A cerimónia teve início com uma procissão desde a porta da entrada até ao altar da concelebração. À frente, duas longas filas do Pequeno Clero dos Três Colégios salesianos, Imaculada Conceição, Yuet Wah e D. Bosco, seguidos dos sacerdotes concelebrantes.
A cerimónia apesar de comprida, como não podia deixar de ser, visto que era para as comunidades de língua portuguesa e chinesa, e apesar de, quase ao princípio, a energia eléctrica ter deixado a ponto de nos deixar quase às escuras impedindo assim que os altifalantes pudessem levar à assistência o que se dizia no altar, apesar de tudo, dizíamos, não houve em toda aquela grande assembleia o mínimo sinal de cansaço ou aborrecimento.
Deram brilho à cerimónia os pequenos cantores do Colégio D. Bosco.(3)

Os «Pequenos Cantores do Colégio D. Bosco», actuando na missa de acção de graças

Estiveram presentes a Sra. D. Julieta Nobre de Carvalho, e muitas outras autoridades e numerosos amigos: representantes dos Colégios Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora, cooperadores, antigos alunos (chineses e portugueses) e representantes de todas as comunidades religiosas de Macau.

Extraído do «M.B.I.T.», Vol VIII, 9-10 de 1972.

(1) S. João Bosco morreu no ano de 1888, deixando já em pleno funcionamento meia centena de escolas para rapazes pobres e abandonados. O seu sucessor, o Pade Miguel Rua, dois anos depois escreveu ao Bispo de Macau, D. Joaquim António Medeiros, agradecendo a confiança que mostrara para com a humilde Congregação Salesiana e o grande desejo de ver essa obra na cidade do Santo Nome de Deus de Macau, para o bem da juventude mais necessitada.
A primeira obra salesiana em Macau foi o «Orfanato da Imaculada Conceição» depois conhecido por «Instituto Salesiano», onde funcionava uma pequena escola de Artes e Ofícios, embrião do que seria mais tarde o Colégio D. Bosco.
Miguel Rua, S.D.B. (em italiano: Michele Rua) (1837 – 1910) após a sua profissão de fé em 1885, foi pelos 36 anos seguintes o colaborador de D. Bosco no desenvolvimento da congregação e um companheiro constante de D. Bosco em suas viagens. Tornou-se vigário da Sociedade de S. Francisco de Sales (fundada por D. Bosco) em 1865. A pedido de D.  Bosco, em 1884, o papa Leão XIII designou-o como seu sucessor e o confirmou como Reitor-Mor da Congregação Salesiana em 1888, após a morte do fundador. Foi beatificado em 29 de Outubro de 1975 pelo papa Paulo VI.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Rua
(2) Quatro anos antes da sua morte, S. João Bosco, fundador da Congregação dos Padres Salesianos, escrevia ao seu primeiro sucessor, P. Miguel Rua:
«Em tempo oportuno as nossas missões estabelecer-se-ão na China e mais precisamente em Pequim, mas não te esqueças que vamos para ali para o meio de povos desconhecidos e que ignoram o verdadeiro Deus; ver-se-ão maravilhas até agora inacreditáveis que Deus Todo Poderoso tornará patentes ao mundo …»
Mas as grande obras necessitam sempre de grande alicerces e foi só ao cabo de 16 longos anos de espera , que os filhos de D. Bosco chegaram às portas da China. Era o dia 13 de Fevereiro de 1906. Eram seis os primeiros pioneiros, chefiado pelo Padre Luís Versiglia (mais tarde bispo de Shuichow na China; viria a morrer mártir) e o Padre Caravário.
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pequenos-cantores-do-c-d-b/

Publiquei em 17-04-2017 uma postagem acerca do Padre César Brianza e a deslocação dos «Pequenos Cantores» do Colégio de D. Bosco às Filipinas nos últimos dias do mês de Janeiro e primeiros dias de Fevereiro de 1976. (1)
No dia 2 de Fevereiro de 1976, que deveria ser um día de descanso com a visita do grupo coral ao Vulcão NAYON, foram pelo contrário, cantar para a primeira dama das Filipinas.
Os «Pequenos Cantores» e seus dirigentes foram recebidos por Imelda Romualdo Marcos, (2) no Palácio Presidencial, numa sala ao lado da do Presidente Marcos (3) (que não esteve presente por ter tido outras audiências nesse dia) e após discurso e apresentação do grupo coral e seus dirigentes, foi pedida licença para cantar algumas canções.
A Senhora Marcos não só deixou cantar o grupo como ela mesmo uniu a sua voz à dos «Pequenos Cantores», cantando em espanhol e em filipino.
Teve depois palavras de grande elogio para com o Maestro Padre César Brianza e rapazes.
Uma caneta «Parker» foi a lembrança que deu a todos. (4)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/04/17/noticia-de-17-de-abril-de-1917-padre-cesar-brianza/
(2) Imelda Remedios Vicitacion Romualdez Edralin Marcos (1929) mulher do presidente Ferdinando Marcos.
(3) Ferdinand Emmanuel Edralin Marcos (1917-1989) foi presidente das Filipinas de 1965 a 1986.
(4) Extraído de «Macau B. I. T. » XI-1-2, 1976

Hoje comemora-se o centésimo aniversário do nascimento do Padre Salesiano César Brianza, (1) professor de Música e de Religião e Moral no Colégio D. Bosco. (2) Formado pelo Conservatório Nacional de Lisboa, fundou em 1959 o coral dos “Pequenos Cantadores do Colégio D. Bosco” (3) dirigindo-o durante 16 anos.
Em 1962, juntamente com o Padre Áureo Castro, fundou a “Academia de Música de São Pio X”. O Padre César Brianza também foi orientador artístico da Banda da Polícia de Segurança Pública entre 1966 e 1980.
Em sua homenagem recupero um artigo (não assinado) publicado na Revista “Macau – Boletim de Informação e Turismo, (4) acerca da viagem do Coro «Os Pequenos Cantores» às Filipinas, nos últimos dias do mês de Janeiro e primeiros dias de Fevereiro   de 1976.
Nas Filipinas repetiram os mesmos êxitos. Se bem que com menos demora por estas terras intimamente ligadas à história deste nosso território, as suas qualidades artísticas e particularmente a sua preparação como conjunto coral foram motivos de estranheza admirativa da numerosa assistência que as descobriu nos concertos a que teve oportunidade de assistir. E os aplausos com que sublinhavam o seu entusiasmo e a sua admiração, traduziam o testemunho duma autêntica consagração dos nossos jovens intérpretes duma arte que vence os limites de todas as fronteiras nacionais… (…) que nos pode representar em qualquer parte do mundo…(…)

Os «Pequenos Cantores» na execução dum concerto nas Filipinas

Claro que um bom escultor consegue transformar uma pedra tosca, bruta, dura e informe numa obra prima capaz a de desafiar os séculos e os mais desencontrados gostos humanos. E o padre Brianza, maestro do conjunto, da matéria impreparada que lhe colocaram entre mãos, teve a habilidade de a converter em vozes harmoniosas que arrebatam, com todo o seu poder de emoção, uma assistência inteira… (…)
E as nossas autoridades diplomáticas que, com compreensiva modéstia, se haviam referido ao Grupo, porque não o conheciam, convenceram-se, perante o comprovado nível artístico dos concertos executados, que tínhamos em Macau um conjunto musical de elevada categoria. (…)

Os «Pequenos Cantores» confraternizam com estudantes filipinos, na sua embaixada de arte e amizade.

(1) Foto de «JTM », Uma Vida Ligada à Música, 4 de Abril de 2014
http://jtm.com.mo/local/uma-vida-ligada-a-musica/
(2) “O Padre César Brianza iniciou os seus estudos de piano em Hong Kong sob a égide do conhecido maestro Elisio Gualdi. Partiu depois para Xangai, onde recebeu lições de Kostevich, outro grande maestro, até partir para Lisboa, em 1954, onde tirou o curso de piano no Conservatório Nacional. Dois anos mais tarde partiu para Viena, para um estágio de três meses no Augarten Palaiso, o que lhe permitiu assistir frequentemente aos ensaios do aclamado grupo coral «Viena Boys Choir» “. (1)
(3) “A sua dedicação ao grupo dos Pequenos Cantores em Macau, que fundou em 1959, teve um grande impacto não só nos próprios jovens, como também no território. Conhecido pela sua dedicação, o Padre Brianza conseguiu transmitir aos jovens do Colégio Salesiano Dom Bosco uma confiança na procura de atingir a perfeição, merecendo rasgados elogios em cada actuação. Levar os Pequenos Cantores ao Japão foi um sonho tornado realidade para o padre, mas não se ficou por aqui, havendo outras digressões às Filipinas, Portugal, Singapura e Malásia.” (1)
(4) Macau B. I. T. XI-1-2,1976
Anteriores referências a este sacerdote e à deslocação dos «Pequenos Cantores» ao Japão em:
https://www.google.pt/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-#q=nenotavaiconta+C%C3%A9sar+Brianza&*

Realizou-se no dia 31 de Janeiro de 1973, a festa escolar do Festa Escolar do Colégio Dom Bosco, (1) destinada, particularmente, à distribuição de diplomas aos finalistas e de prémios aos alunos que mais se distinguiram no ano lectivo findo.

macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-iO Revdo Pe. Ramiro Pereira Galhispo, director do Colégio fez um breve discurso sobre a juventude e os seus problemas nesta conjuntura do mundo actual.macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-iiUm aspecto da assistência, com a presença do governador e esposa

macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-iiiO programa de variedades agradou, salientando-se pela sua graciosidade e originalidade a «Dança das Vassouras» executada pelos mais miudinhos.
macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-ivOs pequenos cantores do Colégio D. Bosco deliciaram a assistência com a execução dum variado e aliciante reportório de canções portuguesas e estrangeiras, salientando-se uma composição de Áureo Castro «A Menina de Olhos Verdes» sobre uma poesia lírica de Camões.
macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-vAos finalistas foram impostos os distintivos do Antigo Aluno Salesiano, que os vinculam para sempre às instituições salesianas espalhadas por todo o mundo.
(1) No ano lectivo 1971/1972 funcionaram as seguintes classes:
Pré-primária com 15 alunos; Quarta classe, com 133 alunos; Curso preparatório para o ensino secundário 71 alunos; Curso Profissional (Mecânica) 44 alunos; Secção preparatória para os Institutos Industriais 9 alunos.
Fotos e reportagem (não assinada) retirada de “MACAU B.I.T., 1973”.

…..continuação de (1)
Diário 17-04-1974
Cidade de Nagasaki. Outro centro urbano querido ao coração dos portugueses. Marca o lugar do primeiro contacto com o povo japonês , na aurora das relações internacionais com o Oriente. Aqui realizaram-se três concertos, um dos quais executado junto do monumento consagrado aos mártires católicos  desta cidades, interpretando trechos de música religiosa.

MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Pequenos Cantores XIIIJunto do monumento aos mártires de Nagasaky

Apresentaram-se, também, no Liceu, colaborando na audição o coro deste estabelecimento de ensino, onde decorreu um diálogo aberto entre os presentes. assistiu o nosso embaixador tendo os jovens cantores sido distinguidos com a oferta da miniatura da estátua da Paz, que se ergue na cidade, flagelada pela explosão da bomba atómica lançada pelos americanos na última conflagração mundial.
Na «NBD»de Nagasaky realizaram o último concerto do programa, promovido pela Sociedade de Amizade Luso-Japonesa, coincidindo com a entrega de condecorações a várias entidades japonesas, distinguidas pelo Governo português.

Diário 18-04-1974
Regresso  a Fukuoka e daqui para Tóquio

MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Pequenos Cantores XIVOutro aspecto de um dos passeios

Diário 19-04-1974
Visita à fábrica de cortiça, onde deram um pequeno concerto para os operários. Partida de Hong Kong

Diário 20-04-1974
Regresso a Macau, onde foram recebidos entusiasticamente pelos seus familiares e por outras pessoas que os quiseram saudar pelo êxito da sua digressão entre o povo japonês, ao qual ficaram profundamente agradecidos , pela recepção que sempre e em toda a parte lhes tributou.

MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Pequenos Cantores XVOs «Pequenos Cantores» na execução do concerto no «Fumon Hall», em Tóquio

NOTA FINAL: Os rapazes do «Pequenos Cantores» foram recebidos nos vários sítios com “ramos de flores frescas, cravos vermelhos“, talvez prenúncio ao que haveria de acontecer dias depois à chegada a Macau, no dia 25 de Abril, a Revolução dos Cravos.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pequenos-cantores-do-c-d-b/
(2) Reportagem não assinada em «MACAU B. I. T.1974.»

……continuação de (1)

Diário 13-04-1974
Partida para Kobe. Uma viagem de barco, em que seguia um grupo de cerca 300mperegrinos para os quais os «Pequenos Cantores»n executaram algumas cações.
Em Kobe, realizaram um concerto na Fonte Luminosa, que cria um espectáculo surpreendente cuja intensidade da luz e volume de água coincidem com a intensidade da voz. Fica na encosta duma montanha, constituindo uma maravilha de arte, de sedução, de beleza fascinante, construída pelo homem para o homem.
Ali se erguia a bandeira portuguesa, num gesto de presença e de lembrança, como em todas as manifestações olarizadas em volta dos «Pequenos Cantores».
Uma numerosa assistência honrou  a audição, o que prova o sucesso alcançado pelo nossos rapazes.

MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Pequenos Cantores VIIIOutro aspecto da amizade que predominou entre os jovens visitantes e a
juventude japonesa, em Kobe

Diário 14-04-1974 – Dia de Páscoa
O coro macaense fez-se ouvir, em música sacra, na igreja «Jamate», de Kobe. O nosso embaixador encontrava-se presente, juntamente com outros estrangeiros. A impressão que deixou foi das melhores, na afirmação do diplomata português.
Diário 15-04-1974
Partida para Osaka. Hospedaram-se no Hotel Plaza, onde eram um concerto por ocasião da entrega do diploma de cônsul efectivo ao cônsul honorário de Portugal nesta cidade. Entre a assistência contava-se o embaixador da Espanha. Quando ouviu a execução de «Valencia» não pode conter o entusiasmo que o dominava e rebentou num forte e emocionado «mui bien» na sua vigorosa língua nativa, ao mesmo tempo que elogiava uma iniciativa deste género que merecia a pena apoiar.
Dedicaram ao mesmo diplomata espanhol a canção «Vaya com Dios», que lhe arrancou sentidas lágrimas, não fosse ele um latino de alma e coração.

MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Pequenos Cantores XUm aspecto de um dos passeios que os rapazes gozaram no Japão

Diário 16-04-1974
Em Fukuoka, cantaram no Hotel, onde foram obsequiados com um almoço.
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pequenos-cantores-do-c-d-b/
(2) Reportagem não assinada em «MACAU B. I. T. ,1974»

……continuação de (1)
Diário 11-04-1974
Na fábrica da Toyota que visitaram tiveram contacto com o trabalho que aqui se executa na fabricação de automóveis, uma operação em série, ininterrupta, numa perfeita divisão de trabalho, em que tudo se encontra perfeitamente calculado.

MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Pequenos Cantores VIINum sorriso franco, aberto cordial desta jovem japonesa, Hara, para com os hóspedes do seu país.

Diário 12-04-1974
Encontram-se agora em Tokushima, grata ao coração dos portugueses. Aqui se ergue uma estátua ao escritor português Venceslau de Morais, que viveu e morreu entre o povo japonês, cuja alma soube compreender e admirar, deixando na literatura que nos legou os traços mais elucidativos do temperamento nipónico, da sua vida, dos seus costumes.
Além do concerto que realizaram no Rotary Club, executaram outro no «Hall de Tokushima», gravando também para a Televisão Portuguesa e para um filme de 55 minutos.
O Coro feminino de Tokushima associou-se a esta audição, interpretando algumas canções do seu reportório, oferecendo no final do acontecimento um cravo a cada um dos nossos rapazes…. (…)
Na assistência, embora de certo modo heterogénea, predominava a juventude, distinguindo-se a presença do cônsul de Portugal, na referida cidade, que obsequiou os visitantes com um jantar. (2)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pequenos-cantores-do-c-d-b/
(2) Foto e reportagem não assinada em «MACAU B. I. T. 1974.»

…..continuação de (1)
Diário: 9-04-1974
Agora, na cidade de Kyoto. Na universidade deste importante centro urbano, com largos recursos turísticos, apresentaram-se os jovens  cantores macaenses em coincidência com as tradicionais cerimónias da abertura das aulas. Entre estudantes e os visitantes criou-se, sem qualquer constrangimento, um ambiente de forte amizade, num perfeito e natural à-vontade. ..(…)
Um passeio pela cidade e  pelos arredores, com a visita ao Jardim do Imperador, e um almoço, oferecido pelo cônsul de Portugal, de ementa chinesa, onde cantaram a canção «Sakura», (2) ocupou o tempo da estadia dos visitantes em Tóquio.

MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Pequenos Cantores VConfraternização dos rapazes macaenses com estudantes japoneses

Diário: 10-04-1974
Partida para TOYOTA num magnífico autocarro da empresa internacionalmente conhecida do mesmo nome. Impressionou agradavelmente a organização que tudo previu até ao mínimo pormenor, em que nada faltava nem era improvisado, porque os japoneses não gostam de improvisos, nem muito de surpresas, porque estão afeitos à disciplina e ao método.
Ficaram hospedados no «Kuragarke Lodge», luxuoso, que a organização “Toyota”  construiu, mas que entregou à Câmara Municipal, tendo como logradouro um vastíssimo parque.
O concerto foi realizado no «Hall Municipal», com numerosa assistência predominando a juventude, como em todos os precedentes concertos, porque se mostra sempre a mais receptiva, a mais entusiástica por estes contactos juvenis, em que se encontram rapazes e raparigas de diversas nacionalidades, com os seus costumes, com os seus hábitos, com as suas tendências específicas.

MACAU B. I. T. X, 1-2 MARABR 1974 Pequenos Cantores VIConfraternização dos rapazes macaenses com estudantes japoneses

Falou o cônsul de Portugal, um simpático velhinho de 80 anos, que lembrou muito comovido, a sua viagem a Portugal, referindo-se com muito acarinho ao nosso país.
À porta do hotel, onde foram depois do concerto, para o almoço, tiveram a agradável surpresa de serem recebidos pelo Coro da Cidade de Toyota, com a interpretação de diversas canções. Trata-se dum agrupamento que ganhara uma competição de cânticos regionais recentemente organizada.
O presidente da Câmara Municipal teceu algumas considerações sobre o significado da visita que estava a decorrer , enaltecendo o espírito  que a ditou, um espírito dominado pelas mais nobres intenções, como seja a amizade entre dois povos, revigorada, principalmente, entre os jovens.
A apoteose deste encontro surgiu quando às vozes dos «Pequenos Cantores» se juntou o entusiasmo do Coro da Cidade, na execução, emocionalmente sentida, do «Sakura», perante uma assistência empolgante de entusiasmo.
Os jovens macaenses receberam cada um, um rádio transístor «Nacional», oferecidos pela «Toyota» e o Coro da Cidade levou a sua gentileza a acompanhar os visitantes até ao autocarro, cantando, gesto que os nossos rapazes sentiram no fundo das suas almas. (3)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pequenos-cantores-do-c-d-b/
(2) さくらさくら – Sakura, Sakura, (Flor de cerejeira)  é uma canção do folclore japonês muito popular, com origem  no período Edo 1603 -1868. (https://en.wikipedia.org/wiki/Sakura_Sakura)
Algumas versões desta canção:
https://www.youtube.com/watch?v=jqpFjsMtCb0
https://www.youtube.com/watch?v=utPawQuu-GI
https://www.youtube.com/watch?v=2GxUa69laLc
https://www.youtube.com/watch?v=Kh5GmbpAY70
(3) Reportagem não assinada em «MACAU B. I. T. , 1974.»